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HOMILIAS PARA O

PRÓXIMO DOMINGO


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sábado, 1 de maio de 2010

AMAI-VOS UNS AOS OUTROS

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HOMILIAS PARA O PRÓXIMO DOMINGO

02 DE MAIO DE 2010

“E É NESTE AMOR QUE TENDES UNS PELOS OUTROS QUE VÃO PERCEBER QUE SOIS MEUS DISCÍPULOS.”

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VÁRIOS COMENTÁRIOS PARA ENRIQUECER SEU SERMÃO

1- DOU-VOS UM MANDAMENTO NOVO – Pe. José Cristo Rey Garcia Paredes

2-AMAI-VOS UNS AOS OUTROS (Sal)

3-QUE VOS AMEIS UNS AOS OUTROS ASSIM COMO EU VOS AMEI (MARIA ELIAN)

4-AMAI-VOS UNS AOS OUTROS COMO EU VOS AMEI- (Pe. Fernando Tores)

5- O MANDAMENTO DO AMOR (Sal)

6-O AMOR É A MAIOR DAS REVELAÇÕES – (Pe. José Cristo Rey Garcia Paredes)

7- AMAI-VOS UNS AOS OUTROS - Padre Bantu Mendonça K. Sayla

8- AMAR ÀS VEZES É SUBJETIVO – Lincoln Spada

9 - QUE VOS AMEIS UNS AOS OUTROS ASSIM COMO EU VOS AMEI – Maria Regina

PRIMEIRO COMENTÁRIO

V Domingo da Páscoa
"Dou-vos um mandamento novo, diz o Senhor:
amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei."
02 de maio de 2010

Introdução

Maximino Cerezo Barredo

O tema fundamental da liturgia do V Domingo da Páscoa é do amor: que identifica os seguidores de Jesus é a capacidade de amar até ao dom total da vida.

No Evangelho, Jesus despede-Se dos seus discípulos e deixa-lhes em testamento o “mandamento novo”: “amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei”. É nessa entrega radical da vida que se cumpre a vocação cristã e que se dá testemunho no mundo do amor materno e paterno de Deus.

Na primeira leitura apresenta-se a vida dessas comunidades cristãs chamadas a viver no amor. No meio das vicissitudes e das crises, são comunidades fraternas, onde os irmãos se ajudam, se fortalecem uns aos outros nas dificuldades, se amam e dão testemunho do amor de Deus. É esse projeto que motiva Paulo e Barnabé e é essa proposta que eles levam, com a generosidade de quem ama, aos confins da Ásia Menor.

A segunda leitura apresenta-nos a meta final para onde caminhamos: o novo céu e a nova terra, a realização da utopia, o rosto final dessa comunidade de chamados a viver no amor.

Leituras Primeira Leitura - Leitura do Livro dos Atos dos Apóstolos (At 14,21b-27)

Naqueles dias, Paulo e Barnabé 21bvoltaram para as cidades de Listra, Icônio e Antioquia. 22Encorajando os discípulos, eles os exortavam a permanecerem firmes na fé, dizendo-lhes: “É preciso que passemos por muitos sofrimentos para entrar no Reino de Deus”.

23Os apóstolos designaram presbíteros para cada comunidade. Com orações e jejuns, eles os confiavam ao Senhor, em quem haviam acreditado.

24Em seguida, atravessando a Pisídia, chegaram à Panfília. 25Anunciaram a palavra em Perge, e depois desceram para Atália. 26Dali embarcaram para Antioquia, de onde tinham saído, entregues à graça de Deus, para o trabalho que haviam realizado.

27Chegando ali, reuniram a comunidade. Contaram-lhe tudo o que Deus fizera por meio deles e como havia aberto a porta da fé para os pagãos.
Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial - Salmo 144 Bendirei o vosso nome, ó meu Deus,
meu Senhor e meu Rei para sempre.

Misericórdia e piedade é o Senhor,
ele é amor, é paciência, é compaixão.
O Senhor é muito bom para com todos,
sua ternura abraça toda criatura.

Bendirei o vosso nome, ó meu Deus,
meu Senhor e meu Rei para sempre.


Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem,
e os vossos santos com louvores vos bendigam!
Narrem a glória e o esplendor do vosso reino
e saibam proclamar vosso poder!

Bendirei o vosso nome, ó meu Deus,
meu Senhor e meu Rei para sempre.


Para espalhar vossos prodígios entre os homens
e o fulgor de vosso reino esplendoroso.
O vosso reino é um reino para sempre,
vosso poder, de geração em geração.

Bendirei o vosso nome, ó meu Deus,
meu Senhor e meu Rei para sempre.

Segunda Leitura - Livro do Apocalipse de São João (Ap 21,1-5a)

Eu, João, 1vi um novo céu e uma nova terra. Pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. 2Vi a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, de junto de Deus, vestida qual esposa enfeitada para o seu marido.

3Então, ouvi uma voz forte que saía do trono e dizia: “Esta é a morada de Deus entre os homens. Deus vai morar no meio deles. Eles serão o seu povo, e o próprio Deus estará com eles. 4Deus enxugará toda lágrima dos seus olhos. A morte não existirá mais, e não haverá mais luto, nem choro, nem dor, porque passou o que havia antes”.

5Aquele que está sentado no trono disse: “Eis que faço novas todas as coisas”.

Depois, ele me disse: “Escreve, porque estas palavras são dignas de fé e verdadeiras”.
Palavra do Senhor.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo João (Jo 13,31-33a.34-35)

31Depois que Judas saiu do cenáculo, disse Jesus: “Agora foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi glorificado nele. 32Se Deus foi glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo, e o glorificará logo.

33aFilhinhos, por pouco tempo estou ainda convosco. 34Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. 35Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros”.
Palavra da Salvação.

Comentário

A amizade, energia da Missão.

O "como eu os tenho amado” de Jesus, tem muito que ver com a amizade. "Ninguém tem amor maior que aquele que dá a vida por seus amigos. Vos sois meus amigos!”. Jesus quer uma comunidade onde flua a amizade. Jesus quer uma missão iniciada, desenvolvida e cumprida, na amizade.

Se o Evangelho se tem espalhado por todo o mundo, tem sido graças à amizade! Os missionários e missionárias são pessoas que tem laços de amizade, que desprendem de seu coração um amor verdadeiro. Fazem amigos em todos os lugares: homens e mulheres, crianças, jovem, adultos, anciãos, enfermos e saudáveis, intelectuais e práticos. A amizade cria redes. As redes tornam possível, o que para um parece impossível. Onde há amizade, lá está a missão compartilhada. Quem entra em um lugar com um plano sem escrúpulo, é rejeitado.

A inimizade destrói as comunidades cristãs. A inimizade bloqueia os caminhos da missão. Somente pessoas amáveis e amigáveis contribuem na criação de comunidades. Somente pessoas amigáveis tornam acessível a maravilha do Evangelho. As amigos se diz a verdade e não se esconde o que se vive e se sente. Mas se aceitam.

A missão de Paulo e Barnabé, da qual nós fala hoje a primeira leitura, é todo um êxito, apesar das dificuldades encontradas. Estes dois "apóstolos" - de segunda hora - tinham carisma, atraiam as pessoas para o Evangelho, constituíam igrejas. Paulo e Barnabé geraram em toda a Ásia menor uma grande rede de amigos e amigas; todos foram contaminados por seu espírito. O carisma se difunde através da amizade.

Jesus, em seus últimos dias entre nós, não cessou de nos animar a viver no amor, a sermos amigáveis uns com os outros. Jesus nos convidou a fazer de nossa amizade a arma de missão mais poderosa. Quando nós nos fazemos amigos ou amigas de alguém, a transmissão do Evangelho encontra seu leito, a presença de Deus que é amor, é acolhida.

A "nova Jerusalém" é a cidade dos amigos: onde se superam as invejas, onde uns não controlam os outros, onde as leis não dividem ou enfrentam, onde as suspeitas se superam com o diálogo, onde se perdoa setenta vezes sete. A "nova Jerusalém” é a cidade da Amizade. As relações entre as pessoas são cordiais, fraternas. Não há diferenças entre as pessoas. Ninguém se coloca em um plano superior. Não há amizade onde nós olhamos o outro de cima, ou de abaixo. Só quando estamos no mesmo nível no mesmo plano! Uma igreja de desiguais nunca será a casa da amizade! "Todos vós sois irmãos!” - nos disse Jesus -. Lavamos os pés uns dos outros! Vos sois meus amigos!

A sociedade necessita de uma Igreja amigável, capaz de estreitar laços de amizade, de superar as inimizades. Temos que aceitar a quem chamamos de "inimigos". Às vezes encontramos muitos inimigos ao nosso redor. Há uma arrogância que nasce de nossa falta de humildade, de nossa impotência, de nossa desconfiança.

A amizade com todo o mundo é possível, porque os seres humanos não são tão diversos uns dos outros. Todos somos filhos e filhas do nosso Abbá. Todos foram criados à sua imagem e semelhança. Nós temos bases para a igualdade e a amizade. A verdade do Evangelho é mais bem acolhida quando funciona a amizade. O radicalismo de Jesus é melhor entendido e compreendido através dos laços da amizade.

A Igreja encontra seu posto na sociedade quando é amigável, compreensiva; quando aparece como uma comunidade desinteressada, preocupada pelos demais, humilde e sincera, confiável, solidária e que preserva a amizade até o fim, até dar a vida pelos amigos.

Recordo uma frase latina, que se dizia em outros tempos, porém que nunca entendi de todo: "amicus Plato, sed magis amica veritas" (Platão é meu amigo; a verdade, porém, é minha maior amiga). Esta expressão utilizada como lei de formação espiritual, indicava que ante a verdade, toda a amizade deve ceder. É certo que a amizade deve ser fundamentada na verdade, e não na mentira. Porém, o que é a verdade? Pode um amigo fazer de sua verdade a arma que lhe leve a romper os laços de amizade? Não há amizade onde um ilumina e o outro é iluminado, quando um guia e o outro é guiado, um impõe e o outro obedece. A amizade é ecológica. Cria relações de interdependência, de influência mútua, de colaboração mútua. Ao amigo nunca se abandona.

A Igreja é, por vontade de Jesus, a amiga do mundo, de todas as sociedades. É portadora de uma mensagem de amizade para todas os povos, todas as culturas, todos os grupos políticos. A amizade que habita a Igreja a torna compreensiva, próxima, atenta.

Como bem entendeu nosso Mestre! Ele se propôs como exemplo de um amor mútuo, de uma amizade mútua, sempre confiante e criadora. É aqui que tudo se faz novo.

Pe. José Cristo Rey Garcia Paredes

SEGUNDO COMENTÁRIO

2 DE MAIO=DOMINGO – AMAI-VOS UNS AOS OUTROS.

PRIMEIRA LEITURA

Atos dos Apóstolos 14,21b-27


Paulo e Barnabé nos aconselham a permanecerem firmes na fé, e nós conseguirmos isso através do jejum, da oração, da esmola e da meditação da palavra de Deus principalmente os evangelhos. Paulo afirma que é preciso que passemos por muitos sofrimentos
para entrar no Reino de Deus. À vezes nos irritamos muito com os sofrimentos desta vida, principalmente aqueles advindos da perturbação gerada pelo egoísmo dos nossos vizinhos, nos esquecendo que o sofrimento é bom para nos purificar, nos santificar, mas desde que ele seja oferecido a Deus pelo perdão dos nossos pecados. Porém, existem incômodos por parte dos nossos irmãos, que ultrapassam as raias do limite. São abusos provocados pela injustiça, para os quais devemos recorrer aos nossos direitos. Pois combater as injustiças faz parte do ser cristão, ou imitadores de Cristo.

SEGUNDA LEITURA

Livro do Apocalipse de São João 21,1-5a

A segunda leitura nos fala da vida nos pós-morte. A vida que almejamos, a vida para a qual nos preparamos, a vida que nos assusta, exatamente por não sabermos como ela é ou como nos será, pois ninguém, mais ninguém mesmo que já se foi desta vida para aquela, voltou aqui para nos contar como ela é. Se você conhece alguém que afirma ter contato com almas do outro mundo, não acredite. Porque o Próprio Jesus já disse que ninguém jamais imaginou como é aquela vida. Ele só disse que é muito maravilhoso o que o Pai preparou para aqueles que crêem e que faz a vontade Dele. Lá não haverá lágrimas porque não haverá mais sofrimento nem dor. E o melhor de tudo isso, é que essa vida dura para sempre.

Então, prezados irmãos, vamos fazer de tudo para merecermos um dia está NA VIDA ETERNA.

Sal

EVANGELHO

Jo 13,31-33a.34-35

“Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros.”

Reparou que Jesus não deu um conselho, nem uma sugestão. Foi um Mandamento mesmo. Ele nos ordena a amarmos uns aos outros.

Amar uns aos outros nem sempre é dar abraços acompanhados de sorrisos, ou sair por apertando as mãos de todos como o fazem os políticos em época de campanha.

No amor que temos uns pelos outros está incluído a correção fraterna, e ela nem sempre é bem quista pelos que estão sendo corrigidos, o que vai gerar atritos parecidos com brigas de pessoas que não se amam, ou que não praticam o mandamento de Jesus. Mas é assim mesmo. Os pais têm de corrigir os filhos, e fazem isso exatamente porque os amam, e não querem que eles cresçam sem limites e se dêem mal nesta vida.

Do mesmo modo, a correção fraterna entre nós não é somente necessária com indispensável. Além de apararmos as nossas arestas, precisamos ajudar-nos uns aos outros no sentido de apontar os seus defeitos para que eles sejam corrigidos. Amigo que nos vê fazendo coisas erradas e continuam nos aprovando sem dizer nada a respeito da nossa conduta, não é amigo de verdade. Concluímos, pois, que a correção fraterna faz parte da nossa convivência. E se ela não existir, podemos declarar a convivência interesseira, e falsa.

Jesus nos deixou o exemplo, ao cumprir o seu Plano de Salvação do mundo, quando repetidas vezes encarou os judeus, especialmente os fariseus e sacerdotes, apontando os seus defeitos e anunciando uma nova conduta de vida para com Deus, e com os irmãos.

Jesus nos ensinou através de palavras e atos, que amar uns aos outros como Ele nos amou é fazer o bem de forma desinteressada, de forma gratuita. Mas infelizmente o que notamos nos nosso dia-a-dia é exatamente o contrário do que Jesus nos ensinou. Na empresa, no clube, na festa, na escola, na universidade, em todo lugar notamos que as pessoas são amáveis umas com as outras visando algum retorno, visando algum tipo de interesse. Desse jeito não estamos imitando a Cristo. Porque Jesus não visava nenhum retorno quando curava alguém. Ele fazia o bem de forma totalmente desinteressada.

Ele teve muita pena daquela viúva mãe do jovem que estava morto em cima do esquife, e disse a ela: “não chore!”

Prezados irmãos. Jesus no Evangelho de hoje está jogando pesado conosco. Pois além de se tratar de um mandamento, ele está deixando bem claro que o amor entre nós cristãos é algo indispensável para que as demais pessoas percebam que somos seus seguidores.

“Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos,se tiverdes amor uns aos outros.”

Nisto conhecerão que sois meus discípulos. Já imaginou uma comunidade cristã onde haja inveja, ciúmes, fofocas, arrogância, falta de humildade, fingimento, discriminação, exclusão, onde haja alguém que impede você de falar em público porque você fala bem, ou porque você estudou mais do essa pessoa?

Isso é o cúmulo do absurdo! Justamente no lugar onde esperamos que todos sejam o exemplo de autênticos seguidores de Cristo. Cristãos que praticam o amor sincero desinteressado acompanhado de correção fraterna como Jesus nos mostrou.

Caríssimos. Que o Evangelho de hoje nos conduza a uma profunda revisão e mudança de nossa conduta cristã. Que nos transforme no sentido de tentar a cada dia ser os mais autênticos imitadores do Cristo, amando-nos mutuamente cada vez mais parecido com o amor que Ele nos amou.

Sal.

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TERCEIRO COMENTÁRIO

Que vos ameis uns aos outros assim como Eu vos amei.

João 13, 31-33a.34-35)

O inicio do evangelho de hoje, inicia com a saída de Judas do cenáculo, sabemos que ele vai entregar Jesus a seus inimigos. O fim está próximo, e sendo obediente, fazendo a vontade do Pai, Jesus o glorifica com sua morte. E o Pai glorificará o filho na sua ressurreição, é a vitória da vida sobre a morte, sobre o mal, e o pecado. E sabendo que tem pouco tempo junto aos seus discípulos, Jesus se dirige a eles em tom de despedida, e como herança Ele apresenta o novo mandamento: “Amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros”. E esse amor é que identificará os seus discípulos, os discípulos de Jesus, os cristãos e será sinal de que Jesus está no meio deles. E esse amor fará dos discípulos de Jesus, um sinal do Pai para humanidade.

Viver o amor fraterno é o que nos pede hoje Jesus. Não é uma imposição. O amor é o fundamento do cristianismo, é vivendo esse amor que seremos reconhecidos como seguidores de Cristo, por que acreditamos Nele, acreditamos que por amor Ele se entregou à morte de cruz, para nos salvar nos redimir de nossos pecados. E esse amor é que fará a diferença, no mundo em que vivemos. Vivendo o amor pelo próximo, com certeza seremos menos egoístas, perdoaremos e seremos perdoados, é um amor que não precisa e não pede motivos ou razões de existir, é um amor gratuito. É um amor que vem de Deus, é por Jesus devemos amar o próximo. Mas não somente aquele que está perto de mim, que me faz o bem, mas também e, principalmente aquele que eu não tenho nenhum motivo para amar.

O amor que Cristo nos pede, é o amor que transforma a partir de uma pessoa para o coletivo. É o amor necessário, e que mudará as situações de violência, de ira, falta de compaixão e piedade. Quem ama respeita, não discrimina, não exclui, se coloca a serviço, se doa. Vivendo esse amor em nossa casa, em nossa comunidade, no trabalho, por menor que seja a sua manifestação, podemos perceber a mudança das pessoas e no ambiente, pois não haverá mais espaço para inveja, para ódio, rancor, falta de perdão. Um gesto de amor trará paz para qualquer lugar. É assim que seremos reconhecidos como cristãos e discípulos de Jesus. Amar o próximo para que ele e eu sejamos felizes.

Um abraço a todos.

Elian

Oração:

Ó Deus, fonte de compaixão e misericórdia, que no Cristo ressuscitado, nos fortaleces no mandamento do amor, escuta a nossa prece e concede-nos a graça.

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QUARTO COMENTÁRIO

Amai-vos aos outros como eu vos amei.

Após tantos domingos celebrando a páscoa, a ressurreição do Senhor, chegamos ao centro da vida cristã: o amor. Hoje as três leituras estão centradas sobre o mesmo tema: amor. Aí é onde reside a nossa fé em Deus. Ser cristão não é questão de recitar o credo nem de compreender perfeitamente cada uma de suas expressões. Também não é questão de participar na liturgia da Igreja nem de cantar salmos todo o dia nem de fazer muita penitência e sacrifícios. Não é questão de entregar nossa alma e vontade a Deus e nos fazer seus escravos. Não é questão de ser mais ou menos pobres. Nem sequer é questão de rezar muitas horas ou de fazer os exercícios inacianos.

Tudo isso pode ajudar. Mas não é o centro. A chave, o centro, o mais importante está bem claro na segunda leitura: “Amemo-nos uns a outros já que o amor é de Deus”. E poderíamos acrescentar, citando também João: “Porque Deus é amor”. E não há outra forma de conhecer Deus, de viver Deus, de seguir Jesus, do que amando. E amando como Deus, que acolhe a todos e não faz distinções.

O nosso é puro agradecimento

Há uma questão que não devemos esquecer sobre o amor: é que ele nos amou primeiro. Não devemos esquecer nunca. O nosso é amor de resposta, por assim dizer. Não temos mais que voltar os olhos a ele para nos dar conta. O nosso não é mais que agradecimento, ação de graças. É o mínimo que pode fazer uma pessoa educada ante ao que lhe estende a mão na dificuldade.

Deus é o que se aproximou a nós. Encarnou-se. Fez-se como nós. Fez-se um de nós. Compartilhou nossos caminhos e nosso pão e nosso vinho. O peixe assado e o suor do cansaço no trabalho. O gozo da fraternidade e o desprezo dos que não quiseram escutar sua palavra próxima, reconciliadora, salvadora. Ele é nossa imagem de Deus, nossa forma de conhecer a Deus. Seu rosto é o rosto de Deus para nós. Não há outro meio nem outro caminho.

O mandamento do amor

É o que nos diz o Evangelho deste domingo. É um texto que se abre com uma afirmação na qual Jesus dá depoimento do que tem sido sua vida: “Como o Pai me amou, assim eu vos amei” e que termina com um mandato, o único mandato, a única ordem, a regra das regras, a que contêm todas e, no entanto, nos abre à maior das liberdades: “Isto vos mando: que vos ameis uns a outros”. Não faz falta mais.

Agora podemos jogar um olhar ao nosso arredor. Sair à rua e contemplar-nos a nós mesmos em nossas relações com os demais, com os familiares e vizinhos, com os amigos, com os colegas de trabalho... Podemos recordar nossos comentários sobre os políticos, sobre as personagens que vemos na televisão. E olhar se nós somos capazes de “amar primeiro”. Porque aí está a jogada, chave de nosso ser cristão. Seguir a Jesus não é só “amar”. É algo mais. É “amar primeiro”. Aí é onde experimentaremos o gozo e a alegria de ser como Jesus e, por tanto, como Deus.

Assim começaremos a construir o Reino, esse espaço de fraternidade e gozo e paz que, às vezes, só algumas vezes, somos capazes de experimentar em nossa vida. Nesse esforço estaremos contribuindo para que tenhamos um mundo melhor (não se trata de pensar no outro mundo senão neste, aqui e agora). E iremos fazendo realidade o sonho de Deus para nós, o sonho que nosso Criador sonhou para suas criaturas e que se frustrou no Calvário e que, a trancos e barrancos, Deus conseguiu sacar adiante ressuscitando a Jesus dentre os mortos.

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QUINTO COMENTÁRIO

O MANDAMENTO DO AMOR

Evangelho - Jo 15,9-17

“Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei.”

“...Isto é o que vos ordeno: amai-vos uns aos outros.”

Jesus amou os discípulos e também a nós como o Pai o amou. E o amor do Pai é tão grande e perfeito que até parece um amor de mãe. Aquela mãe que é capaz de das a sua vida pelo filho ou filha.

Jesus pede para os discípulos (e para nós) permanecer no seu amor, só que muitas são as coisas que nos afastam do amor de Deus. O amor da mulher, o amor do homem, dos filhos, o amor ao dinheiro, ao carro, e aos bens materiais, o amor a si próprio que se restringe no egoísmo, em fim, existem muitos amores que nos arrastam para longe do amor de Deus. Porque nem tudo o que queremos e realizamos, o fazemos pelo amor de Deus. O amor desinteressado. Jesus nos aconselha que amemos uns aos outros como Ele o fez: Ele Guardou os mandamentos do Pai e nos amou ao ponto de dar a sua vida por nós.

Mas como é difícil imitar Jesus! É difícil porque nós sempre amamos as pessoas com as quais nos afeiçoamos, pessoas que escolhemos e que são do nosso agrado ou que nos são simpáticas, aquela ou aquele que é o nosso tipo físico e psicológico (nem sempre nos preocupamos com o tipo moral ou religioso. E é por isso que às vezes nos separamos). Gostamos sempre de quem joga no nosso time, aquelas pessoas que são do nosso nível, da nossa idade e coisa e tal.

Na verdade, nos aproximamos das pessoas e as agradamos sempre por algum tipo de interesse. A amizade por gratuidade, isto é, sem nenhum interesse, praticamente não existe entre as pessoas, mesmo as mais religiosas. É o interesse que nos impulsiona para nos aproximar e nos inteirar com as pessoas. Vários tipos de interesses: sexuais, econômicos, por uma ajuda, por causa da solidão, etc. Na verdade o interesse está sempre acima de tudo. Quando agradamos alguém, alguma coisa estamos querendo dela, como o filho que começa a agradar o pai para depois dar o bote e pedir aquele brinquedo que ele viu no comercial da T.V. e que seus amigos já ganharam.

Jesus, não. Ele amou desinteressadamente. Fazia o bem sem visar nenhum retorno. Nós somos exatamente o contrário de Jesus: Só fazemos o bem pelas pessoas que possam fazer algo em troca por nós, salvo raríssimas exceções.

Excepcionalmente, quando alguém se faz agradável com outra pessoa de forma cristã e desinteressada, isso até causa espanto ao ponto da outra pessoa às vezes perguntar: Quanto você quer? Por que está me ajudando? Onde você quer chegar? “Quando a esmola é muito grande o santo desconfia”, a mãe avisa para a filha: Cuidado! Ninguém dá nada sem querer nada em troca. Aliás, as mulheres são especialistas nesse tipo de coisa. Elas estão sempre com o “desconfiômetro” ligado ou acionado par qualquer tipo de gentileza ou agrado por parte dos homens. Elas sabem que a curto ou longo prazo tudo aquilo pode lhes sair muito caro...

Quando aparece alguém agradando a todos, as pessoas ficam desconfiadas. Será que é algum candidato? O que esse “cara” está querendo vender?

Prezados irmãos, prezadas irmãs. Imitar a Cristo é amar desinteressadamente. E nem sempre beijos, abraços, sorrisos principalmente falsos, são demonstrações desse amor.

Vamos nos esforçar sempre tentando chegar o mais próximo possível do como Jesus nos amou. Assim, estaremos. Pelo menos tentando imitá-lo, tentando ser cristãos. Não se preocupem com esse TENTAR . Porque Deus valoriza o nosso esforço.

Sal.

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SEXTO COMENTÁRIO

O AMOR É A MAIOR DAS REVELAÇÕES.

Descobriremos um dia que “amor” não é só um sentimento ou um estilo de relação entre seres humanos, mas que “amor” é “Deus”. Reconhecer o caráter “divino” do amor é a maior das revelações.

“Amar” é uma palavra que nos dá medo, porque é ai onde o amor se acende, é onde acontece uma intensificação da vida e uma revolução. Quem ama se apega, porém também se desapega de outras realidades, anteriormente amadas. Tudo aquilo que nos enamora (pessoas, idéias, lugares, esporte...) nos desestabiliza e nos faz viver intensamente, perigosamente.

A primeira leitura nos conta o estupor de Pedro ao entrar na casa do pagão Cornélio. Ali estavam reunidos muitos pagãos dispostos a pedir para serem aceitos na comunidade de Jesus. Então foi revelado o
“Deus amor para todos”: o Espírito Santo –amor de Deus- se difundiu sobre todos eles. Pedro descobriu quanto Deus amava Cornélio e aqueles que o acompanhavam. A comunidade cristã se surpreende, não entende o que está acontecendo, porque no fundo se imaginava que Deus está próximo de alguns e de outros não. Porém Deus está próximo de todos, o que fazer com os diferentes?

Jesus revela a seus amigos que Deus Pai o ama. O Abbá é amor, tem a iniciativa do Amor, é a Primícia do Amor (ama primeiro). Os profetas apresentam este amor como Aliança, como o Amor que um Esposo tem por sua Esposa, como um amor que pede para ser amado. Jesus se mostra estremecido ante o Amor que o Abbá tem por Ele. O quarto Evangelho é testemunho desta intensíssima relação de amor entre o Abbá e seu Filho, o Filho e o Abbá. É um amor apaixonado, e que o faz feliz. Por isso Jesus nunca se sente só! Está sozinho quem sabe que é permanentemente amado? Esse estilo de amor o fascina tanto, que também Ele quer reproduzir com os seus o mesmo trato amoroso: Eu o amei deste modo!

Quando o “amor” está em nos assume diversas formas e intensidades.

Uma é a forma do
“afeto”. O amor nos torna “afetuosos”. Os afetos nos centram em uma realidade ou pessoas, nos afastando de outras. O afeto nos torna aficionados, entregues. O campo de nossos afetos pode ser muito amplo: ai está a riqueza de nosso mundo afetivo.

Outra e em forma de
“amizade”. Podemos conhecer muitas pessoas e ter por elas afeto, os amigos e amigas são poucos. No amor da amizade um não perde quando dá, não se sente escravizado quando ama, se sente livre quando fala de seus segredos. Porque está disposto a dar a vida pelo amigo e a lhe revelar tudo. A amizade é um pacto, é uma aliança irreversível. Amigos de ocasião existem muitos. Porém a amizade não e tão freqüente; por isso se diz que “quem encontra um amigo fiel, encontrou um tesouro”. E um tesouro não se encontra todos os dias. Jesus ofereceu sua amizade a um grupo de homens e de mulheres com quem partilhou a última etapa de sua vida. Jesus acreditava que o pacto da amizade pode estender-se, abarcar cada vez mais pessoas: “amamos uns aos outros!”. Jesus era chamado “amigos de publicamos e pecadores”. O ideal das primeiras comunidades cristãs era que todos tivessem um só coração, uma só alma, tudo em comum. Isto é: “a comunidade de amigos e amigas!”.

Uma terceira forma que assume o amor, em algumas circunstancias, é o “eros” . Nesta forma o amor está ligado aos nervos -como dizia Aristóteles- , na sensibilidade, ao corpo, ao desejo. Este amor revoluciona a alma e o corpo. O amor passional re-atualiza todos os programas internos. Tem uma força impressionante e se apresenta como “vocação”, como “destino” desejado. Focaliza o coração em um ponto. É como uma luz que ofusca e cativa. Os místicos nos apresentam a paixão por Deus como eros e a paixão de Deus por nos como eros. O desejo de Deus fez com que nos enviasse seu Filho para que vivamos por meio Dele. O amor de Deus é representado pela imagem de Eros do Esposo para sua Esposa, a quem queria seduzir, falar-lhe ao coração.

Afeto, amizade, eros, são as experiências e potencialidades do amor. Quando o amor acontece com aqueles que se enfrentam, então, o amor é arma de enfrentamento e divisão. Amo a mim mesmo, porém os demais não me interessam; me encontro com meus amigos e com os demais tenho indiferença. A força poderosa da união, pode se converter -e de fato é assim- na força mais discriminadora.

Creio que a caridade não é uma quarta forma do amor, mas o que se encontra em cada um dos amores. Quando ágape-caridade está presente nos afetos, nas amizades, no amor apaixonado, tudo se equilibra e se harmoniza. Ágape é como o brilho divino de cada um de nossos amores, é a força ecológica que faz que se potencializem mutuamente, é a abertura de todos que fazem a totalidade. Quem é movido pela ágape torna todos seus amores forças expansivas. E ama como o Abbá.
“Como o Pai me amou, assim também vos amo”.

Hoje mais do que nunca necessitamos do toque divino do amor, esse equilibrante perfeito que pacifica e universaliza: ágape . Porque o eros é muitas vezes a repetição neurótica e viciosa da mesma coisa, fazendo que o corpo se torne consumista e infiel. Porque a amizade gera as máfias de amigos que conduzem para o mal. Porque o mundo dos afetos abandona tantos que necessitam de afeto para cultivar unicamente "os meus".

Quem ama não é partidário nem universalista; se for de direita está aberto à esquerda e se é de esquerda está aberto à direita. Quem ama não busca uma unidade fictícia e imposta, porque reconhece os direitos individuais e os protege. Quem ama não sente satisfeito em ser membro de um grupo ou comunidade ou religião, e viver em um pequeno espaço da terra: quem ama tem que ser global, aberto a todos, habitante do mundo, ser histórico. Quem ama não condena, mas tenta entender ao outro e está disposto a passar pelo difícil gole do "perdão" e para explicar o que nós entendemos por justiça.

Quem ama está disposto nascer de novo.

Somente quem ama, quem foi agraciado com os três amores e os vive ecologicamente com a Graça do Espírito derramado em seu coração -a caridade- tem felicidade e felicidade completa. Madre Teresa de Calcutá pedia às irmãs Missionárias da Caridade que ao ajudar aos mais pobres, a todos, tivessem em seus olhos a felicidade.

Sim, um dia descobriremos que a aventura amorosa de toda nossa vida tem sido possível porque Deus nos visitou, porque seu Espírito foi derramado em nossos corações. Talvez choremos por ter perdido grandes oportunidades para amar e por não utilizar mais freqüentemente o polimento, o rejuvenescedor, o reconstituinte de nossos amores que são o
Espírito de Deus e sua Palavra.

José Cristo Rey Garcia Paredes

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SÉTIMO COMENTÁRIO

AMAI-VOS UNS AOS OUTROS

Postado por: Padre Bantu Mendonça K. Sayla

Há uma palavra que nos liberta de todos os fardos, dores da vida e nos faz atingir o vínculo da perfeição. Essa palavra é amor. João na primeira carta diz que Deus é amor. Além de tudo o mais que Deus seja, e além do mais que Ele tenha feito, esteja a fazer ou venha a fazer – tudo é uma manifestação do Seu amor. Este amor é tão reconfortante como é difícil de compreender. O amor de Deus excede em muito aquilo que os seres humanos rotulam normalmente como amor, o qual é, por vezes, um mero sentimento superficial ou uma paixão louca temporária, esta tantas vezes misturada de egoísmo e cobiça. Deus não Se limita a ter amor ou a demonstrar amor. Ele é amor.

O amor de Deus pela humanidade tem-se revelado de numerosas maneiras, sendo a maior de toda a Cruz. Como seguidores de Jesus, correspondemos ao Seu amor amando os outros, como Cristo nos amou a nós.

No Evangelho de João, Jesus não manda amar a Deus. Seu mandamento é que permaneçamos no amor. É amar o amor, e Deus é amor. O maior amor está em dar a vida por seus amigos, estar totalmente a seu serviço, a exemplo de Jesus. Somos escolhidos para dar frutos que permaneçam para sempre. O fruto é a prática do amor mútuo originando as comunidades. A vida sem amor é um tipo sub-humano de existência. Precisamos do amor dos pais. Precisamos do amor da família e dos amigos. Precisamos pertencer a uma comunidade que ama. Contudo, assim como precisamos receber amor, também precisamos dar amor. Não somos verdadeiramente humanos se não conseguirmos amar. Sejamos, porém claros: O verdadeiro amor não tem origem em nós. A capacidade de amar é criada em nós pelo nosso Criador na pessoa do Seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor. É ele que nos convida a amarmo-nos uns aos outros.

Assim, celebrar a Eucaristia é para mim e para ti assumir o compromisso de viver a fraternidade não apenas verbalmente, mas de fato. Assim como Jesus se entrega por nós, que nossa vida seja toda ela vivida na doação e no serviço em favor dos irmãos e irmãs, especialmente daqueles que mais sofrem. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros.

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OITAVO COMENTÁRIO

AMAR ÀS VEZES É SUBJETIVO

2ª Leitura

A ilusão de São João Evangelista é mais uma alusão ao estendimento da bênção divina a todos os povos. Se antes, no Primeiro Testamento, poderíamos enxergar a salvação apenas ao povo eleito, judeu, que seguia à risca normas religiosas, dessa vez podemo-nos contemplar com a salvação a todos os filhos de Deus. A novidade da fé cristã é que não precisamos fazer segmentações e segregar núcleos por conta de nossa crença, mas, pelo contrário, podemos estar levando a fé para todos os nossos irmãos. A figura celeste descrita pelo autor, juntamente com a frase "Eis que faço novas todas as coisas", sugere um aumento expressivo de convertidos, graças a reconciliação entre povos. É difícil saber que a segregação continua presente até a contemporaneidade, mas não podemos diminuir nossa fé e obedecermos as rédeas errôneas pregadas em prol das divisões. Volto a bater na tecla que o ecumenismo e o diálogo inter-religioso aparenta ser uma utopia. Estudei em colégio protestante, e não me esqueço na segunda série, a seguinte pergunta (tola) de Amanda Prieto: Professora Julita, é verdade que os católicos não vão ao Céu? A diretora, carinhosamente e cheia de ternura lhe deu a devida correção fraterna: Todos que acreditam em Jesus, terão a salvação. Nunca me esqueço dessa cena escolar e didática que muitos adultos nem querem pensar. O problema é que não deixei de avisá-los, porque quem julga, também será julgado. Senhor Deus, ilumine as mentes erradas que vão contra o ponto comum com sua divina transcendência, amém. (Lincoln Spada)

Evangelho

Ele tinha iniciado a nova religião a partir da instituição eucarística. Jesus sabia o que estava por vir, e decidiu confessar o segredo da felicidade e de sua Igreja apenas para os seus verdadeiros amigos, confidentes. O discípulo precisa amar a Deus sobre todas as coisas e amar o próximo como a si mesmo. Venho a dizer que podemos entender uma pessoa apenas pela resposta que ela dá sobre a essência do amor. Vira e mexe, mudamos a nossa interpretação de amor por conta das experiências vividas. A adolescente que nunca beijou me disse que o amor era inexplicável e inatingível. O pai alterado com os filhos falou que o amor é a preocupação sincera. A esposa mal-amada comentou que o amor é um exercício intenso. As pessoas vivem a relacionar o amor com o seu estado de espírito e, consecutivamente, com Deus. Ninguém tem o mesmo pensamento sobre o amor duas vezes, ele é momentâneo. E ninguém tem a idêntica capacidade e forma de amar. Sendo assim, se cada um ama de uma forma, cada um sente-se feliz e com Seu Deus de uma maneira. E se amar é ver Deus, devemos ver o Senhor em cada pessoa que nos rodeia, em cada simplicidade nos atos, gestos e palavras. Senhor Pai, faça com que possamos te enxergar em nós mesmos e em nossos próximos, amém. (Lincoln Spada)

NONO COMENTÁRIO

“QUE VOS AMEIS UNS AOS OUTROS ASSIM COMO EU VOS AMEI”

O Evangelho de São João, para este domingo, apresenta-nos o mandamento novo de Jesus: «Como eu vos amei, amai-vos também uns aos outros». Não é fácil cumprir este mandamento que Jesus nos manda viver.

A nossa vida está tão repleta de tantas coisas complexas demais que se torna, por vezes, impossível corresponder ao mandato de Cristo. Todos temos experiências de relações com outras pessoas que nos marcaram profundamente para o bem e para o mal.

No entanto, cada um deve em primeiro lugar ser capaz de acolher todos aqueles que Deus colocou na sua vida e amá-los profundamente.

Dessa forma, já viveremos o mandamento novo que Jesus nos ensina. Os contextos mais difíceis do mundo são o melhor lugar para viver o amor. Primeiro que tudo, deve estar no nosso coração todos os que a vida nos ofereceu como membros de família, do trabalho, da opção e de todas as caminhadas que realizamos.

Logo depois, somos desafiados a viver o amor para com todos aqueles que se cruzam conosco no dia a dia.

Penso que o amor começa em casa, assim como a tolerância, a paciência, a caridade, filhas do amor. Primeiro está a família, depois a cidade. É fácil fingir amar as pessoas que estão longe; mas é muito menos fácil amar aqueles que vivem conosco ou que estão muito perto de nós.

Para se amar alguém, é preciso estar perto dessa pessoa. Todas as pessoas precisam de amor. Todos nós precisamos saber que temos importância para os outros e que temos um valor inestimável aos olhos de Deus.
Cristo disse: «Que vos ameis uns aos outros assim como Eu vos amei». E disse também: «Aquilo que fizerdes ao mais pequeno dos Meus irmãos, a Mim o fazeis». É a Ele que amamos em cada pobre, e todos os seres humanos são pobres de alguma coisa. Disse Ele: «Tive fome e destes-Me de comer, estava nu e vestistes-Me». Queridos irmãos e irmãs, devemos nos esforçar, para que o nosso dia apesar de tanta pressa, de tantos compromissos, apesar de tantos problemas e decepções , que esse dia seja vivido na presença de Jesus Cristo .

A esta forma de vida não se chama ingenuidade ou inocência doentia, mas disponibilidade para a vivência da felicidade pessoal e dos outros. Não devemos aceitar todas as patetices e asneiradas dos homens, mas somos chamados a acolher, compreender e perdoar.

O amor que Jesus nos manda viver como elemento essencial do seu Reino passa pela entrega ao serviço dos outros e pelo acolher a todos como irmãos.

O reino de Jesus Cristo está identificado pela fraternidade. Até podemos definir a religião cristã como uma fraternidade. Ninguém se pode dizer cristão se não vive a dinâmica da amizade e da abertura aos outros como irmãos como valor fundamental da sua vida diária. Talvez seja esta visão do cristianismo que nos leva a concluir que esta religião é difícil de se viver.

No entanto, não devemos deixar que este pensamento nos atrofie a coragem ou a entrega à descoberta do essencial para a felicidade.

A descoberta do amor é um bem crucial para a realização de cada um como ser humano e como pessoa. Por isso, desistir de procurá-lo será como que dizer não à vida e ao que ela tem de mais belo. Deus, pela pessoa de Jesus convoca-nos para o ideal do amor e cada um de nós deve procurar corresponder na medida do possível a esse chamamento freqüente de Deus.

Para finalizar, uso as palavras que foram ditas por Santo Agostinho: Aquele que ama o seu próximo com um amor puro e espiritual, quem amará nele senão Deus? É este amor que o Senhor quer separar da afeição puramente natural, ao acrescentar: “Como eu vos amei”. Que é que Ele amou em nós, senão Deus? Não Deus como nós o possuímos já, mas tal como Ele quer que o possuamos quando “Deus for tudo em todos”. O médico ama os doentes por causa da saúde que quer dar-lhes, não por causa da doença. “Assim como vos amei, amai-vos uns aos outros”. Foi para isso que Ele nos amou: para que, por nossa vez, nos amássemos uns aos outros.

Amém

Abraço carinhoso

Maria Regina

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FIM DOS COMENTÁRIOS SOBRE O MANDAMENTO DO AMOR