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domingo, 15 de janeiro de 2012

Comentários-Prof.Fernando


Comentários-Prof.Fernando-3ºdomingoTempoComum-22-janeiro-2012o tempo oportuno


RESUMO DAS LEITURAS 1ª leit.: Jn 3,1-5.10 ainda faltam 40 dias até a destruição de Nínive. Acreditaram e mudaram.
Salmo: Sl 25 fazei-me conhecer a vossa estrada! De mim lembrai-vos porque sois misericórdia e bondade sem limites!
2ª leit.: 1Cor 7,29-31 o tempo foi encurtado – usamos o mundo mas não abusemos, pois sua aparência vai passar.
Evang.: Mc 1,14-20 O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede nessa Boa notícia. E vendo Simão e seu irmão André e disse: Segui-me. Viu também os filhos de Zebedeu, Tiago e João e os chamou. Eles partiram, seguindo Jesus.

1 – O tema hoje é o Tempo. Na Escritura há dois tipos de “Tempo”. Um é o tempo comum ou “cronológico”, isto é, a sucessão dos dias e noites (poderíamos chamar tempo-relógio); outro é o “momento certo, oportuno” para realizar alguma coisa. É o tempo do apelo divino, é oportunidade de mudança de rumo ou orientação em busca de uma vida melhor.
  • O tempo humano pode ser medido (relógio, calendários), mas o “tempo de Deus” só pode ser vivido na experiência da fé. Porque o Criador não está submetido ao nosso tempo que passa, pois Deus tem em si a eternidade que é uma espécie de Presente que não passa, para usar a nossa linguagem humana.
  • Como lembra o salmo: ele é bondade sem limites e, assim, o “Dia do Senhor”, o Tempo de Deus, sempre é um convite à salvação e à vida que supera até a morte. Jesus retomou sua vida (chamamos “ressurreição”) razão pela quem nele crê comemora semanalmente o “dia do Senhor”, o domingo = “domini dies” (latim). Ao ressurgir, ele transpôs os limites do Tempo e do Espaço (é que dizemos no Credo: subiu ao “céu”, “está à direita” do Pai. Nós também somos chamados a esss mesma condição de plenitude que nunca se esgota nem termina.
2 – No mundo, mas não “do” mundo. O curioso da proposta feita por Jesus de Nazaré ao anunciar a “Boa Notícia” (=significado do termo grego Eu+angélion) é que somente nesse mundo em que vivemos podemos experimentar e saborear o que é eterno.
  • Ao despedir-se de seus amigos (“última ceia”) ele fez uma oração ao Pai: no mundo mas não “do” mundo. É o que Paulo lembra também à comunidade que se reunia em Corinto: chorar ou alegrar-se, usar esse mundo, mas como quem não chora, não se alegra e não possui nada. Parece contraditório, mas é simplesmente uma figura de linguagem indicando que tudo é passagem, até chegar ao definitivo.
  • Esse é o enorme desafio da nossa fé, pois aquele que crê dedica-se plenamente à construção do mundo. Desde que seja “à luz da eternidade”, isto é, conforme valores e critérios que estão “além” de nosso Tempo humano (ver 2Pedro 3: um dia diante do Senhor é como mil anos e mil anos como um dia; cf.  ainda salmo 89) Salmo 89: “mil anos diante de vós são com um dia”).
  • Mas, como será possível construir no Tempo e com o Tempo, aquilo que é Eterno? Aí está a própria essência do chamamos de “Encarnação do Verbo”. Jesus, como todos os seres humanos sobre a face da terra, nasce, vive e morre no Tempo, Isto é, num ponto da História. Nesse homem, no entanto, não havia maldade. O que despertou o ódio dos inimigos: homens religiosos como os fariseus; intelectuais como os escribas; corruptos poderosos e governantes em seu tempo, como os sacerdotes e o rei Herodes.
3 – O tempo que devora:
·         O Cristo ressuscitado criou um novo tempo e um novo espaço para o homem. No mundo antigo – mas hoje também – o ser humano se sentia completamente submisso ao ciclo das estações e às calamidades da natureza (também nós sofremos enchentes, secas e desastres). Talvez tenhamos agora mais tecnologia que diminuam calamidades, com acontece com as construções japonesas para resistir a terremotos. Talvez, no entanto, a sociedade atual tenha esquecido valores que levem a melhorar a vida para todos.
·         Sintomas de uma nova “submissão ao tempo” podem ser: a sensação de que o tempo é cada vez menor para a produção e a competição; o medo de ser arrastado pela máquina da velocidade (símbolo de poder); a incapacidade de conduzir economia e política nas repetidas crises mundiais; a angústia gerada por uma frenética atualização (para não se sentir superado) tal como a ansiedade pelo “último” modelo de carro ou de celular...
·         Nesse contexto, há muita gente “cansada da vida”. Muitos se envergonham das marcas do tempo em seu corpo, conduzidos por uma mentalidade que faz da cirurgia plástica um mito moderno da “fonte da eterna juventude”. Outros são marginalizados pelas sociedades que não “têm tempo” a gastar com quem não serve ao processo de produção. Muitos são praticamente expulsos da máquina social como, por ex., idosos, doentes crônicos, deficientes, e pacientes de doenças mentais. Quem sabe aí se encontre a raiz de uma crescente violência contra os “diferentes”: idosos são maltratados, crianças sofrem abusos, mendigos são eliminados, homossexuais são espancados, pobres não têm direito a saúde e educação.
·         Em resumo: a Sociedade não tem tempo para os mais fracos. A cultura dominante gosta de resumir a vida numa competição entre “vencedores e perdedores” e recusa fazer-se “comunidade terapêutica” onde doentes possam se tratar e se curar, onde os mais fracos possam ser assistidos e progredir sem que sejam cortados fora do tecido social.
4 – “Chegou o tempo completo”, anunciava Jesus em suas andançasç pelas aldeias da pequena Palestina de seu tempo. Somos chamados para viver um “novo tempo” de verdade (não apenas cantando na televisão durante o período natalino). “Um novo tempo já começou” se houver mais solidariedade e trabalho para melhorar de fato nossa relação com o corpo e também com os outros. E com a natureza. E com aquele que é a origem e dá sustentação a toda a criação. Esse não é mais um Tempo que nos domina até a morte.  Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não me deixarei dominar por coisa alguma (Paulo escrevendo aos Coríntios, carta 1,cap 6, verso 12).
(*) resumo e adaptação de comentário na internet-maranatha.it)

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FernandoSM foi prof.(1975-2011) da Usu (Rio,1938-2011)  fesomor2@gmail.com

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