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HOMILIAS PARA O

PRÓXIMO DOMINGO


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domingo, 4 de julho de 2010

PEDRO. EU TE DAREI AS CHAVES DO REINO DOS CÉUS

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HOMILIAS PARA O PRÓXIMO DOMINGO

04 DE JULHO DE 2010

SEJAM BEM VINDOS AOS BLOGS DOS

INTERNAUTAS MISSIONÁRIOS

Fiéis à Doutrina da Igreja Católica,

porém, respeitamos todas as religiões.

Maria Regina

Lincoln Spada

Maria Elian

Vera Lúcia

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Ana Luiza Medeiros

Débora Cristina

Sal

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VÁRIOS COMENTÁRIOS PARA ENRIQUECER SUA HOMILIA.

BOA CELEBRAÇÃO.

MUITO OBRIGADO PELOS ELOGIOS. EU OS REENVIO AO ESPÍRITO SANTO

COMENTÁRIOS DO EVANGELHOS

Homens e fé

ENTENDO O EVANGELHO

Olá querido leitor. Hoje vamos fazer uma caminhada muito rica e gratificante pelo Evangelho. Após muitos milagres e conversas de Jesus o povo já tinha uma pré-visão de quem ele poderia ser. Todavia, eram várias as opiniões e muitas divergências. Por isso, temos o questionamento de Jesus aos discípulos: “Quem dizem os homens que é o Filho do homem.”

As respostas foram diversas. Desde os profetas passados Elias e Jeremias até o mais recente João Batista. O que podemos observar é que o povo não tinha claramente a ideia de quem era Jesus. Entretanto, no contexto da época era muito forte a esperança de um salvador.

Os discípulos não tinham dúvida de quem era Jesus. Por isso, Simão, em nome de todos irá dizer: “tu és o Cristo, o filho do Deus vivo”. Geralmente Pedro é o porta-voz dos discípulos.

Mateus quer deixar bem claro, nesta passagem, que Jesus era o Filho de Deus. Mateus mostra que Pedro é o iluminado. Todavia, esses fatos não irão impedir Pedro de negar Jesus, mais tarde.

Pedro afirma quem era Jesus. Jesus, por sua vez, afirma quem seria Pedro. Pedro seria a pedra sobre a qual a Igreja seria edificada. Por isso Pedro, até então Simão, passa a ter o “apelido” de pedra. “Kefas”, em hebraico quer dizer pedra ou rocha. A palavra pedra, feminino, não seria apropriada para o “apelido” de Simão. Por isso foi mudada para Petrós, Petrús, Pedro.

Quando Jesus quer edificar a Igreja, ele quer reunir o povo de Deus. Essa comunidade é formada por todos aqueles que querem seguir a Jesus. Você e eu fazemos parte desta comunidade edificada.

VIVENDO O EVANGELHO

Celebramos hoje a festa de são Pedro e São Paulo. Esses dois homens são a coluna de nossa Igreja. Eles foram homens que amaram Jesus até o fim. Amaram mais do que podiam. O próprio Evangelho nos revela a importância da figura de Pedro.

São Paulo é o nosso grande missionário. Paulo era possuidor de uma boa base educacional. Conhecia de forma espetacular a religião judaica e as religiões gregas. Além disso, era cidadão romano. Os cidadãos romanos eram bem vistos pelo Império Romano. Todos esses motivos foram de extrema importância para a propagação da Boa Nova.

No anuncio do Evangelho, Paulo, alerta contra os valores e desvalores da cultura de sua época. Ele estava pronto para debater com quem era diferente, era corajoso. Diante de um contexto onde a escravidão era o principal meio de dominação ele mostrou que Cristo veio trazer a liberdade. Uma liberdade plena, total. Em Jesus não há distinção e nem diferença de pessoas. Todos somos iguais.

Devemos ter um amor especial por Cristo e pelo seu Evangelho. Amor ao povo que ainda não teve a experiência de viver em Cristo e por Ele. Devemos sentir o chamado para anunciar a Boa Nova. Mesmo vivendo em uma cultura onde a anuncio do Evangelho se torna cada vez mais audacioso, é sempre possível propagar a proposta de Jesus. As orientações paulinas são necessárias para fortalecer a nossa caminhada em comunidade. Quando nos inspiramos em São Paulo conseguimos testemunhar Jesus Cristo em nossa missão Evangelizadora.

Como Pedro e Paulo, somos convidados a sermos trabalhadores na messe do Senhor. Trabalhar na messe exige atenção. Pois, há muitos lobos que querem devorar o que temos para expor. O mundo precisa de você. Você é muito mais importante do que imagina, por isso a messe quer o seu trabalho.

E mais uma vez e lhe digo. Isso não é coisa do outro mundo. Você pode, você consegue.

Professor Isaías da Costa isaiasdacosta@hotmail.com

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Reconhecer quem é Jesus é ser bem-aventurado, só assim fazemos parte do projeto de Deus realizado no Cristo..

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No evangelho de hoje estamos diante da questão da Identidade de Jesus. Perante isto, dois títulos se confrontam: Filho do Homem e Cristo. Jesus, com freqüência, identifica-se como o “Filho do Homem”. Por outro lado, os discípulos originários do judaísmo identificam Jesus como o “Cristo”.
O “Filho do Homem” é uma expressão que aparece quase uma centena de vezes no profeta Ezequiel, exprimindo a condição humana comum e frágil de alguém que coloca toda sua confiança em Deus. “Cristo”, que é sinônimo de messias ou ungido, é um título aplicado abundantemente a Davi, ou a um seu descendente, no Primeiro Testamento, estando associado à idéia de um chefe poderoso e dominador.

“E vós quem dizeis que eu sou?” Assim como nós, Jesus teve a necessidade de saber quem era Ele para as pessoas, e, principalmente, para aqueles que com Ele conviviam. Ter conhecimento de quem somos nós para o outro e principalmente para aquelas pessoas que nos cercam é muito importante para a nossa realização pessoal.

Na verdade, essa imagem de Cristo que todos nós levamos dentro, desde o batismo, está, ou destroçada, ou escurecida. Como poderemos ser apóstolos se não sentimos sua presença dentro de nós? Como vender um produto do qual não estamos nós, os vendedores, convencidos?
A resposta de Jesus dada a Simão indica que a nossa resposta, admitindo seu senhorio total como Messias e como Filho de Deus, é também um dom do céu. Não seremos os chefes, como Pedro, mas a Igreja estará fundada em nós e nas nossas famílias.
Jesus é a realização das expectativas messiânicas, o portador da justiça que cria sociedade e história novas. Ele supera, portanto, a barreira do velho e introduz a novidade. Reconhecer Jesus desse modo é ser bem-aventurado, porque assim o cristão mergulha no projeto de Deus realizado em Jesus.
Ninguém chega a entender “quem é Jesus” a não ser mediante o compromisso com suas propostas (a justiça do Reino), que são as mesmas do Pai. O reconhecimento de Jesus não é fruto de especulação ou de teorias sobre ele, e sim de vivência do seu projeto (prática da justiça)
Cada um de nós tem uma missão muito especial aos olhos de Deus. Somos Seus instrumentos na concretização do Seu Plano de Salvação. Simão foi aquele que, inspirado pelo Espírito Santo, apontou a verdadeira identidade de Jesus. Foi então que Jesus o conscientizou da sua missão aqui na terra, dando-lhe poder e autoridade para ser chefe da Igreja fundada por Jesus Cristo. “Tu és Pedro”, no nome, a missão.
Meu irmão, minha irmã: Você também diante de Deus tem um nome que designa uma missão muito especial. O que poderá significar? Pergunte ao Espírito Santo!- Você sabia que tudo o que você fizer na terra, terá também repercussão no céu?Dê a você mesmo um nome que designe uma virtude, uma qualidade, ou uma maneira de ser.
Amém
Abraço carinhoso de
MARIA REGINA

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O PRIMEIRO PAPA

Jesus escolheu Pedro para ser o primeiro Papa da Nossa Igreja. ”Pedro tu é pedra e sobre esta pedra edificarei na minha Igreja..”.

Os discípulos foram escolhidos não pela inteligência, nem pela classe social, nem tão pouco pelo parentesco com a família de Jesus, mas sim, foram escolhidos pela fé que eles tinham. Pedro, na verdade, não era lá muito inteligente. No dia da transfiguração de Jesus, ele deu uma grande mancada, ao dizer que aquilo era maravilhoso e que eles poderia montar umas tendas e ficar ali para sempre...

Prezados irmãos: Hoje, a nossa Igreja caminha com líderes santos e pecadores, gente simples, mas grandes na fé. Deus escolhe os simples e humildes para confundir os poderosos. Eles ficam confusos e buscando onde reside a nossa força se somos às vezes tão desclassificados, de origem pobre, e de muita humildade, coisa que as pessoas importantes abominam.

Com essas palavras, não queremos aqui incentivar uma hostilidade contra ricos e poderosos. Pois eles são necessários na sociedade, e cada um deles tem uma alma para ser salva, e a nossa missão na terra é trabalhar para que todos sejam salvos, inclusive eles. Também, longe de nós, a pretensão de assegurar que eles já estão condenados e que nós, da linha de frente da Igreja, temos o céu garantido. Precisamos tomar muito cuidado com isso, pois às vezes pode ocorrer em nossas mentes pensamentos semelhantes. Olha, vale a pena repetir o que Jesus disse: “...os primeiros podem ser os últimos...”. Vamos dizer “podem” para amenizar a força do impacto desta afirmação pesada no nosso Mestre. Que sejamos coordenadores na nossa comunidade, que sejamos líderes dotados de grandes qualidades, mas não nos esqueçamos de viver o que ensinamos, de sermos humildes em todos os nossos atos, porque os primeiros podem mesmo ser os últimos no reino do céu.

Sal

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TU ÉS PEDRO E EU TE DAREI AS CHAVES DO REINO DOS CÉUS.

Domingo, 4 de julho de 2010

São Pedro e São Paulo, Apóstolos (Solenidade).

Outros Santos do Dia: Santa Isabel, Rainha de Portugal, Ageu (profeta bíblico do Antigo Testamento), Alberto Quadrelli (bispo), André de Creta ou de Jerusalém (bispo), Aureliano de Lião (monge, bispo), Berta de Blangy (viúva, monja), Finbar de Wexford (abade), Inocente, Sebastião e Companheiros (mártires), Jucundiano da África (mártir), Lauriano de Sevilha (mártir), Odo de Cantuária (monge, bispo), Oséias (profeta bíblico do Antigo Testamento), Teodoro de Cirene (bispo, mártir), Ulrico de Ausburgo (bispo).

Primeira leitura: Atos dos Apóstolos 12, 1-11.
Agora sei que o Senhor enviou o seu anjo para me libertar do poder de Herodes.
Salmo responsorial: 33, 2-9.
De todos os temores me livrou o Senhor Deus.
Segunda leitura: 2 Timóteo 4, 6-8,17-18.
Agora está reservada para mim a coroa da justiça.
Evangelho: Mateus 16, 13-19.
Tu és Pedro e eu te darei as chaves do Reino dos Céus.

Is 66,10-14: Como a mãe consola um filho, assim eu os consolarei. O terceiro Isaías mostra a alegria do povo de Israel quando contempla seu renascer, depois de todas as amarguras do desterro, e ela a mostra com a figura do parto e dos filhos recém nascidos que necessitam da mãe para mamar de seus peitos e receber seu consolo, levados em seus braços e acariciados em seu colo. Estão na mão do Senhor e como a uma criança a quem sua mãe consola, assim os consolarei eu.


A figura de Deus Mãe é muito querida para os profetas. Sem dúvida, a experiência familiar do pai, da mãe e dos filhos, é talvez a mais admirável e compreensível para todos, quando se quer falar do amor de Deus.


Quando a Bíblia fala de Deus Pai, certamente não está determinando o gênero masculino da divindade. É certo que esta denominação e esta tradução estão condicionadas sociologicamente e sancionadas por uma sociedade de caráter varonil. Porém, realmente, Deus não deve ser concebido simplesmente como um homem. Especialmente nos profetas, Deus apresenta traços femininos maternais. A noção de Pai, aplicada a Deus, deve ser interpretada simbolicamente e transexual, que é a primeira e a última de todas.


O profeta Oséias, no capítulo 11, traz um dos textos mais belos do Antigo Testamento. A experiência do amor de Deus faz dizer ao profeta que o Senhor exerceu as tarefas de pai-mãe para com seu povo. Também outros profetas apresentam a Deus com características materno-paternais: um Deus que consola seus filhos que choram, porque os conduz para torrentes por via plana e sem tropeços (Jr 31,9); um Deus que sente dor na repreensão: Se és meu filho querido, Efrarim, meu filhinho, meu encanto! Cada vez que o repreendo me lembro dele, comovem-me as entranhas e sou movido de compaixão (Jr 31,20).


Essa ternura do amor de Deus fica expressa de maneira inigualável na figura da mãe: Pode uma mãe esquecer-se de seu filho, deixar de querer bem ao filho de seu ventre? Pois ainda que ela se esquecesse, eu não te esqueceria (Is 49,15)

. Assim como a mãe consola o filho, assim eu os consolarei (Is 66,13). Realmente o povo se sentia filho de Javé.


Desde a primeira experiência salvífica de Deus na saída do Egito, o Senhor ordenou a Moises dizer ao Faraó: Assim diz o Senhor. Israel é meu filho primogênito, e eu te ordeno que deixes sair a meu filho para que me sirva (Ex 4,23). A experiência de Deus-Pai dava essa segurança aos israelitas que não permitia sentirem-se órfãos porque, “se meu pai e minha mãe me abandonam, o Senhor me socorrerá” (Sl 27,10).


A paternidade de Deus evocava também uma atenção especial a uma relação de proteção diante daqueles que necessitavam de ajuda e cuidado. Os profetas mostram a predileção de Deus pelos pobres, pelos pecadores, pelos órfãos e pelas viúvas, em uma palavra, por todos aqueles que somente podiam esperar a salvação da intervenção amorosa do Pai-mãe que se preocupa mais pelos filhos desprotegidos e abandonados do que pelos demais.

O Salmo 65 (66): Bendito seja Deus que não retirou de mim o seu amor. Trata-se de um salmo cuja primeira parte é um hino de louvor e depois, a partir do versículo 13, continua com uma ação de graças. Os motivos do louvor são o poder soberano de Deus em favor da humanidade, dos prodígios que viveu o povo na saída do Egito, a passagem do Mar Vermelho e como os inimigos foram se rendendo.


O convite é para que todos os povos louvem o Senhor, já não pelas ações do passado, mas pelos benefícios à comunidade do salmista que se convertem então em motivos para ação de graças: perigos e provas diante das quais a comunidade busca o Senhor que os escuta. Todo o salmo é um convite para que a terra inteira, o povo de Israel, todos os fiéis louvem a Deus que salva e protege, ainda que permita que passemos por fortes provas.


Gl 6, 14-18
: Para que gloriar-me no humano, se não posso gloriar-me senão na cruz de Cristo? Na despedida da carta aos Gálatas, Paulo, de maneira muito sintética, reafirma dois de seus temas preferidos. A salvação não se dá pela Lei, e o homem em Cristo é uma nova criatura. A circuncisão era uma manifestação clara do cumprimento da Lei, porém Paulo diz aos Gálatas que a salvação não provém da lei e sim de Cristo. E se apóia na Cruz, sinal de ignomínia para os romanos, os pagãos e para os judeus, mas que agora é sinal de vitoria e de salvação, e por isso Paulo se gloria nela, como também todos os cristãos, porque dela brota a vida.


Circuncidar-se não é o mais importante. O que importa é renascer como nova criatura. O mundo da lei morreu. Já não há diferença entre judeus e pagãos. Já não há circuncisos e incircuncisos, o que conta agora é o homem novo, o homem que é capaz de superar a tragédia do pecado e realizar o processo da ressurreição de Jesus, para viver como uma pessoa nova.


Lc 10, 1-12.17-20:
Envio dos 72 discípulos. Pela segunda vez no evangelho de Lucas, Jesus envia seus discípulos em missão. Agora chegou a época da colheita e são necessários muitos operários para recolher a messe; são setenta e dois, um número que evoca a tradução dos setenta em Genesis 10, onde aparecem setenta e duas nações pagãs. Jesus vai caminhando para Jerusalém, o caminho que deve ser modelo para a Igreja futura. Partem de dois em dois para que o testemunho tenha valor jurídico, segundo a lei judaica (cf. Dt 17,6; 19,15).


A missão não será fácil; deve ser desenvolvida em meio à pobreza, sem alforje nem provisões. A missão é urgente e nada pode atrapalhá-la, por isso não podem deter-se para saudar a ninguém pelo caminho; tampouco os discípulos devem forçar a ninguém a escutá-los, porém é preciso anunciar a proximidade do Reino.


Este modelo de evangelização é sempre atual. Certamente é uma tarefa difícil quando se trata de ser fiel ao evangelho de Jesus. Muitas vezes, por uma falsa compreensão da inculturação, se fazem concessões que vão contra a essência do evangelho.

Quando os discípulos regressam da missão estão cheios de alegria. Há uma expressão que merece um pouco de atenção: Até os demônios se nos submetem em teu nome. Que significado tem os demônios? Uma breve explicação do termo está no final.


Jesus manifesta sua alegria porque as forças do mal foram vencidas, porque ele rechaça qualquer forma de demônio e exorta a seus discípulos e não vangloriar-se pelas coisas deste mundo.
O importante é ter o nome inscrito no céu, isto é, participar das exigências do Reino e viver de acordo com elas (cf. Ex 32,32). Há outro motivo de alegria para bendizer ao Pai.

Seus discípulos são uma amostra de que o Reino se revela aos simples e humildes. Não é o conhecimento o que permite a experiência do Reino, mas a experiência de Deus por meio do contato íntimo com Jesus e seu seguimento.

Missionários Claretianos

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TU ÉS PEDRA...

XXI Domingo do Tempo Comum

Introdução

A liturgia deste XXI Domingo do Tempo Comum nos propõe, estão dois temas à volta dos quais se constrói e se estrutura toda a existência cristã: Cristo e a Igreja.

A primeira leitura mostra como se deve concretizar o poder “das chaves”. Aquele que detém “as chaves” não pode usar a sua autoridade para concretizar interesses pessoais e para impedir aos seus irmãos o acesso aos bens eternos; mas deve exercer o seu serviço como um pai que procura o bem dos seus filhos, com solicitude, com amor e com justiça.

A segunda leitura é um convite a contemplar a riqueza, a sabedoria e a ciência de Deus que, de forma misteriosa e às vezes desconcertante, realiza os seus projetos de salvação do homem. Ao homem resta entregar-se confiadamente nas mãos de Deus e deixar que o seu espanto, reconhecimento e adoração se transformem num hino de amor e de louvor ao Deus salvador e libertador.

O Evangelho convida os discípulos a aderirem a Jesus e a acolherem-no como “o messias, Filho de Deus”. Dessa adesão, nasce a Igreja - a comunidade dos discípulos de Jesus, convocada e organizada à volta de Pedro. A missão da Igreja é dar testemunho da proposta de salvação que Jesus veio trazer. À Igreja e a Pedro é confiado o poder das chaves - isto é, de interpretar as palavras de Jesus, de adaptar os ensinamentos de Jesus aos desafios do mundo e de acolher na comunidade todos aqueles que aderem à proposta de salvação que Jesus oferece.

Leituras

Primeira Leitura - Leitura do livro do Profeta Isaías (Is 22,19-23)

O exercício do poder aparece associado à corrupção, à venalidade, ao aproveitamento do serviço da autoridade para a concretização de finalidades egoístas, interesseiras, pessoais. A Palavra de Deus que nos é proposta vai em sentido contrário: o exercício do poder só faz sentido enquanto está ao serviço do bem comunitário… O exercício de um cargo público supõe, precisamente, a secundarização dos interesses próprios em benefício do bem comum.

Depor-te-ei de teu cargo e arrancar-te-ei do teu posto. Naquele dia chamarei meu servo Eliacim, filho de Helcias. Revesti-lo-ei com a tua túnica, cingi-lo-ei com o teu cinto, e lhe transferirei os teus poderes; ele será um pai para os habitantes de Jerusalém e para a casa de Judá. Porei sobre seus ombros a chave da casa de Davi; se ele abrir, ninguém fechará, se fechar, ninguém abrirá; fixá-lo-ei como prego em lugar firme, e ele será um trono de honra para a casa de seu pai.
Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial - Salmo ((137/138)

Pela vossa misericórdia, não nos abandoneis, Senhor.

De todo o coração, senhor, eu Vos dou graças
porque ouvistes as palavras da minha boca.
Na presença dos Anjos Vos hei-de cantar
e Vos adorarei, voltado para o vosso templo santo.

Resposta: Pela vossa misericórdia, não nos abandoneis, Senhor.

Hei-de louvar o vosso nome pela vossa bondade e fidelidade,
porque exaltastes acima de tudo o vosso nome e a vossa promessa.
Quando Vos invoquei, me respondestes,
aumentastes a fortaleza da minha alma.

Resposta: Pela vossa misericórdia, não nos abandoneis, Senhor.

O Senhor é excelso e olha para o humilde,
ao soberbo conhece-o de longe.
Senhor, a vossa bondade é eterna,
não abandoneis a obra das vossas mãos.

Resposta: Pela vossa misericórdia, não nos abandoneis, Senhor.

Segunda Leitura - Leitura da carta de São Paulo aos Romanos (Rm 11,33-36)

Esse Deus onipotente, que nunca conseguiremos definir, controlar e explicar, não é um concorrente ou um adversário do homem, preocupado em afirmar a sua grandeza e onipotência à custa da humilhação do homem… Mas é um pai, preocupado com a felicidade dos seus filhos e com um projeto de salvação que Ele pretende que os homens acolham.

Ó abismo de riqueza, de sabedoria e de ciência em Deus! Quão impenetráveis são os seus juízos e inexploráveis os seus caminhos! Quem pode compreender o pensamento do Senhor? Quem jamais foi o seu conselheiro? Quem lhe deu primeiro, para que lhe seja retribuído? 36Dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele a glória por toda a eternidade! Amém.
Palavra do Senhor

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus (Mt 16,13-20)

“E vós, quem dizeis que Eu sou?” É uma pergunta que deve, de forma constante, ecoar nos nossos ouvidos e no nosso coração. Responder a esta questão não significa papaguear lições de catequese ou tratados de teologia, mas sim interrogar o nosso coração e tentar perceber qual é o lugar que Cristo ocupa na nossa existência… Responder a esta questão obriga-nos a pensar no significado que Cristo tem na nossa vida, na atenção que damos às suas propostas, na importância que os seus valores assumem nas nossas opções, no esforço que fazemos ou que não fazemos para o seguir… Quem é Cristo para mim?

Naquele tempo, Chegando ao território de Cesaréia de Filipe, Jesus perguntou a seus discípulos: No dizer do povo, quem é o Filho do Homem? Responderam: Uns dizem que é João Batista; outros, Elias; outros, Jeremias ou um dos profetas. Disse-lhes Jesus: E vós quem dizeis que eu sou? Simão Pedro respondeu: Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo! Jesus então lhe disse: Feliz és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus. E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus. Depois, ordenou aos seus discípulos que não dissessem a ninguém que ele era o Cristo.
Palavra da Salvação.

Comentário

"Quem é Jesus Cristo para mim?"

Nós cristãos que fazemos parte da Igreja e nos reunimos todos os domingos para celebrar a Eucaristia devemos ser os primeiros a perguntar-nos: "Quem é Jesus Cristo para mim?". Só pode responder a esta pergunta quem se encontrou com Ele, quem fez a experiência pessoal d´Ele.

Muitas vezes o encontro pessoal com Jesus é, portanto, a resposta pessoal à sua pergunta, dá-se através do testemunho dos cristãos que despertam o interesse e a curiosidade dos não-cristãos.

A fórmula de profissão de fé que os cristãos recitam na Missa corre o risco de ser apenas uma expressão verbal. A fé da Igreja de Jesus deve manifestar-se na vida. Todo o cristão tem a possibilidade de "confirmar" na fé os seus irmãos e ajudar os que ainda não têm fé a encontrar uma resposta.

Na Primeira Leitura a destituição do mordomo real e a nomeação de outro é aproveitada para falar de Deus, guia do povo em toda a história de Israel. O Senhor estará com o novo mordomo em todos os seus atos de governo na casa de Davi. Quando aspirada em Deus a apoiada na fé, a autoridade humana mais facilmente realiza a justiça. Será como um pai para os governados.

Na Segunda Leitura Deus, apesar de todos os pecados dos homens, continua a planear caminhos novos e impensados para lhes levar a salvação. Diante deste modo de agir divino, cheio de misericórdia e bondade, o homem só pode elevar um hino de louvor ao Amor infinito. É o que faz Paulo.

No Evangelho só os discípulos, pela voz de Pedro, reconheceram em Cristo o Salvador enviado pelo Pai. É a este pequeno grupo, chefiado por Pedro, se confia a ingente tarefa de implantar o Reino de Deus entre os homens. Hoje cabe-nos, comunidade cristã, a responsabilidade de, na fé, na esperança e na caridade, sermos sinal da presença de Cristo no mundo, sempre sob a orientação do sucessor de Pedro.

Padre Claudio

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A ORDENAÇÃO DO PRIMEIRO PAPA

SOLENIDADE DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO


Neste domingo celebramos três personagens: São Pedro, São Paulo e o Papa Bento XVI.

São Pedro e São Paulo foram diferentes no pensar, no agir, no modo de olhar a Igreja; mas unidos no martírio, na fé em Jesus como Salvador e no anúncio do Evangelho. Suas diferenças não comprometeram o trabalho e a missão de anunciadores e testemunhas do Evangelho de Jesus. Pedro nos lembra a Igreja organizada em sua instituição e Paulo a dimensão da Igreja missionária. Dois aspectos da mesma realidade

Hoje é o Papa, como sucessor de Pedro, quem tem a missão de guiar a Igreja de Cristo, seu rebanho. A celebração deste domingo tem que nos levar a renovar nossa fidelidade ao Papa sucessor de Pedro e aos bispos, e pensar no exemplo de Pedro.

O amor e a humildade, são as virtudes que devemos aprender de São Pedro e de São Paulo. Somente quando vivemos estas virtudes seremos capazes de cumprir a missão que o Senhor nos incumbiu


Primeira Leitura - Leitura do Atos dos Apóstolos (At 12,1-11)


Naqueles dias, 1o rei Herodes prendeu alguns membros da Igreja, para torturá-los.
2Mandou matar à espada Tiago, irmão de João. 3E, vendo que isso agradava aos judeus, mandou também prender a Pedro. Eram os dias dos Pães ázimos.
4“Depois de prender Pedro, Herodes colocou-o na prisão, guardado por quatro grupos de soldados, com quatro soldados cada um. Herodes tinha a intenção de apresentá-lo ao povo, depois da festa da Páscoa.
5Enquanto Pedro era mantido na prisão, a Igreja rezava continuamente a Deus por ele. 6Herodes estava para apresentá-lo. Naquela mesma noite, Pedro dormia entre dois soldados, preso com duas correntes; e os guardas vigiavam a porta da prisão.
7Eis que apareceu o anjo do Senhor e uma luz iluminou a cela. O anjo tocou o ombro de Pedro, acordou-o e disse: “Levanta-te depressa!” As correntes caíram-lhe das mãos. 8O anjo continuou: “Coloca o cinto e calça tuas sandálias!” Pedro obedeceu e o anjo lhe disse: “Põe tua capa e vem comigo!”
9Pedro acompanhou-o, e não sabia que era realidade o que estava acontecendo por meio do anjo, pois pensava que aquilo era uma visão.
10Depois de passarem pela primeira e segunda guarda, chegaram ao portão de ferro que dava para a cidade. O portão abriu-se sozinho. Eles saíram, caminharam por uma rua e logo depois o anjo o deixou.
11Então Pedro caiu em si e disse: “Agora sei, de fato, que o Senhor enviou o seu anjo para me libertar do poder de Herodes e de tudo o que o povo judeu esperava!”
Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial - Salmo 33


Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo,
seu louvor estará sempre em minha boca.
Minha alma se gloria no Senhor;
que ouçam os humildes e se alegrem!

De todos os temores me livrou o Senhor Deus.

Comigo engrandecei ao Senhor Deus,
exaltemos todos juntos o seu nome!
Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu,
e de todos os temores me livrou.

De todos os temores me livrou o Senhor Deus.

Contemplai a sua face e alegrai-vos,
e vosso rosto não se cubra de vergonha!
Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido,
e o Senhor o libertou de toda angústia.

De todos os temores me livrou o Senhor Deus.

O anjo do Senhor vem acampar
ao redor dos que o temem, e os salva.
Provai e vede quão suave é o Senhor!
Feliz o homem que tem nele o seu refúgio!

De todos os temores me livrou o Senhor Deus.


Segunda Leitura - Segunda Carta de São Paulo a Timóteo (2Tm 4,6-8.17-18)


Caríssimo: 6Quanto a mim, eu já estou para ser derramado em sacrifício; aproxima-se o momento de minha partida. 7Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé. 8Agora está reservada para mim a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que esperam com amor a sua manifestação gloriosa.
17Mas o Senhor esteve a meu lado e me deu forças, ele fez com que a mensagem fosse anunciada por mim integralmente, e ouvida por todas as nações; e eu fui libertado da boca do leão.
18O Senhor me libertará de todo mal e me salvará para o seu Reino celeste. A ele a glória, pelos séculos dos séculos! Amém.
Palavra do Senhor.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus (Mt 16,13-19)


Naquele tempo, 13Jesus foi à região de Cesaréia de ilipe e ali perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?”
14Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”.
15Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?”
16Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”.
17Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. 18Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. 19Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”.
Palavra da Salvação.


Comentário - Pedro e Paulo, libertados pra libertar


Na festa de Pedro e Paulo poderíamos acentuar as diferenças entre estes dois grandes apóstolos que são as colunas que mantêm firme a Igreja, a comunidade dos crentes. Mas as leituras de hoje dão-nos base suficiente para sublinhar as similitudes.

Apesar de terem origens diferentes - Jesus chamou Pedro com os primeiros discípulos, Paulo aparece em cena após a morte e ressurreição de Jesus - e de que seguiram caminhos diversos - Pedro apóstolo dos judeus e Paulo dos gentiles -; apesar de que tiveram suas diferenças - em Antioquia teve palavras fortes trocadas entre os dois pelo que se conta na carta aos Gálatas (2,11-14) -; apesar de tudo isso, há uma experiência comum que está na base de suas vidas, que lhes motivou a se entregarem, na medida da capacidade da cada um e sempre contando com suas limitações, ao serviço da pregação da boa nova de Jesus.

Pedro, libertado de suas próprias correntes

A primeira e segunda leitura nos falam dessa experiência que não é outra que a libertação. Os dois experimentaram a libertação das correntes que os oprimiam. Ainda que na primeira leitura dos Atos relata-se a libertação de Pedro do cárcere por um anjo, conhecemos a vida de Pedro e sua relação com Jesus e sabemos que Jesus sempre lhe foi levando para além dos preconceitos que lhe aprisionavam, o libertando para converter em uma pessoa nova ao serviço do Reino.

Recordemos a cena de Pedro no lago, na qual Jesus lhe liberta de seus próprios temores e lhe convida a avançar pela água e a confiar só no Senhor. Por tanto, a libertação de Pedro é bem mais que a libertação pontual do cárcere. Jesus fez livre Pedro para o Evangelho. O Pedro que queria fazer seu próprio caminho, que inclusive queria dizer a Jesus como devia realizar sua missão (cena da confissão de Cesareia), termina seguindo os caminhos que lhe marca Jesus e encontra aí sua plenitude em liberdade como pessoa.

Paulo, libertado no caminho de Damasco

Na segunda leitura Paulo fala na primeira pessoa. Dá a impressão de estar ao final de sua vida. Joga o olhar para trás. Tem combatido o bom combate e espera a coroa merecida. Mas reconhece que nesse caminho tem estado sempre presente o Senhor que lhe ajudou em todo momento e lhe deu forças “para anunciar a mensagem na integra”. Diz também que “seguirá me livrando”.

Sem dúvida Paulo tem presente aquela primeira libertação, a do caminho de Damasco, quando se encontrou frente a frente com o Senhor ressuscitado e sua vida cobrou um novo sentido, deixando para trás seu passado fariseu. Ali foi liberto da opressão da lei para conhecer a força da graça da vida. Essa foi sua experiência de libertação, a que deu sentido a toda sua vida itinerante ao serviço do Evangelho, a todos seus trabalhos, esforços e dores.

Chaves que libertam e dão vida

A libertação está, pois, na base da experiência vital, fundamental, destes dois apóstolos que são as colunas centrais da Igreja, de nossa fé. A libertação é a experiência que conduz à fé. Confessar a Jesus não é uma pura afirmação intelectual, não é uma idéia. Muda nossa vida como mudou as de Pedro e Paulo. Liberta-nos de preconceitos e medos. Abre-nos ao futuro. Dá sentido a nossas vidas. O Reino nos aparece como a realidade mais valiosa pela qual devemos lutar e entregar nossa vida. As mãos nos abrem à fraternidade e sentimos Deus como Pai da vida que acolhe a todos sem exceção.

As chaves de que se fala no Evangelho são chaves que abrem as prisões, que libertam de preconceitos e doenças, que criam fraternidade. Não são nunca chaves para oprimir nem para condenar. Não são chaves para condenar as pessoas. Só há que condenar todo o que impede as pessoas de viver como o que somos: filhos e filhas de Deus, com toda nossa dignidade e liberdade. Essas chaves, hoje em poder de todos os crentes, da Igreja, de todos os que seguem a estela de Pedro e Paulo e neles a de Jesus, nos facultam e capacidade para abrir, para libertar, para dar vida. Usemos estas chaves!

Pe. Fernando Torres, cmf

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04 DE JULHO – DOMINGO- EU TE DAREI AS CHAVES DO REINO DOS CÉUS:

  • Vermelho. São Pedro e São Paulo, Apóstolos, Solenidade

LITURGIA DO DIA 29 DE MAIO DE 2009=O PRIMEIRO PAPA

Não obstante esta fraqueza que se pode até chamar de traição, Jesus depois escolhe Pedro para ser o primeiro Papa da Nossa Igreja. ”Pedro tu é pedra e sobre esta pedra edificarei na minha Igreja..”.

Os discípulos foram escolhidos não pela inteligência, nem pela classe social, nem tão pouco pelo parentesco com a família de Jesus, mas sim, foram escolhidos pela fé que eles tinham. Pedro, na verdade, não era lá muito inteligente. No dia da transfiguração de Jesus, ele deu uma grande mancada, ao dizer que aquilo era maravilhoso e que eles poderia montar umas tendas e ficar ali para sempre...

Prezados irmãos: Hoje, a nossa Igreja caminha com líderes santos e pecadores, gente simples, mas grandes na fé. Deus escolhe os simples e humildes para confundir os poderosos. Eles ficam confusos e buscando onde reside a nossa força se somos às vezes tão desclassificados, de origem pobre, e de muita humildade, coisa que as pessoas importantes abominam.

Com essas palavras, não queremos aqui incentivar uma hostilidade contra ricos e poderosos. Pois eles são necessários na sociedade, e cada um deles tem uma alma para ser salva, e a nossa missão na terra é trabalhar para que todos sejam salvos, inclusive eles. Também, longe de nós, a pretensão de assegurar que eles já estão condenados e que nós, da linha de frente da Igreja, temos o céu garantido. Precisamos tomar muito cuidado com isso, pois às vezes pode ocorrer em nossas mentes pensamentos semelhantes. Olha, vale a pena repetir o que Jesus disse: “...os primeiros podem ser os últimos...”. Vamos dizer “podem” para amenizar a força do impacto desta afirmação pesada no nosso Mestre. Que sejamos coordenadores na nossa comunidade, que sejamos líderes dotados de grandes qualidades, mas não nos esqueçamos de viver o que ensinamos, de sermos humildes em todos os nossos atos, porque os primeiros podem mesmo ser os últimos no reino do céu.

Sal

QUEM DIZEM OS HOMENS QUE EU SOU?


No Evangelho, Jesus é apresentado como o Messias libertador, enviado ao mundo pelo Pai para oferecer aos homens o caminho da salvação e da vida plena. Cumprindo o plano do Pai, Jesus mostra aos discípulos que o caminho da vida verdadeira não passa pelos triunfos e êxitos humanos, mas pelo amor e pelo dom da vida (até à morte, se for necessário). Jesus vai percorrer esse caminho; e quem quiser ser seu discípulo, tem de aceitar percorrer um caminho semelhante.

Comentário

Jogar a toalha!

Quem é Jesus? Aquele que não joga a toalha! O homem coerente, fiel, que decide viver segundo suas mais profundas convicções. Jesus queria isso mesmo de seus discípulos. Por isso, a Simão Pedro, que tenta “desencorajá-lo”, o fazer “negociar” para que evite o fim previsível, Jesus lhe pede que se afaste e o chama de “Satanás”. E depois disto, diz a seus discípulos algumas palavras que continuam, ainda hoje, extremamente exigentes:

“Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas, quem perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho, vai salvá-la”.

Jesus "não jogou a toalha". Utilizamos esta expressão “jogar a tolha” quando alguém se sente derrotado e desiste. Em princípio, quem joga a tolha não é uma pessoa frágil; é alguém que esta lutando para conseguir algo, se trata de alguém que sofre por ser coerente, porém se encontra quase no limite de suas forças e não consegue chegar à sua meta! Desiste! Joga a tolha!

Se nós contemplarmos as pessoas que nos rodeiam e, sobre tudo, a nos mesmos, veremos que em mais de uma ocasião eles e nós, temos jogado a tolha.
Isto acontece, por exemplo, quando:

rompemos uma relação, que nos parece insuportável e não responde a nossos sonhos (matrimonio, amizade...); ou abandonamos um grupo, uma comunidade, porque nós não concordamos com as posições dos seus membros e linhas de ação;

nós sentimos "inferiores" por pertencer a uma comunidade cristã que defende valores que não são óbvios na sociedade na qual vivemos;

reconhecendo o valor da vida de oração, da espiritualidade e a mística, damos como impossível continuar naquela estrada;

depois de assumir um serviço missionário, uma responsabilidade eclesiástica, desistimos ante as dificuldades que nos apresenta e, ante determinadas provas, renunciamos.

Ante as dificuldades e obstáculos não muitas são as pessoas que mantêm seus ideais. Quase sempre se adaptam à nova realidade. Os resultados deste comportamento normalmente se manifestam em vidas medíocres, vocações “sem sal”, hipocrisias vitais, vida sem autenticidade.

O mesmo ocorre naqueles grupos que nascem com idéias “muita altas” e pouco a pouco adaptam suas idéias às pessoas as quais se pretende atrair. Os resultados disto são: socialismos, liberalismos, cristianismos, vidas religiosos e eclesiásticos “sem sal” e sem mordente profético. A luz é insuficiente.

Aterroriza-nos a marginação, o desprezo. Por isso, negociamos e colocamos uma vela a Deus e outra ao diabo. Isto é, porque, a grande pergunta: o que é inegociável em minha vida?

Falar de coerência é não falar de imobilidade, da cegueira obstinada. A arrogância pode ser atada à nossa verdade e nos impedir de estar aberto à verdade. Há coerências vitais que têm muito que ver com a auto-suficiência e o encerramento em nos mesmos. Essas pessoas não lutam: ficam imobilizadas.

Neste domingo o profeta Servo de Yahweh, Tiago e Jesus, nosso Senhor, nos falam da coerência e o do seu preço, quando é autentica.

O Servo não se lança para trás: oferece as costas aos que o espanca, as bochechas aos que arrancam sua barba; não cobre o rosto ante insultos nem cusparadas.

Jesus mantém sua forma de vida coerente, embora as autoridades se lancem sobre Ele e o condenem; ninguém vai silenciar sua voz, embora a morte seja seu destino. Não quer negociar para não reduzir sua mensagem. Quer pensar de acordo com Deus e não de acordo com os homens.

Tiago também diz em sua carta que não basta proclamar a fé, é necessário traduzi-la em obras de hospitalidade, de acolhimento e de ajuda ao irmão.

A fidelidade a um estilo de vida, a algumas convicções, ao crescimento espiritual, não se baseia em uma obstinada fixação na própria forma de pensar e nas próprias convicções. Baseia-se - isto é decisivo - na experiência que se vai tendo de Deus. O profeta Isaias o expressa muito bem: “O Senhor Deus é meu Auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado. O Senhor Deus é meu Auxiliador; quem é que me vai condenar?”

Somente nosso Deus impede que joguemos a tolha. Quando a pessoa puser as mãos nos controles do navio da própria vida, então Deus mesmo torna possível a coerência vital, põem em nós suas convicções mais íntimas e torna possível em nossa fraqueza sua força.

Na hora de ser coerente, de não jogar a toalha, nós temos que olhar para Deus e não para nós. A fidelidade vem do céu. Comunica-nos nosso Deus.

Assim foi Jesus. Em sua oração no Getsemaní encontrou a força necessária para não se lançar para trás. Ao fim pode exclamar: Abbá, missão cumprida!

Abbá, conheces nossas debilidades. Sabes quantas vezes sentimos a tentação de nos lançar para trás, de jogar a toalha. De nos defender em vez de Te defender. De seguir nossas convicções no lugar das Tuas. Seja força em nossa debilidade. Permita-nos seguir Jesus, sem o abandonar em nenhum momento. E que sejamos conscientes de que nesta luta, a vitória nos dá Tu e também a vida que não acaba.

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FIM DOS COMENTÁRIOS SOBRE:A ORDENAÇÃO DO PRIMEIRO PAPA

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