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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Comentários-Prof.Fernando


Comentários-Prof.Fernando(*) -3ºdomingoTempoComum-29-janeiro-2012 – PROFETAS hoje–

RESUMO DAS LEITURAS 1ª leit.Dt 18,15-20  Farei surgir para eles, do meio de seus irmãos, um profeta
Salmo 95 Oxalá ouvísseis hoje a sua voz. Não fecheis os corações
2ªleit.1Cor 7,32-35 O que eu desejo é levar-vos ao que é melhor permanecendo junto ao Senhor sem outras preocupações
Evang. Mc 1,21-28 Todos ficavam admirados pois ensinava como quem tem autoridade e não como os mestres da Lei. O que é isto? Um ensinamento novo dado com autoridade: Ele manda até nos espíritos maus, e eles obedecem!”

Livro do Deuteronômio – Realeza, Sacerdócio e Profetismo
·         O tema desse domingo nos fala da “voz de Deus” ou de sua comunicação a nós, especialmente pelos “profetas”. Profeta não é um “vidente” que adivinha o futuro mas uma espécie de “porta-voz” de Deus que nos lembra sua mensagem.
·         O livro do Deuteronômio faz parte do conjunto de tradições e da legislação chamada na bíblia hebraica de “Toráh”, a “Lei”, conhecida também por Pentateuco (os 5 “livros”) onde está a longa história da legislação hebraica que é código civil e penal desse povo e regulava sua vida social mas, ao mesmo tempo, a vida religiosa.
·         O texto de hoje é precedido pelos relatos da instituição da Realeza e do Sacerdócio e trata do “Profetismo”. É enorme a complexidade da Lei hebraica com suas atualizações ao longo de séculos. Ela se baseia na religião dos tempos de Moisés, unida às tradições patriarcais e reúne centenas de anos de história vivida no meio de outros povos vizinhos do Oriente Médio.
·         Se pudéssemos simplificar tudo num esquema geral, poderíamos falar que as instituições acima referidas seriam “correspondentes” ao que modernamente chamamos de Estado e Religião, em primeiro lugar (o regime da Realeza e a instituição dos Sacerdotes e do culto religioso). A terceira instituição (o Profetismo) não encontra um paralelo direto no mundo moderno. É típica desse povo bíblico.
Profetismo – profetas
·         Poderíamos atribuir ao “Profeta” moderno toda comunicação que nos revela o Bem, pois tudo que é bom é comunicação do Criador. Serão profetas os que anunciam verdade, justiça, humanização. Também os que criticam os desvios ou abusos da lei pelos governantes ou pelas instituições. Deus se comunica. E, mais do que “mensagens” ele “transfere” seu “ser” às criaturas. Sua comunicação é a própria vida, é a respiração que nos permite viver, é o alimento que nos sustenta, é a silenciosa e misteriosa presença que nos faz existir.
·         São “profetas” hoje tantos homens e mulheres que, de uma forma ou de outra, estão “antenados” com o mistério da Presença divina escondida no meio da vida humana. Podem ser tanto as figuras históricas conhecidas pela sua defesa de grandes causas públicas, como também figuras anônimas, tais como pais educando filhos, amigos portadores de uma palavra de luz e ânimo aos outros.
·         Profetas seriam também os Poetas e Músicos e todos os criadores de arte e beleza, os operadores do Direito, os jornalistas e formadores de opinião. São mais famosos os Líderes que promovem o bem e a paz ou liberdade e justiça, tais como Gandhi, Mandela, Luther King, Maria da Penha. Como esses, muitos outros, uns famosos, outros desconhecidos, anunciam suas “profecias” sempre que denunciam injustiça e mentira, tais como a falsidade daqueles governantes, políticos e outras pessoas públicas que usam poder, riqueza, influência e corrupção, para humilhar ou perseguir adversários, para enriquecer às custas da nação. Alguns chegam até a ser mandantes do assassinato de tantos inocentes.
A segunda leitura – Paulo e o casamento
·         A segunda leitura também precisa ultrapassar a leitura simplista da bíblia que se torna fundamentalista quando se isolam frases de seu contexto. Paulo responde a questões concretas postas pela comunidade de Corinto. Sabemos que na cultura grega da época a vida sexual era compreendida sob pontos de vista extremos. De um lado, devassidão e comportamento exclusivamente hedonista. De outro, preconceito decorrente tanto de interpretações mutiladas do platonismo como de dualismos religiososo provenientes sobretudo do mazdeísmo ou zoroastrismo. Ambos viam a presença do mal na matéria julgando que só os aspectos espirituais conduziam ao Bem.
·         Além desse condicionamento cultural, na comunidade de Corinto alguns aguardavam um retorno próximo de Cristo. Então abandonavam seu casamento achando que só assim poderiam ser cristãos. Paulo defende a continuidade do casamento dos casados. Mas não esconde também sua preferência pela opção celibatária que propõe como um conselho pessoal, pois diz expressamente que não tem, quanto ao assunto, “nenhum preceito do Senhor”.
·         Não cabe aqui uma análise mais completa desse capítulo. De qualquer modo, se essa posição de Paulo contribuiu para certa visão que atribui “superioridade” da virgindade sobre o casamento, não é justo tirar desse texto tal conclusão, o que não coloca todos os elementos históricos e culturais no seu devido foco.
·         Se Paulo manifesta predileção pelo celibato também é verdade que no mesmo capítulo lembra que tanto essa opção como a vida matrimonial são dons de Deus (cf. 7,7). O apóstolo, nesse texto, não pretende elaborar uma “doutrina geral “ sobre o casamento mas responder à questões concretas daquela comunidade.
·         Parece óbvio que, sem se casar, qualquer pessoa pode dedicar mais tempo à oração e trabalho pastoral. Assim vivem (ão só no âmbito do cristianismo) as pessoas que seguem diversas formas de vida consagrada ou monástica ou ainda a opção pelo celibato sacerdotal. A obrigatoriedade do celibato é uma outra questão.
Saber escutar outros – levar a liberdade a outros
·         Interessa-nos compreender o tema geral de hoje. Meditemos: Somos sensíveis à voz de Deus (cf. Salmo)? Seja no casamento, seja na vida consagrada e celibatária, estamos atentos para sintonizar e captar as “ondas” da comunicação divina na vida? Estamos atentos aos Profetas – que trazem uma luz divina para nossa vida? Agimos como verdadeiros ou falsos profetas quando promovemos o Bem ou denunciamos o mal?
·         Aprendamos com o evangelho de Marcos que Jesus de Nazaré era diferente do Mestre da Lei porque confirmava com seu modo de agir aquilo que ensinava. A sua palavra iluminava as inteligências, mas também curava e livrava outros do domínio do mal.

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(*)estudou literatura, filosofia e teologia (SP, Rio, Portugal, Itália); com mestrado em educação, teologia e teologia moral (PUC/Rio e Gregoriana/Roma), trabalhou (graduação/pós-graduação) em universidades e faculdades (magistério/administração acadêmica; assessor/consultor ( ongs/empresas/grupos).