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HOMILIAS PARA O

PRÓXIMO DOMINGO


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sábado, 12 de junho de 2010

MADALENA LAVA E BEIJA OS PÉS DE JESUS

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HOMILIAS PARA O PRÓXIMO DOMINGO

13 DE JUNHO DE 2010

MUITO OBRIGADO A TODOS PELOS ELOGIOS.

ORAÇÃO DO DIZIMISTA

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INTRODUÇÃO

Somos especialistas em discriminar, e o pior que às vezes fazemos isso em nome da fé, ou da nossa religião. Às vezes rotulamos aqueles que não são do nosso convívio social, religioso e econômico. Se este homem fosse um profeta, saberia que tipo de mulher está tocando nele, pois é uma pecadora.”
Ao dizer isto, o fariseu deixou bem claro que Jesus, deveria discriminar aquela mulher. Separá-la do convívio dos demais.

Nós também somos assim. Esquecemos que todos são filhos de Deus e nossos irmãos. E ao fazer isso, dizemos NÃO aos ensinamentos do Mestre.

Sal.

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Madalena lava os pés de Jesus

Deus salta qualquer lógica humana, religiosa ou moral, ele vai direto ao essencial: olha para dentro de nós, para nossa dor, para nossa verdade.

Mais uma vez Jesus nos mostra que amor se paga com amor. No Evangelho deste domingo,o relato começa com uma cena muda ,onde ninguém fala ,só gestos silenciosos:entra uma mulher com um frasco de perfume, aproxima-se de Jesus, mais precisamente dos seus pés, banha-os com as suas lágrimas, enxuga-os com seus cabelos, beija-os e os perfuma. Uma mulher, considerada pecadora pela sociedade, muito provavelmente era uma prostituta,aquela marcada com o nome de pecadora.

Para a sociedade hipócrita, não importa como e porque ela chegou até aquele ponto de vulgaridade, não importa à mente que se acha respeitável o motivo de uma escolha dolorosa, ela é condenada desde sempre e para sempre. Em nome da religião e da moralidade ergue os seus muros para não entrar em discussão.

Nenhuma compreensão, nenhuma possibilidade, só desprezo, mesmo quando é desejada e usada. Ela chora , sem desespero, sente-se finalmente amada por um homem verdadeiro, sente-se compreendida e acolhida por Deus. Sem o peso do julgamento e da condenação. Bota para fora toda a sua dor, a sua treva, a sua raiva. A menina que havia nela descobre a face da misericórdia absoluta.

O fariseu que tinha convidado Jesus, almoçando,calado, fica pensando , julgando, condenando e escandalizado. De fato, diz o texto:”vendo isso, o fariseu que o havia convidado ficou pensando: ‘se este homem fosse um profeta , saberia que tipo de mulher está tocando nele, pois ela é uma pecadora’”.

Pois muito bem, realmente ela se vendia. Mas Simão também é uma prostituta. Vende-se a Deus, e se vende muito bem. Conhece bem a religião, vive profundamente e rigorosamente os preceitos de Israel , não como o “o povão ignorante” que se desgraça porque não conhece a lei.

Paga o dízimo exato ata da arruda e da hortelã, reza com fervor, estuda a Tora dia e noite. Está numa posição de privilégio com relação aos méritos. É devoto, mas é frio, não ama!!!!!.Permite-se julgar quem quiser porque se sente justo, a lei está do seu lado, ele pode manter as distâncias.

O interessante do Evangelho é que Jesus converte ambos.

À mulher, ensina com toda delicadeza e compreensão que a medida do juízo de Deus é o amor e o perdão. A mulher amou, tanto, fez mal a si própria, mas amou. Deus que é Amor reconhece o amor mesmo quando é feito em pedaços, frágil e desesperado.

Para Deus basta isso, ele salta qualquer lógica humana, religiosa ou moral, ele vai direto ao essencial: olha para dentro, para a dor, para a verdade. Este amor é a origem do perdão, o perdão que Deus dá, sempre de graça, sempre incondicional, move o amor.

A Simão, também com delicadeza, sem raiva, Jesus põe um caso para que ele resolva, a parábola dos dois devedores, um que devia alguns reais e outro que devia alguns milhões, que inesperadamente são perdoados de suas dívidas.

Assim, Jesus, antes de tudo, dá a Simão a possibilidade de se convencer que ele é, verdadeiramente, um profeta, já que leu os pensamentos do seu coração; ao mesmo tempo, com a parábola, prepara todos a entender aquilo que está para dizer em defesa da mulher:

“Por essa razão, eu te declaro: os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados, porque ela mostrou muito amor. A quem se perdoa pouco mostra pouco amor”.Depois, Jesus disse a ela:Teus pecados estão perdoados”.

O texto de hoje nos convida a uma conversão total do nosso coração e da nossa mente a Deus. Não o pecado e o pecar devem invadir e devastar a nossa vida, mas a graça que é fruto de um amor grande para com o Senhor. Ele é a fonte da verdadeira felicidade e da verdadeira alegria do coração do ser humano.

Deus perdoa até os mais graves erros porque Ele é AMOR -

Meu irmão , minha irmã,como podemos viver esse evangelho de hoje? Vamos refletir : O que é o amor? Você ama? O que é o perdão? Você perdoa? Creio que essas perguntas são eficientes para vivermos a mensagem de Jesus. As vezes percebemos que a palavra amor ficou gasta, foi usada de formas tão erradas que já não damos o valor que ela deveria ter. São tantas juras de amor, tanto para Deus quanto para o ser humano.
“Faço tudo por amor!” Essa frase é bem usada, mas quando esse amor é colocado à prova para perdoar o próximo ficamos indecisos e não perdoamos. Talvez isso se deve ao fato de nos julgarmos melhores que os outros. Isso não deve ser comum, o comum deve ser um amor sincero, amor de quem ama profundamente.
Muitos ao lerem essa reflexão já estão trazendo à mente aqueles que precisam de seu perdão, que precisam de sua misericórdia. Você é melhor do que imagina. Mesmo com tantos erros e com tantas falhas está pronto para recomeçar. A vida nos chama ao eterno recomeçar. Partilhe suas emoções, partilhe sua vida. Desta maneira você estará vivendo de forma amorosa e terá um coração muito mais brando para perdoar. Pense nisso! Você pode, você consegue.

Amém.

Abraço carinhoso de

Maria Regina

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13 DE JUNHO-DOMINGO-MADALENA LAVA OS PÉS DE JESUS

MADALENA BEIJA OS PÉS DE JESUS

Na liturgia deste XI Domingo do Tempo Comum nos é apresentado um Deus de bondade e de misericórdia, que detesta o pecado, mas ama o pecador; por isso, Ele multiplica “a fundo perdido” a oferta da salvação. Da descoberta de um Deus assim, brota o amor e a vontade de vivermos uma vida nova, integrados na sua família.

A primeira leitura apresenta-nos, através da história do pecador Davi, um Deus que não pactua com o pecado; mas que também não abandona esse pecador que reconhece a sua falta e aceita o dom da misericórdia.

Na segunda leitura, Paulo garante-nos que a salvação é um dom gratuito que Deus oferece, não uma conquista humana. Para ter acesso a esse dom, não é fundamental cumprir ritos e viver na observância escrupulosa das leis; mas é preciso aderir a Jesus e identificar-se com o Cristo do amor e da entrega: é isso que conduz à vida plena.

O Evangelho coloca diante dos nossos olhos a figura de uma “mulher da cidade que era pecadora” e que vem chorar aos pés de Jesus. Lucas dá a entender que o amor da mulher resulta de haver experimentado a misericórdia de Deus. O dom gratuito do perdão gera amor e vida nova. Deus sabe isso; é por isso que age assim.

Leituras Primeira Leitura - Leitura do Segundo Livro de Samuel (2Sm 12,7-10.13)

A atitude de Davi, ao reconhecer humildemente a sua falta, é uma atitude que nos questiona pela sua sinceridade, honestidade e coerência. Contrasta violentamente com a irresponsabilidade dos “assassinos do volante”, que nunca têm culpa de nada; contrasta violentamente com a irresponsabilidade dos cinzentos gestores das sociedades anônimas, que provocam catástrofes ambientais e não têm culpa; contrasta violentamente com a irresponsabilidade dos governantes que são coniventes com a corrupção, mas nunca tem qualquer culpa… O exemplo de Davi convida-nos a assumir, com coerência, as nossas responsabilidades e ter vontade de “consertar” as nossas ações erradas; convida-nos, também, ao arrependimento e à conversão – condições essenciais para que o “pecado” desapareça das nossas vidas.

Naqueles dias, 7Natã disse a Davi: “Esse homem és tu! Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: Eu te ungi como rei de Israel, e salvei-te das mãos de Saul.

8Dei-te a casa do teu Senhor e pus nos teus braços as mulheres do teu senhor, entregando-te também a casa de Israel e de Judá; e, se isto te parece pouco, vou acrescentar outros favores.

9Por que desprezaste a palavra do Senhor, fazendo o que lhe desagrada? Feriste à espada o hitita Urias, para fazer da sua mulher a tua esposa, fazendo-o morrer pela espada dos amonitas. 10Por isso, a espada jamais se afastará de tua casa, porque me desprezaste e tomaste a mulher do hitita Urias para fazer dela a tua esposa.

13Davi disse a Natã: “Pequei contra o Senhor”.

Natã respondeu-lhe: “De sua parte, o Senhor perdoou o teu pecado, de modo que não morrerás! Entretanto, por teres ultrajado o Senhor com teu procedimento, o filho que te nasceu morrerá”.
Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial - Salmo 31 Eu confessei, afinal, meu pecado
e perdoastes, Senhor, minha falta.

Feliz o homem que foi perdoado
e cuja falta já foi encoberta!
Feliz o homem a quem o Senhor
não olha mais como sendo culpado,
e em cuja alma não há falsidade!

Eu confessei, afinal, meu pecado
e perdoastes, Senhor, minha falta.


Eu confessei, afinal, meu pecado,
e minha falta vos fiz conhecer.
Disse: “Eu irei confessar meu pecado!”
E perdoastes, Senhor, minha falta.

Eu confessei, afinal, meu pecado
e perdoastes, Senhor, minha falta.


Sois para mim proteção e refúgio;
na minha angústia me haveis de salvar,
e envolvereis a minha alma no gozo.
Regozijai-vos, ó justos, em Deus,
e no Senhor exultai de alegria!
Corações retos, cantai jubilosos!

Eu confessei, afinal, meu pecado
e perdoastes, Senhor, minha falta.

Segunda Leitura - Carta de São Paulo aos Gálatas (Gl 2,16.19-21)

É preciso ter consciência de que “Cristo basta”. Muitas vezes a nossa caminhada religiosa alicerça-se em aspectos folclóricos, que são "absolutizados" e considerados essenciais. Inventamos comportamentos “religiosamente corretos” e procuramos impô-los, discutimos leis, magoamos as pessoas por causa de preceitos legais, marginalizamos e catalogamos por causa dos princípios de um código legal e esquecemos que Cristo é o único essencial. A comunidade cristã deixa de ser verdadeiramente a comunidade dos que aderem a Cristo. Que sentido isto faz, à luz da catequese de Paulo?

Irmãos: 16Sabendo que ninguém é justificado por observar a Lei de Moisés, mas por crer em Jesus Cristo, nós também abraçamos a fé em Jesus Cristo. Assim, fomos justificados pela fé em Cristo e não pela prática da Lei, porque pela prática da Lei ninguém será justificado.

19Aliás, foi em virtude da Lei que eu morri para a Lei, a fim de viver para Deus. Com Cristo, eu fui pregado na cruz.

20Eu vivo, mas não eu, é Cristo que vive em mim. Esta minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé, crendo no Filho de Deus, que me amou e por mim se entregou.

21Eu não desprezo a graça de Deus. Ora, se a justiça vem pela Lei, então Cristo morreu inutilmente.
Palavra do Senhor.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas (Lc 7,36-8,3)

A figura de Simão, o fariseu, representa aqueles que, instalados nas suas certezas e numa prática religiosa feita de ritos e obrigações bem definidos e rigorosamente cumpridos, se acham dentro das regras com Deus e com os outros. Consideram-se no direito de exigir de Deus a salvação e desprezam aqueles que não cumprem escrupulosamente as regras e que não têm comportamentos social e religiosamente corretos. É possível que nenhum de nós se identifique totalmente com esta figura; mas, não teremos, de quando em quando, “tiques” de orgulho e de auto-suficiência que nos levam a considerar-nos mais ou menos “perfeitos” e a desprezar aqueles que nos parecem pecadores, imperfeitos, marginais?

Naquele tempo, 36um fariseu convidou Jesus para uma refeição em sua casa. Jesus entrou na casa do fariseu e pôs-se à mesa.

37Certa mulher, conhecida na cidade como pecadora, soube que Jesus estava à mesa, na casa do fariseu. Ela trouxe um frasco de alabastro com perfume, 38e, ficando por detrás, chorava aos pés de Jesus; com as lágrimas começou a banhar-lhe os pés, enxugava-os com os cabelos, cobria-os de beijos e os ungia com perfume.

39Vendo isso, o fariseu que o havia convidado ficou pensando: “Se este homem fosse um profeta, saberia que tipo de mulher está tocando nele, pois é uma pecadora”.

40Jesus disse então ao fariseu: “Simão, tenho uma coisa para te dizer”. Simão respondeu: “Fala, Mestre!”

41“Certo credor tinha dois devedores; um lhe devia quinhentas moedas de prata, o outro, cinqüenta. 42Como não tivessem com que pagar, o homem perdoou os dois. Qual deles o amará mais?”

43Simão respondeu: “Acho que é aquele ao qual perdoou mais”. Jesus lhe disse: “Tu julgaste corretamente”.

44Então Jesus virou-se para a mulher e disse a Simão: “Estás vendo esta mulher? Quando entrei em tua casa, tu não me ofereceste água para lavar os pés; ela, porém, banhou meus pés com lágrimas e enxugou-os com os cabelos. 45Tu não me deste o beijo de saudação; ela, porém, desde que entrei, não parou de beijar meus pés. 46Tu não derramaste óleo na minha cabeça; ela, porém, ungiu meus pés com perfume.

47Por esta razão, eu te declaro: os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados porque ela mostrou muito amor. Aquele a quem se perdoa pouco, mostra pouco amor”.

48E Jesus disse à mulher: “Teus pecados estão perdoados”.

49Então, os convidados começaram a pensar: “Quem é este que até perdoa pecados?”

50Mas Jesus disse à mulher: “Tua fé te salvou. Vai em paz!”

8,1Depois disso, Jesus andava por cidades e povoados, pregando e anunciando a Boa-nova do Reino de Deus. Os doze iam com ele; 2e também algumas mulheres que haviam sido curadas de maus espíritos e doenças: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios; 3Joana, mulher e Cuza, alto funcionário de Herodes; Susana, e várias outras mulheres que ajudavam a Jesus e aos discípulos com os bens que possuíam.
Palavra da Salvação.

Comentário

Ela sim, tu não!

Há momentos históricos nos quais necessitamos de clareza de idéias, decisões, tomada de postura. Há momentos nos quais temos que deixar de lado o que hoje se denomina "politicamente correto".

O Evangelho deste Domingo é um exemplo disto. Os personagens da história são três (o fariseu Simão, Jesus e uma mulher pecadora) e dois grupos (os comensais e o grupo de seguidoras e seguidores).

Simão o fariseu oferece a Jesus sua hospitalidade; um pouco mais adiante sente em seu coração desconfiança porque Jesus se deixa tocar por uma mulher, aparentemente, desconhece de quem se trata. Pensa então que Jesus não pode ser um profeta! Por outro lado, responde a uma pergunta de Jesus com um "eu suponho que..." sem se implicar demasiadamente.

A mulher que entra na casa é uma pecadora da cidade. Desenvolve várias ações: se coloca atrás de Jesus a seus pés, chora, com suas lágrimas banha os pés de Jesus, os seca com seus cabelo, derrama sobre os pés de Jesus óleo perfumado. Esta é a sua única forma de expressão.

Jesus é o grande protagonista do encontro: aceita o convite de Simão, entra em sua casa, se põe à mesa; em certo momento se dirige ao anfitrião chamando-o pelo seu nome: “Simão, tenho uma coisa para lhe dizer”. Relata-lhe a parábola do credor e dos dois devedores a quem lhes é perdoada a divida. E então lhe faz uma pergunta sobre o amor: quem o amará mais? Pede-lhe que dirija seu olhar para a mulher: "Você vê esta mulher?".

A mulher se converte no centro da cena. A denominada como “pecadora na cidade” se converte para Jesus modelo de hospitalidade e acolhida. Jesus não denuncia o mal cometido pela mulher, ao final, “a pesar de tudo” ...é uma boa pessoa. Jesus omite intencionalmente qualquer acusação. Jesus a propõe como "exemplo" ante Simão: Ela sim e tu não! “Tu não me deste água para os meus pés, tu não me destes um beijo, tu não derramastes perfume em minha cabeça”; ela tem uma grande fé, tu não. Por isso, Jesus se atreve a declarar ante Simão: “Te digo: seus muitos pecados lhes são perdoados, porque tens muito amor; a quem pouco se perdoa pouco ama”. E depois disse a ela: "te são perdoados teus pecados, tua fé te salvou”. Poderia ter lhe falado: “teu amor te salvou”. Mas não: Jesus descobriu nesta mulher uma fé autêntica em sua pessoa, toda ela modelada por um grande amor.

Os dois sujeitos coletivos são os comensais e os discípulos (as) que o segue. Os comensais se perguntam surpreendidos quem é Jesus e como se atreve a declarar perdoados os pecados que se cometem contra Deus. Nem Simão, nem os comensais - pelo que parece - são transformados. Não dão o passo para fé, nem para o amor. Por outro lado, há um grupo de mulheres e de varões que seguem Jesus em todos os lugares em que vá. O evangelista Lucas ressalta que eram muitas mulheres que o seguiam e cita expressamente a Maria Madalena, Joana e Susana. Elas compartilham a missão de Jesus junto com os discípulos apóstolos.

A atitude farisaica é educada, aparentemente acolhedora, porém também distante, discriminadora e condenatória. A atitude farisaica cresce na comensalidade. Quando Jesus entra nesse círculo, acaba com o "politicamente correto" e atua de forma explosiva: ela sim, tu não! Esboça o tema do amor, em primeiro lugar; mostra depois em que consiste a verdadeira fé. A pecadora é uma mulher que ama muito, é uma mulher que crê: sua fé a salva. A atitude farisaica não crê o suficiente para salvar-se, nem ama muito.

Nós que nos dedicamos ao “funcionalismo eclesiástico” podemos facilmente cair na atitude farisaica. Receber Jesus em casa, porém sem paixão, sem amor, sem fé. Queremos que Jesus visite nossa casa, esteja em nossa casa, para que bendiga o que fazemos na casa. Porém, Lucas nos diz que “Jesus caminhava de cidade em cidade, de povoado em povoado”, acompanhado por sua comunidade feminina e masculina. Os que se sentem funcionários de uma casa, de uma instituição podem perder o sentido de “caminhar” de “acompanhar”. Eles têm isto muito claro. Vivem uma vida sem aventura. A rotina da função, os impedem de ter um plano de rota. O amor se torna pequeno, acostumado, a fé se debilita.

Hoje na Igreja é difícil deixar que a mulher toque o Corpo de Jesus, lhe de culto, o beije e o unja. Até se esquece que na penúltima Ceia de Betania Jesus deixou que uma mulher ungisse seu corpo para o sepulcro e pediu que se fizesse memória dela. Lucas estabelece no texto do evangelho de hoje a paridade do seguimento entre mulheres e homens e sua implicação na missão. O que justifica o seguimento de Jesus e a implicação em seu ministério e não a diferença de gênero, nem a ausência do pecado; se a mulher era pecadora, também Pedro se confessou pecador ante Jesus; se Jesus confiou a Pedro pastorear suas ovelhas, foi porque o amava e porque ele acreditou no que lhe foi revelado. Não ocorre o mesmo com a mulher que muito amou, portadora de aromas?

O mais sublime na cena é aquilo que a mulher descobriu: a transcendência divina de Jesus. Foi-lhe revelado - embora nós não saibamos como - que Jesus era o Filho de Deus e, por tanto, podia perdoar em nome de Deus. Ela soube que estava pedindo ajuda ao Deus do Perdão. Viu, notou e acariciou Jesus. Jesus se mostrou então mais divino que em outras vezes. Quem é este? Perguntavam-se. Em Jesus apareceu o rosto do Abbá, do Pai do filho pródigo, que se deixa abraçar abraçando.

Igual a Pedro, que depois das três negações, foi reabilitado imediatamente, porque amava; assim também a mulher é reabilitada imediatamente e acolhida no seguimento, porque ama e crê. Provavelmente Davi, após sua enorme falha, viu como o amor a seu Deus se apoderava dele e sua dor o excedia por todas as partes. Seu "miserere" (salmo 50) é expressão de sua dor apaixonada. Por isso, também o profeta Natã lhe expressou a imediata reabilitação: porque sua fé o salvou.

Simão o fariseu pode ter seguidores entre nos: homens ou mulheres quando confiamos demasiadamente na lei (Segunda Leitura). Alguns de nossos estabelecimentos podem converter-se na casa do fariseu, onde somente é acolhido o “eclesiasticamente correto”.

Nosso Deus conhece nossa massa. Sabe que nós somos barro. Porém quer que se ilumine em nós o amor, a compreensão, a acolhido do outro, o agradecimento e a aventura do seguimento. Não é só questão de rogar a Jesus que venha à nossa casa. É questão de deixar nossa casa, para seguir Jesus... e encontrar por ai os sinais do Reino do Abbá que já atuam.

Padre José Cristo Rey Garcia Paredes

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JESUS PERDOA MADALENA

Evangelho (Lucas 7,36-50)

Mais uma passagem ou encontro de Jesus com Madalena. E mais uma vez, o gesto ou atitude de Jesus diante da pecadora, pode levar a alguns incrédulos a pensar como aquele fariseu, que Jesus era muito “bonzinho” com a tal mulher pecadora.

Os fariseus e escribas tinham uma escala de valores muito radical: Seguiam cegamente a Lei, eram fissurados em manter as tradições, tinham grande cuidados para não se contaminar com as impurezas, e, como a maioria das pessoas, era preconceituosos. Uma prostituta para eles, era uma das coisas mais abomináveis desta vida.

Jesus, ao contrário,com suas atitudes demonstrou que o amor é muito mais importante do que a o seguimento e a obediência cega às tradições e a Lei. E Ele não estava nem um pouco preocupado com o que os demais iriam pensar sobre suas atitudes. É que Jesus sendo Deus tinha uma vantagem a mais na frente de seus adversários. Ele percebia os pensamentos das pessoas. E, mais uma vez, Jesus detecta os pensamentos maldosos dos judeus, e os coloca nos seus devidos lugares. As respostas de Jesus sempre “arrasava” com a arrogância dos escribas e dos fariseus.

O fariseu que convidou Jesus para almoçar em sua casa, interpretou com maldade e com malícia, o gesto amoroso de Madalena , uma repugnante pecadora que todos conheciam e que ele pensava que o Mestre nem desconfiava de quão desprezível era aquela pessoa.

Mais Jesus pensava exatamente o contrário. Para Ele, o gesto daquela mulher, foi uma demonstração de puro amor, muito embora, o fariseu a considerasse impura, e de estar acariciando o Mestre com gestos sensuais como era de sua especialidade.

Irmãos. Jesus não estava “amarelando” diante de uma linda mulher de vida “livre”. Jesus sabia o quanto ela havia pecado. As lágrimas daquela pecadora não eram lágrimas de crocodilo, mais sim, lágrimas de arrependimento. Por isso que Jesus a perdoa. “Por isso te digo: seus numerosos pecados lhe foram perdoados, porque ela tem demonstrado muito amor. ... E disse a ela: Perdoados te são os pecados.”

Jesus. Perdoa-nos também porque somos preconceituosos, discriminadores, arrogantes com os pobres, e principalmente por nos considerar mais importantes que os outros. Amém.

Sal

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Domingo, 13 de junho de 2010

11º Domingo do Tempo Comum

Santo Antônio de Pádua, Presbítero e Doutor da Igreja (Memória).

Outros Santos do Dia: Aquilina da Síria (virgem, mártir), Fandila de Penhamelária (presbítero, abade), Felícula de Roma (virgem, mártir), Fortunato e Luciano (mártires da África), Peregrino de Aquila (bispo, mártir), Ramberto de Bugey (mártir), Trifilo de Chipre (bispo).

Primeira leitura: 2 Samuel 12, 7-10.13
O Senhor perdoou o teu pecado, de modo que não morrerás.
Salmo responsorial: 31, 1-2.5.7.11
Eu confessei, afinal, meu pecado e perdoastes, Senhor, minha falta.
Segunda leitura: Gálatas 2, 16.19-21
A Eu vivo, mas não eu, é Cristo que vive em mim.
Evangelho: Lucas 7, 36 – 8,3
Os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados, porque ela mostrou muito amor.

Na primeira leitura, Davi, o rei eleito por Deus, pecou gravemente. Não somente cometeu adultério com Betsabé, esposa de um dos seus generais mais leais, como também mandou matar o esposo enganado. No seu orgulho, colocou-se acima do próprio Deus, ao considerar-se no direito abusivo sobre a vida e a morte em beneficio de seus desejos depravados, menosprezando a realeza divina, única fonte do autêntico direito. Isto merece castigo.

Porém, o rei reconhece seu delito e se manifesta humildemente arrependido. Mostra assim a profundidade de sua fé, real apesar de seu pecado. Por isso Deus o perdoa. Davi ficará para sempre como o exemplo vivo do homem que, superando suas misérias, situou-se na dinâmica divina, e, sem desatender a justiça, aplica a misericórdia e o perdão a quem se arrepende, inclusive de grandes delitos.


Na segunda leitura, Paulo não cessa de combater a mentalidade que empurra o homem, apesar de que, graças às suas boas ações, tem direitos diante de Deus. A religião, fundada sobre a obediência e a lei e sobre um contrato “foi-te dado e tens que retribuir-me” falseia a verdadeira relação com o Senhor.

Este tipo de religião conduziu o judaísmo a rejeitar a mensagem de misericórdia de Jesus, para fechar-se em seu frio esquema de legalidade vazia. A fé transforma radicalmente esta mentalidade e nos abre ao amor divino tal como se mostrou em Jesus.


No evangelho, uma mulher se atreve a quebrar o protocolo de uma refeição cuidadosamente preparada. A arrogante intrometida, não somente infringe as leis da boa educação, como também comete uma infração de tipo religioso: um ser impuro não deve manchar a casa de um homem socialmente puro (fariseu).


Por um momento, Cristo perde sua dignidade de profeta aos olhos de seu anfitrião: “Se este homem fosse profeta, saberia quem é esta mulher que o está tocando, e o que ela é: uma pecadora”. Diante da situação que se apresenta, Jesus utiliza o recurso dos sábios: o método socrático de incluir a conclusão correta a partir de argumentos corretos. Em vez de corrigir a seu anfitrião, convida-o a sair de sua ignorância e reconhecer que o verdadeiro pecador é ele: o fariseu que se acredita puro.


A mulher não enganou ninguém: ela repetiu os gestos do seu oficio; a mesma atitude sensual que teve com seus amantes. Porém, nessa tarde, seus gestos não tem o mesmo sentido. Agora expressam seu respeito e a mudança do seu coração. O perfume, comprado com suas economias, é o preço do seu “pecado”. E, sem dúvida, rompe o vaso (cf. Mc 13,3), para que ninguém possa recuperar nem um pouco do precioso perfume. Uma vez mais, o gesto é fino e elegante


Pode-se tirar daqui duas dimensões da salvação. Por uma parte, aparece a liberdade, própria do amor. Nessa refeição, o fariseu tinha tudo previsto e preparado. Porém, basta que uma mulher, atrevida, impelida por seu coração, entre sem ter sido convidada, e a sobremesa muda completamente. Por outra parte, o episódio revela a libertação oferecida por Jesus.

O Messias proclama com seus atos e palavras que o homem já não está condenado à escravidão da lei e de uma religião alienante. O cristão é um ser libertado com base na fé, feita de amor prático pregado por Jesus: “Tua fé te salvou”.

Na antiguidade, as prostitutas eram consideradas escravas; socialmente não existiam. Contudo, nessa tarde, uma prostituta escuta a palavra de absolvição e de canonização, porque fez um gesto sacramental, expressou sua decisão de mudar de vida. Assim se coloca em sintonia com o evangelho. Que outra coisa pode significar as palavras de Cristo: “Teus pecados estão perdoados?” É o mesmo que dizer: “Maria, és uma santa”.

Missionários Claretianos

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Dia 13 de Junho - Domingo

QUEM AMOU MAIS?

O contraste entre o comportamento do fariseu Simão e o da pecadora anônima ficou evidenciado na censura de Jesus. Durante um banquete em que este homem convidara o Mestre para uma refeição, fez um julgamento errado a respeito dessa mulher. Seguro de sua santidade, o fariseu olhou com desprezo para a pecadora que se pusera a lavar os pés do hóspede Jesus, com suas lágrimas, e a enxugá-los com seus cabelos, beijá-los e ungi-los com óleo perfumado.
O mau juízo de Simão atingiu também a pessoa de Jesus. Se fosse um profeta verdadeiro, saberia que se tratava de uma mulher de má-fama, e recusaria deixar-se tocar por ela. A conivência com o gesto da mulher nivelava-o com ela. Conclusão: Jesus não podia ser o Messias verdadeiro.
A reação do Mestre desmascarou o fariseu. Este, além de pensar mal da mulher e de Jesus, não se comportara como exigiam os bons costumes: não ofereceu ao hóspede água para lavar os pés, nem lhe deu o ósculo de acolhida, como sinal de hospitalidade. Essa mulher, no entanto, fizera tudo isso, com o mais profundo amor e humildade. Enfim, sempre movida por amor, a mulher fizera o papel de verdadeira anfitriã. Ela, sim, havia aberto as portas de sua casa - o coração - para acolher Jesus, e tornou-se digna de participar da salvação oferecida pelo Messias Jesus. O fariseu, porém, ficou de fora!

Prece
Espírito de hospitalidade, abre meu coração para acolher Jesus, e manifestar-lhe toda minha gratidão pelo amor que ele tem por mim.

( Pe. Jaldemir Vitório)

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11º Domingo do Tempo Comum - C

“Ouvi, Senhor, a voz do meu apelo: tende compaixão de mim e atendei-me; vós sois meu protetor: não me deixeis; não me abandoneis, ó Deus, meu Salvador!” (cf. Sl. 26,7.9)

Meus queridos Irmãos,

O amor de Deus supera os nossos pecados. Mas isso somente acontecerá se a nossa fé for a mesma de Jesus Cristo que nos leva a agir como ele agiu. Perdão e amor andam de mãos dadas.

A Primeira Leitura de hoje(cf. 2Sm 12,7-10.13) nos apresenta a contrição de Davi. O profeta Natã é o porta-voz, “boca” de Deus, voz da consciência para o rei Davi, quando denuncia seu homicídio e adultério. Davi desprezou o mandamento de Deus, mas aceita a denúncia do profeta, reconhece seu crime e entrega-se ao juízo de Deus. Por isso, Deus mostra compaixão.

A Segunda Leitura(cf. Gl 2,16.19-21) nos apresenta se as obras da Lei justificam, Cristo morreu em vão. Paulo tem que polemizar com a tendência de “judaizar” os cristãos da Galácia, que com o judaísmo nada tem a ver. Vai ao essencial: “O que torna o homem justo diante de Deus?” Os judaizaintes acham que é observar somente a Lei. Claro que a moralidade tem seu valor; Deus a deseja. Mas, de per si, ela não pode “forçar” Deus, pois sempre lhe ficamos devendo infinitamente. O que nos torna justos é a graça de Deus; sem ela, as obras não servem para nada. E esta graça manifesta-se no maior gesto de amor e perdão pensável:a vida de Cristo dada por nós. Devemos crer nesse amor.

Caros fiéis,

Ao refletirmos sobre o Evangelho de hoje(cf. Lc 7,36-8,3 ou 7,36-50), vem uma pergunte a nossa mente: o que foi primeiro, o amor ou o perdão? Jesus nos diz que: “Tem-lhe sido perdoados seus muitos pecados, porque muito amou”, e: “Tem sido perdoados teus pecados... tua fé te salvou”(cf. Lc 7,47-50). Será que os pecados foram perdoados porque mostrou muito amor, ou o contrário? A narração não permite distinguir claramente, mas também não importa, pois o mistério do perdão é que se trata de um encontro entre o homem contrito e Deus que deseja reconciliação. A contrição é o amor que busca perdão e o perdão é a resposta de Deus a este amor. A contrição é o amor do pecador, que se encontra com o amor de Deus, que é perdão, reconciliação, misericórdia.

Irmãos e Irmãs,

Jesus era acusado de comer com os pecadores. Hoje encontramos Jesus na casa de um fariseu, e, pelo jeito, não muito à vontade, porque o fariseu, ainda que o tivesse convidado, o tratara sem muita cortesia. Embora visse em Jesus um possível profeta o convidara pela fama que tinha, o tratara rudemente, talvez para não se macular legalmente, caso Jesus não se comportasse como observante das leis judaicas, e não ser criticado pelos seus colegas fariseus.

Como era o costume de receber uma visita no tempo de Jesus? O anfitrião recebia o seu convidado na porta. Ali colocava as mãos nos ombros do visitante e lhe beijava a face. Depois chamava um servo para lavar com água fria os pés da visita e lhe oferecia uma bacia com água limpa e fresca para banhar o rosto e as mãos, antes de seguirem para a mesa. E, mais, o dono da casa deveria oferecer umas gotas de bálsamo ao recém-chegado do pó da estrada e do sol causticante. Nada disse o fariseu fez para Jesus.

Era contra os costumes de então uma prostituta presenciar o banquete, ainda mais na casa de um fariseu. Então significa que o fariseu já conhecia a prostituta. Quem sabe o véu, que costumeiramente cobria o rosto e a cabeça das mulheres, tenha disfarçado a prostituta. Jesus veio estar com o fariseu, veio tomar refeição em sua casa. Para o fariseu, o Cristo era um profeta. Mas o fariseu ficou na exterioridade, num formalismo que não envolvia a consciência, mudança de vida, e a conseqüente aceitação de Jesus como Mestre e Senhor. Em vez de olhar seu próprio interior e retirar a trave que lhe cegava os olhos, pensou mal de Jesus que se deixava tocar por uma pecadora.

A mulher que já deveria ter visto Jesus antes, escutando o seu ensinamento e o seu Evangelho fez o firme propósito de abandonar a devassidão e o pecado. Sabendo que Jesus estava na casa do fariseu foi ao seu encontro. Levando o perfume a prostituta foi com uma missão determinada: demonstrar gratidão a Jesus reconhecê-lo em público como profeta e declarar-se arrependida do seu passado e de seus pecados.

Meus queridos Irmãos,

O fariseu procurou a vaidade da companhia de um homem famoso, profeta de Deus, que poderia vir a ser uma pessoa importante. A mulher humilhou-se, porque sabia quais seriam os pensamentos e olhares dos convidados. A mulher, mais do que isso enfrentou o desprezo, tirando o véu, que lhe cobria a cabeça, para que a cabeleira servisse de toalha para os pés de Jesus.

O fariseu julgava-se justo e sinceramente não era. A mulher, por sua parte, reconhecia-se pecadora e procurava o perdão de seus pecados.

O fariseu oferecia um jantar à vista de todos, para que todos comentassem na vila. A mulher derramava lágrimas de arrependimentos pelos seus muitos pecados.

O fariseu se chamava Simão, e, portanto, tinha honra. A mulher era anônima, sendo apenas conhecida de profissão duvidosa, ou seja, prostituta, considerada indigna pelos homens, exceto por Jesus que a acolheu e perdoou os seus pecados.

Jesus fez a opção pela mulher pecada no momento em que disse que a mulher muito amara, enquanto o amor do fariseu era escasso. Não que o fariseu devesse cometer muitos pecados para receber um grosso perdão como a mulher. Mas porque o fariseu não soube reconhecer seu pecado de orgulho e prepotência diante de Jesus, apesar de sabê-lo profeta.

O cenário do ocorrido era uma refeição: para receber o perdão era necessário o arrependimento dos pecados, a confissão dos pecados e uma entrega confiante aos pés do Senhor. Não importava a quantidade e o peso dos pecados, o importante é o gesto e a qualidade do amor, que é caridade e arrependimento.

Irmãos e Irmãs,

Jesus olha para a mulher quando fala com o fariseu Simão para que o fariseu Simão desse atenção à mulher, com o olhar de Jesus para a mulher, que era um olhar de perdão, de compreensão, de ternura e de amor. O fariseu, ao contrário, olhava para a mulher com julgamento e condenação como a maioria das pessoas que fazem retratos falados dos outros, voluntariamente.

Jesus olha para a mulher e a contempla arrependida. Já o fariseu vê uma mulher airada.

O fariseu, ao ver a mulher tocar em Jesus, o vê como pecador. Jesus veio nos ensinar que Deus é pai de todos, faz nascer o sol para bons e maus e chover sobre justos e injustos. Deus é o contrário do pecado, mas o pecador é sua imagem e semelhança. Mais uma vez Jesus afirmara que viera ao mundo com a missão de curar os pecadores para que nenhum deles se perca. O fariseu representa o modo de pensar pelos homens que não se apaixonam pela pedagogia de Jesus que é o perdão sempre e o amor incondicional, sem limites.

Meus queridos Irmãos,

A graça do perdão desperta a gratidão. A gratidão, a retribuição. A vida crista consiste em retribuir o amor de Deus, que se manifesta no perdão em Cristo Jesus, com amor. Amor que se manifesta na paz, na alegria e no doce e gratuito serviço aos irmãos, especialmente aos mais excluídos. Amém!

Por: Padre Wagner Augusto Portugal

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FIM DOS COMENTÁRIOS SOBRE A SANTÍSSIMA TRINDADE.