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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Comentários do Prof. Fernando

Comentários do Prof. Fernando (Leituras da semana 7 novembro a 13 novembro de 2010)

A festa de Todos os Santos era celebrada a 1º de novembro (assim continua em muitos países) mas foi transferida no Brasil para o domingo seguinte assim como as festas: de S.Pedro e S.Paulo (era 29 de junho); Ascensão (era numa 5ª.feira); Assunção (era 15 de agosto); Epifania (era 6 de janeiro).

Além dos domingos 4 são as solenidades chamadas Dias santos: 25dez= Natal; 1jan= Maria mãe de Deus; a 5ª.feira de Corpus Christi e 8dez= Imaculada, sendo feriados: Natal e Corpus Christi (e mais: 12out. e 2nov. = Aparecida e Finados.

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1ª PARTE = COMENTÁRIO ao DOMINGO, dia 7 nov.= FESTA de TODOS OS SANTOS

2ª PARTE = Introdução geral à LEITURA de cada dia (32ª semana)

Leituras: clique.“serviços/liturgia diária: http://www.cnbb.org.br/site/#

Para ver todas as leituras numa só Página: siga o “Link” clicando na data

32ªSEMANA do Tempo comum

07/11 DOMINGO= FESTA: TODOS OS SANTOS:

Ap 7,2-4.9-14 Sl 24 1Jo 3,1-3 Mt 5,1-12

08/11 seg Tt 1,1-9 Sl 24 Lc 17,1-6 terça 32ªsemana

09/11 ter Festa da Dedicação da Basílica de S. João de Latrão

Ez 47,1-12 Sl 46 1Cor 3,9-17 Jo 2,13-22

10/11 qua Tt 3,1-7 Sl 23 Lc 17,11-19 qua. 32ªsemana

11/11 qui Fm 1,7-20 Sl 146 Lc 17,20-25 qui. 32ªsemana

12/11 sex 2Jo 1,4-9 Sl 119,1-18 Lc 17,26-37 sex. 32ªsemana

13/11 sáb 3Jo 1,5-8 Sl 112 Lc 18,1-8 sáb. 32ªsemana

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1ª PARTE = as LEITURAS do Domingo – Festa: Todos os Santos-7 nov. 2010

Do Salmo do dia:

Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra, o mundo inteiro com os seres que o povoam;

porque ele a tornou firme sobre os mares, e sobre as águas a mantém inabalável.

"Quem subirá até o monte do Senhor, quem ficará em sua santa habitação?"

"Quem tem mãos puras e inocente o coração, quem não dirige sua mente para o crime.

“Apocalipse virou na linguagem corrente sinônimo de “fim do mundo” e tragédias. Porém é apenas um outro gênero literário ou estilo diferente de poesia, história, crônica, discurso, carta etc. Na bíblia há textos assim, escritos entre o séc.2ºaC e o1ºdC. “Apo-calypse”, em grego, significa “revelação” : de algo que estava oculto ou era conhecido só pelo autor (por esse motivo o nome do livro do Apocalipse em inglês é “Livro da Revelação”.

Com freqüência fala do futuro e também pode ser confundido com o outro estilo da linguagem profética. Alguns pesquisadores acham que veio substituir esse gênero literário quando acabou o Profetismo em Israel, e alguns trechos dos livros proféticos trazem passagens em estilo apocalíptico. Os escritos apocalípticos não são propriamente uma “previsão do futuro mas falam da esperança de um futuro melhor por meio de “visões” carregadas de simbolismos (números, monstros, cores, personagens que precisam ser interpretados).

Vamos superar, então, qualquer idéia de mensagens de “ocultismo” ou de um futuro catastrófico. Ao contrário o objetivo desta linguagem é ajudar (principalmente em tempo de perseguição) a manter a esperança e consolar a comunidade mostrando que os inimigos é que serão castigados... Alguns textos desse tipo: Joel 1,15;2,1.11;3,1.4;4,2; Isaías 34–35 e 24-27; Zac9–14 e livro de Daniel 7a12. No NT temos: 1Tes4,15-17; 2Tes2,1-12; Mc13; Mt24–25; Lc21; livro do Apocalipse. Também havia livros em linguagem apocalíptica na literatura judaica religiosa fora da bíblia.

Na leitura de hoje, festa de Todos os Santos, o trecho do cap.7 do Apocalipse indica primeiro a “marca” divina sobre quem está protegido, assim, como no Êxodo as casas dos hebreus marcadas ficaram protegidas do Anjo da morte que castigou os que escravizavam o povo eleito.

O número de 144mil tem como interpretação mais direta o conjunto das pessoas que chegam ao Reino provenientes das 12 tribos de Israel e dos discípulos de Jesus evangelizados pelos 12 (144 é resultado de 12 vezes 12). Outra interpretação: a assembléia dos santos (a igreja) inclui os salvos provenientes do judaísmo bem como dos outros povos (os gentios, os pagãos) que se tornaram discípulos.

A cena seguinte tem inspirado durante séculos a pintura e a arte procurando representar os santos no céu junto de Deus. Devemos notar que os “santos” – que nos primeiros textos cristãos, sobretudo de Paulo, designa os crentes ou membros da igreja ou discípulos do evangelho – provêm de “de todas as nações, tribos, povos e línguas”. Compõem uma multidão inumerável. O cenário, corresponde ao modo como em geral se representava a morada divina na Antiguidade: é sempre tirado da idéia da Realeza: Deus sentado em seu trono é o Rei do universo com seu palácio nas alturas acima da terra (céu). A seu redor encontramos a corte real, composta de seus ministros, auxiliares, mensageiros, guarda de honra etc. Esses são descritos no capítulo de hoje do Apocalipse nas figuras dos “Anciãos”, dos “Anjos”, dos “quatro seres vivos”.

E, no texto escolhido para hoje, incluem-se exatamente “Todos os santos” também presentes na corte real formando “uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas e que ninguém podia contar” (verso 9), com suas vestes brancas porque “lavaram e alvejaram suas roupas no sangue do Cordeiro”. Este é o símbolo do Cristo em sua Páscoa que resgata da morte, dando sua vida até a última gota de sangue, seus amigos - todos os seres humanos (cf. verso 14).

A solenidade de Todos os Santos celebra, portanto, não só os Santos canonizados na tradição católica e venerados pela devoção mas todos os que já triunfaram da morte como meditamos na segunda Leitura.

Na 2ª LEITURA (Primeira Carta de João) encontramos o significado da palavra “santos”: não é aquela figura que se flagela e consegue conquistar a santidade aproximando-se de Deus, mas o que recebe, de graça, o “grande presente de amor” que “o Pai nos deu: o de sermos chamados filhos de Deus!” E o autor acrescenta: “E nós o somos! Se o mundo não nos conhece, é porque não conheceu o Pai. 2Caríssimos, desde já somos filhos de Deus, mas nem sequer se manifestou o que seremos! Sabemos que, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é.” Os santos – que hoje comemoramos – são aqueles que já estão lá (neles já se manifestou o que nós também seremos, olhando, olhos nos olhos, o mistério de Deus.

No EVANGELHO meditamos hoje o núcleo do chamado Sermão da Montanha. Assim como Moisés recebeu na montanha as tábuas da Lei que será a pedagogia própria para levar o povo eleito à maturidade de sua fé, assim, também “na montanha”, Jesus é apresentado por Mateus (texto paralelo em Lucas 6) transmitindo a “nova lei” ou a Carta das Bem-aventuranças”, uma espécie de nova “Constituição para o povo de Deus”, isto e, para os discípulos do Reino. Lembremos que a história de Israel, logo depois da instalação na terra prometida e da constituição do reino de Davi e Salomão, apresenta uma linha de progressiva decadência não só religiosa mas também moral e social. Todos os profetas tentam advertir governantes e povo para retomar o espírito da Toráh e restaurar a justiça e o direito para todo o povo. Séculos de exílio, dominação de outros impérios e hegemonia desse ou daquele grupo dentro do próprio povo hebreu, desvirtuou o sentido essencial de Israel, como povo de Jahwéh e herdeiro das promessas feitas a Abraão.

Como, aliás, em todas as religiões e culturas, há uma tendência espontânea a reduzir a religião a instrumento de manipulação dos mais frágeis pelos poderosos. Há uma tendência a interpretar a bênção dos deuses (de Jahwéh, único Deus, no caso dos hebreus) pelo sucesso político, social ou material. O Livro de Jó trazia à luz, entre outras questões, essa correção de rumo para não tornar automática a bênção ao fiel seguidor da Lei a partir de sua posição social ou de poder na sociedade: aquele que, aparentemente foi esquecido por Deus, é amado, mesmo que o mistério do mal nos force a olhar de outra maneira. João Batista prepara imediatamente a pregação de Jesus proclamando, como toda a tradição profética, a conversão, a mudança dos rumos na vida de cada um: é preciso praticar a justiça e a solidariedade como sinal da conversão.

               Jesus vai radicalizar essa pregação em favor dos que são marginalizados ou excluídos da sociedade. Basta ler as parábolas e os diálogos com os necessitados. Os personagens são, retomando figuras típicas de Israel, o órfão e a viúva, os leprosos, as crianças e mulheres – mantidas sempre em segundo plano na sociedade – os publicanos condenados pelos concidadãos como traidores da pátria, os cegos e os que estavam submetidos às limitações da doença e das forças consideradas demoníacas. Ao contrário, toda a pregação Nazareno – sem importar-se com o nível de poder e autoridade política, social ou religiosa que detinha seu interlocutor – criticava sacerdotes, escribas, levitas, membros do prestigiado partido dos fariseus e outros. Não é que ele só condenasse os poderosos e fosse um revolucionário dentro de uma visão anacrônica de uma espécie de “luta de classes”. Condenava os que detinham poder pelo fato de desprezarem os mais pobres e necessitados ao mesmo tempo que (como na parábola que meditamos recentemente “O Fariseu e o Publicano”) consideravam-se melhores do que os outros e merecedores da graça por suas obras. Ora, Jesus constituiu para pertencer ao seu círculo mais próximo, para serem “Apóstolos” principais, os “Doze”, todos oriundos de extratos sociais e religiosos diferentes. Sobre isso, aliás, Bento XVI fez excelente comentário para a festa – 28 de outubro - de Simão e Judas Tadeu, em 2006: “é possível que este Simão, se não pertencia exatamente ao movimento nacionalista dos Zelotes,tivesse pelo menos como característica um fervoroso zelo pela identidade judaica, por conseguinte, por Deus, pelo seu povo e pela Lei divina. Sendo assim, Simão coloca-se nos antípodas de Mateus que, ao contrário, sendo publicano, provinha de uma atividade considerada totalmente impura. Sinal evidente de que Jesus chama os Seus discípulos e colaboradores das camadas sociais e religiosas mais diversas, sem exclusão alguma. Ele interessa-Se pelas pessoas, não pelas categorias ou pelas atividades sociais”

É nesse contexto que se deve ler o sermão da Montanha ou as Bem-aventuranças.

- Viver como pobre, isto é, colocar toda confiança nos braços invisíveis do todo-poderoso que é a verdadeira riqueza que pode saciar o coração humano. Enriquecidos por essa divina energia poderemos organizar a vida (inclusive social e econômica na terra).

- Viver na confiança também de que toda aflição é passageira e a superação (consolação) virá.

- Conforme a nova Constituição desse Reino da bem-aventuranças, possuir a terra não depende de guerras de conquista e de violência. Os corações mansos tudo vão conquistando na paz.

- Famintos e sedentos serão saciados se ultrapassam o direito individual de atender à própria necessidade de sobreviver, na medida em que ampliam seu horizonte para a Justiça (que, na linguagem bíblica é mais do que o cumprimento da lei e do direito mas é participar da dinâmica da gratuidade do dom que se origina em Deus).

- A Misericórdia, ou um coração que se compadece para ir em auxílio do outro, é a marca do estilo divino: o homem só alcança o perdão e a própria renovação de vida se repetirem, para com seus semelhantes, o gesto divino de se aproximar do seu próximo.

- A Visão plena face a face com Deus será dada aos santos que, em vida, procuraram ter uma visão pura, sem preconceitos para acolher o outro. Esse é o coração puro nascido de um olhar puro.

- A característica, enfim, dos filhos de Deus é promover paz e bem à sua volta.

- Com realismo Jesus completa a “Carta das Bem-aventuranças”: procurar a justiça do Reino atrai perseguição. A segunda leitura de hoje explica: “o mundo não nos conhece porque não conheceu o Pai”.

- Só a fé resiste à difamação e à mentira e traz a certeza de que a justiça terá a última palavra. Por isso os santos – mesmo em meio aos conflitos – têm alegria e entusiasmo para continuar firmes no seu caminho, certos de que o prêmio – como acontece com os atletas – compensará todos os sacrifícios.

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2ª PARTE = Introdução geral à 1ª leitura (32ª semana do Tempo Comum)

Carta a Tito, Filêmon e 2e3João

08/11 seg Tt 1,1-9 Sl 24 Lc 17,1-6 terça 32ªsemana

09/11 ter Festa da Dedicação da Basílica de S. João de Latrão

Ez 47,1-12 Sl 46 1Cor 3,9-17 Jo 2,13-22

10/11 qua Tt 3,1-7 Sl 23 Lc 17,11-19 qua. 32ªsemana

11/11 qui Fm 1,7-20 Sl 146 Lc 17,20-25 qui. 32ªsemana

12/11 sex 2Jo 1,4-9 Sl 119,1-18 Lc 17,26-37 sex. 32ªsemana

13/11 sáb 3Jo 1,5-8 Sl 112 Lc 18,1-8 sáb. 32ªsemana

· Discípulo de Paulo, Tito parece ter sido bispo em Creta e a ele é dirigida essa carta que, no início contém, além da saudação, uma descrição do comportamento ideal dos bispos.

· No cap.3 continua descrevendo o comportamento próprio dos que vieram a conhecer a bondade de Deus.

· Filémon era elevada posição social, convertido por Paulo, e tinha como escravo um outro convertido por Paulo. Trata-se de Onésimo que fugira. Isso constituía um fato sujeito a penas naquela sociedade. Paulo prescinde dessa legislação para pedir a Filêmon que agora receba Onésimo não mais como escravo mas “como irmão querido” (verso 16), como irmão na fé e como se fosse a ele mesmo, Paulo.

· A 2ª.carta de João é muito breve e dirigida a alguma comunidade da época procura incentivar os cristãos à caridade e a defendê-los das heresias pois desde o inicio muitas doutrinas, como até hoje, tentam misturar-se ao Evangelho e sua boa Nova.

· A 3ª.carta também atribuída a João, é dirigida a um tal Gaio animando-o à acolhida dos seus mensageiros porque eram mal recebidos pelo chefe daquela comunidade. É interessante perceber que pessoas e grupos são sempre humanos e os cristãos devem também procurar aperfeiçoar-se para além das dificuldades normais do relacionamento.

Para o Evangelho de cada dia (Lucas, cap. 17 e 18- semana 7 a 12 novembro):

Vários comentários – diversos autores em http://liturgiadiariacomentada.blogspot.com/

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( Prof. FernandoSM, Universidade Santa Úrsula, Rio, fesomor2@gmail.com )

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