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segunda-feira, 13 de junho de 2011

Comentários – Prof. Fernando

Comentários – Prof. Fernando 19 de Junho=Solenidade da Santíssima Trindade 2011

 

A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito (Da leit.: 2Cor 13,11-13)

 

Da 1ª leit.: Ex 34,4-6.8-9 Deus misericordioso e clemente, paciente, rico em bondade e fiel.

Do Evang.: Jo 3,16-18 Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele.

 

COMPARAÇÃO COM AS RELAÇÕES HUMANAS

            Na verdade, de Deus só conhecemos o que dele falou Jesus de Nazaré (que, embora igual ao próprio Deus – sua Palavra, sua voz – pelo menos é humano como nós). Já é grande o desafio da fé para crer em Jesus Cristo pois não o vimos pessoalmente, aceitando o fato de sua ressurreição conforme transmitida por um grupo de testemunhas oculares.

            Mas consideremos que alguém queira "definir" quem é, ou quem foi, seu pai ou sua mãe ou um filho, uma filha, uma amiga, um amigo. Ninguém consegue de fato "enquadrar" a Pessoa numa definição. Mas nós conhecemos pessoas ainda que seu "Mistério" seja sempre maior que as manifestações e comunicações que delas temos.

            Na verdade no relacionamento com pessoas que amamos e admiramos temos um  conhecimento quase intuitivo, pela convivência ou por uma espécie de "fé" ou confiança que essas pessoas despertam em nosso coração. Ninguém diz "eu te amo" depois de anos de investigação e análise, ajudado por cientistas e profissionais com seus inúmeros cálculos e computadores, laboratórios e investigações. Quando entramos no âmbito das relações humanas já fazemos a experiência do Outro e de seu "Mistério". O sentido da palavra aqui não é igual a "filme de mistério", ou a uma investigação policial que quer descobrir o "mistério" de um crime. Aí estamos no terreno de "verdades" (ainda ocultas) que vamos descobrir racionalmente no último capítulo...

            No âmbito da experiência humana e das relações humanas convivemos com o "Mistério", aquele algo "sagrado" que não podemos manipular ou submeter a qualquer análise. Quando nasce uma criança, quando derramamos uma lágrima de saudade, quando sentimos a falta doída de um ente querido que morreu. Esses e outros Mistérios da vida estão muito além das explicações do pediatra sobre o bebê, do psicólogo sobre sentimentos e afetos ou de uma religião, sobre vida e morte.

 

CONTEMPLANDO AS RELAÇÕES DIVINAS

            É nessa direção do Mistério humano que devemos contemplar também os mistérios da Fé. Sobre a "uni-trindade" o que declaramos em nossa confissão de fé, é:

- Deus só pode ser Um e único (ou não seria Deus) mais ele não é um Deus solitário

- Se Deus se define: é Amor, então é relação (quem ama,  ama alguém ou é amado)

- Jesus nos falou do "Pai". Ele se apresenta como seu "Filho".  Ele prometeu que, após sua partida, na sua "ausência" (visível) do meio dos discípulos enviaria o seu "Espírito".

            Instruídos pelas palavras e pela vida do Mestre, nós cremos em Deus que

·         é um Pai/Mãe, isto é, origem de toda vida e, por isso o chamamos de Criador, e ele mesmo nos deu uma tal natureza que permite um relacionamento com ele.

·         Deus que é o Filho, que se fez Carne, isto é, entrou na história humana, frágil como nós pela sua vida tão comum desde o nascimento e crescimento, pelos trabalhos e atividades semelhantes aos nossos trabalhos e atividades humanas. Chamado Jesus de Nazaré ele é – tal como nos lembram os Hinos de Paulo e vários textos do novo testamento – a imagem visível de Deus invisível (Col 1 e: Jo 14: Quem me vê, vê o Pai ). Ele está vivo, "de corpo e alma" como se diz. Ressuscitou dos mortos após a sua páscoa – sua passagem pela morte – que inaugurou também para seus irmãos da humanidade um caminho na esperança de vida eterna.

·          é Espírito, isto é, nossa respiração ou sopro vital não só no sentido de que nos mantém vivos pelo ar que criou para aspirarmos mas mantém vivos todo o corpo próprio, físico-químico bem como a alma (o psíquico em seus afetos e emoções) e o espírito (essa terceira dimensão humana: inteligência, dignidade e liberdade). Ele atua em nós e no mundo gerando a partir da matéria prima do Amor, tudo que existe, iluminando o coração, é consolo que acalma, doce hóspede da alma, doce alívio; no labor descanso, na aflição remanso, no calor aragem; lava o que é sujo, rega o que é árido, cura o doente; flexiona o que é rígido, aquece nossa frieza, orienta quem perde o rumo (palavras do hino ou "Seqüência" , que se canta na festa de Pentecostes.

 

            Afinal, conhecemos Deus por aquilo que ele nos doa. Voltemos à comparação do relacionamento das pessoas. Nós nos conhecemos uns aos outros na medida daquilo que revelamos mesmo que a maior parte da personalidade de cada um permaneça oculta no mistério da vida humana.

 

O CREDO É UMA DECLARAÇÃO DE AMOR

            Hoje devemos recitar aquela versão do Credo (declaração da fé cristã que é resumo de dois grandes concílios (Nicéia e Constantinopla – nos anos 325 e 381). Tanto a tradição ocidental como a tradição Ortodoxa concordam em todas as afirmações desse Credo niceno-constantinopolitano A separação entre o bispo de Roma e os patriarcas das outras igrejas orientais deu-se no século 11.

            No Credo se condensa ou se cristaliza, por assim dizer, o que afirmamos sobre o Deus Uno e Trino

- 1) Em primeiro lugar: cremos no poder desse único Pai que é Criador de todas as coisas visíveis e invisíveis

- 2) Também cremos num único Senhor, Jesus Cristo, o Filho de Deus antes de existir o Tempo, como a luz nasce da luz; gerado, não criado que, por nossa causa, se encarnou no seio de Maria e se fez Homem chegando a morrer sob o poder de um romano, tendo conhecido o abandono e o sofrimento, foi enterrado.

            Mas também cremos que, ressuscitado, retomou seu lugar junto ao Pai até o dia em que julgará definitivamente a todos, vivos e mortos, completando a obra de seu Reino.

- 3) Também cremos no Espírito, Senhor da vida e que dá a vida, pois provém de Deus . E que é adorado juntamente com o Pai e com o Filho.

- 4) O Espírito garante que no Tempo e na História só existe uma única Comunidade (Igreja) constituída pelo conjunto dos redimidos. Como declarado no Concílio Vaticano II na constituição Lumen Gentium: se a luz dos povos é Cristo seu brilho aparece no rosto da Igreja, que é como que o sacramento, ou sinal, e o instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o gênero humano. Por isso também só há um único batismo que perdoa nossos pecados

-5) Finalmente, pela FÉ que nos foi transmitida e, embebidos pelo AMOR que foi derramado em nossos corações cremos, na Esperança, na superação completa da morte, uma vez que seremos também ressuscitados para um mundo de Vida plena, onde não haverá mais lágrimas que são causadas por males e deficiências de nosso espaço-tempo atuais.

 

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(Prof. FernandoSM. – Univ.Santa Úrsula, Rio de Janeiro – fesomor2@gmail.com )