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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Comentários do Prof. Fernando

Comentários do Prof. Fernando (Leituras da semana 7 novembro a 13 novembro de 2010)

A festa de Todos os Santos era celebrada a 1º de novembro (assim continua em muitos países) mas foi transferida no Brasil para o domingo seguinte assim como as festas: de S.Pedro e S.Paulo (era 29 de junho); Ascensão (era numa 5ª.feira); Assunção (era 15 de agosto); Epifania (era 6 de janeiro).

Além dos domingos 4 são as solenidades chamadas Dias santos: 25dez= Natal; 1jan= Maria mãe de Deus; a 5ª.feira de Corpus Christi e 8dez= Imaculada, sendo feriados: Natal e Corpus Christi (e mais: 12out. e 2nov. = Aparecida e Finados.

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1ª PARTE = COMENTÁRIO ao DOMINGO, dia 7 nov.= FESTA de TODOS OS SANTOS

2ª PARTE = Introdução geral à LEITURA de cada dia (32ª semana)

Leituras: clique.“serviços/liturgia diária: http://www.cnbb.org.br/site/#

Para ver todas as leituras numa só Página: siga o “Link” clicando na data

32ªSEMANA do Tempo comum

07/11 DOMINGO= FESTA: TODOS OS SANTOS:

Ap 7,2-4.9-14 Sl 24 1Jo 3,1-3 Mt 5,1-12

08/11 seg Tt 1,1-9 Sl 24 Lc 17,1-6 terça 32ªsemana

09/11 ter Festa da Dedicação da Basílica de S. João de Latrão

Ez 47,1-12 Sl 46 1Cor 3,9-17 Jo 2,13-22

10/11 qua Tt 3,1-7 Sl 23 Lc 17,11-19 qua. 32ªsemana

11/11 qui Fm 1,7-20 Sl 146 Lc 17,20-25 qui. 32ªsemana

12/11 sex 2Jo 1,4-9 Sl 119,1-18 Lc 17,26-37 sex. 32ªsemana

13/11 sáb 3Jo 1,5-8 Sl 112 Lc 18,1-8 sáb. 32ªsemana

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1ª PARTE = as LEITURAS do Domingo – Festa: Todos os Santos-7 nov. 2010

Do Salmo do dia:

Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra, o mundo inteiro com os seres que o povoam;

porque ele a tornou firme sobre os mares, e sobre as águas a mantém inabalável.

"Quem subirá até o monte do Senhor, quem ficará em sua santa habitação?"

"Quem tem mãos puras e inocente o coração, quem não dirige sua mente para o crime.

“Apocalipse virou na linguagem corrente sinônimo de “fim do mundo” e tragédias. Porém é apenas um outro gênero literário ou estilo diferente de poesia, história, crônica, discurso, carta etc. Na bíblia há textos assim, escritos entre o séc.2ºaC e o1ºdC. “Apo-calypse”, em grego, significa “revelação” : de algo que estava oculto ou era conhecido só pelo autor (por esse motivo o nome do livro do Apocalipse em inglês é “Livro da Revelação”.

Com freqüência fala do futuro e também pode ser confundido com o outro estilo da linguagem profética. Alguns pesquisadores acham que veio substituir esse gênero literário quando acabou o Profetismo em Israel, e alguns trechos dos livros proféticos trazem passagens em estilo apocalíptico. Os escritos apocalípticos não são propriamente uma “previsão do futuro mas falam da esperança de um futuro melhor por meio de “visões” carregadas de simbolismos (números, monstros, cores, personagens que precisam ser interpretados).

Vamos superar, então, qualquer idéia de mensagens de “ocultismo” ou de um futuro catastrófico. Ao contrário o objetivo desta linguagem é ajudar (principalmente em tempo de perseguição) a manter a esperança e consolar a comunidade mostrando que os inimigos é que serão castigados... Alguns textos desse tipo: Joel 1,15;2,1.11;3,1.4;4,2; Isaías 34–35 e 24-27; Zac9–14 e livro de Daniel 7a12. No NT temos: 1Tes4,15-17; 2Tes2,1-12; Mc13; Mt24–25; Lc21; livro do Apocalipse. Também havia livros em linguagem apocalíptica na literatura judaica religiosa fora da bíblia.

Na leitura de hoje, festa de Todos os Santos, o trecho do cap.7 do Apocalipse indica primeiro a “marca” divina sobre quem está protegido, assim, como no Êxodo as casas dos hebreus marcadas ficaram protegidas do Anjo da morte que castigou os que escravizavam o povo eleito.

O número de 144mil tem como interpretação mais direta o conjunto das pessoas que chegam ao Reino provenientes das 12 tribos de Israel e dos discípulos de Jesus evangelizados pelos 12 (144 é resultado de 12 vezes 12). Outra interpretação: a assembléia dos santos (a igreja) inclui os salvos provenientes do judaísmo bem como dos outros povos (os gentios, os pagãos) que se tornaram discípulos.

A cena seguinte tem inspirado durante séculos a pintura e a arte procurando representar os santos no céu junto de Deus. Devemos notar que os “santos” – que nos primeiros textos cristãos, sobretudo de Paulo, designa os crentes ou membros da igreja ou discípulos do evangelho – provêm de “de todas as nações, tribos, povos e línguas”. Compõem uma multidão inumerável. O cenário, corresponde ao modo como em geral se representava a morada divina na Antiguidade: é sempre tirado da idéia da Realeza: Deus sentado em seu trono é o Rei do universo com seu palácio nas alturas acima da terra (céu). A seu redor encontramos a corte real, composta de seus ministros, auxiliares, mensageiros, guarda de honra etc. Esses são descritos no capítulo de hoje do Apocalipse nas figuras dos “Anciãos”, dos “Anjos”, dos “quatro seres vivos”.

E, no texto escolhido para hoje, incluem-se exatamente “Todos os santos” também presentes na corte real formando “uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas e que ninguém podia contar” (verso 9), com suas vestes brancas porque “lavaram e alvejaram suas roupas no sangue do Cordeiro”. Este é o símbolo do Cristo em sua Páscoa que resgata da morte, dando sua vida até a última gota de sangue, seus amigos - todos os seres humanos (cf. verso 14).

A solenidade de Todos os Santos celebra, portanto, não só os Santos canonizados na tradição católica e venerados pela devoção mas todos os que já triunfaram da morte como meditamos na segunda Leitura.

Na 2ª LEITURA (Primeira Carta de João) encontramos o significado da palavra “santos”: não é aquela figura que se flagela e consegue conquistar a santidade aproximando-se de Deus, mas o que recebe, de graça, o “grande presente de amor” que “o Pai nos deu: o de sermos chamados filhos de Deus!” E o autor acrescenta: “E nós o somos! Se o mundo não nos conhece, é porque não conheceu o Pai. 2Caríssimos, desde já somos filhos de Deus, mas nem sequer se manifestou o que seremos! Sabemos que, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é.” Os santos – que hoje comemoramos – são aqueles que já estão lá (neles já se manifestou o que nós também seremos, olhando, olhos nos olhos, o mistério de Deus.

No EVANGELHO meditamos hoje o núcleo do chamado Sermão da Montanha. Assim como Moisés recebeu na montanha as tábuas da Lei que será a pedagogia própria para levar o povo eleito à maturidade de sua fé, assim, também “na montanha”, Jesus é apresentado por Mateus (texto paralelo em Lucas 6) transmitindo a “nova lei” ou a Carta das Bem-aventuranças”, uma espécie de nova “Constituição para o povo de Deus”, isto e, para os discípulos do Reino. Lembremos que a história de Israel, logo depois da instalação na terra prometida e da constituição do reino de Davi e Salomão, apresenta uma linha de progressiva decadência não só religiosa mas também moral e social. Todos os profetas tentam advertir governantes e povo para retomar o espírito da Toráh e restaurar a justiça e o direito para todo o povo. Séculos de exílio, dominação de outros impérios e hegemonia desse ou daquele grupo dentro do próprio povo hebreu, desvirtuou o sentido essencial de Israel, como povo de Jahwéh e herdeiro das promessas feitas a Abraão.

Como, aliás, em todas as religiões e culturas, há uma tendência espontânea a reduzir a religião a instrumento de manipulação dos mais frágeis pelos poderosos. Há uma tendência a interpretar a bênção dos deuses (de Jahwéh, único Deus, no caso dos hebreus) pelo sucesso político, social ou material. O Livro de Jó trazia à luz, entre outras questões, essa correção de rumo para não tornar automática a bênção ao fiel seguidor da Lei a partir de sua posição social ou de poder na sociedade: aquele que, aparentemente foi esquecido por Deus, é amado, mesmo que o mistério do mal nos force a olhar de outra maneira. João Batista prepara imediatamente a pregação de Jesus proclamando, como toda a tradição profética, a conversão, a mudança dos rumos na vida de cada um: é preciso praticar a justiça e a solidariedade como sinal da conversão.

               Jesus vai radicalizar essa pregação em favor dos que são marginalizados ou excluídos da sociedade. Basta ler as parábolas e os diálogos com os necessitados. Os personagens são, retomando figuras típicas de Israel, o órfão e a viúva, os leprosos, as crianças e mulheres – mantidas sempre em segundo plano na sociedade – os publicanos condenados pelos concidadãos como traidores da pátria, os cegos e os que estavam submetidos às limitações da doença e das forças consideradas demoníacas. Ao contrário, toda a pregação Nazareno – sem importar-se com o nível de poder e autoridade política, social ou religiosa que detinha seu interlocutor – criticava sacerdotes, escribas, levitas, membros do prestigiado partido dos fariseus e outros. Não é que ele só condenasse os poderosos e fosse um revolucionário dentro de uma visão anacrônica de uma espécie de “luta de classes”. Condenava os que detinham poder pelo fato de desprezarem os mais pobres e necessitados ao mesmo tempo que (como na parábola que meditamos recentemente “O Fariseu e o Publicano”) consideravam-se melhores do que os outros e merecedores da graça por suas obras. Ora, Jesus constituiu para pertencer ao seu círculo mais próximo, para serem “Apóstolos” principais, os “Doze”, todos oriundos de extratos sociais e religiosos diferentes. Sobre isso, aliás, Bento XVI fez excelente comentário para a festa – 28 de outubro - de Simão e Judas Tadeu, em 2006: “é possível que este Simão, se não pertencia exatamente ao movimento nacionalista dos Zelotes,tivesse pelo menos como característica um fervoroso zelo pela identidade judaica, por conseguinte, por Deus, pelo seu povo e pela Lei divina. Sendo assim, Simão coloca-se nos antípodas de Mateus que, ao contrário, sendo publicano, provinha de uma atividade considerada totalmente impura. Sinal evidente de que Jesus chama os Seus discípulos e colaboradores das camadas sociais e religiosas mais diversas, sem exclusão alguma. Ele interessa-Se pelas pessoas, não pelas categorias ou pelas atividades sociais”

É nesse contexto que se deve ler o sermão da Montanha ou as Bem-aventuranças.

- Viver como pobre, isto é, colocar toda confiança nos braços invisíveis do todo-poderoso que é a verdadeira riqueza que pode saciar o coração humano. Enriquecidos por essa divina energia poderemos organizar a vida (inclusive social e econômica na terra).

- Viver na confiança também de que toda aflição é passageira e a superação (consolação) virá.

- Conforme a nova Constituição desse Reino da bem-aventuranças, possuir a terra não depende de guerras de conquista e de violência. Os corações mansos tudo vão conquistando na paz.

- Famintos e sedentos serão saciados se ultrapassam o direito individual de atender à própria necessidade de sobreviver, na medida em que ampliam seu horizonte para a Justiça (que, na linguagem bíblica é mais do que o cumprimento da lei e do direito mas é participar da dinâmica da gratuidade do dom que se origina em Deus).

- A Misericórdia, ou um coração que se compadece para ir em auxílio do outro, é a marca do estilo divino: o homem só alcança o perdão e a própria renovação de vida se repetirem, para com seus semelhantes, o gesto divino de se aproximar do seu próximo.

- A Visão plena face a face com Deus será dada aos santos que, em vida, procuraram ter uma visão pura, sem preconceitos para acolher o outro. Esse é o coração puro nascido de um olhar puro.

- A característica, enfim, dos filhos de Deus é promover paz e bem à sua volta.

- Com realismo Jesus completa a “Carta das Bem-aventuranças”: procurar a justiça do Reino atrai perseguição. A segunda leitura de hoje explica: “o mundo não nos conhece porque não conheceu o Pai”.

- Só a fé resiste à difamação e à mentira e traz a certeza de que a justiça terá a última palavra. Por isso os santos – mesmo em meio aos conflitos – têm alegria e entusiasmo para continuar firmes no seu caminho, certos de que o prêmio – como acontece com os atletas – compensará todos os sacrifícios.

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2ª PARTE = Introdução geral à 1ª leitura (32ª semana do Tempo Comum)

Carta a Tito, Filêmon e 2e3João

08/11 seg Tt 1,1-9 Sl 24 Lc 17,1-6 terça 32ªsemana

09/11 ter Festa da Dedicação da Basílica de S. João de Latrão

Ez 47,1-12 Sl 46 1Cor 3,9-17 Jo 2,13-22

10/11 qua Tt 3,1-7 Sl 23 Lc 17,11-19 qua. 32ªsemana

11/11 qui Fm 1,7-20 Sl 146 Lc 17,20-25 qui. 32ªsemana

12/11 sex 2Jo 1,4-9 Sl 119,1-18 Lc 17,26-37 sex. 32ªsemana

13/11 sáb 3Jo 1,5-8 Sl 112 Lc 18,1-8 sáb. 32ªsemana

· Discípulo de Paulo, Tito parece ter sido bispo em Creta e a ele é dirigida essa carta que, no início contém, além da saudação, uma descrição do comportamento ideal dos bispos.

· No cap.3 continua descrevendo o comportamento próprio dos que vieram a conhecer a bondade de Deus.

· Filémon era elevada posição social, convertido por Paulo, e tinha como escravo um outro convertido por Paulo. Trata-se de Onésimo que fugira. Isso constituía um fato sujeito a penas naquela sociedade. Paulo prescinde dessa legislação para pedir a Filêmon que agora receba Onésimo não mais como escravo mas “como irmão querido” (verso 16), como irmão na fé e como se fosse a ele mesmo, Paulo.

· A 2ª.carta de João é muito breve e dirigida a alguma comunidade da época procura incentivar os cristãos à caridade e a defendê-los das heresias pois desde o inicio muitas doutrinas, como até hoje, tentam misturar-se ao Evangelho e sua boa Nova.

· A 3ª.carta também atribuída a João, é dirigida a um tal Gaio animando-o à acolhida dos seus mensageiros porque eram mal recebidos pelo chefe daquela comunidade. É interessante perceber que pessoas e grupos são sempre humanos e os cristãos devem também procurar aperfeiçoar-se para além das dificuldades normais do relacionamento.

Para o Evangelho de cada dia (Lucas, cap. 17 e 18- semana 7 a 12 novembro):

Vários comentários – diversos autores em http://liturgiadiariacomentada.blogspot.com/

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( Prof. FernandoSM, Universidade Santa Úrsula, Rio, fesomor2@gmail.com )

domingo, 31 de outubro de 2010

A CONVERSÃO DE ZAQUEU

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Quem dera que sejamos como Zaqueu; que desejemos vê-lo, que abramos para ele a nossa porta, que por seu amor mudemos nossa atitude, como esse publicano. São Paulo deseja, na segunda leitura de hoje, que o nome de Jesus seja glorificado em nós, na nossa vida… Seria, será glorificado, se abrirmos essa nossa vida fechada, mesquinha e cansada para o Senhor. Ele vem a nós cada dia, ele passa por nós de tantos modos: na Palavra, nos irmãos, nas situações, nos desafios, nos sofrimentos, nas provas… Quem dera que o reconhecêssemos, como Zaqueu… Saber acolhê-lo nas suas vindas é glorificá-lo agora e preparar-se bem para a sua Vinda, no fim dos tempos, aquela da nossa união definitiva com ele, de que fala o Apóstolo na leitura de hoje.

Que o Senhor nos dê a ânsia e a graça que concedeu a Zaqueu. Amém.

Dom Henrique Soares da Costa

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HOMILIAS PARA DOMINGO

31 DE OUTUBRO DE 2010

Ano C

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Comentários do Prof. Fernando

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INTRODUÇÃO

CONVERSÃO JÁ

Mude o rumo de sua vida, já. Mude para melhor, mude para Jesus. Deixe de lado tudo aquilo que a mídia lhe disse que é liberdade, que é pura diversão. Pois esteja certo(a) que quase tudo aquilo é falso e mentiroso! Mude sua vida. Volte para Deus e verá que é a maior e a melhor decisão já tomada por você.

Não espere o pior acontecer. O incêndio, o desemprego, a velhice. Procure Deus agora.

Sempre temos alguma coisinha para acertar para melhorar. Por mais santo ou santa que você seja, sempre terá uma coisinha que não está indo lá muito bem na sua vida. Aquele tipo de namoro, o relacionamento com sua irmã, com seu irmão, com sua mãe ou com o seu pai. E não se esqueça que sem a ajuda de Jesus não conseguimos nada. Portanto, o primeiro passo, é recorrer a sua ajuda através da oração. Rezar e pedir a ajuda de Jesus para a solução do problema em questão. O segundo passo é a ação. Alguém tem de ceder, alguém tem de dar o primeiro passo em direção do outro. Faça isso confiando na força De Jesus. Ele não falha, a menos que você duvide. Porque Deus sempre conduz as pessoas para a reconciliação.

Prezados irmãos. Jesus hoje nos chama a conversão. Ele avisou a Zaqueu que iria visitar a sua casa. Viu? Não somos nós que nos escolhemos, mas sim, Deus nos escolhe, e espera a nossa acolhida. Ele conta com a nossa acolhida. Não o desaponte!

Ao subir na árvore para ver Jesus que ia passando, Zaqueu mostrou o seu interesse pelo Mestre. Mostrou com aquele gesto que ele estava pronto para acolher Jesus e para mudar a sua vida.

Será que nós estamos dispostos, prontos para acolher Jesus em nossas vidas?

Meu irmão, minha irmã. Não fique aí parado(a) pensando nos seus pecados e se achando indigno(a) de receber Jesus em sua vida, como o fez Zaqueu. Homem que vivia roubando, mas tinha o seu lado bom, lado bom esse o qual foi visto e enaltecido pelo Mestre.

'Zaqueu, desce depressa! Hoje eu devo ficar na tua casa.' Ele desceu depressa, e recebeu Jesus com alegria.
Faça isso, meu irmão! Receba Jesus com alegria e com aquela disposição de quem quer se converter.

Cada um de nós temos o nosso lado bom. Pode ser o maio bandido. Ele tem sempre uma coisa boa em sua personalidade. E essa parte boa nós devemos explora para poder salvá-lo, para poder convertê-lo.

A conversão começa com a reconciliação com o irmão. Jesus nos deixou isso muito bem claro: A reconciliação com o irmão é tão importante que Jesus disse: “antes de apresentar a tua oferta no altar se te lembrares que teu irmão tem alguma coisa contra ti, primeiro vai te reconciliar com ele...” , o amor aos inimigos e a oração pelos perseguidores, a oração ao Pai "em segredo" (Mt 6,6), a não-multiplicação das palavras, o perdão do fundo do coração na oração, a pureza do coração e a busca do Reino. Essa conversão é inteiramente orientada para o Pai; é filial.

A Conversão do mundo começa primeiro com a minha conversão. Ou seja, primeiro eu me aproximo de Deus, mudo a minha vida, para depois poder mudar o mundo. O processo de conversão dos nossos irmãos não acontecerá sem que primeiro o evangelizador não mudar a si mesmo, não converter-se primeiro.

A partir do momento que acontece a conversão individual, pode-se e deve-se pensar na conversão social. E é bom não nos esquecer que sem o auxílio da graça, da força de Deus, nós os transformadores do mundo seríamos incapazes de operar ou conseguir alguma coisa. Isto porque não obstante a nossa boa vontade, nosso preparo, somos apenas e tão somente instrumentos de conversão. Fazemos a nossa parte, e Deus faz a melhor parte.

Visto que o mal no mundo é fruto da falta de conversão, do mesmo modo a caridade geradora da paz e da harmonia na sociedade, não vigora se nós não fizermos a nossa parte. Não basta rezarmos pela conversão e pela não violência, se não levantamos uma palha, se permanecermos de braços cruzados com relação à conversão social e do mundo que está entregue às forças do mal.

Incentivar a caridade, seria o balde de água na fervura do mal, seria mostrar aos homens e mulheres, o amor de Deus e ao próximo como a única solução para a conversão e salvação do mundo atual. Pois a caridade representa o maior mandamento social. Significa respeitar o irmão e preservar seus direitos. A caridade exige a prática da justiça, e só ela nos torna capazes de praticar os ensinamentos de Jesus Cristo. A caridade nos inspira uma vida de auto-doação, geradora de conversão diária que é o que nós estamos precisando: "Quem procurar ganhar sua vida vai perdê-la, e quem a perder vai conservá-la" (Lc 17,33).

Caríssimo. Vamos responder sim ao convite para a conversão que Jesus nos faz através das liturgia de hoje. Pois para que o ato de fé seja verdadeiro e sincero, o homem deve responder ao chamado de Deus, crendo por livre vontade. Porque ninguém deve ser forçado contra sua vontade a abraçar a fé. Pois o ato de fé, o ato de dizer “SIM” ao chamamento Deus, é por si, e por natureza, um ato voluntário. Zaqueu voluntariamente recebeu Jesus e imediatamente se prontificou a devolver tudo o que havia roubado e mais um pouco.

Deus chama a cada um de nós para servi-lo em espírito e verdade através da evangelização. Com isso os homens são obrigados em consciência, mas não são forçados... Nós, catequistas também não podemos e nem devemos forçar ninguém a seguir Jesus. Foi o que Jesus Cristo fez para nos dar o exemplo. Ele convidou todos à fé, e à conversão, mas de modo algum coagiu ninguém a obedecê-lo. Jesus deu testemunho da verdade, mas não quis impô-la pela força aos que a ela resistiam. Seu reino... se estende graças ao amor com que Cristo, exaltado na cruz, atrai a si os homens."

Jesus deixou isso bem claro quando foi para a residência de Zaqueu e de outros pecadores: "Não vim chamar justos, mas sim os pecadores" (Mc 2,17). Simplesmente com a sua visita, com a sua presença, Jesus convida-os à conversão, sem a qual não se pode entrar no Reino, mostrando-lhes, não somente com palavras mas acima de tudo com atos, que a misericórdia sem limites do Pai por eles é a imensa: "...haverá mais alegria no céu por um único pecador que se arrepende" (Lc 15,7).

O apelo de Cristo à conversão continua hoje a soar nos nossos ouvidos. Neste instante, ao ler este texto, Jesus está convidando você à conversão, e mais, Ele convida você a se preparar e converter os demais irmãos do mundo que ainda não foram atingidos pela mensagem de Cristo. E este processo de conversão é uma tarefa ininterrupta para toda a Igreja, que reúne em seu próprio seio os pecadores e que sendo ao mesmo tempo santa e sempre, na necessidade de purificar-se, busca sem cessar a penitência e a conversão diária. Este esforço de conversão não é apenas uma obra humana. Ele acontece pela força de atração gerada pala graça de Deus que nos amou primeiro.

O desenrolar do processo da conversão e da penitência foi maravilhosamente explicado pelo próprio Jesus na parábola do "filho pródigo", cujo centro é O pai misericordioso é Deus. O jovem é aquele que levado pelo fascínio de uma liberdade ilusória, abandona a casa paterna; a extrema miséria em que se encontra o filho depois de esbanjar sua fortuna; a profunda humilhação de ver-se obrigado a cuidar dos porcos e, pior ainda, de querer matar a fome com a sua ração; a reflexão sobre os bens perdidos; produz o arrependimento e a decisão de voltar à casa do Pai e declarar-se culpado.

Usando de palavras simples e mediante uma estória por Ele mesmo inventada, Jesus nos explica todo o processo de conversão, mostrando que o Pai misericordioso às vezes permite a desgraça par nos chamar de volta. Não se trata de vingança. Pois aquele jovem, assim como acontece conosco, buscou toda aquela encrenca com as suas próprias mãos quando preferiu sair da casa do pai e se aventurar pela vida seguindo caminhos de prazeres e de falsa liberdade.

Meu irmão, minha irmã. Atenda hoje, agora o chamado de Jesus para voltar à casa do Pai misericordioso! Ele está chamando você através desta leitura (palestra). Não resista ao amor de Deus! Não resista ao seu chamado! Faça como Saqueu. Acolha Jesus e prometa que vai não só parar de seguir o caminho errado na sua vida, assim como vai reparar enquanto é tempo, todo o mal que você fez aos outros. Aqueles que você não conseguir reparar, conte com a misericórdia de Deus. Por isso, é indispensável procurar um sacerdote para uma boa confissão. Amém.

Sal.

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AQUELE QUE SE DEIXAR OLHAR POR JESUS E ATENDER AO SEU CONVITE, TERÁ A SUA VIDA TRANSFORMADA.

O homem vive buscando Aquele que pode lhe dar a paz e serenidade, no entanto, muitas vezes não consegue pela própria vida que leva, pelas ocupações e preocupações, pelos afazeres, enfim, por tantas coisas lícitas e ilícitas que ele pratica! Todavia, aquele que se deixar olhar por Jesus e atender ao seu convite, terá a sua vida salva e verá aqui na terra dos viventes o supremo bem de uma vida transformada. A experiência de Zaqueu ao ter um encontro pessoal com Jesus levou-o ao arrependimento e, por conseguinte, a ter um gesto concreto de penitência. Embora, ele fosse um pecador público, pela narrativa nós percebemos que ele mesmo provocou aquele encontro com Jesus.

O seu gesto de subir na árvore significa para nós o esforço que nós devemos fazer para nos reconciliar com Deus, apesar da multidão que nos atrapalha e tenta nos impedir de fazê-lo. A árvore pode ser uma pessoa amiga em quem nos apoiamos ou alguém que nos leva para um grupo de oração ou a algum lugar no qual nós podemos conhecer Jesus. Jesus está atento a todo e qualquer gesto nosso que possa sugerir um desejo de conversão e mudança de vida. Porém, Ele não quer que fiquemos em cima da árvore, ou melhor, dependendo que alguém nos apresente a Ele.

Por isso, Ele nos manda também descer da árvore para que nós possamos levá-Lo para a nossa casa. “Hoje eu devo ficar na tua casa”, disse Jesus a Zaqueu. O homem que recebe Jesus Cristo na sua casa terá encontrado a verdadeira bem-aventurança. É na nossa casa, no nosso interior que o Senhor deseja permanecer. É no convívio do nosso coração que o Senhor faz a sua obra de misericórdia acontecer nos levando a um arrependimento sincero, a ponto de também nós, devolvermos tudo o que havíamos usurpado antes. Zaqueu, cobrador de impostos, ficou rico com o dinheiro que tomava dos pobres, nós, podemos não fazer o mesmo, mas, ficamos devendo a nós mesmos, o amor que podíamos ter usufruído antes, o qual poderia ter sido também partilhado com as pessoas com as quais convivemos. Não podemos nos esconder no meio da multidão, debaixo dos nossos pecados e das nossas faltas do passado.

Precisamos também, como Zaqueu, procurar Jesus, desejando uma verdadeira conversão de vida. Jesus também quer entrar na nossa casa e permanecermos junto da nossa família, por isso, nós podemos ser para eles uma árvore que dá apoio, que sustenta e faz com que tenham um encontro pessoal com a salvação.Meu irmão , minha irmã reflita:Quem faria o papel de multidão hoje para você não conseguir enxergar Jesus? Quem foi para você, a árvore que o fez ver Jesus? Você já desceu da árvore? Jesus já está morando no seu coração ou você ainda depende de alguém para encontrá-Lo? O que pode estar impedindo você de receber Jesus na sua casa, no seu coração?

Amém

Abraço carinhoso

Maria Regina

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ZAQUEU QUERIA VER JESUS

O Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido.

Este Evangelho narra o encontro de Jesus com Zaqueu. Ele queria ver Jesus. Não apenas ver. O que aconteceu depois mostrou que Zaqueu queria de corpo e alma ver Jesus.

Ele tinha na frente dois obstáculos: A multidão que o impedia de aproximar-se de Jesus, e a sua baixa estatura.

Correu na frente da multidão e subiu em uma árvore. Pronto, superou os dois obstáculos. Nós encontramos na vida muitos obstáculos que nos impedem de nos aproximar de Jesus. Mas nenhum deles é insuperável; com esforço e criatividade, podemos vencer todos.

Zaqueu expôs-se ao ridículo. Imagine um homem conceituado na cidade, trepado numa árvore! Quando queremos encontrar-nos com Deus, precisamos aproveitar as oportunidades, sem nenhum respeito humano.

Interessante: Zaqueu se interessava por Jesus e Jesus se interessava por Zaqueu. Já antes da cena, Jesus tinha planejado ficar na casa dele. Na verdade, Deus é que prepara as ocasiões para o nosso encontro com ele. Quando vamos a ele com a farinha, ele já vem ao nosso encontro com o bolo pronto!

Deus nos chama pelo nome. Como deve ter sido gratificante para Zaqueu, ouvir Jesus falar o seu nome! “Chamei-te pelo teu nome, tu és meu” (Is 43,1).

“Desce depressa!” Não só da árvore; humilha-te, torna-te simples criatura de Deus, e ele te abraçará.

Zaqueu acolheu Jesus de forma ampla: no seu coração, na sua casa com tudo o que havia dentro: família, pertences... E o resultado foi a alegria.

A nossa conversão tem de ser ampla. Não é possível ser amigo de Jesus e continuar apegado, por exemplo, ao dinheiro. Se um copo tem um líquido e nós despejamos outro líquido em cima, aquele que estava no copo transborda e cai para fora. Assim queremos que Jesus faça conosco; que ele tome conta de nós. Não queremos ser como o jovem rico, que preferiu seus bens ao seguimento de Jesus. O nosso modelo de conversão é Zaqueu.

A crítica dos fariseus -“Ele foi hospedar-se na casa de um pecador!” – converte-se em alegria para nós, pois, mesmo que estejamos cheios de pecados, Jesus poderá vir a nós também. O importante é abrir a nossa porta, mesmo que a casa esteja suja, e dizer a Jesus: entre na minha casa, Senhor, coma e beba, depois nós conversaremos.

Quais os obstáculos que me impedem de um encontro mais profundo com Deus? De que modo estou procurando superá-los? Tenho coragem de devolver quatro vezes mais às pessoas que defraudei, e, se Deus me pedir, de dar a metade dos meus bens aos pobres? O respeito humano tem me impedido de participar mais ativamente da Comunidade cristã?

“Discípulos e missionários de Jesus Cristo, para que nossos povos tenham mais vida nele.” Mesmo que critiquem, nós queremos ir atrás das pessoas afastadas e mergulhadas no pecado como Zaqueu. “O Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido”.

Certa vez, um palestrante sentou-se numa cadeira, agarrou-se com as duas mãos no encosto da cadeira, e fez uma bela oração de entrega a Deus: “Senhor, estou disponível; pode me chamar. Estou aqui, chama-me para qualquer coisa que o Senhor quiser!...” Como que Deus vai chamar uma pessoa nessas condições?!

Quando rezarmos, que larguemos o encosto da cadeira, isto é, que coloquemos sobre a mesa tudo o que é nosso, como fez Zaqueu, como fez Maria, São Frei Galvão, Santa Paulina e tantos outros e outras, até conhecidos nossos, que já morreram!

Maria Santíssima tem um coração que é todo “sim” para Deus, e todo “sim” para nós, seus filhos e filhas. Maria do “sim”, rogai por nós!

O Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido.

Padre Queiroz

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Domingo, 31 de outubro de 2010andandocomobrasilmagiagifsgif.gif

"Nenhuma grande vitória é possível sem que tenha sido precedida de pequenas vitórias sobre nós mesmos." ( L. M. Leonov).

Lc 19,1-10

Professor Isaías da Costa

Entra na minha casa, entra na minha vida.

Entendendo o Evangelho!

No evangelho de hoje temos Zaqueu, o cobrador de impostos. Ele foi rejeitado pelo seu próprio povo, pois lucrava’ com a ocupação romana e arrecadação de impostos para o inimigo, mantendo uma quantidade suficiente para si mesmo. Ele se escondeu atrás de suas riquezas. Mas ele era uma alma perdida. E então um dia ele ouviu uma multidão vindo. Eles estavam ali para saudar este Jesus, o Messias. Zaqueu foi inicialmente nada mais do que curioso. Ele subiu numa árvore para ter uma idéia do grande homem. Mas então Jesus parou debaixo da árvore e olhou para ele. O Bom Pastor encontrou a ovelha perdida. Zaqueu desceu da árvore e prometeu a Deus. "Metade da minha pertença que eu dou aos pobres. Se eu tiver extorquido de alguém, eu vou lhe pagar quatro vezes ".

"Hoje, Zaqueu, a salvação entrou nesta casa." Zaqueu estava perdido há mais tempo. Jesus tinha encontrado, e ele respondeu. Ele agora encontra-se em Jesus Cristo.

Vivendo o Evangelho

Talvez alguns de nós tivemos momentos que realmente foram perdidos. Vamos à igreja toda semana, e isso é uma coisa muito boa. Mas às vezes estamos apenas passando as moções. Nós estamos a nos sentar, nos ajoelhar e cantar. Os momentos mais difíceis para nós, são muitas vezes os momentos de silêncio. Isso é frequentemente um sinal de que algo está muito errado. É difícil esconder o comportamento cristão.. Esses são os momentos em nossas consciências estão nos dizendo: eu estou perdido Talvez, eu nem deveria estar aqui

Mas nós estamos aqui. Estamos na Igreja. Talvez quando a gente andava pelas portas da Igreja, demos o primeiro passo para ver quem é Jesus. Andar através das portas da Igreja, é, para muitos, como subir a figueira para obter um vislumbre de Jesus. Nós certamente não esperamos que Jesus nos pare na multidão de adoradores. Mas ele faz. Ele fica embaixo da árvore de que cada pessoa subiu na vida, a árvore que muitos de nós estamos e diz: "Carlos, Maria, José, Silvia, Zaqueu, desce daí. Quero ficar em sua casa hoje à noite e de agora em diante."

Agora, somos confrontados com o que é realmente uma decisão fácil:?.. Queremos Jesus em nossa casa? Para isso teremos que abandonar o que não tem lugar na nossa casa, em nossas vidas É uma decisão. Nada pode superar a alegria abrangente de ter Jesus em nossas vidas.

Podemos ter perdido na multidão. Mas ele procurou por nós e nos chamou. E nós respondemos. E nós nos encontramos em Jesus Cristo.

Querido leitor quero convidá-lo uma vez a mais a mandar a história de quando Jesus entrou na sua casa. Ou seja, quando ele pediu para você descer da árvore. Envie para o meu e-mail.

SEJA SEMPRE FELIZ.

isaiasdacosta@hotmail.com

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A CONVERSÃO DE ZAQUEU

A liturgia deste domingo convida-nos a contemplar o quadro do amor de Deus. Apresenta-nos um Deus que ama todos os seus filhos sem excluir ninguém, nem sequer os pecadores, os maus, os marginais, os “impuros”; e mostra como só o amor é transformador e revivificador.

Na primeira leitura um “sábio” de Israel explica a “moderação” com que Deus tratou os opressores egípcios. Essa moderação explica-se por uma lógica de amor: esse Deus onipotente, que criou tudo, ama com amor de Pai cada ser que saiu das suas mãos – mesmo os opressores, mesmo os egípcios – porque todos são seus filhos.

O Evangelho apresenta a história de um homem pecador, marginalizado e desprezado pelos seus concidadãos, que se encontrou com Jesus e descobriu n’Ele o rosto do Deus que ama… Convidado a sentar-se à mesa do “Reino”, esse homem egoísta e mau deixou-se transformar pelo amor de Deus e tornou-se um homem generoso, capaz de partilhar os seus bens e de se comover com a sorte dos pobres.

A segunda leitura faz referência ao amor de Deus, pondo em relevo o seu papel na salvação do homem (é d’Ele que parte o chamamento inicial à salvação; Ele acompanha com amor a caminhada diária do homem; Ele dá-lhe, no final da caminhada, a vida plena)… Além disso, avisa os crentes para que não se deixem manipular por fantasias de fanáticos que aparecem, por vezes, a perturbar o caminho normal do cristão.

EVANGELHO (Lc 19, 1-10)

Comentário - Somos filhos amados de Deus

Há muitos que na vida aspiram subir de categoria social, de nível, de riquezas. Mas também é verdade que na mais tradicional espiritualidade cristã há toda uma linha que convida à humilhação, a se sentir sempre culpados e pecadores por tudo. Parece que a única forma de se apresentar ante Deus é a do publicano, tenha ou não tenha razão suficiente. Há que se humilhar, se alegrar com a ferida da culpabilidade. Só assim podemos, parecer, provocar a misericórdia de Deus.

A primeira leitura deste domingo põe-nos ante uma realidade muito diferente que me fez recordar um dos lemas que presidiam uma reunião de grupos de casais na que participei em meus primeiros anos de sacerdócio: “Deus não faz lixo.” Aquele lema fez-nos recordar a todos – tão inclinados a nos dar golpes no peito e pensar que não somos nada, que tudo fazemos mau, que somos culpado de tudo – que somos criaturas de Deus, que Deus nos criou. Essa origem é o que nos faz valiosos. Todo ser humano é valioso porque é criação de Deus, porque é filho ou filha de Deus por mais que com seu comportamento tenha ferido ou escondido essa realidade. Como diz a leitura da Sabedoria: “em todos os seres está teu espírito imortal”.

O que viam em Zaqueu seus conterrâneos

Este deveria ser o ponto de partida básico de nossa relação com Deus: somos seus filhos, criaturas suas, fruto de seu amor; como os demais: são nossos irmãos, são filhos de Deus como nós e dignos de seu amor e do nosso; e com a criação: ainda que inanimada é fruto também das mãos de Deus, há que a respeitar e a cuidar porque faz parte do rio da vida que Deus tem criado.

A partir disto talvez seja mais fácil compreender a atitude de Jesus ante Zaqueu, e ante os pecadores e marginalizados em general, ante todos os que sofriam de qualquer maneira. A gente do povo de Zaqueu viam-lhe como um explorador. Não era precisamente amor o que sentiam por ele. Há que ter em conta que naqueles tempos o chefe dos publicanos, dos que cobravam os impostos em nome do Império Romano não eram simplesmente empregados da Fazenda como em nossos dias. Os romanos tinham o estado reduzido ao mínimo e em lugar de ter um exército de servidores públicos subarrendavam a cobrança dos impostos.

Isto é, Zaqueu tinha firmado uma espécie de contrato pelo qual se comprometia a entregar aos romanos uma quantidade determinada todos os anos. O resto era seu problema. Entende-se por que se diz dele que era um homem rico? Entende-se porque Mafalda diz em uma de suas atiras geniais que “ninguém pode amassar uma fortuna sem antes fazer farinha dos demais”. Entende-se por que seus paisanos o viam como um explorador? Estou seguro de que hoje conhecemos também pelo nome a outros “exploradores”.

O que Jesus via em Zaqueu

Pois bem, Jesus olha a Zaqueu e descobre nele outra realidade mais profunda e determinante. O de ser explorador ou rico ou má pessoa não passa de ser um acidente, algo que pode mudar e mudará. O mais importante é a realidade básica: é um filho de Deus, é um homem que precisa conhecer a misericórdia e o amor de Deus. Tem buscado a segurança em suas riquezas, na exploração a seus irmãos. Jesus convida-se para ficar na casa de Zaqueu, para que ele se sinta de novo como o que é: filho de Deus.

Essa aproximação provoca a mudança em Zaqueu. Devolverá com acréscimos seus bens àqueles aos que tem roubado, compartilhará o que tem com os pobres. Jesus descobriu-lhe seu ser autêntico e sente-se em família com todos seus irmãos e irmãs. Deve-se sublinhar que a mudança não foi fruto da ameaça do inferno. Também Jesus não fez nenhum tipo de denúncia profética deixando ao descoberto a injustiça de seu comportamento. Jesus faz com os fariseus, mas não neste caso. Aqui só se aproximou a ele e o convidou para voltar para sua casa. Zaqueu era um homem que tinha encontrado a segurança em suas riquezas, mais era também, talvez por isso mesmo, um marginalizado social. Jesus integrou-lhe na grande família dos filhos de Deus, essa família que não exclui a ninguém. Por uma razão simples: porque Jesus veio buscar o que estava perdido.

Teríamos que aprender com Jesus a olhar a nossos irmãos com os mesmos olhos que Ele nos olha. E a nós mesmos. Podemos ter feito muitas coisas más, mais sempre seremos filhos de Deus. Nada nem ninguém nos poderá tirar isso. Nem nós mesmos. Nosso valor não reside no que fazemos ou não fazemos senão no fato de que somos fruto constante do amor de Deus. Por isso, como diz Paulo na segunda leitura, oramos pelos demais sempre para que sua dignidade de filhos brilhe sempre, para que brilhe tudo de valioso que está em nosso interior. Para que se manifeste o que está escondido.

Pe. Fernando Torres Pérez cmf

Fonte: http://www.ciudadredonda.org/

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Homilia do Mons. José Maria – XXXI Domingo do Tempo Comum (Ano C)

A Conversão de Zaqueu

O Evangelho (Lc. 19, 1-10) fala-nos do encontro misericordioso de Jesus com Zaqueu. O Senhor passa por Jericó, a caminho de Jerusalém! Uma multidão apinhava-se nas ruas por onde o Mestre passava e lá no meio da multidão encontrava-se um homem chefe dos publicanos e rico, bem conhecido em Jericó pelo seu cargo.

Os publicanos eram cobradores de impostos. O imposto era fixado pela autoridade romana e os publicanos cobravam uma sobretaxa, da qual viviam. Isto prestava-se a arbitrariedades, razão pela qual eram facilmente hostilizados pela população.

São Lucas diz que Zaqueu procurava ver Jesus para conhecê-Lo, mas não podia por causa da multidão, pois era muito baixo. Mas o seu desejo é eficaz! Para conseguir realizar o seu propósito, começa por misturar-se com a multidão e depois, sem pensar no ridículo da sua atitude, correndo adiante subiu a um sicômaro para ver Jesus, que devia passar por ali. Não se importa com o que as pessoas possam pensar ao verem um homem da sua posição começar a correr e depois subir numa árvore. É uma formidável lição para nós que, acima de tudo, queremos ver Jesus e permanecer com Ele.

Que o Senhor aumente em nós o desejo sincero de vê-Lo! Eu quero realmente ver Jesus? – perguntava o Papa João Paulo II ao comentar esta mensagem do Evangelho –, faço tudo o que posso para poder vê-Lo? Este problema, depois de dois mil anos, é tão atual como naquela altura, quando Jesus atravessava as cidades e povoados da sua terra. E é atual para cada um de nós pessoalmente: quero verdadeiramente contemplá-Lo, ou não será que venho evitando encontrar-me com Ele? Prefiro não vê-Lo ou que Ele não me veja? E se já o vislumbro de algum modo, não será que prefiro vê-Lo de longe, sem me aproximar muito, sem me situar claramente diante dos seus olhos…, para não ter que aceitar toda a verdade que há nEle, que provém dEle?

Qualquer esforço que façamos por aproximar-nos de Cristo é amplamente recompensado. Disse Jesus: “Zaqueu desce depressa! Hoje Eu devo ficar na tua casa” (Lc 19, 5). Que alegria imensa! Zaqueu, que já se dava por satisfeito de vê-Lo do alto de uma árvore, ouve Jesus chamá-lo pelo nome, como a um velho amigo, e, e com a mesma confiança, fazer-se convidar para sua casa. Comenta Santo Agostinho: “Aquele que tinha por coisa grande e inefável vê-Lo passar, mereceu imediatamente tê-Lo em casa.” O Mestre, que tinha lido no coração do publicano a sinceridade dos seus desejos, não quis deixar passar a ocasião. Zaqueu descobre que é amado pessoalmente por Aquele que se apresenta como o Messias esperado, sente-se tocado no íntimo do seu espírito e abre o seu coração.

Zaqueu está agora com o Mestre, e com Ele tem tudo. Mostra com atos a sinceridade da sua nova vida; converte-se em mais um discípulo do Mestre.

O encontro com Cristo leva-nos a ser generosos com os outros, a compartilhar imediatamente com quem está mais necessitado o muito ou o pouco que temos.

“Hoje entrou a salvação nesta casa” (Lc 19, 9). É um convite à esperança: se alguma vez o Senhor permite que passemos por dificuldades, se nos sentimos às escuras e perdidos, temos de saber que Jesus, o Bom Pastor, sairá imediatamente em nossa busca. Diz Santo Ambrósio: “O Senhor escolhe um chefe de publicanos: quem poderá desesperar se ele alcançou a graça?” O Senhor nunca se esquece dos seus.

A figura de Zaqueu deve ajudar-nos a nunca dar ninguém por perdido ou irrecuperável.

Não duvidemos nunca do Senhor, da sua bondade e do seu amor pelos homens, por muito extremas ou difíceis que sejam as situações em que nos encontremos ou em que se encontrem as pessoas que queremos levar até Jesus. A sua misericórdia é sempre maior do que os nossos pobres raciocínios.

Mons. José Maria Pereira

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Homilia do Padre Françoá Costa – XXXI Domingo do Tempo Comum (Ano C)

Atravessando a cidade

Uma das expressões que o Evangelho de hoje utiliza parece-me de um grande valor significativo: Jesus estava “atravessando a cidade” de Jericó. Anos, decênios, séculos, milênios atrás, outro Jesus atravessou Jericó. Refiro-me a Josué. Sabe-se que a palavra Jesus é a transcrição grega da palavra Yeschowah, que significa “O Senhor (Javé) é o Salvador”. Os nomes de Jesus e de Josué são, portanto, o mesmo nome.

A narração da conquista de Jericó é grandiloquente. A arca do Senhor presidia aquela imponente procissão, sete sacerdotes tocavam as trombetas diante da arca e, diante dos sacerdotes, um exército em ordem de batalha. Durante seis dias, o Povo de Deus dava uma volta ao redor de Jericó; no sétimo dia, porém, sete voltas, toque de trombetas, gritos do povo e muralha ao chão. Jericó já estava derrotada! A Sagrada Escritura no diz que eles “tomaram a cidade e votaram-na ao interdito, passando a fio de espada tudo o que nela se encontrava, homens, mulheres, crianças, velhos e até mesmo os bois, as ovelhas e os jumentos” (Js 6,21). Barbaridade!

No Novo Testamento, o Novo Josué não tinha como objetivo destruir os muros de Jericó, o que Jesus queria era derrubar os muros do coração de Zaqueu que, por contraste, “era de baixa estatura” (Lc 19,3). Ademais, Zaqueu não pôs resistência ao chamado de Jesus. Zaqueu era uma dessas pessoas que podemos chamar “um homem de boa vontade”: ele queria ver a Jesus; rico como era, fez o esforço de subir a um sicômoro para ver a um profeta; quando Jesus o chamou, esse bom homem não só aceita com toda alegria que Jesus entre na sua casa, mas é tão generoso que ao descobrir o tesouro da amizade de Jesus, relativiza totalmente aquilo que ele tanto desejou e conquistou durante a sua vida, dinheiro. Jesus votou o coração de Zaqueu ao interdito, passando a fio de espada os vícios que nele se encontrava.

Deixemos que Jesus passe pelas nossas vidas. Ele não quer entrar na nossa cidade interior como entrou Josué em Jericó, mas à semelhança do que aconteceu com Zaqueu. Tanto é assim que se nós não deixarmos cair as muralhas do nosso coração, ele não entrará. Talvez em algum momento também nós, os cristãos, desejamos que Jesus atue à maneira antiga de pensar: forçando aos pobres mortais a dobrarem os joelhos diante dele, a reconhecerem que só há um Deus e que devem abandonar a sua vida de pecado; obrigando a que todos o sirvam; obrigando a que o mundo seja mais justo, mais solidário, mais fraterno; que ele não permita jamais um terremoto, um furacão ou uma enchente destruidora das melhores colheitas; que ele não deixe, por nada do mundo, que tenhamos enfermidades, guerras, matanças, fome, bombas atômicas, drogas etc. Gostaríamos que Deus fosse mais autoritário, mais forte, mais rigoroso, que resolvesse de uma vez por todas os graves problemas da humanidade. Até parece que gostaríamos que Deus suprimisse para sempre a nossa liberdade, a nossa capacidade de fazer o bem e fazer o mal, de que nos transformasse em meros robôs e que o mundo fosse uma espécie de jogo de videogame onde Deus, como é inteligente, sempre ganha a batalha. Mas… como seria triste! Nós, criaturas inteligentes e com uma capacidade enorme de amar, transformados em máquinas! Não! Deus não quis que fosse assim, não quis que fôssemos como pedras ou madeiras. Ele nos amou e o seu amor foi a causa da nossa existência. Deus nos fez à sua imagem e semelhança para que – inteligentes, criativos, com vontade e memória, cheios da sua graça – pudéssemos embelezar esse mundo e a vida dos nossos irmãos.

Permitamos, portanto, que Jesus passe ao seu estilo, com a sua mansidão, bondade e generosidade, contando conosco para que lhe ofereçamos um banquete e sejamos amáveis com os nossos semelhantes. Ele também quer escutar aquilo que queremos – voluntariamente e movidos por sua graça – dizer-lhe: “Senhor, vou dar a metade dos meus bens aos pobres e, se tiver defraudado alguém, restituirei o quádruplo” (Lc 19,8). A resposta de Jesus? É a mesma: “Hoje entrou a salvação nesta casa” (Lc 19,9). A partir desse momento, veremos de outra maneira a respiração da terra durante os seus imponentes vulcões; a confiança que Deus tem no ser humano ao fazê-lo livre; a grandeza da liberdade humana que pode dirigir-se tanto ao bem quanto ao mal. Ah, e não nos esqueçamos de que também é bom aceitar os limites da nossa inteligência humana à hora de tentar compreender os mistérios da natureza, da graça e da glória. Deus é sábio, entreguemo-nos a ele. Sem dúvida, quanto mais estivermos nas suas mãos, mais entenderemos quais são os seus planos para o mundo, para a humanidade e para a nossa própria vida. Somente quem está insertado na vida de Deus pode entender o que pode vir a ser a vida dos homens.

Pe. Françoá Costa

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Homilia de Dom Henrique Soares da Costa – XXXI Domingo do Tempo Comum (Ano C)

Sb 11,22 – 12,2
Sl 144
2Ts 1,11 – 2,2
Lc 19,1-10

Comecemos nossa meditação da Palavra deste Domingo pelo Evangelho. Aí, a miséria corre para ver a Misericórdia, o homem corre para encontrar Deus…

Quem é este Zaqueu, este baixinho ansioso do Evangelho de hoje? É um publicano – como o homem que rezava compungido no Domingo passado. Um publicano é um pecador público, cobrador de impostos para os romanos e, por isso, odiado pelos judeus. Os publicanos muitas vezes extorquiam o povo. Talvez fosse o caso de Zaqueu, pois ele “era chefe dos publicanos e muito rico”. Certamente, tanto mais odiado quanto mais rico…

Pois bem, é um homem assim que correu e subiu numa figueira para ver o Senhor. Imaginemos a cena: Zaqueu esquece sua pose, sua respeitabilidade, sua posição. Aquele homem rico devia também ser sozinho, amargurado na sua riqueza, que o tornava um rejeitado por todos e um excluído da comunidade do Povo de Deus. Zaqueu certamente ouvira falar de Jesus, de sua misericórdia, de sua bondade, de sua mansidão. Não era ele que acolhia os pecadores? Não era ele que comia com os publicanos? Não tinha ele um publicano, Mateus, como um dos Doze? Por isso, não hesita em subir numa figueira, não tem medo do ridículo! Quer ver Jesus, nem que fosse às escondidas… Quem dera que fôssemos assim, que não deixássemos o Senhor passar em vão no caminho da nossa vida! E aí vinha Jesus… O coração de Zaqueu certamente disparou… Jesus vai passando, acompanhado, cercado por uma multidão barulhenta. Aí, então, para surpresa de todos e desespero de Zaqueu, ele pára, olha pra cima… Imaginemos os risos, a mangação, a situação de ridículo na qual o pobre Zaqueu encontrou-se! Mas, Jesus é surpreendente – ele sempre nos surpreende; ele é maravilhosamente surpreendente! “Zaqueu – chama-o pelo nome. Conhecia-o! – Desce depressa! Hoje eu devo ficar na tua casa!” Era demais para Zaqueu: o mundo desaparecera; a mangação não tinha importância… Naquela hora, naquele momento só existitam Jesus e ele! E Jesus o chamava pelo nome! Enquanto todos o rejeitavam, Jesus, chamava-o pelo nome, como a um amigo, como a um conhecido, e oferecia-se para se hospedar na sua casa! “Ele desceu depressa, e recebeu Jesus com alegria”. Contemplemos o amor de Deus, amor misericordioso, que alegra, renova, transforma a existência e dá um novo sentido para a vida!

Qual o resultado desta visita do Senhor, deste acolhimento de Zaqueu? “Senhor, eu dou a metade de meus bens aos pobres, e se defraudei alguém, vou devolver quatro vezes mais!” Zaqueu fizera experiência do amor de Deus, Zaqueu acolhera esse amor, deixara-se amar e, agora, transborda em arrependimento, amor e misericórdia para com os outros! Que pena que não compreenderam isso, e começaram a murmurar contra Jesus…

Quem dera que da escuta da Palavra deste Domingo aprendêssemos quem é o nosso Deus, como age seu coração, e como nós deveríamos reagir! Pensemos no coração de Deus não a partir dos nossos sentimentos mesquinhos, mas a partir das palavras comoventes do Livro da Sabedoria: um Deus tão grande, tão imensamente maior que tudo quanto existe, tão imensamente para lá de tudo quanto possamos imaginar… “Senhor,o mundo inteiro, diante de ti, é como um grão de areia na balança, uma gota de orvalho da manhã que cai sobre a terra”. E, no entanto, ele se inclina com carinho sobre o mundo: dele cuida, sustenta-o, compadece-se de suas criaturas e nos perdoa as loucuras, ingratidões e pecados: “De todos tens compaixão, porque tudo podes. Fechas os olhos aos pecados dos homens, para que se arrependam. Sim, amas tudo o que existe, e não desprezas nada do que fizeste; porque, se odiasses alguma coisa não a terias criado”… Admirado, o autor sagrado exclama: “A todos tu tratas com bondade, porque tudo é teu, ó Senhor, Amigo da vida!” Que título comovente: Amigo da vida! Um Deus que somente é glorificado na nossa alegria, na nossa vida! Um Deus que sorri com o sorriso de Zaqueu, um Deus que se oferece para entrar na casa e no coração de um pecador perdido!

Quem dera que sejamos como Zaqueu; que desejemos vê-lo, que abramos para ele a nossa porta, que por seu amor mudemos nossa atitude, como esse publicano. São Paulo deseja, na segunda leitura de hoje, que o nome de Jesus seja glorificado em nós, na nossa vida… Seria, será glorificado, se abrirmos essa nossa vida fechada, mesquinha e cansada para o Senhor. Ele vem a nós cada dia, ele passa por nós de tantos modos: na Palavra, nos irmãos, nas situações, nos desafios, nos sofrimentos, nas provas… Quem dera que o reconhecêssemos, como Zaqueu… Saber acolhê-lo nas suas vindas é glorificá-lo agora e preparar-se bem para a sua Vinda, no fim dos tempos, aquela da nossa união definitiva com ele, de que fala o Apóstolo na leitura de hoje.

Que o Senhor nos dê a ânsia e a graça que concedeu a Zaqueu. Amém.

Dom Henrique Soares da Costa

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ZAQUEU RECEBEU JESUS COM ALEGRIA

Caros irmãos e irmãos a cena evangélica de Zaqueu é ilustrativa. Zaqueu foi encontrado por Jesus. Jesus foi a sua casa.

A casa que interessa a Jesus não era a residência de Zaqueu e sim seu coração. Sua família. Zaqueu o recebeu com alegria. Antes ele encheu a casa de riquezas. Agora ele recebe o maior tesouro = Jesus. Esse passou a ser o mais importante. Ele pensa consigo mesmo: que privilégio o meu. Jesus parou bem perto de mim e vem na minha casa! Foi para casa com um sorriso enorme nos lábios e com muita alegria no coração.

Como Tobias ele deve ter dito a sua mulher já que Jesus esta aqui: “Oremos e imploremos a nosso Senhor que nos conceda misericórdia e salvação... – Sê misericordioso comigo e com ela”.

Zaqueu foi humanizado por Jesus. O amor só é lindo, queridos irmãos, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que pudermos ser.

Zaqueu não pensou em nada: fixou-se apenas no melhor: ver Jesus. Não pensou na sua vida errada, nas pessoas ao redor, limitação físicas.

Então estimados, Jesus se agrada muito quando as nossas atitudes em buscá-Lo são firmes, fortes, intensas e decididas.

Talvez hoje eu esteja falando para um casal que esteja completamente distante de Deus. Jesus entrou e saiu de sua casa. Lembre-se meu amigo, lembre-se minha amiga, Jesus veio buscar e salvar uma família que estava perdida. Jesus está passando hoje e deseja pousar em sua casa.

Outro dia alguém disse a um casal antes do casamento: Na hora de maior dificuldade entre vocês segurem um na mão do outro, olhem-se nos olhos e lembre-se que juraram estar juntos também nesses momentos. E eu disse a eles se fizerem isso Jesus está em vossa casa.

Quantos mulheres (homens) me dizem padre meu marido é muito bom pra mim.

Eu pergunto o que é ser um bom marido? “Porque construímos nosso amor na compreensão, na aceitação, cooperação, na verdade, no diálogo. Eu sei o que o machuca ela sabe o que me machuca. Evitamos palavras, gestos e atitudes que possa ferir o outro. Juntos esforçamos para errar o menos possível”. Se isso acontecer em vossa vida Jesus está em vossa casa.

Quando duas pessoas cuidam um do outro, respeitem um ao outro. E sentem a alegria de pertencerem um ao outro. Jesus esta nessa casa.

Queridos quando Jesus está na vida de um casal, que venham provações, que venha perseguições, que venha dificuldades. Que venham enfermidades, ou morte, a sua fé nunca vai desmoronar porque permanecem em Cristo e Cristo em vós.

Pe Vicente Paulo Braga, FAM

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O FILHO DO HOMEM VEIO PROCURAR E SALVAR O QUE ESTAVA PERDIDO.

Este Evangelho narra o encontro de Jesus com Zaqueu. Ele queria ver Jesus. Não apenas ver. O que aconteceu depois mostrou que Zaqueu queria de corpo e alma ver Jesus.

Ele tinha na frente dois obstáculos: A multidão que o impedia de aproximar-se de Jesus, e a sua baixa estatura.

Correu na frente da multidão e subiu em uma árvore. Pronto, superou os dois obstáculos. Nós encontramos na vida muitos obstáculos que nos impedem de nos aproximar de Jesus. Mas nenhum deles é insuperável; com esforço e criatividade, podemos vencer todos.

Zaqueu expôs-se ao ridículo. Imagine um homem conceituado na cidade, trepado numa árvore! Quando queremos encontrar-nos com Deus, precisamos aproveitar as oportunidades, sem nenhum respeito humano.

Interessante: Zaqueu se interessava por Jesus e Jesus se interessava por Zaqueu. Já antes da cena, Jesus tinha planejado ficar na casa dele. Na verdade, Deus é que prepara as ocasiões para o nosso encontro com ele. Quando vamos a ele com a farinha, ele já vem ao nosso encontro com o bolo pronto!

Deus nos chama pelo nome. Como deve ter sido gratificante para Zaqueu, ouvir Jesus falar o seu nome! “Chamei-te pelo teu nome, tu és meu” (Is 43,1).

“Desce depressa!” Não só da árvore; humilha-te, torna-te simples criatura de Deus, e ele te abraçará.

Zaqueu acolheu Jesus de forma ampla: no seu coração, na sua casa com tudo o que havia dentro: família, pertences... E o resultado foi a alegria.

A nossa conversão tem de ser ampla. Não é possível ser amigo de Jesus e continuar apegado, por exemplo, ao dinheiro. Se um copo tem um líquido e nós despejamos outro líquido em cima, aquele que estava no copo transborda e cai para fora. Assim queremos que Jesus faça conosco; que ele tome conta de nós. Não queremos ser como o jovem rico, que preferiu seus bens ao seguimento de Jesus. O nosso modelo de conversão é Zaqueu.

A crítica dos fariseus -“Ele foi hospedar-se na casa de um pecador!” – converte-se em alegria para nós, pois, mesmo que estejamos cheios de pecados, Jesus poderá vir a nós também. O importante é abrir a nossa porta, mesmo que a casa esteja suja, e dizer a Jesus: entre na minha casa, Senhor, coma e beba, depois nós conversaremos.

Quais os obstáculos que me impedem de um encontro mais profundo com Deus? De que modo estou procurando superá-los? Tenho coragem de devolver quatro vezes mais às pessoas que defraudei, e, se Deus me pedir, de dar a metade dos meus bens aos pobres? O respeito humano tem me impedido de participar mais ativamente da Comunidade cristã?

“Discípulos e missionários de Jesus Cristo, para que nossos povos tenham mais vida nele.” Mesmo que critiquem, nós queremos ir atrás das pessoas afastadas e mergulhadas no pecado como Zaqueu. “O Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido”.

Certa vez, um palestrante sentou-se numa cadeira, agarrou-se com as duas mãos no encosto da cadeira, e fez uma bela oração de entrega a Deus: “Senhor, estou disponível; pode me chamar. Estou aqui, chama-me para qualquer coisa que o Senhor quiser!...” Como que Deus vai chamar uma pessoa nessas condições?!

Quando rezarmos, que larguemos o encosto da cadeira, isto é, que coloquemos sobre a mesa tudo o que é nosso, como fez Zaqueu, como fez Maria, São Frei Galvão, Santa Paulina e tantos outros e outras, até conhecidos nossos, que já morreram!

Maria Santíssima tem um coração que é todo “sim” para Deus, e todo “sim” para nós, seus filhos e filhas. Maria do “sim”, rogai por nós!

Padre Queiroz

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Domingo, 31 de outubro de 2010

31º Domingo do Tempo Comum

Santos do Dia: Ampliato, Urbano e Narciso (mártires de Roma), Antonino Fontana (bispo de Milão), Arnulfo de Novalese (monge, mártir), Bega de Cumberland (virgem), Eustáquio de Bizâncio (bispo, saudado pelo Apóstolo Paulo em Rm 16,9), Foliano de Fosses (abade, irmão de outros dois santos), Notburga de Colônia (virgem), Quintino de Amiens (mártir), Volfgango de Ratisbona (monge, bispo).

Primeira leitura: Sabedoria 11, 22-12,2.
Senhor, de todos tens compaixão, porque amas tudo o que existe.
Salmo responsorial: 144, 1-2.8-11.13-14.
Bendirei eternamente vosso nome; para sempre, ó Senhor, o louvarei!
Segunda leitura: 2Tessalonicenses 1, 11 - 2,2 .
O nome de nosso Senhor Jesus Cristo será glorificado em vós, e vós nele.
Evangelho: Lucas 19, 1-10 .
O Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido

A primeira leitura é uma bela oração meditativa sobre Deus, que nos possibilita fazer algumas reflexões.


Costumamos falar e escutar falar sobre Deus como algo já sabido, como algo que, por definição, não há necessidade de repensar. Isto começou a mudar, quando da “crise de Deus” (Gotteskreise, Juan Bautista Metz), crise que já ninguém considera conjutural ou passageira, mas epocal.

Algo muito profundo está mundo na cultura e na consciência humana, que faz com que esse conceito central que teve luz própria no centro do firmamento mental da humanidade durante os últimos milênios, o de Deus, se torne opaco e entre o que Martim Buber chamou de “eclipse de Deus”.


A leitura de hoje, do livro da sabedoria, fala muito corretamente de Deus e não o apresenta com nenhum dos traços eticamente inadequados, dos que temos tido que purificar tantas vezes a imagem de Deus. Não; este texto apresenta uma bela e impecável imagem de Deus sem deixar de utilizar uma linguagem “teista”.


A palavra “Deus” vem do deus latino, que por sua vez vem do theos grego. Ainda que o conceito tenha origens mais antigas, para nossa cultura ocidental foram eles, os filósofos gregos, os que o configuraram definitivamente. Sempre que dizemos deus estamos evocando o theos grego.

Não importa que às vezes queiramos matizar a palavra, pois ela está ocupada, e seu conceito associado está registrado no subconsciente coletivo, como um tipo de divindade que está “aí fora, aí em cima”, em uma espécie de segundo andar celestial, a partir de onde pode intervir em nosso mundo, para revelar-se, para agir, para reagir em função de sua maneira de ser, concebido muito antropomorficamente (os deuses pensam, amam, decidem, se ofendem, se arrependem assim como nós, que no final das contas, seríamos feitos “à sua imagem e semelhança” – e vice-versa?).


Conceber a razão e o mistério supremos da Realidade em forma de theos (em sentido genérico), isso é o que chamamos de “teísmo”. É um “modelo” de representação do Mistério, o mesmo que chamamos de Deus. Com muita freqüência esse “modelo” conceitual se tornou transparente e não temos sido conscientes de sua mediação.

Parece-nos como que nosso falar de Deus evocava automaticamente sua descrição direta, em vez de cair na conta de que simplesmente utilizávamos um modelo (theos), e que ao Mistério que denominávamos com esse nome, pode ser concebido com outros modelos sumamente diferentes.

Poderíamos, efetivamente, pensar – e amar – não teisticamente. Há religiões não teistas. O judeu-cristianismo teve uma exposição teista constante na história, porém hoje sabemos que ainda que o modelo teísta nos tenha acompanhado de modo permanente, não é essencial nem absolutamente inseparável.


Mais ainda. A evolução da espiritualidade – sem descartar o influxo de outras religiões – faz sentir a muitos cristãos um não dissimulado mal estar diante do uso e abuso do teísmo em nossa tradição. São cada vez mais os que advogam por colocar o teísmo em seu lugar, em uma consideração simplesmente mediacional: é uma mediação, com suas vantagens e suas dificuldades.

As dificuldades não são poucas, e são crescentes em nossa sociedade de mentalidade crítica; não faltam teólogos que postulam sua superação. A alternativa ao teísmo não é o ateísmo, obviamente, e sim o pós-teísmo: uma consideração e uma (não-) representação da Divindade para além do modelo do teísmo.

No evangelho de hoje, Jesus nos ensina que o Pai – Deus não deixa de ser o mesmo, sempre compassivo e sempre disposto a perdoar, amigo da vida, sempre saindo ao encontro de seus filhos e construindo com eles uma relação nova de amor.

As leituras deste domingo são uma preciosa descrição deste comportamento de Deus a respeito da pessoa humana. Dizem que Deus ama com entranhas de misericórdia tudo que existe, porque seu alento de vida está em todas as coisas.


O episódio da conversão de Zaqueu se encontra no itinerário ou “caminho”de Jesus a Jerusalém e somente o encontramos narrado pelo evangelho de Lucas. Nele se manifesta,uma vez mais, algumas características mais destacadas de sua teologia: a misericórdia de Deus para com os pecadores, a necessidade do arrependimento a exigência de renunciar aos bens, o interesse de Jesus por resgatar o que está “perdido”.

Este evangelho é uma ocasião excelente para recordar que estes são os temas que se destacam no material particular de tradição lucana e que ressaltam a predileção de Jesus pelos pobres, marginalizados e excluídos.


O relato nos mostra a pedagogia de Deus, na pessoa de Jesus, para com aqueles que agem mal. Deus é paciente e compassivo, lento para a ira e rico em misericórdia, corrige lentamente, respeita os ritmos e sempre busca a vida e a reconciliação. Nesse sentido, Deus é definido como “o amigo da vida”, e buscando esta sua autentica glória, vai em busca do pecador e o corrige, oferecendo-lhe o amor que o salva.


Certamente nós, por nossa incapacidade de acolher e perdoar, não teríamos considerado Zaqueu como um filho bem-aventurado de Deus, como não o consideraram seus concidadãos, que murmuraram contra Jesus dizendo: “Foi hospedar-se na casa de um homem “pecador”. Decididamente Jesus e seus coetâneos acreditavam em um Deus diferente.

Porém, pensavam isso também de forma diferente. Para o judaísmo da época o perdão era questão de ritos de purificação feitos no templo com a mediação do sacerdote, era um puro cumprimento; para Jesus, a oferta do perdão se realiza por meio do Filho do homem, já não no tempo, mas em qualquer casa, e com esse perdão se oferece também a libertação total do que oprime o ser humano.


Por isso, a atitude de Jesus é surpreendente, sai ao encontro de Zaqueu e lhe oferece seu amor: olha-o, fala-lhe, deseja hospedar-se em sua casa, quer partilhar sua própria miséria e seu pecado (roubo, fraude, corrupção) e ser acolhido em sua liberdade para a conversão.


A atitude de Jesus é a que produz a conversão que se realiza na liberdade. Tudo que se passa com Zaqueu é fruto do amor de Deus que age em seu filho Jesus, é manifestação da misericórdia e da compaixão de Deus que perdoa e dá força para mudar. Desta maneira a vida se reconstitui e é possível ser liberto de todas as amarras que escravizam, pode entregar tudo, sem medo e sem restrições.


Com esta atitude, Zaqueu se constitui em modelo de discípulo, porque nos mostra de que maneira a conversão influi em nossa relação com os bens materiais; e em segundo lugar, nos lembra as exigências de seguir Jesus até o fim. Aqui a salvação, que chega na pessoa de Jesus, realiza uma mudança radical de vida.


Não duvidemos que Jesus está nos chamando também a nós para a conversão, convida-nos a que mudemos radicalmente nossa vida. Não precisamos negar, não sejamos um empecilho para isso. O Senhor nos propõe uma união com ele, ser seus discípulos e, a exemplo de Zaqueu, ser capazes de um despojamento de tudo que não nos permite viver autenticamente como cristãos.

Esta mesma experiência é a de muitas outras testemunhas de Jesus que, contemplados por ele, se converteram, viram sua dignidade renascida, e a recuperação da vida. Aceitemos o olhar de Jesus, deixemos que ele se encontre conosco pelo caminho e o convidemos para visitar nossa casa para que ele possa curar nossas feridas e reconfortar nosso coração.

Não tenhamos medo, deixemo-nos seduzir pelo Senhor, pelo mestre, para confessar nossas mentiras, arrepender-nos, expressar nossa necessidade de ser justos. O Senhor está conosco para que experimentemos seu amor. Ele já nos perdoou, por isso é possível a conversão.


O caso de Zaqueu pode ser iluminador para o tema da opção pelos pobres. Foi na polemica oficial contra esta opção que surgiu à luz a teologia e a espiritualidade latinoamericanas, daí a insistência de que não poderia tratar-se senão de uma opção “preferencial”, não de uma “opção pelos pobres” sem mais, porque sem aquele adjetivo poderia entender-se como uma opção “exclusiva ou excludente”.

Porém, o adjetivo “preferencial” rebaixa e dilui a essência da opção pelos pobres, porque quem opta pelos pobres preferencialmente, entende-se que opte também pelos ricos, ainda que seja menos preferencialmente. Uma opção preferencial é uma opção que não é total, que não toma partido, que “fica em cima do muro”.


Jesus opta pelos pobres, olha a vida a partir de sua ótica, é um dos pobres e partilha com eles sua causa. Evidentemente, não exclui as pessoas ricas, e esse é o caso de Zaqueu. Porém, Jesus não é neutro em relação ao tema da riqueza-pobreza.

Seu encontro com Zaqueu não o deixa indiferente: Jesus o desafia a pronunciar-se, inclusive economicamente. Jesus não exclui Zaqueu nem a nenhuma outra pessoa rica, porém “sim exclui o modo de vida dos ricos”, exigindo deles a justiça e o amor.

A opção pelos pobres não exclui nenhuma pessoa (ao contrário, desejaria alcançar e mudar a todos os que não assumem a causa dos pobres!). O que exclui é a forma de vida dos ricos, a opressão e a injustiça. Bom tema este para enfocar a homilia sobre a opção pelos pobres.

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Missionários Claretianos.

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A Conversão de Zaqueu

Lucas 19, 1-10

Prezados irmãos o Evangelho de hoje nos mostra uma verdadeira conversão de um homem muito rico. Trata-se de um fato real, não foi uma parábola inventada por Jesus, pois Zaqueu existiu e existe hoje no Reino dos Céus, por ter se salvado, ao se arrepender dos seus roubos e por não ter tido vergonha de subir em uma árvore vara ver melhor o grande ídolo daquele momento, JESUS DE NAZARÉ, O PRÓPRIO DEUS FEITO HOMEM!

A conversão do rico Zaqueu Foi um fato histórico como o foram todos os fatos envolvendo a pessoa de Jesus. Zaqueu era o chefe dos cobradores de impostos e roubava muito dinheiro. Por isso e por pegar o dinheiro daquele povo para os invasores romanos, ele era odiado por muitas pessoas.

A conversão aconteceu no momento em que Zaqueu, pela graça de Deus através de Jesus, decidiu distribuir metade de seus bens aos pobres e de restituir todo dinheiro alheio, quatro vezes mais, a quantia que porventura houvesse roubado de alguém. Zaqueu era um homem esperto, inteligente, que até então havia agido com desonestidade, e portanto era um homem rico possuidor de uma bela casa, mas no fundo Zaqueu era um homem de fé, e estava ansioso para conhecer Jesus.

Mas na verdade, foi Jesus que procurou aquele homem rico, porém possuidor de um bom coração, e de muitas boas intenções, apesar de ter se aproveitado do seu emprego para enriquecer ilicitamente. Sua salvação aconteceu por ele ter enxergado a mão amiga de Jesus estendida para tirá-lo daquela vida ilusória de acúmulo de bens materiais, sendo que a verdadeira felicidade só é encontrada em Deus. Isto Por que a verdadeira felicidade não está nas riquezas ou no bem-estar, nem na glória humana ou no poder, nem em qualquer obra humana, por mais útil que seja, como as ciências, a técnica e as artes, nem em outra criatura qualquer, mas apenas em Deus, fonte de todo bem e de todo amor. O décimo mandamento proíbe a avidez e o desejo de uma apropriação desmedida dos bens terrenos; proíbe a cupidez desmedida nascida da paixão imoderada das riquezas e de seu poder. Proíbe ainda o desejo de cometer uma injustiça pela qual se prejudicaria o próximo em seus bens temporais. (Catecismo da Igreja Católica)

Mas infelizmente, nos dias de hoje, só tem valor que é rico ou famoso. A grande tônica da escala de valores aponta para isso. Quem não tem nada na vida, não vale absolutamente nada.

A riqueza é o grande deus atual; a ela prestam homenagem instintiva a multidão e toda a massa dos homens. Medem a felicidade pelo tamanho da fortuna e, segundo a fortuna, medem também a honradez... Tudo isto provém da convicção de que, tendo riqueza, tudo se consegue. A riqueza é, pois, um dos ídolos atuais, da mesma forma que a fama... A fama, o fato de alguém ser conhecido e fazer estardalhaço na sociedade (o que poderíamos chamar de notoriedade da imprensa), chegou a ser considerada um bem em si mesma, um sumo bem, um objeto, também ela, de verdadeira veneração.

O desapego das riquezas é necessário para entrar no Reino dos Céus. "Bem-aventurados os pobres de coração." (Catecismo da Igreja Católica)

Porém, se o Rico Zaqueu se salvou, é sinal que “para Deus nada é impossível”

Prezado irmão, prezada irmã. Não foi por acaso que você acessou este Blog, não foi também por acaso que você leu esta mensagem de Jesus. E se você tem um ou vários computadores com internet é por porque você não é fraco não! Então, será que Jesus hoje não está dizendo nada para você? Calma. Não precisa vender tudo, e dar o dinheiro aos pobres. Não precisa ficar triste como o jovem rico. Você pode continuar com sua riqueza, mas DE FORMA NÃO EGOÍSTA.

Seja mais caridoso. Na hora das suas refeições pense naqueles que não têm o que comer. Na hora de se deitar na sua confortável cama, pense naqueles que estão ao relento, tentando dormir nas calçadas da vida. Na hora em que você estiver tomando o seu delicioso banho, pense naqueles que cheiram mal por não terem onde se banhar. Mas, meu irmão(ã), não somente pense, mas faça alguma coisa por eles. Zaqueu hoje está no céu por ter ajudado os pobres, devolvido o que roubou e por ter se voltado para Deus.

Sal

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Domingo, 31 de Outubro de 2010
31º Domingo do Tempo Comum

Evangelho (Lucas 19,1-10)

Entra na minha casa, entra na minha vida.

Entendendo o Evangelho!

No evangelho de hoje temos Zaqueu, o cobrador de impostos. Ele foi rejeitado pelo seu próprio povo, pois lucrava com a ocupação romana e arrecadação de impostos para o inimigo, mantendo uma quantidade suficiente para si mesmo. Ele se escondeu atrás de suas riquezas. Mas ele era uma alma perdida. E então um dia ele ouviu uma multidão vindo. Eles estavam ali para saudar este Jesus, o Messias. Zaqueu foi inicialmente nada mais do que curioso. Ele subiu numa árvore para ter uma idéia do grande homem. Mas então Jesus parou debaixo da árvore e disse para ele. O Bom Pastor encontrou a ovelha perdida. Zaqueu desceu da árvore e se comprometeu a Deus. "Metade da minha pertença eu darei aos pobres. Se eu tiver extorquido de alguém, eu vou lhe pagar quatro vezes mais".

"Hoje, Zaqueu, a salvação entrou nesta casa." Zaqueu estava perdido há mais tempo. Jesus tinha encontrado, e ele respondeu. Ele agora encontra-se em Jesus Cristo.

Vivendo o Evangelho


Talvez alguns de nós tivemos momentos que realmente foram perdidos. Vamos à igreja toda semana, e isso é uma coisa muito boa. Mas às vezes estamos apenas passando as emoções. Nós estamos a nos sentar, nos ajoelhar e cantar. Os momentos mais difíceis para nós, são muitas vezes os momentos de silêncio. Isso é frequentemente um sinal de que algo está muito errado. É difícil esconder o comportamento cristão... Esses são os momentos em que nossas consciências estão nos dizendo: eu estou perdido Talvez, eu nem deveria estar aqui

Mas nós estamos aqui. Estamos na Igreja. Talvez quando a gente andava pelas portas da Igreja, demos o primeiro passo para ver quem é Jesus. Andar através das portas da Igreja, é, para muitos, como subir a figueira para obter um vislumbre de Jesus. Nós certamente não esperamos que Jesus nos pare na multidão de adoradores. Mas ele o faz. Ele fica embaixo da árvore de que cada pessoa subiu na vida, a árvore que muitos de nós estamos e diz: "Carlos, Maria, José, Silvia, Zaqueu, desce daí. Quero ficar em sua casa hoje à noite e de agora em diante."

Agora, somos confrontados com o que é realmente uma decisão fácil?.. Queremos Jesus em nossa casa? Para isso teremos que abandonar o que não tem lugar na nossa casa, em nossas vidas É uma decisão. Nada pode superar a alegria abrangente de ter Jesus em nossas vidas.


Podemos ter perdido na multidão. Mas ele procurou por nós e nos chamou. E nós respondemos. E nós nos encontramos em Jesus Cristo.

Querido leitor quero convidá-lo uma vez a mais a mandar a história de quando Jesus entrou na sua casa. Ou seja, quando ele pediu para você descer da árvore. Envie para o meu e-mail.

SEJA SEMPRE FELIZ.

Professor Isaías da Costa

Contato: isaiasdacosta@hotmail.com

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