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sábado, 15 de janeiro de 2011

O CORDEIRO DE DEUS QUE TIRA O PECADO DO MUNDO

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HOMILIAS PARA

O PRÓXIMO DOMINGO

2ª DOMINGO DO TEMPO COMUM

16 DE JANEIRO – 2011

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Introdução

CORDEIRO DE DEUS

Em suas aulas de Geografia econômica, aquele professor costumava fazer uma dinâmica, que os alunos depois diziam que era uma pegadinha. Assim fazia ele:

---Atenção! Os eqüinos são os... cavalos. Respondiam os alunos em coro.

---Os asininos são os... jumentos.... burros...

---Os bovinos são os... bois...

---Os ovinos são aqueles que botam... ovos... (Todos respondiam no embalo sem pensar...)

---Errado! Ovinos são as ovelhas ... kkkkkk

Em seguida o professor aproveitava para explicar como às vezes somos induzidos ao erro principalmente nas propagandas que nos induzem a comprar sem necessidade, ou comprar produtos de má qualidade como se fossem bons, etc.

Cordeiro é um animal da família dos ovinos, que, ao contrário do porco, não faz nenhum barulho quando é capturado, apreendido, ou mesmo morto. Em outras palavras, ele sofre sem reclamar como Jesus em sua paixão e morte.

Cordeiro de Deus ou em latim, Agnus Dei, é uma expressão utilizada no cristianismo para se referir a Jesus Cristo, identificado como o salvador da humanidade, ao ter sido sacrificado, se oferecendo ao Pai pelos nossos pecados. João Batista disse: "Eis o Cordeiro de Deus, Aquele que tira o pecado do mundo" (João, 1:29).

Na Antiga Aliança, no Antigo Testamento, os hebreus ao efetuar os holocaustos usavam o cordeiro como o animal preferido em sacrifício a Deus, para remissão dos pecados. O sacrifício de animais (ou mesmo de pessoas) era freqüente entre vários grupos étnicos, em várias partes do mundo. Lembramos mais uma vez aqui, o caso de Abraão que, atendendo a exigência de Deus e para provar a sua fé, teria de sacrificar o seu único filho, imolando-o e queimando-o numa fogueira, em oferenda a Deus. Contudo, Deus no último instante mudou de idéia e não permitiu tal execução, afirmando que tinha exigido aquilo para testar a sua fé.

Jesus Cristo nos mostrou com atitudes e palavras, que os sacrifícios de animais poderiam ser substituídos pela caridade, pois o ato ou gesto d’Ele se oferecer ao Pai em sacrifício por toda a humanidade, tornaria estes sacrifícios desnecessários, já que Jesus sendo puro e perfeito, não tendo nenhum pecado, seria o sacrifício supremo, interpretado como o maior ato de amor de Deus para com todos nós.

E hoje? Quais os cordeiros de Deus existentes na nossa sociedade, na nossa paróquia?

São os sacerdotes, freiras, e também nós os catequistas e demais cristãos conscientes engajados, que doamos nossas vidas pela causa do Reino.

Uma vez em uma faculdade perguntaram ao um certo padre conservador, porém de mentalidade aberta e professor universitário, porque ele ainda usava aquela batina preta, tendo em vista as inovações dos tempos atuais.

A resposta dele foi contundente e chocante àqueles jovens seus admiradores, porém de pouca fé.

---Esta batina preta é uma mortalha. Disse sorridente aquele simpático sacerdote, mais ou menos assim: Eu estou morto para este mundo, para os prazeres da carne e para o pecado. Pois me entreguei sem reservas a Deus a serviço da Igreja. Esta mortalha representa esta minha entrega total sem reservas, significa a anulação do meu eu... E todos os jovens se esqueceram de ir embora e ficaram ali por mais de meia hora ouvindo aquele santo homem, um cordeiro de Deus dos tempos atuais.

Porém, nem todos os alunos da classe. Oito deles passaram direto, ao serem convidados por uma das meninas para dar um tempo e escutar o mestre, respondera: Tô ora!

Em compensação, quatro alunos de outra classe que nem tinha aula com o referido padre, aos passar pelo grupo, um disse. E aí, padre! A Paz esteja contigo!

---Não só comigo, mas também com você e todos nós. Respondeu o professor.

---Desculpa aí! Foi mal! Respondeu o aluno.

---Não precisa se desculpar. Porque é mesmo maravilhoso estar na paz de Cristo. E assim continuou...

Na aula seguinte o comentário sobre a aula informal do padre-professor no corredor, era geral. Quase. Pois alguns alunos, estavam “fora” dos comentários.

Um dos alunos ficou tão entusiasmado que até surgiu o boato de que ele iria ser padre...

Aconteceu que o professor-sacerdote explicou de forma tão feliz aos alunos numa conversa informal que apesar da mortalha representar a auto-imolação, uma entrega total a Deus, o sacerdote é um privilegiado, por viver na presença de Jesus, por desfrutar da companhia Dele 24 horas, dando-lhe tudo o que ele necessita para sobreviver, inclusive paz e a verdadeira felicidade.

Semana seguinte aquele ainda jovem padre estava na Pastoral Vocacional e no mês seguinte como diretor do Seminário local. Telefonamos para ele lamentando a sua saída da paróquia e perguntamos por que tinha nos abandonado. Ele respondeu que ao bispo diocesano, também são contadas as coisas boas que nós fazemos... kkkk.

E você? Tem se dedicado ao serviço da Igreja? Tem se esforçado para ser melhor e para melhorar esse mundo? Tem ouvido com humildade as críticas a respeito do seu desempenho e das suas atitudes? Tem dado bons exemplos? Tem procurado se aprimorar mais através do estudo, da meditação e da prática da espiritualidade para ser digno de ser chamado de CATEQUISTA? (não se esqueça que todos nós somos catequistas). Tem praticado o que você ensina em seus encontros catequéticos, nas suas homilias, nos seus sermões, nas suas palestras no seu dia a dia? Você tem se entregado de verdade às coisas de Deus pensando naquelas suas palavras: “Busque primeiro o Reino de Deus e tudo o mais te será dado de acréscimo”? Você tem tido inveja de outros irmãos ou irmãs que evangelizando ao seu lado têm mostrado serem mais capazes, mais talentosos, mais inteligentes que você? Tem demonstrado esse ciúme esta inveja com atitudes de crítica, de hostilidades, de exclusão a esses irmãos? Tem usado de sua autoridade para se livrar dos “concorrentes”? Daqueles que sabem mais do que você? Que fala melhor que você?

Então, meu caro, minha cara, cuidado! Você está precisando de um acompanhamento, da ajuda de um sacerdote. Pois, não foi nada disso que Jesus nos ensinou, que nos demonstrou em palavras e atitudes. Se não nos esforçarmos para imitar aquele que se entregou por nós, nossas palavras não farão o efeito desejável. Pois precisamos: CONHECER, PRETICAR para poder TRANSMITIR a palavra de Deus. Só agindo assim, seremos dignos de sermos considerados CORDEIROS DE DEUS IMOLADOS, PORÉM FELIZES POR DESFRUTAR DA PRESENÇA DE JESUS EM NÓS!

Sal

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O Amor de Deus marcou para sempre nossas vidas. Ele nos tirou das trevas e nos fez enxergar a luz da eternidade.

Cordeiro de Deus em latim é Agnus Dei, uma expressão utilizada pela religião cristã para se referir a Jesus Cristo, identificado como o salvador da humanidade, ao ter sido sacrificado em resgate pelo pecado original. Na arte e na simbologia icônica cristã, é freqüentemente representado por um cordeiro com uma cruz. A expressão aparece no Novo Testamento, principalmente no Evangelho de hoje, onde João Batista diz de Jesus: “Eis o Cordeiro de Deus, Aquele que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29).

João Batista tem uma atuação fundamental no projeto de Deus realizado em Jesus. O batismo de João tinha características originais e sua proclamação foi tão marcante que o tornou conhecido como “o Batista”. Enquanto as abluções de purificação com água, tradicionais entre os judeus, eram repetidas com freqüência, o mergulho nas águas do batismo, com João, era feito uma única vez e tinha o sentido de sinalizar uma mudança de vida para um compromisso perene com a prática da justiça que fortalece a vida.

João dá testemunho de que Cristo é verdadeiramente o Filho de Deus. Ele estava atento a todos os sinais do Espírito Santo para confirmar que Jesus é o Filho amado. Nós também, se estivermos atentos ao Espírito Santo, iremos perceber os sinais de Deus para a nossa vida, teremos mais fé e estaremos convictos e certos do amor de Deus para conosco. João era um homem como nós, mas soube perceber qual era a sua missão e cumpri-la sem titubear. O nosso testemunhar deve também ter a assistência do Espírito Santo, pois é Ele quem nos revela Cristo e quem confirma para nós as obras que em nós são realizadas.

O Amor de Deus marcou para sempre nossas vidas. Ele nos tirou das trevas e nos fez enxergar a luz da eternidade. Não há mais razão para ficar triste ou viver amargurado se Deus está conosco e no meio de nós. Grande significado tem para nós, hoje, o dedo indicador de João: “ Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.

Jesus assume a proclamação de João dando-lhe um novo sentido de atualidade e eternidade, identificando-a com o projeto de Deus de conferir vida plena e eterna à humanidade. O Espírito sobre Jesus é a confirmação de sua divindade e da divinização de toda a humanidade n’Ele assumida em todos seus valores e em toda sua dignidade. A presença de Jesus, Filho de Deus, entre nós renova a nossa vida e nos impele ao empenho na construção do mundo novo possível de justiça e paz.

Amém

Abraço carinhoso

Maria Regina

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II DOMINGO DO TEMPO COMUM

A liturgia deste II Domingo do Tempo Comum coloca a questão da vocação; e convida-nos a situá-la no contexto do projeto de Deus para os homens e para o mundo. Deus tem um projeto de vida plena para oferecer aos homens; e elege pessoas para serem testemunhas desse projeto na história e no tempo.

A primeira leitura apresenta-nos uma personagem misteriosa
- Servo de Jahwéh - a quem Deus elegeu desde o seio materno, para que fosse um sinal no mundo e levasse aos povos de toda a terra a Boa Nova do projeto libertador de Deus.

A segunda leitura apresenta-nos um “chamado” (Paulo) a recordar aos cristãos da cidade grega de Corinto que todos eles são “chamados à santidade” - isto é, são chamados por Deus a viver realmente comprometidos com os valores do Reino.

O Evangelho apresenta-nos Jesus, “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. Ele é o Deus que veio ao nosso encontro, investido de uma missão pelo Pai; e essa missão consiste em libertar os homens do “pecado” que oprime e não deixa ter acesso à vida plena.

(João 1, 29-34)

Comentário - Eu o vi, e dou testemunho

Melhor testemunhas do amor que mestres da verdade

“Só o amor é credível”, falamos mil vezes. E só quando somos credíveis podemos dar testemunho, como faz hoje João o Batista. É suspeito insistir tanto em minha verdade em frente ao amor, inclusive, às vezes, para justificar um desamor. Já nos recordava o Papa Pablo VI na
Evangelii Nuntiandi: “O mundo precisa de testemunhas mais que de mestres”.

O testemunho só pode ser dado a partir da credibilidade. É essa pessoa que, por sua palavra, seus sentimentos, sua vida, chega aos demais, inspira confiança, sua mensagem cheira a verdadeira. Um testemunho de Deus é o melhor presente, a autoridade mais querida e seguida.

Onde estão os profetas? A Igreja pode apresentar ao mundo um plantel imenso de homens e mulheres santos que, como Jesus, passam toda sua vida fazendo o bem. Por que, então, tantas perguntas colocam a Igreja no rol das instituições que são tidas em julgamento? Muito temos que nos perguntar pelas causas deste julgamento. Nos perguntar é amar para valer à Igreja. Uma imagem desgastada ficará restaurada voltando ao Evangelho, não assinalando a outra parte.

O exemplo soberano é ser testemunha do “Cordeiro que tira os pecados”. Isto sim que atrai. Tantos irmãos nossos que dedicam sua vida e sua morte para que a gente não sofra tanto. Eles obedecem muito bem a Jesus: “Sereis minhas testemunhas”. E com eles queremos sentir e cantar: “Por Ti, meu Deus, cantando vou a alegria de ser tua testemunha, Senhor”.

Palavra

No Batismo do Jordão, era o Pai o que proclamava: Este é meu Filho. Aqui é um homem, o Batista, quem nos diz: “Eu o vi”, “Eu dou testemunho”. E nos catequiza: Jesus é o que Batiza com Espírito Santo, é o Filho de Deus, é o Cordeiro que tira o pecado do mundo. É o Cordeiro anunciado pelo profeta, levado ao matadouro; inocente, humilde paciente. É o Cordeiro Pascal que, sendo tão débil, com sua morte é tão forte que tira os pecados de todos.

É o Cordeiro na linha do Servo. Paradoxalmente, este Servo, desde a humildade, é chamado para uma grande missão: “Trazer, reunir e estabelecer” seu povo em Deus. E é constituído “Luz das nações”; assim lhe chamou ao Menino Jesus o idoso Simeão.

Como o Batista, todos somos enviados a ser “apóstolo, consagrados por Jesus Cristo, povo santo”. Feliz geração de testemunhas. Nos diz São Paulo, ao começar sua carta aos corintios.

Reflexo na vida: Somos testemunhas, e o dizemos.

Não vamos ser menos que João Batista. Nós também assinalamos e damos testemunho de Jesus. Confessamos que é o Filho de Deus, o cheio do Espírito Santo, o Cordeiro que tira nossos pecados, o Servo que carrega com nossas dores. Em conseqüência, só por este Deus se pode viver e morrer.

Quantos dos nossos o viram como Representante de Deus, como “O Doce Jesus”, como “Super-star”, como guerrilheiro libertador. E nós como o sentimos e vivemos hoje como?

Como pedagogia, escrevemos a confissão de uma testemunha eminente: “Devo pregar seu nome: Jesus Cristo, o Filho de Deus vivo. Ele é o centro da história e do universo; ele nos conhece e nos ama, companheiro e amigo de nossa vida, homem de dor e de esperança. Nunca cansar-me-ia de falar dele. Ele é o pão e a fonte de água viva. Ele é nosso pastor, nosso guia, nosso exemplo, nosso consolo, nosso irmão. Ele, como nós, foi pequeno, pobre, humilhado, sujeito ao trabalho, oprimido e paciente. Jesus Cristo! Recordai-o: nosso anseio é que seu nome ressoe até os confines da terra” (Pablo VI).

Experiência de Deus

Só se é testemunha desde o que se vive e experimenta. Precisamos poder dizer com João Batista: “Eu o vi”. Canta a liturgia: “Experiência de Deus foi vossa ciência”. Igual aos profetas, ficamos seduzidos por Deus. Com o salmista, repetimos: “Buscarei, Senhor, teu rosto”, “Minha alma tem sede de ti”, “Tua graça vale mais que a vida”. Se levantamos grandes tablados litúrgicos, se gastamos a vida em causas muito importantes, se somos muito escrupulosos da norma, mas não tocamos o mistério de Deus e Deus não nos toca a nós, somos “como campainha que soa ou címbalo que percute”.

Voltamos à experiência que nos propõe Paulo: sentimos o prazer de ser chamados e consagrados em Jesus Cristo, de ser santos dentro de seu povo santo.

Toca-nos tirar o pecado

O mistério sombrio do pecado e o extravio da liberdade penetram na história e entram no coração humano. Pecados pessoais e pecados comunitários ou estruturais. Injustiças, opressões, maus pensamentos, esquecimento do pobre, afãs desmedidos de ouro, de coroas, de luxos.

Por isso, precisamos do Cordeiro que tira os pecados do mundo. Com sua morte nos justifica. Seu sangue é derramado para o perdão dos pecados, nos banha e nos deixa limpos. “Oh feliz culpa, que mereceu tal Redentor”. Na prece eucarística dizemo-lo muito bem: “Te oferecemos a vítima que devolve tua graça aos homens”.

Desde esta experiência ditosa, estamos chamados a varrer o pecado que escurece a imagem de Deus entre nós. Há muitas maneiras de lutar contra o mau, de sanar, de consolar. Vamos procurá-las. Como Jesus, a primeira arma frente ao pecado é o perdão. Um homem muito maltratado recorda-nos: “O sangue de Cristo é reconciliador, porque o mau não se vence com a destruição senão com a reconciliação” (Bonhaeffer).

Na Eucaristia, antes de comungar, invocamos ao Cordeiro que tira o pecado. Assim estabelecemos um equilíbrio: somos conscientes de nosso pecado, mas está a ponto a esperança: é que Jesus nos tira esse pecado. E, em seguida, comungamos seu Corpo e Sangue.

Pe. Conrado Bueno Bueno

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Homilia do Padre Françoá Costa – II Domingo do Tempo Comum – Ano A

Banquete sacrifical

“Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29). Essas palavras soam aos nossos ouvidos em cada Santa Missa ao aproximar-se um dos momentos mais sublimes do sacrifício eucarístico, a comunhão. E nós respondemos: “Senhor, eu não sou digno (…)”. Jesus Cristo vem a nós em cada celebração eucarística. Não nos esqueçamos, no entanto, de que a graça da comunicação de Deus conosco passa pelo sacrifício do seu filho, Cordeiro oferecido ao Pai que, com a sua obediência e com o seu amor, tira o pecado do mundo. De fato, essas palavras do Evangelho segundo S. João aludem ao sacrifício redentor de Jesus Cristo.

A Missa é sacrifício, ou seja, uma realidade sagrada oferecida a Deus. Não se pode negar essa verdade de fé divina e católica, quem assim o fizesse cairia na heresia.

O sacrifício está presente em toda a Sagrada Escritura; também o está nas diversas religiões. O ser humano sempre sentiu o desejo de oferecer dons a Deus. A universalidade desse fato nos mostra que é uma tendência natural do ser humano dirigir-se à divindade ofertando-lhe algo. Nas pessoas há tendências universais, independentemente da cultura na qual estejam integradas: a consciência de limitação e de culpa; a intuição de que existe um ser que está por encima de todos, criador e providente (= Deus); essa inclinação a oferecer a Deus dons, queira para agradá-lo queira para aplacá-lo; o desejo de não morrer etc.

Foi Deus quem colocou essas tendências universais no coração do homem. Assim como os projetos do homem passam primeiro pela sua mente, depois vão ao papel e chegam à realidade; de maneira semelhante, os projetos de Deus passaram pelo seu coração, foram prefigurados de diversas maneiras nas multiformes culturas e, finalmente, chegaram à sua cima em Jesus Cristo. Santo Irineu de Lyon gostava de dizer que Deus foi acostumando, durante séculos, o ser humano à sua maneira de atuar. O homem foi se acostumando com a maneira de Deus trabalhar no mundo e na sua vida. Em relação aos sacrifícios se vê essa mesma “pedagogia” de Deus.

Começando pela rudimentariedade dos sacrifícios antigos, passando pelo primor das cerimônias do povo de Israel e chegando, finalmente, à perfeição do sacrifício de Cristo na cruz, se vê uma línea constante na maneira de atuar de Deus. Cristo ofereceu a si mesmo, o seu amor e a sua obediência, como oblação pura ao Pai. Ele é sacerdote, vítima e altar. O sacrifício de Cristo, que consiste essencialmente no seu amor e na sua obediência, teve manifestações externas que chegaram ao cume do sofrimento humano.

A Igreja Católica sempre teve essa convicção: a Missa, toda Missa, é verdadeiro e próprio sacrifício. Essa verdade de fé foi reafirmada e dogmatizada solenemente pelo Concilio de Trento. Em cada celebração eucarística se oferece, verdadeiramente, Jesus Cristo ao Pai pela ação do Espírito Santo; em cada Santa Missa há um sacrifício no sentido próprio e real que essa palavra tem: sacrifício é oferecimento de um dom sagrado à divindade. É muito importante que compreendamos a palavra sacrifício como oferta. Seria um absurdo, em efeito, pensar, segundo o modelo dos antigos sacrifícios, que em cada Missa o padre mata a Cristo e o oferece ao Pai. Isso seria um horrível sacrilégio!

Cristo “apareceu uma só vez ao final dos tempos para destruição do pecado pelo sacrifício de si mesmo” (Hb 9,26). Jesus morreu uma só vez, ofereceu perfeitissimamente ao Pai o seu amor e a sua obediência, as suas chagas e os seu sangue derramado para a nossa salvação. Conseguida essa salvação, “Cristo entrou, não em santuários feito por mãos de homens, que fosse apenas figura do santuário verdadeiro, mas no próprio céu, para agora se apresentar intercessor nosso ante a face de Deus” (Hb 9,24). Mas, de que maneira Cristo intercede por nós no céu? De várias maneiras, mas todas elas se resumem no seu sacrifício. A vida santíssima, redentora e santificadora de Jesus Cristo teve o seu momento mais alto e reunificador no Mistério Pascoal, isto é, na sua Morte, Paixão e Glorificação. Cristo nos salvou apresentando-se ao Pai e continua salvando-nos apresentando-se ao Pai. Ele é o nosso único Mediador.

Jesus entrou no céu com todos os méritos conseguidos na sua vida terrenal. Esses méritos são infinitos porque são os méritos do Filho de Deus, que é Deus. Apresentando-se ao Pai com o seu Mistério Pascoal, Jesus envia desde o santuário celeste esse mesmo Mistério, a sua Páscoa, à humanidade. Como? Através da Missa, que é a atualização dos Mistérios de Cristo, cujo central é a Cruz gloriosa, isto é, a sua Morte e Ressurreição, que mereceu também o envio do Espírito Santo. Em cada Missa, faz-se presente, atual, o Mistério da Cruz gloriosa e, ao entrarmos nesses raios divino-humanos da Eucaristia, somos redimidos, salvados, santificados e glorificados antecipadamente.

Há um livro belíssimo, escrito por um santo, que vale a pena ler para aumentar a piedade eucarística: “As excelências da Santa Missa” de S. Leonardo do Porto Mauricio pode ser uma grande ajuda para adentar mais nesse Mistério, para viver a Santa Missa.

Pe. Françoá Costa

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Homilia do D. Henrique Soares da Costa – II Domingo do Tempo Comum – Ano A

Is 49,3.5-6
Sl 39
1Cor 1,1-3
Jo 1,29-34

Na segunda-feira passada, entramos no Tempo Comum. Hoje, com este Domingo, estamos iniciando a segunda semana desse Tempo verde; verde de quem caminha no pequeno dia-a-dia cheio de esperança, porque sabe que o Filho de Deus veio habitar entre nós, entrou nos nossos tempos para santificar os pequenos e aparentemente insignificantes momentos de nossa vida: “O Verbo se fez carne e armou sua tenda entre nós” (Jo 1,14). Para nós, nunca mais o tempo, a vida e a história humana serão a mesma coisa! Agora, tudo tem o gosto da presença de Deus, nossos tempos têm sabor de eternidade, gostinho da vida de Deus, do companheirismo misericordioso de Deus. Então, que este Tempo Comum seja, para todos quantos, tempo de graça, tempo de vigilância amorosa, tempo de esperança invencível!

Neste segundo Domingo Comum, a Palavra de Deus ainda nos liga ao Batismo do Senhor, celebrado no Domingo passado. Recordemo-nos do que vimos na Festa que encerrou o santo Tempo do Natal: Jesus foi batizado por João Batista e ungido pelo Pai com o Espírito Santo como Messias de Israel: “Este é o meu Filho amado, no qual eu pus o meu bem-querer!” (Mt 3,17). Recordemos que o Pai lhe revelou o caminho pelo qual ele deveria passar para cumprir sua missão: o caminho do Servo Sofredor de Isaías, pobre e humilde: “Ele não clama nem levanta a voz, nem se faz ouvir pelas ruas”. Servo manso e misericordioso: “Não quebra a cana rachada nem apaga o pavio que ainda fumega”. Servo perseverante no serviço de Deus: “Não esmorecerá nem se deixará abater”. Servo que será redenção para o povo de Israel e para todas as nações, dando-lhes a luz, o perdão e a paz: “Eu o Senhor, te chamei para a justiça e te tomei pela mão; eu te formei e te constitui como aliança do povo, luz das nacões, para abrires os olhos aos cegos, tirar os cativos das prisões, livrar do cárcere os que viviam nas trevas!” (Is 42,2-4.6-7)

Pois bem, o Evangelho de hoje aprofunda ainda mais este quadro impressionante, que nos revela a missão de Cristo Jesus: “João viu Jesus aproximar-se dele e disse: ‘Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” Em aramaico, língua que João e Jesus falavam, “cordeiro” diz-se talya, que significa, ao mesmo tempo “servo” e “cordeiro”. Então, “eis o Cordeiro-Servo de Deus, que tira o pecado do mundo!” Mas, que Cordeiro? Aquele, expiatório, que segundo Levítico 14, era mandado para o deserto, colocado fora da cidade, carregando os pecados de Israel… Como Jesus que “para santificar o povo por seu próprio sangue, sofreu do lado de fora da porta” (Hb 13,12) de Jerusalém, como um rejeitado, um condenado renegado. Repitamos a pergunta: Que Cordeiro? Aquele cordeiro pascal de Ex 12, cujos ossos não poderiam ser quebrados (cf. Jo 19,36); cordeiro comido como aliança de Deus com Israel! Que cordeiro? – insistamos na pergunta! Aquele, cujo sangue, aspergido sobre o povo, selará a nova e eterna aliança entre Deus e o povo santo (cf. Ex 24,8; Mt 26,27). Jesus é esse Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo, tomando-o sobre si! E que Servo? O Servo sofredor anunciado pelo Profeta Isaías. Já ouvimos falar dele no Domingo passado; fala-nos dele novamente a Liturgia deste Domingo hodierno: Servo predestinado desde o nascimento: o Senhor “me preparou desde o nascimento para ser seu Servo”; Servo destinado a recuperar e salvar Israel: “que eu recupere Jacó para ele e faça Israel unir-se a ele; aos olhos do Senhor esta é a minha glória”; Servo destinado não só a Israel, mas a todas as nações: “Não basta seres meu Servo para restaurar as tribos de Jacó e reconduzir os remanescentes de Israel: eu te farei luz das nações, para que minha salvação chegue aos confins da terra”. Eis, portanto, quem é o nosso Jesus: o Cordeiro, o Servo! Nele, feito homem, nele, sofrido como nós, nele, morto e ressuscitado, no seu corpo macerado e transfigurado em glória, Deus reuniu e formou um novo povo, o verdadeiro Israel, a Igreja – esta que aqui está reunida em torno do altar e esta mesma, reunida em toda a terra e, como diz São Paulo hoje,“em qualquer lugar” onde o nome do Senhor Jesus é invocado! Eis: este povo que Cristo veio reunir, esta Igreja que o Senhor veio formar somos nós, já santificados no Batismo e chamados a ser santos por nosso procedimento, por nosso seguimento ao Senhor!

João reconheceu em Jesus este Messias, tão humilde e tão grande: ele é o próprio Deus: “passou à minha frente porque existia antes de mim!” E como Deus feito homem, ele é o único e absoluto Salvador de todos – e não há salvação sem ele ou fora dele! João reconhece nele o ungido, aquele sobre quem o Espírito“desceu e permaneceu”. O próprio Jesus dará testemunho desta realidade: “O Espírito do Senhor repousa sobre mim, porque ele me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar a remissão aos presos e aos cegos a recuperação da vista, para restituir a liberdade aos oprimidos e para proclamar um ano de graça do Senhor” (Lc 4,18-19). João reconhece nele ainda aquele que, cheio do Espírito Santo, batizará no Espírito Santo:“Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer, este é o que batiza com o Espírito Santo”. Batizando-nos no Espírito, este Santíssimo Jesus-Messias dá-nos o perdão dos pecados, a sua própria vida divina e a graça de, um dia, ressuscitar dos mortos!

Enfim, João dá testemunho de que esse Jesus bendito é mais que um Servo, mais que um Crodeiro, mais que um Profeta: ele é o Filho de Deus: “Eu vi e dou testemunho: Este é o Filho de Deus!”

Que mais dizer, ante um Messias tão humilde e tão grande? “Senhor Jesus Cristo, Santo Messias, Servo e Cordeiro de Deus, cremos em ti, a ti seguimos, em ti colocamos nossa vida e nossa morte! Sustenta-nos, pois em ti esperamos: tu és o sentido de nossa existência, a razão de nossa vida e o rumo da nossa estrada! Queremos seguir-te, a ti, tão pequeno e tão grande; queremos morrer contigo e contigo ressuscitar-nos para a vida eterna; queremos ser testemunhas do Reino do Pai que plantaste com tua bendita vinda. Senhor Jesus, a ti amamos, em ti esperamos, em ti vivemos! Sê bendito para sempre. Amém”.
D. Henrique Soares da Costa

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Caro leitor, o Evangelho desse domingo nos ensina que Jesus é o Cordeiro de Deus. Antes de participarmos da comunhão dizemos: EIS O CORDEIRO DE DEUS QUE TIRA O PECADO DO MUNDO, já ouvi um padre que dizer “Eis o Cordeiro que arranca o mal do Mundo”. Esse cordeiro é Jesus. Ele veio para arrancar o mal do mundo. O mal que esta dentro do coração homem.

No evangelho de João, Cristo é apresentado por João Batista a dois discípulos seu como o Cordeiro de Deus. Eles deixam o Batista e começa a seguir Jesus. Eles, os discípulos de João, ainda não conheciam Jesus. João Batista sabia quem era Jesus. Ele sabia que Jesus é o enviado de Deus. Ele encontrou-se com Jesus. Ele viu Jesus. Quem encontra Jesus aponta para ele porque ele é o salvador.

Muito bem disse o estimado padre Zezinho “Quando a gente encontra Deus, quer ficar cada dia menor, quer ver deus cada dia maior no coração de cada pessoa. Quando a gente encontra Deus, Quando encontra de verdade a grande luz, Diz o que disse João ao falar de Jesus: Não, não, não, não sou a luz, mas conheço quem dela veio”! Não tenha medo de apresentar Jesus às pessoas. Mesmo que eles nos deixem. Muitas vezes nós até atrapalhamos as pessoas de ver Jesus. De encontrar com ele porque falamos de mais de nossos projetos e dos projetos paroquiais que acabamos impedindo as pessoas que querem realmente seguir Jesus. Não temos o direito de chamar pessoas para nos seguir e sim temos a missão de levar as pessoas a Jesus, apontar para ele. Só ele.

Penso que Felipe e André já tinham uma curiosidade de conhecer Jesus. Esse desejo, por certo, nasceu dos comentários que ouviram a respeito de Jesus de Nazaré que fôra batizado por João e da forma de ser e de viver de Jesus. O encontro com Jesus tornou-se um acontecimento tão significativo que mudou o rumo da vida desses dois homens.

Hoje temos de seguir o exemplo de João Batista vamos continuar a mostrar o Jesus ressuscitado, que está conosco, que vive no meio de nós, a quem podemos encontrar pessoalmente toda vez que quisermos estar com Ele; mostrar Jesus vivo que encontramos realmente presente "quando dois ou mais se reúnem em seu Nome"; mostrar Jesus vivo que está realmente presente no sinal do Pão Consagrado, na Santa Missa e na Comunhão, bem como no sacrário. É preciso mostrar Jesus, com tanta alegria, com tanto amor, com tamanha fé, que os ouvintes percebam que aquele que está falando conhece Jesus e convive com Ele.

Mostrá-lo mesmo que fiquemos a sós, ou seja, que as pessoas se apeguem tanto nele que até esqueçam de nós. Mais uma vez cito o padre Zezinho: “Quando encontra de verdade a grande luz, diz o que disse João apontando Jesus: A verdade, não sou eu, e também não sou o caminho! Sou apenas uma seta! Sou apenas um profeta”!

Em Jesus, Deus veio morar no meio de nós e assumiu nossa fraqueza e limitação. Agora não precisa que o homem o procure, ele está no meio de nós como já foi mencionado de tantos modos e de outras formas se deixa encontrar. Ele está bem perto de nós e pode também estar em nós. Encontra-se muito perto de nós porque está presente em todas as criaturas que nos circundam e acha-se dentro de nós porque nossa própria pessoa pode se tornar um sacrário vivente.

Como João batista é preciso mostrar Jesus as pessoas provocar um encontro pessoal entre elas e Jesus, a fim de que Ele possa acontecer na vida delas. Este é o ponto principal: fazer Jesus acontecer na vida da pessoa a ser evangelizada, para que ela creia em Jesus, O aceite como Deus, Salvador, Senhor, Mestre e Bom Pastor, e se torne discípulo do Cristo. Enquanto a pessoa não abrir o coração para Jesus, não for tocada pelo amor de Jesus a ponto de render-se a Ele, de aceitá-Lo como seu Salvador e Senhor, ela não está evangelizada. Só quem tem um encontro pessoal e profundo com Jesus se tornar discípulos do Senhor.

Dando apenas uma olhadinha no Primeiro Testamento vemos que o Cordeiro sempre foi a saída para os que estavam perdidos. Quando Deus pede a Abraão para sacrificar o seu filho Isaac quando ele ia levantar a espada olhou para todos os lados e lá, no meio do mato, estava um cordeiro. Quando as pragas do Egito estavam destruindo o povo, Deus disse: Passe o sangue do cordeiro nas portas. O Cordeiro sempre foi a saída para o problema humano. Como Jesus é hoje e será sempre. O Cordeiro sempre foi a resposta quando tudo está perdido. Quando não há esperança, quando não há saída, quando não há luz, quando prometemos, prometemos e não conseguimos. Quando tudo que merecemos é a morte, então sempre aparece o Cordeiro. Aparece Jesus. Quero te dizer que Jesus é o Cordeiro de Deus. Ele é a saída para todo o sofrimento.

Meus irmãos, para entender quanto vale Jesus (o Cordeiro), às vezes temos que chegar ao momento fatal da vida. Por que quando há saúde, para quê Jesus? Quando há um bom saldo na nossa conta bancária, para quê Jesus? Quando há um bom emprego, para quê Jesus? Quando a família está toda unida, para quê Jesus? Quando há sol, quando há chuva no tempo oportuno, para quê Jesus? Mas quando chega o momento extremo da vida, quando não temos para onde ir, então sim, quase sempre nos lembramos de Deus como último recurso.

Às vezes, tem que se chegar ao fundo do poço para lembrar que precisamos de Jesus, temos que chegar ao fundo da miséria, da impotência, da desgraça para lembrar que precisa de Jesus. Olhe para Jesus. Ele sempre é a saída.

Pe Vicente Paulo Braga, fam

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Domingo, 16 de Janeiro de 2011

2º Domingo do Tempo Comum

Evangelho (João 1,29-34)

ANUNICE O CRISTO, CORDEIRO

O texto de hoje compreende o segundo dia e é muito curioso. Jesus vem andando em direção João Batista, que ao vê-lo faz com que o pronunciamento que ele vem se preparando para a sua vida inteira: "Olha! Não é o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo. "

O que é curioso é que existem apenas dois personagens identificados na passagem de João e Jesus. Não está claro que João Batista está se dirigindo a estas observações.

Em face do que se poderia pensar que ele está tratando os sacerdotes e levitas, com quem tinha falado no dia anterior, mas eles informaram que estavam indo de volta para Jerusalém.

Outra possibilidade é que ele estava falando com seus seguidores e apontar Jesus para eles, como foi relatado por outros Evangelistas. Mas desde que o Batista faz isso no terceiro dia, podemos desconsiderar essa como uma explicação.

É apenas João Batista e Jesus, que estão presentes e João dificilmente seria dizer algo de Jesus, ele já está bem ciente. Mas uma outra maneira de olhar para isso é que talvez o João não está se dirigindo a ninguém em particular mas sim a toda a humanidade, ou talvez mesmo de todo o cosmos.

Este anúncio por João marca a entrada de Jesus na cena que em seguida, chama os seus discípulos e começa um ministério de cura e de ensino que levam à sua grande ato de salvação. Podemos ver, portanto, que na verdade não ter um público claramente definido ternos propósito do Evangelista muito bem.

João Batista está fazendo uma declaração para a humanidade inteira: passado, presente e futuro.

Não há nenhuma digressão dando o nascimento de Jesus ou de genealogias ou quaisquer outros detalhes preliminares com Mateus e Lucas. Jesus simplesmente caminha no palco e começa sua grande obra de salvação.

O importante aqui não é o Cordeiro. O significado do cordeiro, a vítima sacrificial é clara e facilmente compreensível para os leitores de João. O que é importante e novo é o 'de Deus'. Jesus não é vítima de ritual. Ele é o Cordeiro de Deus, o sacrifício definitivo que tirais os pecados do mundo.

Isto é enfatizado na última frase do nosso texto, quando o Batista testifica que Jesus é o Escolhido de Deus. Ou como ele tem na maioria outras traduções, "o Filho de Deus".

João Baptista é um profeta, de fato o maior de todos os profetas. Mas nós somos profetas também. Nossa tarefa é a mesma que a sua para convidar as pessoas para olhar, para ver o significado de Jesus de Nazaré, para apontar que ele é o Cordeiro de Deus, no fato de que ele é o próprio Filho de Deus, o único que pode salvar nós.

Professor Isaías da Costa

Contato: isaiasdacosta@hotmail.com

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EIS O CORDEIRO DE DEUS

Domingo, 16 de janeiro de 2011

2º Domingo do Tempo Comum

Santos do Dia: Berardo, Pedro, Oto, Acúrsio e Adjuto (franciscanos, mártires), Ferréolo de Grenoble (bispo, mártir), Fulgêncio de Ecija (bispo), Furseu de Pérrone (abade), Henrique de Cocket (eremita), Honorato de Arles (bispo), Honorato de Fondi (abade), Liberata de Pavia (virgem), Marcelo I (papa, mártir), Melâncio de Rhinocolure (bispo), Priscila de Roma (mãe de família, mártir), Ticiano de Veneza (bispo), Tiago e Marcelo de Tarentaise (bispos), Trivério de Dombes (eremita), Valério de Sorrento (bispo), Conrado de Mondsee (abade, mártir, bem-aventurado), Joana de Bagno (virgem, bem-aventurada).

Primeira leitura: Isaias 49,3,5-6
Tu és meu servo, em quem eu rejubilarei.

Salmo responsorial: 39(40),2.4ab.7-8a.8b-9.10 (R 8a e 9a)

Eis que venho fazer vossa vontade,

Segunda leitura: 1 Corintios 1,1-3

Graça e paz da parte de Deus nosso Pai, e da parte do Senhor Jesus Cristo.
Evangelho: João 1,29-34

Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.

As leituras deste domingo têm como eixo transversal o convite de Deus a toda a humanidade a assumir como próprio o projeto do Reino, de projetar, em liberdade e sinceridade, uma maneira nova de ser homem e mulher, de ser criação e sociedade. O texto da primeira leitura faz parte do segundo Cântico do Servo (Is 49,1—50,7), nele há uma identidade do povo de Israel como o servidor de Deus.

Este Israel mencionado aqui não representa a totalidade do povo de Deus, mas sim, talvez, se refira àquela pequenina comunidade de crentes, desterrada na Babilônia, a esse grupo reduzido que mantém viva a esperança e a fé. Esse grupo que, apesar de estar longe de sua terra, mantém sua confiança que Javé, trará a salvação a todo o povo de Israel e ao mundo inteiro, pois Deus colocou seus olhos nele e assinalou a missão a todo o povo de Israel e ao mundo inteiro, pois Deus olhou para ele e lhe concedeu a missão de expressar a toda a criação o seu desejo mais profundo: salvar a todos sem exceção.

O autor do cântico assinala uma grande diferença quanto à compreensão da salvação prometida por Javé; sendo o tempo do exílio, o profeta anuncia uma salvação para todas as nações, não unicamente para o povo de Israel.


Paulo
inicia sua carta confirmando a universalidade do Reino de Deus; expressando que a mensagem de salvação é para todos os que, em qualquer lugar e tempo invocam o nome de Jesus Cristo. Contudo, pela maneira solene que Paulo escreve (à Igreja de Deus em Corinto), pode-se afirmar que o apóstolo está se referindo à única e universal igreja de Cristo, que se faz historicamente presente nos cristãos da comunidade de Corinto.

Isto é, ainda que Paulo tenha escrito de amaneira particular a uma comunidade, sua mensagem ultrapassa os limites do espaço e do tempo, adquirindo em todo momento atualidade e relevância, pois é uma Palavra dirigia à humanidade inteira. Homens e mulheres recebem a graça de ser filhos de Deus, por meio de Jesus; fomos consagrados por Deus para realizar em nossas vida a “vocação santa”, que em nossa linguagem corresponderia à “missão” de tornar presente, aqui e agora, o reino de Deus: fazer deste mundo um lugar mais justo e solidário, menos violento, destruidor, mais livre e fraterno.

Quem assume como modo normal de vida este horizonte libertador, está invocando o nome de Jesus. O evangelho de João manifesta a universalidade da salvação de Deus por meio da vida e missão de Jesus de Nazaré, visto este como cordeiro de Deus, que se sacrifica, se entrega obedientemente à vontade do Pai para salvar da morte (do pecado) a toda a Humanidade.

Jesus é o enviado do Pai, o ungido pelo Espírito de Deus, o servidor de Javé de que fala o Profeta Isaías (49,3) que tem como especial missão estabelecer no mundo a justiça do reino. É quem verdadeiramente traz a salvação de Deus à humanidade. João Batista já havia compreendido sua própria missão e a missão de Jesus.

Por tal razão o profeta do deserto diz que atrás dele vem um que é mais importante do que ele, pois o que vem é o Messias, Palavra nova de Deus para o mundo. O Batista reconhece Jesus como o Filho de Deus, por isso dá testemunho dele. E o faz com as imagens daquele tempo, imagens que há muito tempo ficaram sem base e que até perderam sua inteligibilidade.

Falar de Cordeiro de Deus, sacrificado, que expia nossos pecados, que tira o pecado do mundo com seu sangue, que nos "redime” é falar em categorias que somente podemos conhecer pelo estudo histórico-bíblico, por cultura especializada religiosa, porém que não podemos captar “por sentido comum”, por uma vivencia que se respira através do subconsciente coletivo social, como normalmente são captadas as boas imagens, as imagens que estão vivas.

Algumas imagens já morreram, ainda que continuem sendo lidas ou repetidas. Uma tarefa pendente da comunidade que crê hoje é testemunhar esse encontro profundo com Jesus com metáforas novas, para que expressem e comuniquem esse encontro. Será essa a forma de se poderá concretizar uma vida fundada na entrega e no amor, na justiça e na comunhão com a Natureza.

Missionários Claretianos

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JOÃO DISSE: “EIS O CORDEIRO DE DEUS!

O Evangelho descreve o encontro de Jesus com os seus primeiros discípulos.

Quem é “discípulo” de Jesus?
Quem pode integrar a comunidade de Jesus?

Na perspectiva de João, o discípulo é aquele que é capaz de reconhecer no Cristo que passa o Messias libertador, que está disponível para seguir Jesus no caminho do amor e da entrega, que aceita o convite de Jesus para entrar na sua casa e para viver em comunhão com Ele, que é capaz de testemunhar Jesus e de anunciá-l'O aos outros irmãos.

A vocação é sempre uma iniciativa, misteriosa e gratuita, de Deus. Antes de mais nada, o profeta deve ter plena consciência de que na origem da sua vocação está Deus e que a sua missão só se entende e só se realiza em referência a Deus. Um profeta não se torna profeta para realizar sonhos pessoais, ou porque entende ter as “qualidades profissionais” requeridas ara o cargo e faz uma opção profissional pela profecia… O profeta torna-se profeta porque um dia escutou Deus a chamá-lo pelo nome e a confiar-lhe uma missão.

O Evangelho deste domingo, diz-nos, antes de mais, o que é ser cristão… A identidade cristã não está na simples pertença jurídica a uma instituição chamada “Igreja”, nem na recepção de determinados sacramentos, nem na militância em certos movimentos eclesiais, nem na observância de certas regras de comportamento dito “cristão”… O cristão é, simplesmente, aquele que acolheu o chamamento de Deus para seguir Jesus Cristo.

É interessante a maneira de começar o Tempo Comum: com dois relatos vocacionais e uma exortação sobre nosso corpo!

Vê-se que a mãe Igreja quer que "nos identifiquemos". Que tomemos consciência de quem somos. Deixemos de pensar em nós desde os conceitos habituais, desde as marcas que nos distinguem. Pensemos em nós, simplesmente como seres humanos ... Deus se interessa por nós (Samuel), ou se faz interessante ante nós (os dois Discípulos de João).

O pequeno Samuel é objeto da complacência de Deus. Deus o chama, porém o pobre ainda não conhece sua voz. Confunde-o com outra voz. Mas encontra ao bom Helí que o põe em contato com Deus. E assim é. O pequeno diz as mais belas palavras que podia dizer: "Fala, Senhor, que teu servo escuta!".

Pode sentir-se cristão quem crê que Deus não lhe falou nunca? Teremos sido todos nós eleitos como interlocutores de nosso Deus? Creio que sim. Acerquemo-nos ao Santuário, ao silêncio sagrado, ao sonho que nos libera de nossas reservas e preconceitos. Nessa espécie de "dormência", nesses lentos amanheceres que às vezes nos surpreendem em nossa vida, ¡de seguro que Deus nos fala! E aí começa o dia: o dia de sentir-nos chamados por Deus, o dia de nossa vocação. Samuel não foi o único, mais um dos primeiros.

Também há que tomar a sério aos pequenos, aos meninos. Eles são freqüentemente abençoados por Deus, e Deus se dirige a eles, para deixar inscrita em sua vida alguma semente vocacional. Há que se tomar a sério, para que não se tenha “aborto vocacional". A semente tem que germinar, crescer e dar fruto. Isso dá glória ao Deus que nos chama.

A vocação nos abre a um novo dia. Os dois discípulos de João viram passar junto a eles o homem mais interessante da história. Eles não se davam conta de quem se tratava. De novo foi um mestre profeta, João o Batista, que o revelou: "esse é o Cordeiro - melhor, mais literalmente - o Cordeiro de Deus". Ele, com sua não-violência, e com sua humildade carrega todos os pecados, também os meus, os do mundo. Responsabiliza-se de todos nós, para descarregar-nos do mau peso e aliviar-nos o ônus. Os dois discípulos curiosos se aproximaram e se atreveram a perguntar-lhe: "Mestre, onde vives?” Jesus não põe condições. Os seduzem dizendo somente: Vinde e vereis! A experiência desse dia passado com Jesus foi definitiva.

Acabaram convictos e decididos a ficar com Ele. Mais ainda: sabemos que André, o único dos dois mencionados, procurou seu irmão Simão para que se encontrasse também com Jesus.

Não sabemos quem era o discípulo inominado; a não ser que suponhamos que era o "inominado do quarto evangelho", isto é, "o discípulo amado" de Jesus, ou talvez uma discípula? Talvez nunca possamos satisfazer nossa curiosidade neste ponto. Mas, sim podemos identificar-nos com essa figura anônima qualquer um de nós. Não é essa a finalidade do quarto evangelista ao privar-nos do nome real do discípulo amado, fazer dele nosso representante?

Quem tem a experiência de um dia com Jesus, não ficará afetado?

A mensagem deste domingo é, pois, muito singela: passemos um dia com Jesus, uma noite com nosso Deus! E escutaremos sua voz, O sentiremos no mais profundo do ser seu chamado!

Quem escutou a voz de Deus descobre seu corpo de outra maneira. Aquele que nos dará seu Corpo valoriza também nosso corpo. A benção apenas nasce, o declara corpo de um filho de Deus, o cura quando esta enfermo, consagra-o para que seja santuário de seu Espírito, promete-lhe a vida eterna e a ressurreição, une-o indissoluvelmente a seu Corpo Ressuscitado.

Temos um corpo vocacional, um corpo de aliança que em todos os momentos reivindica sua identidade. Por isso, não pode ser profanado com qualquer tipo de idolatria. Recebemos um corpo chamado, não ao sacrifício, nem a sua autodestruição -por meio do círculo vicioso das dependências-, mais chamado a ser corpo de Aliança, de Amor, corpo entregue, corpo eucarístico.

Que fazer para que nossas comunidades cristãs estejam todas elas formadas por mulheres e homens com "vocação"? Que fazer para que cada celebração dominical seja uma autêntica assembléia de convocados? Não é esta a melhor notícia que nos podem dar? Que o Senhor nos espera para falar-nos, para comunicar-nos algo, para dar-nos uma missão, um sentido em nossa vida?

José Cristo Rey Garcia Paredes

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JOÃO BATISTA - EIS O CORDEIRO DE DEUS

A liturgia deste Domingo propõe-nos uma reflexão sobre a disponibilidade para acolher os desafios de Deus e para seguir Jesus.

A primeira leitura apresenta-nos a história do chamamento de Samuel. O autor desta reflexão deixa claro que o chamamento é sempre uma iniciativa de Deus, o qual vem ao encontro do homem e chama-o pelo nome. Ao homem é pedido que se coloque numa atitude de total disponibilidade para escutar a voz e os desafios de Deus.

O Evangelho descreve o encontro de Jesus com os seus primeiros discípulos. Quem é “discípulo” de Jesus? Quem pode integrar a comunidade de Jesus? Na perspectiva de João, o discípulo é aquele que é capaz de reconhecer no Cristo que passa o Messias libertador, que está disponível para seguir Jesus no caminho do amor e da entrega, que aceita o convite de Jesus para entrar na sua casa e para viver em comunhão com Ele, que é capaz de testemunhar Jesus e de anunciá-l’O aos outros irmãos.

Na segunda leitura, Paulo convida os cristãos de Corinto a viverem de forma coerente com o chamamento que Deus lhes fez. No crente que vive em comunhão com Cristo deve manifestar-se sempre a vida nova de Deus. Aplicado ao domínio da vivência da sexualidade - um dos campos onde as falhas dos cristãos de Corinto eram mais notórias - isto significa que certas atitudes e hábitos desordenados devem ser totalmente banidos da vida do cristão.

Vinde, Vede e Anunciai

A Encarnação é a chave fundamental de nossa fé: Deus encarnou-se em Jesus de Nazaré. O acabamos de celebrar e recordar no Natal. E a Encarnação mudou total e radicalmente nossa forma de relacionar-nos com Deus. No mundo judeu em que viveu Jesus e, em general, nas outras religiões Deus é um ser longínquo, todo poderoso, o que tudo sabe, o que tudo conhece, controla inclusive o futuro e impõe uma série de normas e condições aos humanos. O não cumprimento dessas leis implica o castigo divino.

Por isso, a relação com Deus está dirigida a aplacar sua ira e sua cólera. Devemos fazer sacrifícios (às vezes sem sentido algum para a vida da pessoa) para conseguir o perdão de Deus. A pessoa humana, desde essa perspectiva, só pode viver se humilhando na presença de Deus, reconhecendo sua nulidade, sua impotência.

Um Deus que se põem a nosso nível

Mas a partir de Jesus tudo mudou. Deus se faz mais próximo. Em Jesus manifesta seu amor incondicional, seu misericórdia infinita, seu desejo para que todos vivamos em paz, amor e fraternidade. A relação com Deus já não consiste em olhar para cima com temor e tremor senão em olhar a nossa própria altura porque Deus se fez carne de nossa carne, caminha por nossos caminhos, come conosco. Está tão próximo que sente nossas dores como suas e se compadece conosco.

Entendido isto, se torna mais fácil, próximo e familiar o Evangelho de hoje. Dois discípulos de João fixam-se em Jesus e têm com ele uma conversa que muda suas vidas. Como poderia passar com qualquer pessoa. Sua inquietude concentra-se numa pergunta: “Onde vives?” e a resposta de Jesus converte-se em convite para a amizade, o diálogo e a possibilidade de compartilhar uma vida de uma maneira diferente: “Vinde e o vereis”.

O gozo da fraternidade

Não há outra forma de conhecer Deus senão seguindo Jesus, escutando sua palavra, passando momentos em diálogo e em silêncio com ele, seguindo suas impressões. Podemos estudar muitos livros, assistir a muitos cursos e participar em muitas celebrações, e ficar sem entender nada. Conheci pessoas que após muitos anos de ir a missas e rezar muitas orações ainda seguiam vivendo sua relação com Deus como uma espécie de contrato comercial: “Eu faço todos estes sacrifícios e espero que em troca Deus me dê a salvação”. Não duvido que Deus os encha de sua misericórdia. Mas pelo caminho perderam o melhor: a oportunidade de viver o gozo da fraternidade do Reino com seus irmãos e irmãs, seguindo a Jesus pelos caminhos da vida.

Seguir a Jesus não é um compromisso cego. A Palavra guia-nos e orienta-nos à fraternidade. Deus não se adora nem se honra nos templos, mais na proximidade com os mais pobres e esquecidos deste mundo. Devemos recordar a parábola do final do julgamento de Mateus capítulo 25. Com Jesus, descobrimos a alegria de viver em fraternidade.

Vale a pena seguir-lhe

Por isso vale a pena escutar sua voz que hoje nos volta a dizer: “Vinde e vereis”. A partir daí começa uma aventura sem comparação na qual todo nosso ser, nosso tempo, nossas qualidades, se põem ao serviço do Reino, da fraternidade, da construção de um mundo mais justo. Trabalho, preocupações, sofrimentos, tudo faz sentido para o Reino. Como Jesus.

Agora podemos ler de novo a Primeira e a Segunda leituras. Estão cheias de sentido. Não nos levam à escravidão, mais à suprema liberdade, à decisão que nos abre verdadeiramente à Vida, à única que vale a pena. Porque a vontade de Deus não é outra que o bem de seus filhos e filhas, de toda a pessoa e de todas as pessoas.

Já é hora de se pôr em caminho e lhe seguir.

Fernando Torres

http://www.ciudadredonda.org/subsecc_ma_d.php?sscd=157&scd=1&id=2893

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