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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

CONVERTEI-VOS!



3º Domingo do Tempo Comum

22 DE JANEIRO DE 2012

Prezado leitor(a). Finalmente, estou em viagem. Portanto, desculpem se não forem feitas as atualizações. Sal.

 

Comentários-Prof.Fernando


CONVERTEI-VOS E CREDE NO EVANGELHO

Prezado leitor. As leituras deste domingo nos convida a nos desprender de tudo desta vida, usando as coisas como se não as tivesse usando, a nos converter e crer no Evangelho, e finalmente, largar ou deixar tudo e seguir Jesus.
Você pode estar querendo perguntar. E o que terei ou ganharei com isso? Se os maus não fazem nada disso e estão vivendo desfrutando de tudo o que têm direito, prazer, embriaguez, usufruindo dos bens materiais, etc?
Resposta: Eles estão sim curtindo de tudo o que pensam ter direito, pois ao que tudo indica, eles só vão viver de fato, nesta curta vida terrena. Pois ao que parece, eles não estão pensando, nem se preparando para aquela faze da vida que vai durar muito mais do que esta, aliás, vai durar eternamente. E ainda pensam que são muito, mais muito espertos! Mais espertos do que nós. Será que eles estão sabendo da outra vida, será que não teríamos de falar dessa doce e maravilhosa realidade  para eles?
Prezados irmãos. Apesar de toda essa indiferença existente hoje no mundo, ai de nós se ficarmos de braços cruzados, se nos acovardar, de nos amedrontar, e não fazermos absolutamente nada para levar Cristo ao irmão, ai de nós se não fizermos nenhum esforço para pelo menos tentar levar a salvação àqueles irmãos que estão vivendo apenas o momento presente terreno! 
 Mas é importante ter em mente que a nossa conversão deve vir em primeiro plano, em primeiro lugar. Devemos nos converter de fato, na prática, nos mínimos detalhes, para em seguida partir para a ação de evangelizar. Há quem defende a idéia de que podemos nos converter à medida que evangelizamos. Até podemos. Pois o processo missionário também é todo ele santificante. Ao sair de uma palestra, podemos nos sentir quase em estado de graça, mesmo que antes dela não o estivéssemos, pois a publicação da palavra também nos santifica. Porém não devemos nos acomodar, e parar por aí. Não nos esqueçamos que somos o sal da Terra e esse sal precisa estar puro para poder purificar, para poder salgar os alimentos. Somos a luz do mundo e essa mesma luz não pode ficar escondida, inibida, com medo de enfrentar a oposições que poderão vir. Precisamos agir com coragem! Com a coragem que nos é oferecida por Jesus Cristo. Não só a coragem, mas também o seu apoio, sua força sua iluminação e inspiração.
Convertei-vos e crede no Evangelho!
'O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho!'
Desde o início de sua pregação, Jesus começa a convidar a todos para a conversão, para a mudança de vida, que seria condição principal para o seu seguimento. Como já sabemos, aquele que se converte verdadeiramente, aceita Jesus como o centro de sua vida e a razão total e permanente da sua existência. Podemos notar nos discípulos e nos seguidores de hoje, essa grande manifestação da centralidade de Jesus em suas vidas, que pode acontecer tanto por meio das vocações de especial consagração, como a sacerdotal ou religiosa, como através da vocação leiga, a qual supre a carência sacerdotal no mundo de hoje, que leva o cristão a testemunhar a presença de Jesus em todos os meios em que vive, e a ser fermento, sal e luz no meio da sociedade, quer nos lugares onde anda, quer nos meios de comunicações: como televisão, internet, etc.
Prezados irmãos, vamos começar este Ano com o pé direito. E quando falamos em pé direito, não estamos nos posicionando como supersticiosos, mais é apenas uma força de expressão, para nos referir à necessidade de conversão interior e não apenas uma aparência de conversão puramente exterior.
Como vimos nos profetas, o apelo de Jesus à conversão e penitência não visa em primeiro lugar às obras exteriores, tais como os jejuns e as mortificações, mas à conversão do ser humano em sua totalidade, através da penitência interior. Sem ela, as obras de penitência continuam estéreis de puras aparências e enganadoras: a conversão interior, ao contrário, ela nos impele a expressar essa atitude por sinais visíveis, gestos e obras de fé, esperança e caridade. O cristão, assim como uma esponja embebida em água, demonstra a todos que ele está em Cristo, com Cristo e por Cristo;  e que não é ele que vive, mas é Cristo que vive nele.
Porque sabemos que o pecado é antes de tudo uma ofensa a Deus, uma ruptura da comunhão com ele. Ao mesmo tempo é um atentado à comunhão com Cristo, como irmão e com  a Igreja. Por isso, a conversão traz simultaneamente o perdão de Deus e a reconciliação com a Igreja, e isso é expresso e realizado pelo sacramento da Penitência e da Reconciliação.
Então este ano vamos levar mais a sério a nossa espiritualidade e a nossa missão de imitadores de Cristo.
Sal.
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“CONVERTEIVOS E CREDE NO EVANGELHO”! –Olívia Coutinho
Dia 22 de Janeiro de 2012
Evangelho Mc 1,14-20
Enganamos, quando pensamos que é impossível ser feliz, vivendo num mundo tão cheio de turbulências! Quando pensamos assim, é sinal de que estamos depositando a nossa confiança somente no potencial humano, esquecendo de que ao nosso alcance, existe uma força maior, que transcende  toda capacidade humana!
Somos seres terrenos que só se realiza plenamente, se ligados ao  Divino!
Do encontro entre humano e Divino, abrem-se novas perspectivas, amplia-se a visão humana, passamos a enxergar  possibilidades que antes não víamos!
É Jesus que vem possibilitar este encontro transformador entre humano e o divino!
 Por tanto, a felicidade que tanto almejamos é possível e está ao nosso alcance, basta  estarmos em sintonia com Jesus!
O nosso encontro com Jesus nos transforma por inteiros, assim como transformou a vida dos seus primeiros discípulos, que deixaram tudo para segui-Lo!
O evangelho de hoje, narra o início da vida pública de Jesus!  É importante lembrarmos que tudo começa num momento de grandes turbulências, logo após a prisão daquele que veio preparar o caminho para a sua chegada: João Batista.
A prisão de João Batista, ao contrário do que muitos pensavam, não intimidou Jesus, pelo contrário, o encorajou ainda mais para dar início a missão que o Pai lhe designara.
O Reino de Deus está presente no meio de nós na pessoa de Jesus e a única condição  para  fazermos parte deste reino de amor, é a conversão do  nosso coração!
Jesus continua a nos falar do Reino, quando aceitamos a sua mensagem, ocorre uma mudança radical em nós, passamos a ser parecidos com Ele, a olhar o irmão com o Seu olhar, a imitar as suas ações!
Quando Jesus nos diz: “O reino de Deus está próximo” Ele fala de si mesmo, pois a sua pessoa, é a própria presença do Reino Deus!
São muitas as pessoas necessitadas das mãos de Deus nas  nossas mãos,  dos passos de Deus nos nossos passos, das suas palavras em nossa boca! 
Jesus  nos delega a missão de ser no mundo, um  sinal de sua presença, libertando os males que afligem a humanidade com o anuncio de um  Reino  de paz, de amor e de justiça, capaz de levantar e animar os abatidos!  
Nossa missão deve se desenvolver em clima de gratuidade, humildade e desprendimento!
É a certeza  da presença de Jesus, que nos motiva a confiar e a assumir com mais empenho e alegria, a nossa cumplicidade no anuncio de todas as propostas do Reino!
A todo instante, somos chamados a ser discípulo e missionários do Senhor!
Todos são chamados, Jesus não faz restrições de pessoas!  Ele nos provou isso quando chamou os primeiros discípulos, pessoas simples como nós!
Para seguir Jesus, não é preciso possuir nenhum curso acadêmico, podemos anunciá-Lo até mesmo no silencio do nosso testemunho de vida! Para assumirmos esta missão tão necessária no mundo, é preciso apenas ter o coração aberto e estar matriculado na escola de Jesus!  
A caminhada do discípulo que se faz missionário, é árdua, mas gratificante, pois é regida  pela lei do amor!

 Ser feliz, é converter-se, é deixar que Jesus seja tudo em nós!
FIQUE NA PAZ DE JESUS! - Olívia Coutinho
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22 de Janeiro 3º Domingo do Tempo Comum - Diac José da Crruz

22 de Janeiro 3º Domin go do Tempo Comum

Evangelho Marcos 1, 14-20

                                                    " Na ínfima Galiléia começa algo novo para a humanidade"

Longe dos Palácios dos Poderosos do Império Romano, e do sistema religioso centralizado no Templo de Jerusalém, sem nenhuma comunicação prévia aos Escribas, Doutores da Lei e outros homens importantes da Comunidade Judaica, lá na desprezível Galiléia dos pagãos algo de totalmente novo começa a acontecer depois que João foi preso...Quanta ingenuidade dos poderosos achando que prendendo João Batista iriam calar a voz de Deus...
Sai de cena alguém que era somente uma voz do deserto, para entrar na vida pública aquele que é o próprio Verbo Encarnado, não foram os homens que interromperam a chegada do Reino de Deus anunciado por João, mas foi a vontade de Deus que fez chegar o tempo oportuno que havia se completado, de agora em diante Deus  não mandará avisos, Ele próprio vai falar e tornar-se caminheiro junto ao seu povo....
Um projeto grandioso como esse, o único, verdadeiro e mais importante para toda humanidade, começa na Galiléia, Deus não se alia aos poderosos para fazer o Reino acontecer, mas busca os mais fracos e desprezíveis, que esperam por algo novo e guardam no coração a esperança de uma mudança para melhor, mas que só dependa de Deus, seu desígnio e sua iniciativa.
A Igreja de Cristo não pode querer construir o reino fazendo parceria com Instituições poderosas, pois o Reino não depende de nenhum poder humano, nem de algum sistema econômico ou ideologia política partidária, mesmo porque, no sistema conhecido como Padroado, Igreja e estado caminhavam juntos no poder, dentro de um imperialismo que só atrasou a Missão da Igreja de Evangelizar.
É essa a verdadeira e sincera conversão, romper com todo e qualquer sistema que queira manipular o homem e ser o Dono da Vida, o Homem é Filho de Deus e a Vida um dom que pertence unicamente a ele. Conversão é mudança de mentalidade e de atitude, uma volta e uma busca permanente de Deus a única Fonte de Vida. Os primeiros seguidores de Jesus eram simples pescadores, considerados impuros diante do sistema religioso juntamente com outras categorias marginalizadas e desprezadas.
Eles conhecem Jesus, ouvem suas palavras e a sua proposta de darem uma "guinada de 90 graus" em suas vidas e aceitam com sinceridade de coração. Não foram arrebatados dentro do templo, não entraram em êxtase em uma espécie de encantamento, mas Jesus de Nazaré os procurou em seu ambiente de trabalho, na labuta diária,  com as mãos cheirando peixe.
Impactados pelo anúncio de Jesus, não pediram um tempo para pensarem n o assunto, afinal, deixar para trás trabalho e família, não é coisa que se possa fazer da noite para o dia.. Mas o nosso evangelho, que não é uma reportagem jornalística, apenas quer nos mostrar a urgência que devemos ter ao responder o Senhor que nos chama para algo novo. Em nossa labuta diária, através de pessoas e acontecimentos Jesus continua a nos chamar, Ele poderia, de maneira violenta nos arrebatar e invadir a nossa vida, mas com a humildade de sempre,  manifestada na sua encarnação, vida, paixão e  morte na cruz, nos faz uma proposta e um convite...
Afinemos bem os nossos ouvidos e o nosso coração, e não percamos mais tempo, vamos responder com generosidade a este chamado, como fizeram aqueles primeiros discípulos, que deixando tudo para trás, o seguiram.....
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Mais uma vez, Jesus ressalta que Ele está presente e que faz sua morada no coração daquele que o mundo despreza.
Receba meu abraço e que Deus abençoe sua família!
Jorge Lorente
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Evangelhos Dominicais Comentados

22/jan/2012  --  3o Domingo do Tempo Comum

Evangelho: (Mc 1, 14-20)



O evangelho de hoje trata de vários assuntos. Menciona a prisão de João Batista. Mostra Jesus voltando para a Galiléia, pregando a Palavra de Deus para os seus conterrâneos, pedindo conversão, dizendo que o tempo se completou e que o Reino já chegou. 

Apesar de curtinho, este evangelho é muito rico em exemplos. Com poucas palavras Jesus arrebanhou seus quatro primeiros colaboradores. Bastou um único chamado, um só convite e pronto; deixaram tudo e seguiram o Mestre.

O evangelista Marcos faz questão de frisar que Jesus foi pregar na sua terra natal. A Galiléia era uma região desprezada pelos judeus, principalmente por causa da pobreza do seu povo. Por isso, ninguém acreditava que da Galiléia pudesse surgir qualquer coisa boa.

Muito menos alguém poderia imaginar que da Galiléia viria o Messias Salvador. No entanto, Jesus fez questão de iniciar sua pregação naquele local humilde e desprezado, foi a partir dos pobres e marginalizados que Jesus fez o anúncio do Reino de Deus.

Era urgente dar início à sua missão. Jesus sabia que precisaria de muitos ajudantes para cumprir essa tarefa, por isso, não perdeu tempo procurando em lugares errados. Foi buscar ajuda onde sabia que não haveria recusa. Foi procurar auxílio no lugar certo, na periferia.




Certamente Jesus sabia que encontraria pessoas cultas no centro comercial da cidade. Quantos doutores da lei e especialistas em teologia teria encontrado nas sinagogas, porém não procurou ajuda nesses locais. Procurou os humildes, pois sabia que a humildade é o fermento que faz crescer a disponibilidade.

"Sigam-me e eu farei de vocês pescadores de homens". Repare que Jesus dirigiu estas palavras primeiro para Simão Pedro e seu irmão André e, mais adiante, disse o mesmo para Tiago e seu irmão João, estes últimos, filhos de Zebedeu.

Não deve ter sido por coincidência que Jesus convidou primeiramente os irmãos a segui-lo. Fez isso para mostrar que não pode haver divisão. Esse convite é um chamado para a unidade fraternal. Jesus quer ver os irmãos unidos e lutando juntos por uma única causa, o Reino de Deus.

Esses pescadores eram homens rudes e sem cultura. Pouco ou nada entendiam de teologia ou de leis, porém acima da ignorância estava a sua crença. Humildemente souberam identificar o Messias naquele jovem galileu. Aceitaram seu convite e mudaram de profissão. 

Abandonaram seus barcos, redes e apetrechos de pesca. Abdicaram aos bens materiais. Deixaram familiares, empregados, amigos e até mesmo seus pais para seguir a Jesus. Fizeram exatamente o que Jesus tinha certeza que fariam.

Veja que boa notícia: chegou a nossa vez! Jesus acredita em cada um de nós, nos convida a segui-lo e só espera ouvir um sim; um sim como de Maria, sincero e sem restrições ou imposições.

Jorge Lorente

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Domingo, 22-Janeiro-2012                           Gilberto Silva
Evangelho Mc 1,14-20


“Eu vos farei pescadores de homens.”


Caríssimos irmãos e irmãs,


Durante toda a pregação de João Batista no deserto, ele insistia na necessidade de conversão do povo de Israel para que abandonassem seus maus caminhos, mudando de vida para serem batizados no Jordão, enfim, renascendo para uma vida nova.
É um pedido para o total abandono das más atitudes e comportamento que assim possibilitaria aos seus irmãos judeus, a entrada no Reino dos céus.
O Papa João Paulo II, a todo o momento insistia na necessidade de conversão para entrada no Reino de Deus. Assim a Igreja professa e proclama a sua fé (Credo) aos domingos e dias de festa. Esta conversão a Deus consiste na redescoberta da misericórdia divina e infinita de Pai. O amor de Deus Pai e que está em nosso senhor Jesus Cristo que é fiel na sua aliança com todos os homens desde a cruz, da morte e da sua ressurreição.
Este conhecimento autêntico de Deus Pai no Filho e no Espírito Santo, da sua misericórdia, do seu amor da qual são fontes inesgotáveis de conversão dos pecados estão ao alcance de todos. É só você dar um passo adiante e seguir a Jesus em sua Boa Nova.
Caríssimos irmãos e irmãs Jesus nunca foi um pregador solitário. Ele convida os seus apóstolos a segui-Lo como fiéis colaboradores na missão confiada pelo Pai. Jesus escolhia pessoas simples e trabalhadoras, pescadores rudes, mãos calejadas, peles desidratadas pelas intempéries para viver com Ele a graça de Deus. E estas pessoas deixavam tudo: trabalho, casa, família e convívio social para ir com Jesus buscando um novo mundo, descortinando novos horizontes e se entregando ao novo evangelho do Filho de Deus.
O desafio lançado por Jesus Cristo é recebido com tão grande generosidade pelos apóstolos que é totalmente digna dos santos.
Desde o início do seu ministério público, Jesus convida seus colaboradores a segui-Lo e assim fazer o seu colégio apostólico. Cristo enxerga em cada um de seus convidados uma vontade ímpar de fazer crescer esta semente da Boa Nova lançada por Ele para que germine e dê muitos frutos.
A nossa igreja católica hoje caminha seguindo os passos de Jesus através dos evangelhos e da tradição apostólica, o que nos diferencia das outras igrejas por aí espalhadas que não possuem esta tradição.
Este chamado de Jesus, presente em nosso batismo é uma gratuidade de Deus. Ficam as perguntas: Estamos sendo coerentes a este chamado fazendo crescer primeiramente dentro de cada um este pedido de conversão?
Estamos seguindo a Jesus e obedecendo a suas práticas evangélicas de amor ao irmão necessitado?
Estou sendo consciente que preciso ser um colaborador no anúncio e na evangelização dos nossos irmãos e irmãs?

Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo!!!


Gilberto Silva



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Convertei-vos! - dom Henrique Soares

Nestes inícios do tempo comum, a liturgia apresenta-nos também os inícios do Evangelho segundo Marcos. Hoje Jesus aparece inaugurando seu ministério público. Suas palavras são consoladoras: “O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo!” Eis! A esperança de Israel até que enfim iria realizar-se: o Messias, o Salvador esperado estava chegando para instaurar o Reino! Com Jesus, com sua Pessoa, seus gestos e sua pregação, o Reinado de Deus, a proximidade do Santo de Israel, seria realmente tocada pelo povo de Deus. É isso o Reino de Deus: em Jesus, Deus fez-se próximo, Deus veio acolher, consolar, indicar o caminho, salvar! Em Jesus, o Filho amado, Deus veio revelar sua paternidade, debruçando-se sobre o aflito, o pobre, o pecador. Chegou o Reino: Deus veio consolar o seu povo!
Mas, há algo surpreendente nesse alegre anúncio de Jesus: logo após afirmar que o Reino chegou, o Senhor intima o povo: “Convertei-vos e crede no Evangelho!” Por que Jesus dá esta ordem? Os israelitas não estavam esperando o Reino? Por que precisam se converter?
O Reino que Jesus veio trazer não é de encomenda, não é sob medida, como gostaríamos. O Senhor não vem nos trazer um Deus à nossa medida, à medida do mundo, um deus moderninho para consumo das nossas necessidades, interesses e expectativas. No mundo do fácil, do prático e do descartável, gostaríamos de um deusinho assim... Jesus nos grita: “Convertei-vos! Crede no Evangelho!” O Reino somente será Boa-Notícia para quem abrir-se à surpresa inquietante do Deus que Jesus anuncia. Acolher a novidade, a Boa-notícia, o Evangelho, acolher esse Deus que chega, exige que saiamos de nós mesmos, como os ninivitas que, escutando o apelo de Jonas, converteram-se! Mais tarde, Jesus irá criticar duramente o seu povo: “Os habitantes de Nínive se levantarão no Julgamento, juntamente com esta geração, e a condenarão, porque eles se converteram pela pregação de Jonas. Mas aqui está algo mais do que Jonas!” (Mt. 12,41). Como é atual a Palavra deste domingo! Cheios de nós, adormecidos e satisfeitos com nossos pensamentos, com nossa lógica cômoda e pagã, jamais poderemos acolher o Reino em nós e experimentar sua alegria e sua paz! Não esqueçamos, caros em Cristo: a primeira palavra do Senhor no Evangelho é “convertei-vos!” Não é possível domar Jesus, não é possível um cristianismo sob medida! Não é por acaso que o Evangelho de hoje começa falando da prisão de João Batista, aquele santo profeta que preparou a vinda do Reino. O Reino sofre violência; violência do mundo, violência do nosso coração envelhecido pelo pecado, da nossa razão tanta vez fechada para a luz do Cristo. Por isso mesmo, logo após apresentar o apelo de Jesus, são Marcos nos fala da vocação dos quatro primeiros discípulos. Certamente, esse chamado deve ser compreendido de modo muito particular como referindo-se à vocação sacerdotal, que faz dos chamados “pescadores de homens”. Mas, esse chamamento indica também a vocação de todo cristão: seguir Jesus no caminho da vida. Nesse sentido, a lição é clara: seguir Jesus exige deixar tudo, deixar-se e colocar a vida em relação com o Senhor! Somente assim poderemos acolher o Reino!
Nunca esqueçamos: diante da urgência de estar com Jesus, de viver unido a ele, de acolher sua pessoa, tudo o mais é relativo! Daí a advertência de São Paulo na segunda leitura de hoje: “O tempo está abreviado. Então que, doravante os que têm mulher vivam como se não tivessem, os que choram, como se não chorassem e os que estão alegres, como se não estivessem; os que fazem compras como se não possuíssem; e os que usam do mundo, como se dele não estivessem gozando. Pois passa a figura deste mundo”. Aqui, não se trata de desvalorizar o mundo e o que de belo e de bom há nele. Trata-se, sim, de colocar as coisas na sua real perspectiva, na perspectiva do Infinito de Deus e da urgência do Reino. O mundo atual, com sua cultura pagã, deseja que esqueçamos os verdadeiros valores, que absolutizemos aquelas coisas que são relativas, que deixemos de lado aquilo que realmente importa. E o que importa? Escutai, caríssimos: “Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça, e tudo mais vos será acrescentado!” (Mt. 6,33). Somos chamados a abrir nossa existência, abrir nosso coração, nossa vida, nossos valores para o Cristo que nos traz o Reino do Pai do Céu! Mas somente poderemos acolhê-lo de fato se nos colocarmos diante dele com um coração de pobre, com a consciência de que precisamos realmente do Senhor, que, sozinhos, não nos realizaremos, não seremos felizes, não alcançaremos a verdadeira vida!
É triste perceber hoje quantos cristãos se sentem tão à vontade nessa sociedade consumista, secularizada, pagã e satisfeita consigo própria. Esses, infelizmente, jamais experimentarão a doçura do Reino, que somente poderá ser compreendido por quem chorou, quem teve fome e sede de justiça (isto é de amizade com Deus), quem foi puro, que foi perseguido... É por isso que tantas vezes ouviremos, nos domingos deste ano, o Senhor afirmar que somente poderá compreender e acolher o Reino quem tiver um coração de pobre.
Convertamo-nos! Levemos a sério que o modo de pensar e sentir de Deus não são o nosso! Tenhamos a coragem de nos deixar por Cristo. São Jerônimo, comentando a atitude dos quatro primeiros discípulos chamados pelo Senhor, afirma: “A verdadeira fé não conhece hesitação: imediatamente ouve, imediatamente crê, imediatamente segue...” Seja assim a nossa fé no Senhor, seja assim nossa adesão ao nosso Salvador! Então, seremos felizes de verdade, porque perceberemos que o que Cristo nos trouxe é uma Boa Notícia, a melhor de todas: Deus nos ama, caminha conosco e, no seu bendito Filho, nos convida à amizade íntima com ele, nesta vida e por toda eternidade!
dom Henrique Soares da Costa
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O Reino de Deus está aí:  convertei-vos
Encerrado o tempo natalino, os evangelhos da liturgia dominical apresentam em lectio continua o início da pregação de Jesus segundo o evangelista do ano, no caso, Marcos. Assim, ouvimos hoje a proclamação da chegada do reino de Deus e da conversão que deve acompanhar essa boa notícia. Isso não deixa de suscitar algumas perguntas. Por que “conversão” ao receber uma boa notícia?
De fato, na 1ª leitura e no evangelho de hoje, a pregação da conversão ressoa em duas articulações bem diferentes, revelando a distinção entre o antigo e o novo. Na 1ª leitura, de Jonas, trata-se de pregação ameaçadora, dirigida à “grande cidade” Nínive, capital da Assíria. Diante do medo que a pregação inspira, a população abandona o pecado e faz penitência, proclamando o jejum e vestindo-se de saco; e Deus, demonstrando sua misericórdia universal, poupa a cidade.
O Evangelho de Marcos, por outro lado, resume a pregação inicial de Jesus, não na capital do mundo, nem mesmo no centro do judaísmo, mas na periferia da Palestina. Não anuncia uma catástrofe, mas a plenitude do tempo. “O tempo está cumprido”. Chega de castigo: o “reino de Deus” está aí. É uma mensagem de salvação, dirigida aos pobres da Galileia. O “Filho”, que no batismo recebeu toda a afeição do Pai e foi ungido com o Espírito profético e messiânico, leva a boa-nova aos pobres, partilhando a opressão e demonstrando a compreensão verdadeira do amor universal de Deus, que começa pelos últimos. 
Enquanto a mensagem de Jonas logrou êxito por causa do medo, a mensagem de Cristo solicita conversão pela fé na boa-nova. Enquanto na história de Jonas a aceitação da mensagem faz Deus desistir de seus planos e a história continua como antes, no Novo Testamento vemos que a proclamação da boa-nova exige fé e participação ativa no reino cuja presença é anunciada.
Como no domingo passado, a 2ª leitura tem um tema independente, tomado das “questões particulares” da primeira carta aos Coríntios, a visão de Paulo a respeito dos diversos estados de vida.
1ª leitura (Jn 3,1-5.10)
A 1ª leitura de hoje narra, no estilo profético-sapiencial, a conversão de Nínive segundo o livro de Jonas. Deus quer a conversão de todos, e não só do povo de Israel. Por isso, Jonas deve pregar a conversão em Nínive, capital do império dos gentios (a Assíria). E acontece o que um judeu piedoso não poderia imaginar: a cidade se converte em consequência da pregação do profeta fujão. Deus chama à conversão, e quem aceita o chamado é salvo.
O salmo responsorial (Sl. 25[24],4ab-5ab.6-7bc.8-9) sublinha a importância da conversão: Deus guia ao bom caminho os pecadores.
Evangelho (Mc. 1,14-20)
Devidamente introduzido pela aclamação, o evangelho narra o início da pregação de Jesus como anúncio da chegada do reino de Deus e exortação à correspondente conversão. O Evangelho de Marcos é o evangelho da “irrupção do reino de Deus”. Como Jonas, na 1ª leitura, Jesus aparece como profeta apocalíptico, mas, em vez de uma catástrofe, anuncia a boa-nova da chegada do reino e pede conversão e fé. E isso com a “autoridade” do reino que se revela na expulsão de demônios e outros sinais (Mc. 1,22.27). Ele é o “Filho de Deus” (1,1; 9,7; 15,39; cf. 1,11).
Mas por que essa mensagem exige conversão? A mensagem de Jonas logrou êxito e produziu penitência à base do medo, a mensagem de Cristo solicita conversão à base da fé na boa-nova. Observe-se que conversão não é a mesma coisa que penitência. Certas Bíblias traduzem, erroneamente, Mc. 1,15 como “fazei penitência” em vez de “convertei-vos”. Penitência tem a ver com pena, castigo. Conversão é dar nova virada à vida. O grego metanoia sugere uma mudança de mentalidade. Por trás disso está o hebraico shuv, “voltar” (a Deus), não por causa do medo, mas por causa da confiança no dom de Deus, o “reino de Deus”, que é o acontecer da vontade amorosa do Pai, como reza o pai-nosso: “Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”. Onde reinam o amor e a justiça, conforme a vontade de Deus, acontece o reino de Deus. Na medida em que Jesus se identifica com essa vontade e a cumpre até o fim, até a morte, ele realiza e traz presente esse reino em sua própria pessoa. Ele é o reino de Deus que se torna presente. Todo o Evangelho de Marcos desenvolve essa verdade.
No início, o significado de Jesus e de sua pregação está envolto no mistério, mas, aos poucos, há de revelar-se para quem acreditar na boa-nova, sobretudo quando esta se tornar cruz e ressurreição.
Por isso, enquanto na história de Jonas a aceitação da mensagem faz Deus desistir do castigo anunciado, em Mc 1 a proclamação da boa-nova exige fé e participação ativa no reino que a partir de agora abre espaço. A aceitação da pregação de Jesus faz o homem participar do reino que ele traz presente. Essa adesão ativa é exemplificada no chamamento dos primeiros seguidores. Imediatamente depois de ter evocado a primeira pregação de Jesus, Marcos narra a vocação dos primeiros discípulos, vocação que os transforma, pois faz dos pescadores de peixe “pescadores de homens”. Eles são uma espécie de parábola viva: sua profissão é símbolo da realidade do reino à qual eles estão sendo convidados. E eles abandonam o que eram e o que tinham – até mesmo o pai no barco...
2ª leitura (1Cor. 7,29-31)
Em 1Cor. 7, Paulo responde a perguntas com relação ao casamento. As respostas, cheias de bom senso e sem desprezo algum da sexualidade (cf. comentário do domingo passado), revelam um tom de “reserva escatológica”; ou seja: tudo isso não é o mais importante para quem vive na expectativa da parúsia. Porque “o tempo é breve” (7,29), matrimônio ou celibato, dor ou alegria, posse ou pobreza são, em certo sentido, indiferentes. Paulo se estende a respeito do matrimônio (recordando as palavras do Senhor) e a respeito do celibato (expressando seus próprios conselhos). O estado de vida é realidade provisória, que perde sua importância diante do definitivo que se aproxima depressa (Paulo, como os primeiros cristãos em geral, acreditava que Cristo voltaria em breve). Na continuação do texto, Paulo mostra o valor de seu celibato como plena disponibilidade para as coisas de Cristo – uma espécie de antecipação da parúsia (7,32).
Casamento, prazer, posse, como também o contrário de tudo isso, são o revestimento provisório da vida, o “esquema” (como diz o texto grego) que desaparecerá. Já temos em nós o germe de uma realidade nova, e esta é que importa. Assim, Paulo evoca a dialética entre o provisório e o definitivo, o necessário e o significativo, o urgente e o importante. Mas essa dialética deve ser formulada novamente em cada geração e em cada pessoa. Nossa maneira de articulá-la não precisa ser, necessariamente, a mesma de Paulo, que pensa na vinda próxima do Cristo glorioso. Podemos repartir com ele um sadio “relativismo escatológico” (Quid hoc ad aeternitatem?), porém, a maneira de relativizar o provisório pode ser diferente da sua. Relativizar significa “tornar relativo”, “pôr em relação”. O cuidado de viver bem o casamento ou qualquer outra realidade humana – o trabalho, o bem-estar etc. – deve ser posto em relação com o reino de Deus e sua justiça.
Dicas para reflexão
O evangelho contém os temas do anúncio do reino, da conversão e do seguimento. Como o tema da conversão será aprofundado na Quaresma, podemos orientar a reflexão para o tema do seguimento dos discípulos, pensando também no lema da Conferência de Aparecida: “discípulos-missionários”.
Muitos jovens entre os que demonstram sensibilidade aos problemas dos seus semelhantes encontram-se diante de um dilema: continuar dentro do projeto de sua família ou dispor-se a um serviço mais amplo, lá onde a solidariedade o exige. Foi um dilema semelhante que Jesus fez surgir para seus primeiros discípulos (evangelho). Ele andava anunciando o reinado do Pai celeste, enquanto eles estavam trabalhando na empresa de pesca do pai terrestre. Jesus os convidou a deixar o barco e o pai e a tornar-se pescadores de gente. O reino de Deus precisa de colaboradores que abandonem tudo, para que cativem a massa humana que necessita do carinho de Deus.
Esse carinho de Deus é aceito na conversão e na fé: conversão para sair de uma atitude não sincronizada com seu amor e fé como confiança no cumprimento de sua promessa. Deus quer proporcionar ao mundo seu carinho, sua graça. Não quer a morte do pecador, e sim que ele se converta e viva. Jesus convida à conversão porque o reino de Deus chegou (Mc. 1,14-15). Para ajudar, chama pescadores de gente. Tiramos daí três considerações:
• Deus espera a conversão de todos, para que possam participar de seu reino de amor, justiça e paz.
• Para proclamar a chegada do seu reinado e suscitar a conversão, o coração novo, capaz de acolhê-lo, Deus precisa de colaboradores que façam de sua missão a sua vida, até mesmo à custa de outras ocupações (honestas em si).
• Mas, além dos que largam seus afazeres no mundo, também os outros – todos – são chamados a participar ativamente na construção desse reino, exercendo o amor e a justiça em toda e qualquer atividade humana.
É este o programa da Igreja, chamada a continuar a missão de Jesus: o anúncio da vontade de Deus e de sua oferta de graça ao mundo; a vocação, formação e envio de pes-soas que se dediquem ao anúncio; e a orientação de todos para a participação no reino de Deus, vivendo na justiça e no amor.
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O tempo se completou
Marcos descreve assim o começo da atividade pública de Jesus: “Depois que João Batista foi preso, Jesus foi para a Galiléia, pregando o evangelho de Deus e dizendo: O tempo já se completou e o reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no evangelho”.
Terminara o tempo das preparações.  O povo, durante séculos, foi sendo acompanhado pelos profetas, por líderes do povo, por homens carismáticos.   Páginas admiráveis do Testamento Antigo nos falam de pessoas que foram profundamente tocadas  em seu interior pelos profetas. “Os ninivitas acreditaram em Deus; aceitaram  fazer jejum e vestiram sacos, desde o superior ao inferior. Vendo Deus suas obras de conversão e que os ninivitas se afastavam do mau caminho, compadeceu-se  e suspendeu o mal que tinha ameaço fazer-lhes, e não o fez”. Os que mudam e conduta tocam as fibras da bondade de Deus.
O coração de Deus, as atenções do Altíssimo se voltaram sempre para suas criaturas querendo-as voltadas para seu amor.  Conversão significa realizar uma reorientação da vida. Procurar um outro horizonte, diferente dos interesses pequenos e mesquinhos  que suplica o ego.  Dinheiro, poder, prestígio, força passam a não ser as coisas mais importantes da vida. Significa ver a vida com os olhos de Deus, transformar o interior para que o exterior seja sacramento de bondade.
Segundo Marcos a atividade pública de Jesus começa  depois da prisão do Batista.  Ele havia preparado os caminhos do Senhor.  Como hoje ainda o Senhor irrompe na vida de muitos  depois que familiares, pessoas boas, missionários andaram trabalhando seu coração.  A conversão é obra de Deus em corações abertos à sua ação, em  pessoas que foram levadas ao olhar de Deus por preparadores dos caminhos do  Senhor, por servos inúteis  que fizeram o que tinham que fazer e desapareceram como o Batista.
Trata-se de mudar de vida, de inverter as  coisas.  Francisco de Assis falava do doce que se tornou amargo e do amargo que veio a ser transformar em doce. Mas não basta.  Não seremos apenas “atletas”  espirituais, gente orgulhosa de seus feitos ascéticos.  Será preciso ainda crer no evangelho, na boa nova que se chama Jesus, nas palavras do sermão da montanha, na força que se esconde na semente  pequena,  na colherinha de fermento e numa pitada e sal. Será preciso aqui e ali e sempre ir dando a vida pelos irmãos, acolher as diferenças, perdoar os que nos cospem no rosto,  viver na força, no dinamismo do Evangelho, dinamismo de morte e vida, de cruz e ressurreição.  Crer no Evangelho é deixar que essa força tome conta de nossa vida, das comunidades de vida consagrada, das paróquias.  Uma comunidade que abandona o empenho da conversão está fadada a desaparecer.  Ela se torna uma mera  agência de coisas sagradas e não   parábola do reino.
E Jesus chama colaboradores para sua missão. Os pescadores daqueles cantos serão pescadores de gente. O tempo se completou e agora Jesus conta com Simão e André, Tiago e João e todos os seus discípulos de todos os tempos.
frei Almir Ribeiro Guimarães
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Inícios em Cafarnaum
João Batista, o mensageiro de Jesus, foi preso, pois mexeu com os interesses e privilégios dos poderosos. O que irá acontecer com Jesus? Aos poucos o Evangelho mostrará que Jesus não se deixa amedrontar por ninguém, vencendo tudo aquilo que gera a morte para o povo.
Depois disso, Jesus vai para a Galiléia, lugar onde se encontram as pessoas pobres que vivem à margem da sociedade, gente considerada sem valor e impura, pelos poderosos. É no meio dessa gente e a partir dela que Jesus inicia seus ensinamentos, anunciando o Reino de Deus e pedindo que se convertam e creiam no Evangelho.
Jesus escolhe pessoas simples e as chama a partir da realidade do dia a dia. Simão e André são trabalhadores que ganhavam a vida pescando. E Jesus convida-os para serem pescadores de homens. Mas o que significa pescar homens? Afinal, homens não vivem no mar!
O mar é um mistério para todos e, embora os pescadores vivessem nele, tinham medo do desconhecido. A expressão pescar homens significa tirar o homem do medo, do escuro, da insegurança, e os discípulos escolhidos se animaram com a idéia. Ser pescador de homens, portanto, é anunciar o Reino de Deus que Jesus veio ensinar.
O povo, naquela época, vivia um período de reinado opressor e sofrido, que lhes tirava as esperanças de uma vida melhor, portanto, a proposta era levá-los para um encontro pessoal com o projeto de Deus.
Jesus também chama Tiago e João, que a partir daquele momento ouvem o chamado e se tornam discípulos dando uma resposta imediata. Deixam seu pai Zebedeu na barca com os empregados e partem seguindo a Jesus.
Converter-se é sinônimo de aceitar a prática de vida que Jesus mostra. O Reino de Deus precisa de discípulos que se convertam e se comprometam em anunciar a vontade e o Amor de Deus ao mundo. E, o inicio da Boa Nova trazida por Jesus, se tornará realidade mediante o compromisso das pessoas e das comunidades que dizem sim ao Mestre.
Jesus escolhe as pessoas e as chama a partir da realidade do dia a dia. Não importa se o que fazem é honesto ou desonesto, certo ou errado. O apelo é igual para todos, e a resposta precisa ser imediata: “seguir a Jesus.”
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Os seguidores de Jesus
Dois traços marcaram o ministério de Jesus desde os seus primórdios. Ele não foi um pregador solitário, apegado à tarefa recebida do Pai, sem partilhá-la com ninguém. Pelo contrário, quis contar com colaboradores que o ajudassem a levar a cabo sua missão. Os escolhidos foram pessoas simples, pescadores do lago da Galiléia, cujas vidas se transformaram totalmente, a partir do encontro com o Senhor. Eles foram convidados a deixar tudo e seguir o Mestre, que lhes deu como missão saírem pelo mundo, atraindo as pessoas para Deus. Um horizonte novo despontou para eles. O desafio lançado por Jesus foi acolhido com generosidade. Nada os impediu de romper com o mundo e seguir o Mestre.
Outro traço do ministério de Jesus: ao chamar os discípulos e confiar-lhes uma missão, o Senhor deu a entender que sua obra deveria ser levada adiante e expandir-se, a partir da sementinha lançada por ele.
Jesus anunciou a chegada do Reino e realizou sinais indicadores de sua presença. Durante sua vida terrena, não se poupou para fazer o Reino acontecer. Agora, cabia aos discípulos levar adiante o anúncio da Boa-Nova, para que o apelo do Reino atingisse a todos, sem distinção. Jesus colocou diante deles um mar diferente, a humanidade inteira, onde a função de pescadores haveria de continuar. Era hora de pescar muitas pessoas para Deus.
padre Jaldemir Vitório
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Convertam-se e creiam no Evangelho
Jesus começa a sua missão pregando o Evangelho de Deus. Em resumo, Ele dizia: “O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo”. E imediatamente acrescentava um apelo forte: “Convertam-se e creiam no Evangelho” – acreditem nisso, neste anúncio que estou fazendo, neste Evangelho. Evangelho é a proclamação de uma notícia feliz do nascimento de um herdeiro do imperador ou de uma importante vitória militar.
Trata-se aqui do anúncio de algo que interessa a toda a humanidade: o Reino de Deus está chegando. Para acolhê-lo é preciso crer e mudar os rumos da existência, reorganizar a vida baseando-se em novos valores. E o que é o Reino de Deus? Para saber é preciso olhar para Jesus, sua pessoa, seu modo de ser, suas palavras, o que Ele destaca como valor na vida. Ele não define o Reino. O Reino está entre nós e se constrói aqui, pouco a pouco, até atingir a sua plenitude lá, na eternidade de Deus.
Jesus chama algumas pessoas para trabalharem com Ele, para com Ele mostrar a todos que o Reino está chegando. Chama os dois irmãos Simão e André, e outros dois irmãos Tiago e João. Todos eles eram pescadores no Mar da Galileia, onde se dá o chamado. Eram pescadores de peixes, e Jesus lhes diz que daqui para frente eles vão ser “pescadores de gente”. Com isso já podemos perceber alguma coisa do Reino. No Reino de Deus as atenções estão voltadas para a pessoa humana. Ela ocupa o centro do Reino de Deus. O Reino de Deus vem em favor da pessoa humana.
Quando a sociedade humana se organiza, em sua economia, por exemplo, a partir da dignidade da pessoa, então o Reino de Deus está chegando. Os apóstolos de Jesus terão como prioridade o ser humano. Jesus os chama para serem pescadores de gente, para trabalharem com pessoas. E tudo o que fizerem terá em vista o bem do ser humano, homem e mulher, criança e adulto, jovem e velho.
O profeta Jonas é o profeta da conversão. A grande cidade de Nínive, capital da poderosa Assíria, foi, por ele, ameaçada de destruição, mas os ninivitas se converteram e Deus não destruiu a cidade. A leitura litúrgica de Jonas omite o específico da conversão e nos deixa apenas com o genérico: os ninivitas se afastaram do mau caminho! O versículo 8, porém – que não é lido –, diz que eles deviam se converter da violência que tinham nas mãos. Todos nós sabemos o que significa na vida diária mãos violentas, das mãos desarmadas às mãos armadas.
O mau caminho dos ninivitas é a violência generalizada que impera em sua cidade e impede as possibilidades da vida humana. É difícil viver e sobreviver numa cultura de violência. O ser humano se torna alguém continuamente ameaçado, em constante perigo. É preciso pescá-lo, tirá-lo de tal ambiente, criar um mundo novo, estabelecer o Reino de Deus. É preciso crer que isso é possível e se converter, passar dos relacionamentos violentos para os relacionamentos humanizantes.
O tempo está abreviado. O mundo necessita de gente dedicada à causa de humanização. Humanizar significa fazer a obra de Deus na criação, fazer surgir o ser humano que Ele pensou ao criar a humanidade, colocar no centro da história o Novo Adão. Este é o trabalho básico da evangelização. Para tanto, é preciso que haja pessoas que coloquem o Reino de Deus em primeiro lugar e vivam totalmente dedicadas ao seu estabelecimento. Serão pessoas que perceberão o valor absoluto do Reino e compreenderão que a “figura deste mundo passa”. Não há tempo a perder.
cônego Celso Pedro da Silva
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Jesus abandona sua rotina de vida em Nazaré da Galiléia

O batismo de Jesus por João Batista é o ato inaugural de seu ministério. Pode-se dizer que seja a epifania histórica de Jesus. Atraído pela mensagem do Batista, Jesus abandona sua rotina de vida em Nazaré da Galileia, procura o batismo de João na região do além-Jordão e começa a formar seu próprio discipulado para, a seguir, iniciar seu ministério, assumindo elementos do anúncio de João Batista. O batismo de João é mencionado onze vezes no Segundo Testamento, sempre com o acento no seu caráter de fundamento ao ministério de Jesus.
Em Atos dos Apóstolos, por duas vezes ele é apresentado como o ato inaugural deste ministério (At. 1,21-22; 10,34.37-38). Jesus, quando questionado pelas autoridades do Templo, dá a entender que o batismo de João é do céu (Mt. 21,25). João Batista anunciava a conversão à prática da justiça como caminho para remover o pecado do mundo. Com seu convite ao batismo e à conversão deflagrou um processo de discipulado no qual se inseriu Jesus, que veio da Galileia. João foi preso por Herodes, tetrarca da Galileia, pois este, diante da grande afluência de pessoas atraídas pela pregação de João, temia por uma insurreição popular. Após a prisão de João, Jesus decide levar o seu anúncio da conversão ao Reino de Deus à Galileia. Jesus inova no sentido de que, em vez de aguardar a afluência de pessoas na região desértica à margem do Jordão, decide dirigir-se, com discípulos, às regiões povoadas do norte. Os evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos, Lucas) são completados com o evangelho de João na caracterização dos primeiros discípulos reunidos em torno de Jesus. Nos sinóticos, as narrativas do chamado de Jesus ao discipulado se caracterizam pelo esquema: Jesus passa e chama; o discípulo deixa tudo e o segue. Esta é uma forma literária de apresentar, em breve sumário, todo um processo vital de relações de conhecimento e amizade entre Jesus e o discípulo e a adesão final.
No evangelho de João é destacado que Jesus chama seus primeiros discípulos em um convívio com os discípulos de João Batista. O que caracteriza o discipulado é a conversão. Assim como Jesus, após receber o batismo de João, abandonou seu costumeiro modo de vida familiar em Nazaré, também os discípulos abandonam suas atividades profissionais e o convívio costumeiro com seus familiares e companheiros de trabalho, e põem-se a seguir Jesus. A Boa-Nova do Reino que está próximo, perto de nós, é a revelação de uma nova realidade. A conversão é o processo de mudança e a construção desta nova realidade. O mundo nos oferece uma realidade ainda não totalmente humanizada. Ocorrem até absurdos de violência e desumanidade maciças causadas pela ambição do dinheiro e do poder e pela guerra. Nínive (primeira leitura) era um símbolo dessa desumanidade. Contudo, este não passa de um mundo frágil (segunda leitura). A conversão se faz a partir do olhar para Jesus e deixar-se contagiar pelo seu amor misericordioso e por suas palavras. Assim, vamos nos libertando das ideologias de sucesso, riqueza e poder, para incorporarmos valores de comunhão com o próximo, na mansidão e no carinho, construindo um mundo novo possível, na justiça e na fraternidade.
José Raimundo Oliva
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Os seguidores de Jesus
Dois traços marcaram o ministério de Jesus desde os seus primórdios. Ele não foi um pregador solitário, apegado à tarefa recebida do Pai, sem partilhá-la com ninguém. Pelo contrário, quis contar com colaboradores que o ajudassem a levar a cabo sua missão. Os escolhidos foram pessoas simples, pescadores do lago da Galiléia, cujas vidas se transformaram totalmente, a partir do encontro com o Senhor. Eles foram convidados a deixar tudo e seguir o Mestre, que lhes deu como missão saírem pelo mundo, atraindo as pessoas para Deus. Um horizonte novo despontou para eles. O desafio lançado por Jesus foi acolhido com generosidade. Nada os impediu de romper com o mundo e seguir o Mestre.
Outro traço do ministério de Jesus: ao chamar os discípulos e confiar-lhes uma missão, o Senhor deu a entender que sua obra deveria ser levada adiante e expandir-se, a partir da sementinha lançada por ele.
Jesus anunciou a chegada do Reino e realizou sinais indicadores de sua presença. Durante sua vida terrena, não se poupou para fazer o Reino acontecer. Agora, cabia aos discípulos levar adiante o anúncio da Boa-Nova, para que o apelo do Reino atingisse a todos, sem distinção. Jesus colocou diante deles um mar diferente, a humanidade inteira, onde a função de pescadores haveria de continuar. Era hora de pescar muitas pessoas para Deus.
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Domingo, 22 de janeiro de 2012

3º Domingo do Tempo Comum
São Vicente, Diácono (Memória facultativa).
Outros Santos do Dia:Anastácio, o Persa (mártir), Blesila de Roma (viúva), Bertoldo de Sarum (monge, bispo), Domingos de Sora (abade), Gaudêncio de Novara (bispo), Vicente Pallotti (presbítero, fundador), Vicente de Digne (bispo), Vicente, Orôncio, Vitor e Aquilina (mártires de Gerona).
Primeira leitura: Jonas 3,1-5.10
Os ninivitas se afastaram do mal caminho.
Salmo responsorial:
24,4ab-5ab.6-7bc.8-9
Senhor, mostrai-me os vossos caminhos.
Segunda leitura:1 Coríntios 7,29-31
Estás ligado a uma mulher? Não procures desligar-te. Não estás ligado a nenhuma mulher? Não procures ligar-te.
Evangelho:Marcos 1,14-20
Convertei-vos e crede no Evangelho!
Como já é sabido, nas leituras da liturgia dos domingos, a primeira e a terceira estão sempre unidas tematicamente, enquanto a segunda costuma ir por caminhos independentes. Hoje as duas leituras de temas semelhantes são a da pregação de Jonas a respeito de Nínive e a pregação de Jesus no início do seu ministério, precisamente no fim do ministério de João Batista.
A leitura de Jonas hoje apresenta um conteúdo positivo: o profeta atende o mandato de Deus, que o envia a pregar, vai, prega e consegue êxito em sua pregação, pois a cidade se arrepende.
O comentário mais simples a este texto pode ir pela linha de importância da pregação profética para conversão dos que estão longe de Deus. É um tema conhecido. E, como dizíamos, faz um paralelo com o texto do evangelho: Jesus é um novo profeta, que assume a linha dos profetas clássicos, que também se lança pelos caminhos para pregar uma mensagem de conversão.
Para os ouvintes mais críticos esta segunda leitura é preocupante. Porque o conjunto inteiro do que nela se expressa pertence ao um marco  de compreensão hoje insustentável: um Deus que está acima, diretamente imaginado como um grande rei, que envia seu mensageiro para pregar uma mensagem de conversão, mensagem que antes não conseguiu surtir efeito porque o profeta não quis ir pregar, porem que agora é atendido e obedecido pelos ninivitas.
“E Deus viu suas obras de conversão; arrependeu-se da catástrofe com que havia ameaçado Nínive, e não a executou”. Esta imagem de um Deus acima de nós, que toma decisões, envia mensageiros, que insiste, se comunica com os seres humanos por meio desses mensageiros profetas, e que “ao ver” as obras de penitencia “se compadece e se arrepende das catástrofe com que havia ameaçado a cidade” é obviamente, humana, muito humana, demasiadamente humana, sem dúvida. É claramente um “antropomorfismo”.
Deus não é um Senhor que está aí “acima, aí fora”, nem que esteja enviando mensageiros, nem é alguém que possa ameaçar, nem que se possa arrepender... Hoje sabemos que Deus não é assim, que o que chamamos “Deus” é na realidade, um mistério que não pode ser reduzido a uma imaginação antropomórfica semelhante.
Seria bom e até necessário, referir-se a esta qualidade de antropomorfismo e fazer com que os ouvintes percebam que a imagem de Deus que aparece nele para nós hoje é inviável. É importante manifestar isto, e não dar simplesmente por subentendido, pois pode haver pessoas que se sintam mal ao contemplar estas imagens, como se estivessem re-vivendo a catequese infantil. É pertinente abordar o tema das imagens de Deus e clarear que se somos pessoas de hoje, o mais provável é que não se torne adequada a linguagem clássica sobre Deus, e que temos todo o direito de utilizar outra linguagem mais crítica. Este poderia ser um bom tema de reflexão central para a homilia de hoje. É mais que suficiente e importante.
A primeira carta de Paulo aos Coríntios também pode ser iluminada com o evangelho de Marcos: diante do reinado de Deus, instaurado pela atuação de Jesus, sua pregação, seus milagres, suas controvérsias, especialmente sua morte e ressurreição, todas as realidades humanas adquirem um novo sentido: comprar, vender, chorar, rir, casar o permanecer célebre, tudo é diferente e seu valor é diferenciado.
O que é absolutamente definitivo é o exercício da vontade salvífica de Deus que Jesus veio a colocar em ação. Por isso Paulo pode afirmar que “a imagem deste mundo termina”, isto é, que Deus faz novas todas as coisas realizando a utopia de seu Reino onde pobres e tristes, enfermos e condenados, excluídos e ofendidos da terra são resgatados e acolhidos e onde os ricos e poderosos são chamados urgentemente à conversão.
Depois da narrativa do começo do evangelho com João Batista, com a unção messiânica de Jesus no rio Jordão  e com as tentações no deserto, Marcos relata, com frases muito condensadas, o início da atividade pública de Jesus: é um humilde carpinteiro de Nazaré que agora percorre sua região, a próspera porém mal afamada Galiléia, pregando nas aldeias e cidades, nas encruzilhadas dos caminhos, nas sinagogas e nas praças. Sua voz chega a quem queria ouvi-lo, sem excluir a ninguém, sem exigir nada em troca. Uma voz aberta e vibrante como a dos antigos profetas. Marcos resume o conteúdo da pregação de Jesus nestes dois momentos: o reinado de Deus começou, é que se cumpriu o prazo de sua espera, e diante do reinado de Deus, somente cabe a conversão, acolhida e aceitação com fé.
Muitos reinados recordavam os judeus que escutavam a Jesus: o bem recente reinado de Herodes o Grande, sanguinário e ambicioso; o reinado dos asmodeus, descendentes dos libertadores Macabeus, reis que havia exercido simultaneamente o sumo sacerdócio e haviam oprimido o povo, tanto ou mais que os ocupadores gregos, os selêucidas.
Lembram também os velhos reis do remoto passado, convertidos em figuras de lendas douradas, Davi e seu filho Salomão, e a longa lista de seus descendentes que por quase 500 anos haviam exercido sobre o povo um poder totalitário, quase sempre tirânico e explorador.
De que rei falava agora Jesus? Do anunciado pelos profetas e esperado pelos justos. Um rei divino que garantiria aos pobres e aos humildade a justiça e o direito e excluiria de sua vista os violentos e os opressores. Um rei universal que anularia as fronteiras entre os povos e faria confluir ao monte santo todas as nações, inclusive as mais bárbaras e sanguinárias, para instaurar no mundo uma era de paz e fraternidade, somente comparável à era paradisíaca de antes do pecado.
Este reinado de Deus que Jesus anunciava há 2000 anos pela Galileia, continua sendo a esperança de todos os pobres da terra. Este reino que já está em marcha desde que Jesus o proclamara, porque o seguem anunciando seus discípulos, os que ele chamou ao seu seguimento para confiar-lhes a tarefa de pescar nas redes do reino os seres humanos de boa vontade. É o Reino proclamado pela Igreja e que os cristãos do mundo se apressam por construir de mil maneiras, todas elas reflexo da vontade amorosa de Deus: corando os enfermos, dando pão aos famintos, matando a sede dos sedentos, ensinando ao que não sabe, perdoando os pecadores e acolhendo à mesa fraterna; denunciando, com palavras e atitudes, os violentos, opressores e injustos.
A nós nos corresponde, como a Jonas, a Paulo e ao próprio Jesus, retomar as bandeiras do reinado de Deus e anunciá-lo em nossos tempos e em nossas sociedades: a todos os que sofrem e a todos os que oprimem e devem converter-se para que a vontade amorosa de Deus se cumpra para todos os seres do universo.
Oração
Ó Deus, nosso pai, tu que tudo podes, ajuda-nos a que nos convertamos a ti a cada dia, de modo que levemos sempre uma vida segundo tua vontade e possamos dar abundantes frutos de amor e de justiça. Tu que vives e dás vida pelos séculos dos séculos. Amém.
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Pescadores de homens

Alexandre Soledade


Bom dia!
Vejamos que existem duas situações ou realidades no evangelho de hoje: Um povo sedento que se acotovelava para se aproximar de Jesus e outro grupo de pessoas (pescadores), que meio indiferentes ao que acontecia na margem, permanecia em seus afazeres.
Um grupo apertava Jesus contra o lago deixando claro que não desistiria da graça “(…) e a multidão se apertava em volta dele para ouvir a mensagem de Deus”; e o outro já se dava como vencido, pois lavar as redes é a última coisa que o pescador faz antes de sair. “(…) Os pescadores tinham saído deles e estavam lavando as redes“.
Dois anos atrás era assim que eu via o mundo. De um lado um povo desconhecido e sedento por encontrar a Deus e do outro lado bons pescadores que já “lavavam suas redes” cansados de tentar da mesma forma, da mesma maneira (…). Jesus então subiu na nossa barca e pediu que fôssemos para águas mais profundas onde não desse pé, ou seja, num lugar desconhecido, novo, diferente, sem segurança do que estávamos fazendo…
“(…) Pela terceira vez o Senhor chamou Samuel, que se levantou e foi ter com Heli: Eis-me aqui, tu me chamaste. Compreendeu então Heli que era o Senhor quem chamava o menino. Vai e torna a deitar-te, disse-lhe ele, e se ouvires que te chamam de novo, responde: Falai, Senhor; vosso servo escuta! Voltou Samuel e deitou-se. Veio o Senhor pôs-se junto dele e chamou-o como das outras vezes: Samuel! Samuel! Falai, respondeu o menino; vosso servo escuta! O Senhor disse a Samuel: EIS QUE VOU FAZER UMA TAL COISA EM ISRAEL, QUE A TODO O QUE A OUVIR FICAR-LHE-ÃO RETININDO OS OUVIDOS”. (I Samuel 3, 8-11)
Nossa! Como a Palavra de Deus meditada todo dia faz bem! Mas foi duro vencer a barreira dos irmãos! Muita gente perguntava com que direito ou com que estudo me fazia valer para fazer a Exegênese? Pus-me a estudar ainda mais, fui convidado a ser ministro (MESCE), novas atribuições surgiram em virtude de termos poucos padres, mas ai que entendi que o fato do Senhor ter subido no nosso barco foi para nos fazer pescador de gente!
Hoje a Palavra chega a mais de trinta mil pessoas por dia. Recebo emails de todo Brasil e até do exterior; ministros de outras paróquias usam os testos em suas celebrações e muito melhor que isso, hoje vejo a igreja com outros olhos. Ela não é somente o grupo que participo e amo, ela é as pessoas que se acotovelam para ouvir Jesus.
Descobri que tenho um homônomo (risos), ou seja, alguém com o mesmo nome que eu, e engraçado é que ele é evangélico e também leva a palavra de Deus
Nesses dois anos pensei em parar de escrever pelo menos umas sete ou oito vezes, como Pedro também disse ao Senhor que “sou pecador”, mas é Ele que insiste, pois talvez o meu pecado seja menor que a vontade que tem de ver seus filhos voltando pra casa.
O Blog ganha corpo, ganha cara nova, selo da Canção Nova, ataques de hackers (risos), mas já são mais de 320 comentários que equivalem a quase mil e tantas páginas escritas em FONTE 10. Como em minha vida e na vida do ANGELTON, verdadeiro autor da idéia de ir além. Amigo, irmão que conheci via Orkut (bom saber para aqueles que depreciam esse meio de comunicação – Deus também pairou por lá), que um dia recebeu um “evangelho de hoje” de um contato de email e hoje só Deus sabe por onde anda, aonde chega, aonde vai…
Aos leitores desse email que virou blog… Deixem Deus também subir no seu barco. Não lavem as redes ainda. Joguem mais uma vez, só que dessa vez para o lado que Deus mostrar.
Nada vai nos abalar se continuar acreditar que DEUS É MAIOR!
Agora já tenho dois anos, entro no ano três, grávido novamente e feliz
Um imenso abraço fraterno do Alexandre Soledade, da paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Cuiabá, pai do Guto, esposo da Benail e logo pai de um novo bebê!
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PESCADORES DE HOMENS - Newton


Jesus quer sejamos pescadores de homens

Com João Batista completam-se as profecias, e Jesus assume a sua missão. É Ele quem o poder de transformar todas as coisas, Ele não apenas proclama, mas faz o Reino de Deus acontecer na vida das pessoas. Com Jesus o Reno de Deus está mais próximo do que podemos imaginar, para isto basta arrepender-se dos pecados, crê no evangelho, e aceitar Jesus como nosso salvador pessoal.

Para que todos tenham acesso ao Reino de Deus, o evangelho precisa ser anunciado a todas as criaturas nos quatro quantos da Terra, e, para isto Jesus precisa de pessoas dispostas a ajudar na construção deste Reino. Pessoas que tenham além da missão de anunciar, a disposição de serem "pescadores de homens".

A missão de pescadores de homens é uma missão muito árdua, mas ao mesmo tempo gratificante pela graça divina alcançada neste trabalho. Aquele que se propõe a esta tarefa, muitas vezes precisa deixar seus pais para seguir Jesus e ajudá-lo nesta missão, como é o caso dos filhos de Zebedeu, Tiago e João.

Muitas vezes a família não entende, não quer ouvir o evangelho, e apegada às coisas deste mundo, preferem ficar como está, e muitas vezes agem como oposição, porque ainda não aceitaram Jesus de fato. Neste caso acabam sendo empecilho àquele que se propõe a realizar o trabalho missionário. Jesus foi bem claro quando disse: "Aquele que ama seu pai ou a sua mãe mais do que a mim, não é digno de mim; aquele que ama seu filho ou a sua filha mais do que a mim não é digno de mim" (Mateus 10,37).

É claro que ninguém vai esquecer da sua família, deixar de amar os seus pais, e, apóia-los no momento em que eles mais precisarem. É preciso ter sabedoria para lidar com estas coisas, considerando que a família também faz parte do plano de Deus para a salvação da humanidade. O que não podemos deixar é que a família quando não é cristã, seja empecilho na missão que temos de anunciar o evangelho e ajudar na construção do Reino de Deus.

Precisamos ser firmes no nosso propósito de seguir a Jesus e trabalhar na sua messe. Nós precisamos da salvação. A salvação é algo pessoal, depende de cada um, mas não podemos ficar no egoísmo, querendo somente para nós. É o próprio Jesus que deixa claro esta necessidade quando nos exorta a sermos pescadores de homens. Portanto a família também faz parte da nossa pesca.

Newton Hermógenes
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PRECISAMOS SER PESCADORES DE HOMENS - Nancy


A atividade profissional de alguns dos discípulos de Jesus Cristo, naquela época, era de pescador, até mesmo porque havia abundância de água naquela região da Galiléia em que Jesus se encontrava.
Os chamados, no entanto, eram pessoas simples que deixavam os seus afazeres diários e familiares para seguir Jesus.
O que significava, porém, ser pescador? Lembremos que os pescadores eram homens que faziam uso de redes, pescavam em arrastão, forma esta de onde vinha uma quantidade enorme de peixes de todos os tamanhos e de todos os tipos. Após, eram selecionados os bons e os demais devolvidos à água.
Portanto, ser pescador naquele tempo era uma profissão que exigia conhecimento e domínio da arte da pescar, o que subentendia que nesse ofício era preciso saber lidar com as mudanças climáticas e ambientais naturais, além de conhecer os hábitos dos peixes, lugares onde se encontravam com mais freqüência, os tipos de isca para cada tipo de peixe, entre outros. 
Trazendo esse contexto para os nossos dias atuais e fazendo uma analogia da sabedoria infinita de Jesus Cristo na escolha de seus primeiros apóstolos e seguidores, muitos deles pescadores, podemos comparar o mar como se fosse o MUNDO, e os peixes, os HOMENS, o que nos leva a concluir o porquê de Jesus Cristo chamá-los para ser discípulos "pescadores de homens." 
Na verdade, para sermos seguidores de Cristo também precisamos nos mergulhar e conhecer as Sagradas Escrituras, os Evangelhos, e buscar nos aprofundarmos mais e mais nas palavras de Deus para conhecermos os diferentes tipos de pessoas – semelhantes à diversidade de peixes, as diversas formas de evangelização para cada tipo de pessoa – similares aos mais diversos instrumentos (isca) e mares, rios, lagos... E desta forma podermos abranger a todos, sem distinção!
Vale aqui relembrar um fragmento da música de Frei Zeca – Dá-me a Palavra Certa, cantada nas celebrações litúrgicas para aclamar o evangelho, dizendo:
" (...) Dá-me a palavra certa, na hora certa e do jeito certo e pra pessoa certa. Dá-me a cantiga certa, na hora certa e do jeito certo e pra pessoa certa (...)"
Caros irmãos e irmãs em Cristo: Cientes que Jesus Cristo há mais de 2.000 anos veio e não foi um pescador solitário, sempre pediu colaboradores na sua obra de evangelização, anunciando a Boa Nova, pensemos na característica de perseverança dos pescadores para trazer o peixe como alimento indispensável à sobrevivência humana, principalmente naqueles tempos de peregrinação de Jesus.
Peçamos o Espírito Santo de Deus para que possamos, à semelhança de Simão e André, Tiago e João, aprendermos de Jesus Cristo a habilidade de pescar homens para o Reino dos Céus aqui na Terra, pois a suapregação "Segui-me e eu farei de vós pescadores de homens" continua fiel neste século XXI e por toda a eternidade.
Abraços fraternos.

Nancy - professora
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O pescador de homens volta a ser pescador de peixes -Frei Carlos Mesters, O.Carm

 
* O Capítulo 21 do evangelho de São João parece um apêndice que foi acrescentado mais tarde depois que o evangelho já estava terminado. A conclusão do capítulo anterior (Jo 20,30-31) ainda deixa perceber que se trata de um acréscimo. De qualquer maneira, acréscimo ou não, é Palavra de Deus que traz uma bonita mensagem de ressurreição para esta sexta feira da semana de Páscoa.
* João 21,1-3: O pescador de homens volta a ser pescador de peixes. Jesus morreu e ressuscitou. No fim daqueles três anos de convivência com Jesus, os discípulos voltaram para a Galiléia. Um grupo deles está de novo diante do lago. Pedro retoma o passado e diz: "Eu vou pescar!" Os outros disseram: "Nós vamos com você!" Assim, Tomé, Natanael, João e Tiago junto com Pedro saíram de barco e foram pescar. Retomaram a vida do passado como se nada tivesse acontecido. Mas algo aconteceu. Algo estava acontecendo! O passado não voltou! "Não pagaram nada!" Voltaram à praia cansados. Foi uma noite frustrante.
* João 21,4-5: O contexto da nova aparição de Jesus. Jesus estava na praia, mas eles não o reconheceram. Jesus pergunta: "Moços, por acaso vocês alguma coisa para comer?" Responderam: "Não!" Na resposta negativa reconheceram que a noite tinha sido frustrante e que não pescaram nada. Eles tinham sido chamados para serem pescadores de homens (Mc 1,17; Lc 5,10), e voltaram a ser pescadores de peixes. Mas algo mudou em suas vidas! A experiência de três anos com Jesus provocou neles uma mudança irreversível. Já não era possível voltar para atrás como se nada tivesse acontecido, como se nada tivesse mudado.
* João 21,6-8: Lancem a rede do lado direito do barco e vocês vão encontrar. Eles fizeram algo que, provavelmente, nunca tinham feito na vida. Cinco pescadores experimentados obedecem a um estranho que mandou fazer algo que contrastava com a experiência deles. Jesus, aquela pessoa desconhecida que estava na praia, mandou que jogassem a rede do lado direito do barco. Eles obedeceram, jogaram a rede, e foi um resultado inesperado. A rede ficou cheia de peixes! Como era possível! Como explicar esta surpresa fora de qualquer previsão? O amor faz descobrir. O discípulo amado diz: "É o Senhor!" Esta intuição clareou tudo. Pedro se jogou na água para chegar mais depressa perto de Jesus. Os outros discípulos vieram mais devagar com o barco arrastando a rede cheia de peixes.
* João 21,9-14: A delicadeza de Jesus. Chegando em terra, viram que Jesus tinha aceso umas brasas e que estava assando peixe e pão. Ele pediu que trouxessem mais uns peixes. Imediatamente, Pedro subiu no barco, arrastou a rede com cento e cinquenta e três peixes. Muito peixe, e a rede não se rompeu. Jesus chamou a turma: "Venham comer!" Ele teve a delicadeza de preparar algo para comer depois de uma noite frustrada sem pescar nada. Gesto bem simples que revela algo do amor com que o Pai nos ama. "Quem vê a mim vê o Pai" (Jo 14,9). Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar quem era ele, pois sabiam que era o Senhor. E evocando a eucaristia, o evangelista João completou: "Jesus se aproximou, tomou o pão e distribuiu para eles". Sugere assim que a eucaristia é o lugar privilegiado para o encontro com Jesus ressuscitado.


Para um confronto pessoal

1) Já aconteceu com você ter que te pediram jogar a rede do lado direito do barco da sua vida, contrariando toda a sua experiência? Você obedeceu? Jogou a rede?

2) A delicadeza de Jesus. Como é a sua delicadeza nas coisas pequenas da vida?

Oração final

Celebrai o SENHOR, porque ele é bom; pois eterno é seu amor.
Que Israel diga: eterno é seu amor.
Que a casa de Aarão diga: eterno é seu amor.
Digam os que temem o SENHOR: eterno é seu amor. (Sl 117, 1-4)
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Seguem-me, e eu farei de vocês, pescadores do homens - Maria Regina

Jesus veio chamar justamente àqueles que se comprometem e que têm que renunciar a alguma coisa –Maria Regina

                                                     Enquanto caminhava aqui na terra Jesus chamou os que Ele quis. Chamou-os não porque fossem homens desocupados e não tivessem nada para fazer, muito pelo contrário cada um deles tinha uma profissão, tinha uma história. Quando Jesus viu os dois irmãos, notou que eles estavam ocupados na sua lida diária e, assim mesmo os escolheu e "eles imediatamente deixaram as redes, a barca e o pai e O seguiram!". Assim mesmo Jesus faz com cada um de nós que encontra graça diante dele. Ele nos chama não porque sejamos homens e mulheres desimpedidos de tarefas, de planos e ocupações.
                                            O nosso trabalho, a nossa profissão, a rotina da nossa vida não são impedimento para que sigamos a Jesus e vivamos os Seus ensinamentos. Deixar imediatamente, as redes, a barca e o pai, significam a nossa total anuência ao chamado de Jesus com a consciência de que Jesus nos chama com a autoridade de quem sabe o que é melhor para cada um de nós, e por isso, Ele tem a primazia nas nossas escolhas. Jesus nos chama a sermos "pescadores de homens" por meio do nosso testemunho de fidelidade a Deus e aos irmãos. O Seu chamado é irrevogável e intransferível, por isso, ninguém poderá assumir o nosso lugar.
                                          É necessário, porém, que estejamos livres de qualquer empecilho, desapegados de tudo quanto nos prende, mesmo que seja o trabalho, a profissão, a família, os bens. Às vezes nos desculpamos porque somos muito ocupados , mas Jesus veio chamar justamente àqueles que se comprometem e que têm que renunciar a alguma coisa. Ele deseja que o nosso coração esteja livre de tudo e de todos para que possamos segui-Lo, vivendo a Lei do amor. Reflitamos – Você já se sente chamado por Jesus? – Você acha que Ele já o  viu e o notou? – Qual tem sido a sua reação ao chamado de Jesus no serviço do reino? – Será que você tem dado desculpas esfarrapadas? – Aproveite o tempo de agora, não perca as oportunidades!
Amém
Abraço carinhoso
Maria Regina
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CONVERTEI-VOS E CREDE NO EVANGELHO

C.75.15 Fontes da conversão 1436-
§1437 A leitura da Sagrada Escritura, a oração da Liturgia das Horas e do Pai-nosso, todo ato sincero de culto ou de piedade reaviva em nós o espírito de conversão e de penitência e contribui para o perdão dos pecados.
C.75.16 Fragilidade humana e conversão
§1426 A conversão a Cristo, o novo nascimento pelo Batismo, o dom do Espírito Santo, o Corpo e o Sangue de Cristo recebidos como alimento nos tornaram "santos e irrepreensíveis diante dele" (Ef 1,4), como a própria Igreja, esposa de Cristo, é "santa e irrepreensível" (Ef 5,27). Entretanto, a nova vida recebida na iniciação cristã não suprimiu a fragilidade e a fraqueza da natureza humana, nem a inclinação ao pecado, que a tradição chama de concupiscência, que continua nos batizados para prová-los no combate da vida cristã, auxiliados pela graça de Cristo. É o combate da conversão para chegar à santidade e à vida eterna, para a qual somos incessantemente chamados pelo Senhor.
C.75.17 Graça e conversão
§1991 A justificação é, ao mesmo tempo, o acolhimento da justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo. A justiça designa aqui a retidão do amor divino. Com a justificação, a fé, a esperança e a caridade se derramam em nossos corações e é-nos concedida a obediência à vontade divina.
§2000 A graça santificante é um dom habitual, uma disposição estável e sobrenatural para aperfeiçoar a própria alma e torná-la capaz de viver com Deus, agir por seu amor. Deve-se distinguir a graça habitual, disposição permanente para viver e agir conforme o chamado divino, e as graças atuais, que designam as intervenções divinas, quer na origem da conversão, quer no decorrer da obra da santificação
§2010 Como a iniciativa pertence a Deus na ordem da graça, ninguém pode merecer a graça primeira, na origem da versão, do perdão e da justificação. Sob a moção do Espírito Santo e da caridade, podemos em seguida merecer para nós mesmos e para os outros as graças úteis à nossa santificação crescimento da graça e da caridade, e também para ganhar a vida eterna. Os próprios bens temporais, como a saúde, a amizade, podem ser merecidos segundo a sabedoria divina. Essas graças e esses bens são o objeto da oração cristã. Esta atende à nossa necessidade da graça para as ações meritórias.
§2027 Ninguém pode merecer a graça primeira que se acha na origem da conversão. Sob a moção do Espírito Santo, podemos merecer, para nós mesmos e para os outros, todas as graças Úteis para chegar à vida eterna, como também os bens temporais necessários.
C.75.18 Iniciação cristã e conversão
§1229 Tornar-se cristão, eis algo que se realiza desde os tempos dos apóstolos por um itinerário e uma iniciação que passa por várias etapas. Este itinerário pode ser percorrido com rapidez ou lentamente. Dever sempre comportar alguns elementos essenciais: o anúncio da Palavra, o acolhimento do Evangelho acarretando uma conversão, a profissão de fé, o Batismo, a efusão do Espírito Santo, o acesso à Comunhão Eucarística.
C.75.19 Juízo errôneo e desvio da conversão
§1792 A ignorância de Cristo e de seu Evangelho, os maus exemplos de outros, o servilismo às paixões, a pretensão de uma mal-entendida autonomia da consciência, a recusa da autoridade da Igreja e de seus ensinamentos, a falta de conversão ou de caridade podem estar na origem dos desvios do julgamento na conduta moral.
C.75.20 Justificação e conversão
§1989 A primeira obra da graça do Espírito Santo é a conversão que opera a justificação segundo o anúncio de Jesus no princípio do Evangelho: "Arrependei-vos (convertei-vos), porque está próximo o Reino dos Céus" (Mt 4,17). Sob a moção da graça, o homem se volta para Deus e se aparta do pecado, acolhendo, assim, o perdão e a justiça do alto. "A justificação comporta a remissão dos pecados, a santificação e a renovação do homem interior."
§1993 A justificação estabelece a colaboração entre a graça de Deus e a liberdade do homem. Do lado humano, ela se exprime no assentimento da fé à palavra de Deus, que convida o homem à conversão, e na cooperação da caridade, no impulso do Espírito Santo, que o previne e guarda.
Quando Deus toca o coração do homem pela iluminação do Espírito Santo, o homem não é insensível a tal inspiração, que pode, aliás, rejeitar; e, no entanto, ele não pode tampouco, sem a graça divina, chegar pela vontade livre à justiça diante dele.
C.75.21 Mal caminho para conversão
§385 Deus é infinitamente bom e todas as suas obras são boas. Todavia, ninguém escapa à experiência do sofrimento, dos males existentes na natureza que aparecem ligados às limitações próprias das criaturas e, sobretudo, à questão do mal moral. De onde vem o mal? "Eu perguntava de onde vem o mal e não encontrava saída", diz Santo Agostinho, e sua própria busca sofrida não encontrará saída, a não ser em sua conversão ao Deus vivo. Pois "o mistério da iniquidade" (2 Ts 2,7) só se explica à luz do "Mistério da piedade". A revelação do amor divino em Cristo manifestou ao mesmo tempo a extensão do mal e a superabundância da graça. Precisamos, pois, abordar a questão da origem do mal fixando o olhar de nossa fé naquele que, e só Ele, é o Vencedor do mal.
§1502 O homem do Antigo Testamento vive a doença diante Deus. E diante de Deus que ele faz sua queixa sobre a enfermidade, e é dele, o Senhor da vida e da morte, que implora a cura . A enfermidade se toma caminho de conversão e o perdão de Deus de início à cura. Israel chega à conclusão de que a doença, de uma forma misteriosa, está ligada ao pecado e ao mal e que a fidelidade a Deus, segundo sua Lei, dá a vida: "Porque eu sou Iahweh, aquele que te restaura" (Ex 15,26). O profeta entrevê que o sofrimento também pode ter um sentido redentor para os pecados dos outros (Cf Is 53,11). Finalmente, Isaias anuncia que Deus fará chegar um tempo para Si o em que toda falta será perdoada e toda doença ser curada (Cf Is 33,24).
C.75.22 Necessidade da conversão do coração
§821 Para responder adequadamente a este apelo, exigem-se:
o uma renovação permanente da Igreja em uma fidelidade maior à sua vocação. Esta renovação é a mola do movimento rumo à unidade.
o a conversão do coração, "com vistas a viver mais puramente segundo o Evangelho", pois e a infidelidade dos membros ao dom de Cristo que causa as divisões;
o a oração em comum, pois "a conversão do coração e a santidade de vida, juntamente com as preces particulares e públicas pela unidade dos cristãos, devem ser consideradas a alma de todo o movimento ecumênico e, com razão, podem ser chamadas de ecumenismo espiritual";
o conhecimento fraterno recíproco,
o a formação ecumênica dos fiéis e especialmente dos presbíteros;
o diálogo entre os teólogos e os encontros entre os cristãos diferentes Igrejas e comunidades;
o a colaboração entre cristãos nos diversos campos do serviço aos homens.
§1430 Como já nos profetas, o apelo de Jesus à conversão e penitência não visa em primeiro lugar às obras exteriores, saco e a cinza", os jejuns e as mortificações, mas à conversão do coração, à penitência interior. Sem ela, as obras de penitência continuam estéreis e enganadoras: a conversão interior, ao contrário, impele a expressar essa atitude por sinais visíveis, gestos e obras de penitência.
§1431 A penitência interior é uma reorientação radical de toda a vida, um retorno, uma conversão para Deus de todo nosso coração, uma ruptura com o pecado, uma aversão ao mal e repugnância às m s obras que cometemos. Ao mesmo tempo, é o desejo e a resolução de mudar de vida com a esperança da misericórdia divina e a confiança na ajuda de sua graça. Esta conversão do coração vem acompanhada de uma dor e uma tristeza salutares, chamadas pelos Padres de "animi cruciatus (aflição do espírito)", "compunctio cordis (arrependimento do coração)" .
§1432 O coração do homem apresenta-se pesado e endurecido. É preciso que Deus dê ao homem um coração novo. A conversão é antes de tudo uma obra da graça de Deus que reconduz nossos corações a ele: "Converte-nos a ti, Senhor, e nos converteremos" (Lm 5,21). Deus nos dá a força de começar de novo. É descobrindo a grandeza do amor de Deus que nosso coração experimenta o horror e o peso do pecado e começa a ter medo de ofender a Deus pelo mesmo pecado e de ser separado dele. O coração humano converte-se olhando para aquele que foi traspassado por nossos pecados.
Fixemos nossos olhos no sangue de Cristo para compreender como é precioso a seu Pai porque, derramado para a nossa salvação, dispensou ao mundo inteiro a graça do arrependimento.
§1433 Depois da Páscoa, o Espírito Santo "estabelecer a culpabilidade do mundo a respeito do pecado", a saber, que o mundo não acreditou naquele que o Pai enviou. Mas esse mesmo Espírito, que revela o pecado, é o Consolador que dá ao coração do homem a graça do arrependimento e da conversão.
§1856 O pecado mortal, atacando em nós o princípio vital, que é a caridade, exige uma nova iniciativa da misericórdia de Deus e uma conversão do coração, que se realiza normalmente no sacramento da Reconciliação:
Quando a vontade se volta para uma coisa contrária â caridade pela qual estamos ordenados ao fim último, há no pecado, por seu próprio objeto, matéria para ser mortal... quer seja contra o amor a Deus, como a blasfêmia, o perjúrio etc., quer seja contra o amor ao próximo, como o homicídio, o adultério etc. Por outro lado, quando a vontade do pecador se dirige às vezes a um objeto que contém em si uma desordem, mas não é contrário ao amor a Deus e ao próximo, como por exemplo palavra ociosa, riso supérfluo etc., tais pecados são veniais'
§1888 E preciso, então, apelar às capacidades espirituais e morais da pessoa e à exigência permanente de sua conversão interior, a fim de obter mudanças sociais que estejam realmente a seu serviço. A prioridade reconhecida à conversão do coração não elimina absolutamente, antes impõe, a obrigação de trazer instituições e às condições de vida, quando estas provocam o pecado, o saneamento conveniente, para que sejam conformes às normas da justiça e favoreçam o bem, em vez de pôr-lhe obstáculos.
§2708 A meditação mobiliza o pensamento, a imaginação, a emoção e o desejo. Essa mobilização é necessária para aprofundar as convicções de fé, suscitar a conversão do coração e fortificar a vontade de seguir a Cristo. A oração cristã procura meditar de preferência "os mistérios de Cristo", como na "lectio (leitura) divina" ou no Rosário. Esta forma de reflexão orante é de grande valor, mas a oração cristã deve procurar ir mais longe: ao conhecimento de amor do Senhor Jesus, à união com Ele.
§2709 O que é a oração mental? Sta. Teresa responde: "A ora-ção mental, a meu ver, é apenas um relacionamento íntimo de amizade em que conversamos muitas vezes a sós com esse Deus por quem nos sabemos amados".
A oração mental busca "aquele que meu coração ama". É Jesus e, nele, o Pai. Ele é procurado porque desejá-lo é sempre o começo do amor, e é procurado na fé pura, esta fé que nos faz nascer dele e viver nele. Na oração, podemos ainda meditar; contudo, o olhar se fixa no Senhor.
C.75.23 O que é necessário para a conversão
§1490 O movimento de volta a Deus, chamado conversão e arrependimento, implica uma dor e uma aversão aos pecados cometidos e o firme propósito de não mais pecar no futuro. A conversão atinge, portanto, o passado e o futuro; nutre-se da esperança na misericórdia divina.
§1848 Como afirma S. Paulo: "Onde avultou o pecado, a graça superabundou" (Rm 5,20). Mas, para realizar seu trabalho, deve a graça descobrir o pecado, a fim de converter nosso coração e nos conferir "a justiça para a vida eterna, por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor" (Rm 5,21). Como o médico que examina a ferida antes de curá-la, assim Deus, por sua palavra e por seu Espírito, projeta uma luz viva sobre o pecado.
A conversão requer que se lance luz sobre o pecado; ela contém em si mesma o julgamento interior da consciência. Pode-se ver nisso a prova da ação do Espírito de verdade no mais íntimo do homem, e isso se torna ao mesmo tempo o início de um novo dom da graça e do amor: "Recebei o Espírito Santo". Assim, nesta ação de "lançar luz sobre o pecado" descobrimos um duplo dom: o dom da verdade da consciência e o dom da certeza da redenção. O Espírito de verdade é o Consolador.
C.75.24 Oração e conversão
§2708 A meditação mobiliza o pensamento, a imaginação, a emoção e o desejo. Essa mobilização é necessária para aprofundar as convicções de fé, suscitar a conversão do coração e fortificar a vontade de seguir a Cristo. A oração cristã procura meditar de preferência "os mistérios de Cristo", como na "lectio (leitura) divina" ou no Rosário. Esta forma de reflexão orante é de grande valor, mas a oração cristã deve procurar ir mais longe: ao conhecimento de amor do Senhor Jesus, à união com Ele.
§2731 Outra dificuldade, especialmente para aqueles que querem sinceramente orar, é a aridez. Esta acontece na oração, quando o coração está desanimado, sem gosto com relação aos pensamentos, às lembranças e aos sentimentos, mesmo espirituais. E o momento da fé pura que se mantém fielmente com Jesus na agonia e no túmulo. "Se o grão de trigo que cai na terra morrer, produzirá muito fruto" (Jo 12,24). Se a aridez é causada pela falta de raiz, porque a Palavra caiu sobre as pedras, o combate deve ir na linha da conversão.
§2754 As dificuldades principais no exercício da oração são a distração e a aridez. O remédio está na fé, na conversão e na vigilância do coração.
§2784 Este dom gratuito da adoção exige de nossa parte uma conversão contínua e uma vida nova. Rezar a nosso Pai deve desenvolver em nós, duas disposições fundamentais:
O desejo e a vontade de assemelhar-se a Ele. Criados à sua imagem, é por graça que a semelhança nos é dada e a ela devemos responder.
Quando chamamos a Deus de "nosso Pai", precisamos lembrar-nos de que devemos comportar-nos como filhos de Deus.
Não podeis chamar de vosso Pai ao Deus de toda bondade, se conservais um coração cruel e desumano; pois nesse caso já não tendes mais em vós a marca da bondade do Pai celeste.
É preciso contemplar sem cessar a beleza do Pai e com ela impregnar nossa alma.
C.75.25 Pecado conversão e purificação
§1472 Para compreender esta doutrina e esta prática da Igreja, é preciso admitir que o pecado tem uma dupla conseqüência. O pecado grave priva-nos da comunhão com Deus e, consequentemente, nos toma incapazes da vida eterna; esta privação se chama "pena eterna" do pecado. Por outro lado, todo pecado, mesmo venial, acarreta um apego prejudicial às criaturas que exige purificação, quer aqui na terra, quer depois da morte, no estado chamado "purgatório". Esta purificação liberta da chamada "pena temporal" do pecado. Essas duas penas não devem ser concebidas como uma espécie de vingança infligida por Deus do exterior, mas, antes, como uma conseqüência da própria natureza do pecado. Uma conversão que procede de uma ardente caridade pode chegar à total purificação do pecador, de tal modo que não haja mais nenhuma pena.
§1486 O perdão dos pecados cometidos após o Batismo é concedido por um sacramento próprio chamado sacramento da Conversão, da Confissão, da Penitência ou da Reconciliação.
§1856 O pecado mortal, atacando em nós o princípio vital, que é a caridade, exige uma nova iniciativa da misericórdia de Deus e uma conversão do coração, que se realiza normalmente no sacramento da Reconciliação:
Quando a vontade se volta para uma coisa contrária â caridade pela qual estamos ordenados ao fim último, há no pecado, por seu próprio objeto, matéria para ser mortal... quer seja contra o amor a Deus, como a blasfêmia, o perjúrio etc., quer seja contra o amor ao próximo, como o homicídio, o adultério etc. Por outro lado, quando a vontade do pecador se dirige às vezes a um objeto que contém em si uma desordem, mas não é contrário ao amor a Deus e ao próximo, como por exemplo palavra ociosa, riso supérfluo etc., tais pecados são veniais'
C.75.26 Penitência e conversão
§1422 "Aqueles que se aproximam do sacramento da Penitência obtêm da misericórdia divina o perdão da ofensa feita a Deus e ao mesmo tempo são reconciliados com a Igreja que feriram pecando, e a qual colabora para sua conversão com caridade exemplo e orações."
§1423 Chama-se sacramento da Conversão, pois realiza sacramentalmente o convite de Jesus à conversão, o caminho de volta ao Pai, do qual a pessoa se afastou pelo pecado.
Chama-se sacramento da Penitência porque consagra um esforço pessoal e eclesial de conversão, de arrependimento e de satisfação do cristão pecador.
§2042 O primeiro mandamento da Igreja ("Participar da missa inteira nos domingos e outras festas de guarda e abster-se de ocupações de trabalho") ordena aos fiéis que santifiquem o dia em que se comemora a ressurreição do Senhor e as festas litúrgicas em honra dos mistérios do Senhor, da santíssima Virgem Maria e dos santos, em primeiro lugar participando da celebração eucarística, em que se reúne a comunidade cristã, e se abstendo de trabalhos e negócios que possam impedir tal santificação desses dias.
O segundo mandamento ("Confessar-se ao menos uma vez por ano") assegura a preparação para a Eucaristia pela recepção do sacramento da Reconciliação, que continua a obra de conversão e perdão do Batismo.
O terceiro mandamento ("Receber o sacramento da Eucaristia ao menos pela Páscoa da ressurreição") garante um mínimo na recepção do Corpo e do Sangue do Senhor em ligação com as festas pascais, origem e centro da Liturgia Cristã.
C.75.27 Presunção humana e conversão
§2092 Há duas espécies de presunção. Ou o homem presume de suas capacidades (esperando poder salvar-se sem a ajuda do alto), ou então presume da onipotência ou da misericórdia de Deus (esperando obter seu perdão sem conversão e a glória sem mérito).
C.75.28 Realização da conversão
§1435 A conversão se realiza na vida cotidiana por meio de gestos de reconciliação, do cuidado dos pobres, do exercício e da defesa da Justiça e do direito, pela confissão das faltas aos irmãos, pela correção fraterna, pela revisão de vida, pelo exame de consciência pela direção espiritual, pela aceitação dos sofrimentos, pela firmeza na perseguição por causa da justiça. Tomar sua cruz, cada dia, seguir a Jesus é o caminho mais seguro da penitencia.
C.75.29 Recusa da conversão
§591 Jesus pediu às autoridades religiosas de Jerusalém que cressem nele por causa das obras de seu Pai que ele realiza. Tal ato de fé tinha de passar, no entanto, por uma misteriosa morte de si mesmo em vista de um novo "nascimento do alto", sob o impulso da graça divina. Essa exigência de conversão ante um cumprimento tão surpreendente das promessas permite compreender o trágico desprezo do sinédrio ao estimar que Jesus merecia a morte como blasfemo. Seus membros agiam assim por "ignorância" e ao mesmo tempo pelo "endurecimento" da "incredulidade".
C.75.30 Reino e conversão
§1470 Neste sacramento, o pecador, entregando-se ao julgamento misericordioso de Deus, antecipa de certa maneira o julgamento a que ser sujeito no fim desta vida terrestre. Pois é agora, nesta vida, que nos é oferecida a escolha entre a vida e a morte, e só pelo caminho da conversão poderemos entrar no Reino do qual somos excluídos pelo pecado grave. Convertendo-se a Cristo pela penitência e pela fé, o pecador passa da morte para a vida "sem ser julgado" (Jo 5,24).
§2612 Em Jesus, "o Reino de Deus está próximo" (Mc 1,15) e convoca à conversão e à fé, como também, à vigilância. Na oração, o discípulo vigia atento Aquele que É e que Vem na memória de sua primeira Vinda na humildade da carne e na esperança de sua segunda Vinda na Glória. Em comunhão com o Mestre a oração dos discípulos é um combate, e é vigiando na prece que não se cai em tentação
MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES
OS APÓSTOLOS SÃO LIBERTADOS
Leitura (Atos 5,34-42)
Eis que o membro do Grande Conselho, um fariseu, doutor da lei, respeitado por todo o povo, aconselha a todos a deixar os apóstolos pois poderiam cair no erro de fazer uma guerra com o próprio Deus.
O que é isso irmãos? É a proteção de Deus! É a presença de Deus fazendo justiça aos nossos bravos e primeiros catequistas, que saíram da sala do Grande Conselho, cheios de alegria, por terem sido achados dignos de sofrer afrontas pelo nome de Jesus.
Será que nós agiríamos daquele jeito? Ou sairíamos de lá pensando em nunca mais nos expor ao perigo por causa do Reino de Deus?
Peçamos a Deus todos os dias: Coragem, proteção e inspiração para que possamos continuar de forma digna e eficiente, a nossa missão de levarmos a palavra de Deus a todos que pudermos.