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HOMILIAS PARA O

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domingo, 15 de agosto de 2010

FESTA DE ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

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HOMILIAS PARA O PRÓXIMO DOMINGO

15 DE AGOSTO DE 2010

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COMENTÁRIOS DO EVANGELHO DESTE DOMINGO

FESTA DE ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

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Domingo, 15 de agosto de 2010

Missionários Claretianos

Assunção de Nossa Senhora (Solenidade)

Santos do Dia: Alfredo de Hildesheim (monge, bispo), Arduíno de Rímini (eremita), Arnulfo de Soissons (monge, bispo), Estanislau Kostka (noviço jesuíta), Libânia de Gênova (virgem), Napoleão de Alexandria (mártir), Roberto de Ottobeuren (abade), Tarcísio de Roma (mártir da Eucaristia).

Primeira leitura: Apocalipse 11, 19; 12,1.3-6.10
Uma mulher vestida como sol, tendo a lua sob os pés.
Salmo responsorial: 44
À vossa direita se encontra a rainha, com veste esplendente de ouro de Ofir.
Segunda leitura: 1 Coríntios 15, 20-27
Primeiro Cristo, que é as primícias, depois os que pertencem a Cristo.
Evangelho: Lucas 1, 39-56
O Todo-poderoso fez grandes coisas por mim.

Na metade do mês de agosto, explode a alegria na liturgia da Igreja. No hemisfério norte, coincide, ou se fez coincidir, com as festas ancestrais da canícula do verão boreal. À já celebrada alegria das colheitas acrescenta-se agora uma plenitude de alegria ainda maior ao celebrar a Assunção da Virgem Maria. Ela, a mãe de Jesus, é a “primeira cristã”, deveria ser também a primeira a chegar até Jesus.

A fé da igreja quis ver nela a confirmação definitiva de que nossa esperança tem sentido. De que esta vida, ainda que nos pareça ferida de morte, está na realidade grávida de vida, de uma vida que se manifesta já em nós e que devemos celebrar já aqui e agora e, em primeiro lugar, Maria, Mãe de Jesus e Mãe nossa.


Na primeira leitura encontramos um combate frontal entre a debilidade de uma mulher a ponto de dar a luz e a crueldade de um monstro perverso e poderoso que se apropria de uma boa parte do mundo, além de querer arrebatar-lhe o filho. O Apocalipse faz um relato precioso em simbologia na qual as comunidades cristãs podem estar representadas pela mulher, reconhecendo que um setor do cristianismo dos primeiros tempos teve um alto influxo da pessoa de Maria e da presença feminina em seu meio, como sustentáculos da fé e da radicalidade.

Por outra parte, o monstro é um sinônimo do aparato imperial. Com suas respectivas cabeças e chifres, representa os tentáculos do poder civil, militar, cultural, econômico e religioso, empenhado em eliminar o cristianismo, por sua ação profética, já que se tornou incômodo para os poderosos da terra.


A segunda leitura abre com uma bela metáfora da ressurreição de Cristo como primeiro fruto da colheita e logo classifica como todos os que em Cristo vivem, em Cristo morrem, também em Cristo vão ressuscitar. Trata-se de uma afirmação da vida plena para os que assumem o projeto de Jesus como próprio e nesse sentido se fazem partícipes da Glória da ressurreição.


No evangelho, o canto de alegria de Maria, proclamado no evangelho, se faz nosso canto. Temos poucos dados sobre Maria nos evangelhos. Os estudiosos nos dirão que, certamente, este cântico, o Magnificat, não foi pronunciado por Maria, mas que é uma composição do autor do evangelho de Lucas.

Porém, não resta dúvida que, ainda que não seja histórico, recolhe o autêntico sentir de Maria, seus sentimentos mais profundos diante da ação de Deus. Louvar e dar graças. Não se sente grande nem importante por ela mesma, mas pelo que Deus está fazendo através dela.


“Minha alma engrandece ao Senhor”. Maria goza dessa vida em plenitude. Sua fé a fez viver já em sua vida a vida nova de Deus. Há um detalhe importante. O que nos conta o evangelho não acontece nos últimos dias da vida de Maria, quando já supomos que havia experimentado a ressurreição de Jesus, mas antes do nascimento de seu Filho.

Já então Maria estava tão plena de fé que confiava totalmente na promessa de Deus. Maria tinha a certeza de que algo novo estava nascendo. A vida que ela levava em seu seio, ainda em embrião, era o sinal de que Deus se havia colocado a caminho e havia começado a agir em favor de seu povo.


Mais uma vez, em algumas ditaduras, este canto de Maria foi considerado revolucionário e subversivo, por isso censurado. Certamente é revolucionário e sua mensagem tende a virar do avesso a ordem estabelecida, a ordem que os poderosos tentam manter a todo custo.

Maria, cheia de confiança em Deus, anuncia que ele se colocou a favor dos pobres e deserdados deste mundo. A ação de Deus muda totalmente a ordem social do nosso mundo: derruba do trono os poderosos e enaltece os humildes. Não é o isso que estamos acostumados a ver em nossa sociedade.

Tampouco no tempo de Maria. A vida de Deus é oferecida a todos, porém somente os humildes, os que sabem que a salvação somente vem de Deus, estão dispostos a acolhê-la. Os que se sentem seguros com o que têm, esses perdem tudo. Maria soube confiar e estar aberta à promessa de Deus, confiando e crendo mais além de toda esperança.

Hoje Maria anima nossa esperança e nosso compromisso de transformação deste mundo para torná-lo mais de Deus: um lugar de fraternidade, onde todos tenhamos um lugar à mesa que Deus nos preparou. Porém, neste dia Maria anima sobretudo nosso louvor e ação de graças.

Maria nos convida a olhar a realidade com olhos novos e descobrir a presença de Deus, talvez em embrião, porém já presente, ao nosso redor. Maria nos convida a cantar com alegria e proclamar, com ela, as grandezas do Senhor.


Nota crítica: A estas alturas, é importante não falar da Assunção de Maria simplesmente como quem dá por suposto uma viagem quase sideral de Maria ao céu. Não é necessário deter-se mais uma vez na análise do tema dos “dois pisos” da cosmovisão religiosa clássica.

Porém, é necessário, ainda que seja como uma simples indicação, lembrar os ouvintes de que não estamos descrevendo uma assunção sideral, um translado físico, mas uma expressão metafórica, para que não se entenda mal tudo o que com uma bela estética bíblico-litúrgica podemos dizer a respeito.

Missionários Claretianos

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Agosto (dia 15-DOMINGO) 2010 – ASSUNÇÃO DE MARIA - pelo Prof. Fernando

Comentários (1ªe2ª LEITURAS e EVANGELHO)

1ª L) Ap 11,19a; 12,1-6a.10ab Apareceu no céu um grande sinal.

2 ª L) 1Cor 15,20-26.28 O último inimigo a ser destruído é a morte..

[ Evangelho Como posso merecer que a mãe do meu Senhor venha visitar-me? Lc 1,39-56 ]

Apocalipse Em 15 de julho e 6 de agosto foi apresentada uma introdução ao gênero apocalíptico, seu estilo simbólico e sua finalidade.

O texto de hoje, segundo a opinião de numerosos “pais da igreja “ (ou “santos padres” – teólogos da “Patrística”) nos leva a interpretar esse 12 como a referência a Maria, mãe de Jesus. Mas todo o contexto nos lembra Gênesis 3,15 . Lá, a mulher e a serpente, aqui, a Mulher e o dragão (ou “shatan” que, em hebraico significa o advesário, o diabo, o sedutor do mundo como se diz no v. 9.

A mulher se apresenta em defesa do filho diante do Dragão que se preparava para devorar a criança nascitura. E, mais adiante, no verso 17, fala-se do combate do dragão contra a descendência da mulher. Dessa forma, a Mulher, como uma das personagens principais do livro do Apocalipse, pode referir-se à Jerusalém restaurada, como em Isaías 54 ou 60> Mas também pode ser a figura de Maria (patrística e a escolha da leitura para a festa de hoje) ou esse “grande sinal “ (a mulher vestida de sol, etc.) pode representar a comunidade dos redimidos (a Igreja) que traz a luz do sol que é Cristo.

De todo modo, a Mulher é figura da vitória de Deus contra o shatan, seja na sua tradução de adversário, inimigo ´(ou o diabo que seduz o homem – cf. Crônicas 21,1) seja no sentido de “o acusador” – como em Zac 3,1-2 ou Job 1,9; 2,4 e, no texto de hoje: no v.10 de Ap 12.

1coríntios O último inimigo a ser destruído é a morte. O inimigo (“ekh-thrós” em grego sinifica biblicamente o que odeia, é hostil e se opõe a nós; ou o demônio). Nesse cap.15 da carta primeira aos coríntios Paulo diz que a morte era o último inimigo que faltava par ser vencido: ela perde sua força por causa da ressurreição.

               A Assunção – em que pese nossa inevitável imaginação que “vê” uma cena entre nuvens como aconteceu com os pintores em seus quadros e afrescos – não é uma espécie de “levitação” de Maria flutuando nos ares ou “abduzida” por uma luz como nos filmes de Ovnis, Ufos e naves espaciais... Assunção significa que Maria foi assumida totalmente por Deus. Ela é a primeira, por assim dizer, a seguir o Cristo ressuscitado. Por isso hoje lemos esse capítulo de 1Coríntios cujo tema não é a morte mas a ressurreição. A carinhosa piedade cristã em sua devoção mariana chegou a criar, na Idade Média, um termo para não falar em “morte”, assim ao final de sua vida terrena Maria entrou numa espécie de sono. E foi criado o termo “dormição” para isso.
               Como conclusão, meditemos nessa reflexão do teólogo M.Domergue:
               “O que é dito de Maria nos concerne e ilumina nossa própria história. Ela, a primeira a seguir o Caminho que é o Cristo. (...) Quando Deus olha para nós, ele vê Maria, figura da humanidade, portadora do Filho (...) A Assunção é profecia de nosso futuro (...) Acrescentemos ainda que esse mistério que poderíamos chamar de nossa transfiguração já está presente em nós. Em construção, é verdade, mas de eficácia irrestível. Sem esquecer que, como Maria , isso nos leva ao pé da cruz onde nossa fé será verdadeiramente posta à prova, mas é lá que ouviremos: “Eis a tua mãe” (João 19,27)”.
 
O evangelho de hoje lembra-nos a alegria e ação de graças de Maria e de sua prima Isabel. Uma, carregando no ventre o profeta que iria preparar os caminhos do Senhor; a outra, trazendo em seu seio o próprio Caminho que também é a Verdade e a Vida. 
               Por isso Maria canta o Magnificat, como ação de graças e proclamação, ainda antes do nascimento de Jesus, da vitória de Deus sobre a morte. Esse mesmo mistério de que é resumido ao final da vida na plenitude de união com a divindade que hoje celebramos e, que para Maria, chamamos de Assunção.

( prof.FernandoSM, Rio, fesomor2@gmail.com )

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Maria, a Mãe de Jesus, a onipotência suplicante, hoje, ela visita você também! – Maria Regina

Em Maria que visita a sua prima Isabel Deus na pessoa de Jesus, Seu Filho visita o seu povo. Em Maria Deus anuncia a Alegria e serve discretamente a humanidade inteira: Porque até o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para salvar muita gente. Maria é portadora da fonte da alegria e cada cristão é também convidado a sê-lo. A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito exulta em Deus meu Salvador. Com estas palavras Maria reconhece, em primeiro lugar, os dons singulares que Lhe foram concedidos e enumera depois os benefícios universais com que Deus favorece continuamente o gênero humano.
Isabel ficou cheia do Espírito Santo quando Maria a visitou! Assim sendo, a Mãe de Jesus nos ensina que quando levamos Jesus para as pessoas, elas também ficam cheias do Espírito, por isso, se alegram com a nossa chegada. No nosso mundo em que a maternidade parece estar fora de moda, o encontro entre as duas futuras mães, é um toque de gozo e esperança, como a renovação da vida que sempre é acompanhada de penalidades mas que indubitavelmente termina em feliz regeneração.

Isabel, como profeta de Deus, dá a Maria o título máximo que a representa ao povo de Deus: Quem sou eu para que a mãe do meu Senhor venha me visitar? Isabel a proclama como modelo entre as mulheres. Não é querendo tronos que estaremos na mira da misericórdia divina, mas sentindo nossa insignificância que veremos sua bondade refletida como favor e benevolência em nossas vidas.

Às vezes até podemos achar que somos imprescindíveis e muito importantes para o irmão, todavia, devemos ter consciência de que somos meros canais da graça do Senhor. O Espírito Santo é quem realiza a obra do Senhor no nosso coração e é quem nos faz sair de nós mesmos e ir à busca dos que estão necessitados.

Sem mesmo percebermos nós somos instrumentos de Deus na vida dos nossos irmãos para que se cumpram os Seus desígnios e os Seus planos se realizem. Basta que nos ponhamos atentos e disponíveis, o Senhor nos usa para levarmos consolo, abrigo, alegria e solidariedade.

Maria soube distinguir isto e não perdeu tempo, pôs-se a caminho das montanhas esquecendo a glória de ser mãe de Deus se fez serva, auxiliadora, anunciadora e canal da graça do Espírito Santo. Assim, ela foi a primeira a levar a alegria de Jesus ao mundo! Maria mesma se auto afirmou ser bem-aventurada, feliz, cheia de graças!

Somos também bem aventurados se acreditamos nas promessas do Senhor. O Espírito Santo é quem nos ensina a louvar a Deus e a manifestar gratidão pelos Seus grandes feitos na nossa vida, por isso, também somos felizes. Assim como visitou Isabel, transmitindo a ela e a João Batista, o poder do Espírito, Maria hoje, também nos visita e traz para nós o Seu Menino Jesus, cheio do Espírito Santo que nos ensina a cantar, a louvar, a bendizer a Deus com os nossos lábios.

Meu irmão, minha irmã rezemos com Maria com Maria, hoje: “Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus meu Salvador, porque olhou para a sua pobre serva. Por isto, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações, porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo!”

Amém,

Abraço carinhoso da

Profª Maria Regina

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A solidariedade de Maria e Isabel

Domingo 15 de agosto de 2010

“Quando meu amigo ri, é a ele que cabe dizer-me o motivo de sua alegria; quando chora cabe a mim descobrir o motivo de seu desgosto.” (Nesmakis)

Lc 1,39-56

Aprendamos com Maria

Comemoramos hoje a Assunção de Nossa Senhora aos céus. É um grande momento para nós, devotos marianos, onde fazemos uma memória mais profunda da mãe de Deus e nossa.

Maria mostrou-se totalmente solicita ao querer visitar a sua prima Isabel. Ao se dispor para tal ato Maria se pré-dispõe internamente, pelo espírito, e externamente pela sua dedicação ao sair da sua casa rumo à casa de Isabel. Ao visitar sua prima Isabel, Maria se assemelha ao Cristo, quando visita João Batista. O gesto de humildade de Maria e Cristo mostram uma simplicidade especial. A gravidez dessas mulheres é um exemplo real da atuação de Deus. Maria ficou grávida por meio do Espírito Santo e Isabel no auge de sua velhice também engravidou

Maria era uma jovem desconhecida, uma jovem simples de seu povoado. Mas Deus na sua infinita sabedoria a elevou como “serva”.

O cântico entoado por Maria torna-se uma resposta à felicitação de Isabel. Por meio do cântico Magnificat, Maria agradece a Deus o grande favor que esse lhe concedeu.

Podemos entender que o objetivo do evangelista e ressaltar a Mãe de Deus, fazendo assim com o seu exemplo de simplicidade e dedicação seja seguido por todos.

As vezes parece tão complicado falar sobre Maria. Mas pelo contrário, Maria é pura simplicidade. Seu jeito meigo e doce de ser, encanta o coração daqueles que visualizam a sua doce imagem. Maria quer falar ao coração de cada um de seus filhos. Ela deseja que a paz reine entre nós. Encante-se com Maria, encante-se com a Mãe.

Que possamos em nossas orações diárias pedir a intercessão de Maria. Devemos ter muita confiança, muito amor e sempre acreditar neste fiel amor de mãe.

Professor Isaías da Costa Contato: (isaiadacosta@hotmail.com)

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Assunção de Nossa Senhora ao Céu

“Maria se levantou e foi às pressas às montanhas... Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel”.

Caros irmãos em Cristo. Maria é um dom especial de Deus, é a cheia de graça, a cheia de Deus, é agraciada e capacitada por Deus para servir à redenção da humanidade.

Nesse dia da Assunção vemos a “ Serva do Senhor” correr para servir Isabel. Ela nos ensina que a vida do cristão é servir e não ser servido, como um dia vai nos ensinar Jesus.

Jesus levando para si, em corpo e alma, a sua Mãe Santíssima, diz que a Ele devem se dirigir todas as coisas e pessoas. O coração do cristão, a exemplo de Maria, é para abrir-se ao dom de Deus e para pertencer sempre mais a Jesus.

Olhando para Maria aprendemos a humildade, ela ao saber que seria a mãe de Deus, não fica orgulhosa, não se considerou maior que as outras mulheres. Soube e sabe que ao dizer ‘sim’ a Deus, deve dizer sim a quem precisa de ajuda. Maria vai ao encontro dos necessitados. Hoje representado pela visita que ela faz a sua parenta Isabel e o mais importante era que a sua presença no meio do povo era discreta, passava despercebida.

Deus deposita nela sua confiança. Ela não se ilude. Sabe que dela depende, em grade parte, o desenvolvimento do reino e a salvação dos homens. Ela aceita, consciente e livremente, a ação de Deus em sua vida. Torna-se um instrumento maleável nas mãos de Deus. Coloca-se como serva de Deus, deixa que Deus aja por meio dela; sabe que quando Deus age, Ele cria alguma coisa nova.

É doutrina de fé revelada por Deus que a Imaculada mãe de Deus e sempre virgem Maria, ao término de sua vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória do céu. A Assunção de Maria foi transmitida pela tradição escrita e oral da Igreja. A Assunção é como uma conseqüência da encarnação do Verbo. A morte não pôde contra Maria. Ela, a Mãe de Deus, a escolhida para a consumação do mistério da encarnação, entra na glória, de corpo e alma. O dogma da Assunção, responde aos instintos mais profundos gravados na natureza humana. Deus não cria para a morte e nem para a corrupção. Jesus subiu aos céus pôr virtude própria, enquanto Maria foi assunta aos céus pelas virtudes e méritos de Jesus Cristo.

“Parece impossível imaginar aquela que concebeu Cristo, que O deu à luz, que O alimentou com seu leite, que O teve nos braços, que O estreitou contra o peito, imaginá-la separada dele, depois desta vida terrena, embora não na alma, mas no corpo” (DS 3900)

A sua assunção ao céu significa uma antecipação da ressurreição dos outros cristãos. Maria, glorificada no céu em corpo e alma, prefigura a Igreja do futuro, sinal de esperança e de consolo para o povo de Deus que caminha em direção à pátria definitiva.

Maria, como mãe da Igreja, é modelo a ser seguido. Dos seres criados é a que mais perto chegou da divindade. Maria, uma vez tendo introduzido o Cristo no mundo, depois tendo inaugurado seu ministério nas bodas de Caná, participa agora da ação do Espírito Santo sobre a Igreja nascente.

Maria é a mulher de fé que representa o rosto de cada povo. Sua fé é claramente narrada em Lucas. Maria vive numa sociedade hierarquizada e numa cultura machista, onde a mulher era submissa. Ainda assim tem um papel importante na sociedade de seu tempo, o que justifica ser lembrada pelos evangelistas. Maria é o símbolo do novo povo e age em favor da vida. Ela faz com que a Vida aconteça. A vida de Jesus.

Maria é um sinal de Deus para as pessoas de seu tempo. Ela é de Deus e do povo, é medianeira, enquanto sinal de Deus, pobre e simples, fiel a Deus e a seu povo. Proclama a libertação do povo sofrido através de sua presença entre os humildes. É Deus que nela realiza grandes coisas.

Ela é testemunha da presença do Espírito Santo. Esvazia-se de si mesma e deixa Deus habitá-la completamente. Deus, em quem Maria acreditou, é o libertador do povo. A Ele, ela se entrega por inteiro. A virgem que guarda a fidelidade total e pura para Deus e para os que se beneficiariam com o seu ‘sim’ é uma mulher sintonizada com mistério divino.

Que Maria nos faça um pouco parecido com ela. Que possamos agir no silêncio do dia a dia e assim vamos fazendo o Reino acontecer.

Pe Vicente Paulo Braga, FAM
Skipe: vicente.paulo.braga
e-mails
famvpb@yahoo.com.br ou vpbfam@hotmail.com

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FESTA DA ASSUNÇÃO

A Solenidade de hoje, a Assunção de Nossa Senhora ao Céu, inscreve-se dentro da profunda e ininterrupta tradição da Igreja no amor a Maria e na compreensão do Seu papel na Salvação. Para que tal ficasse definitivamente seguro a Igreja declarou, por Pio XII e o episcopado, a definição dogmática da Assunção de Nossa Senhora. É a confirmação do grito da vida que precede qualquer lei ou definição.

Bendita és tu, Maria! Hoje, Jesus ressuscitado acolhe a sua mãe na glória do céu… Hoje, Jesus vivo, glorificado à direita do Pai, põe sobre a cabeça da sua mãe a coroa de doze estrelas…

Primeira leitura: Maria, imagem da Igreja. Como Maria, a Igreja gera na dor um mudo novo. E como Maria, participa na vitória de Cristo sobre o Mal.

Salmo: Bendita és tu, Virgem Maria! A esposa do rei é Maria. Ela tem os favores de Deus e está associada para sempre à glória do seu Filho.

Segunda leitura: Maria, nova Eva. Novo Adão, Jesus faz da Virgem Maria uma nova Eva, sinal de esperança para todos os homens.

Evangelho: Maria, Mãe dos crentes. Cheia do Espírito Santo, Maria, a primeira, encontra as palavras da fé e da esperança: doravante todas as gerações a chamarão bem-aventurada!

Comentário - A Mulher da Aliança

Ao abrir o livro do Apocalipse nos encontramos com uma mulher junto a arca da Aliança. Aliança é o que Jesus fez na Última Ceia e em cada uma das Eucaristias que fazemos em sua memória: os que formam seu grupo, os que se consideram discípulos seus até para dar a vida, os que se comprometem a fazer do Amor o objeto de sua vida, e o selam através do Corpo e do Sangue do Senhor. A Aliança é a entrega mutua dos homens e Deus.

Pois bem, aquela mulher que aparece aproximando-se da Aliança de Deus simboliza Maria, porém também toda a comunidade cristã: Ela é a Mulher da Aliança, como nos somos o Povo da Aliança nova e eterna:

que temos dado a mão a Deus e queremos lutar ao seu lado contra os dragões que podem ameaçar-nos;

que temos sido iluminados e coroados pelo Senhor, e queremos ir pintando o mundo de amor: de luz, de estrelas e de sol... eliminando as sombras e escuridões, e levantando os que encontramos caídos;

que temos reservado um bom lugar no céu ao lado de Deus.

Esta Mulher está VESTIDA DE SOL

É uma mulher brilhante, luminosa, vital, quente, como o sol espanta as sombras e ajuda a encontrar o caminho.

Que faz possível a vida, que provoca a vida e faz crescer a vida, e Ela mesma “dá a luz” a Vida, a Cristo Jesus.

Que envolve tudo com sua alegria, com sua energia, com sua vitalidade, como o sol.

Vestida por Deus, vestida de Deus, sustentada no mais alto por Deus, habitada por Deus

CORADA COM 12 ESTRELAS. Não é uma mulher solitária, afastada do resto dos homens, como se fosse uma criatura especial. As 12 estrelas da sua Coroa simbolizam o povo dos 12 apóstolos. Ela nasceu do nosso povo é o melhor da nossa raça - depois de Jesus - e chega até Deus de mãos dadas conosco, nos elevando em direção ao céu. Como nos chegamos a Deus dando-nos fraternalmente a mão.

O Evangelho a mostra CAMINHANDO DEPRESSA pela montanha. Não é uma mulher parada, escondida, escondida em sua casa; não parece que tenha se preocupado com a prudência de repousar sua gravidez, de sentir-se importante, de esperar que venham servi-la... Não. Está mais preocupada com o que poderia precisar a sua prima grávida. Porque se é a escrava, a Serva de Deus, ela sabe que o Senhor sempre quer estar perto dos pequenos e necessitados.

É uma mulher LUTADORA, valente, rebelde, ousada. Nada a ver com essa Maria que normalmente nos presenteiam: Dócil, conformada, nas nuvens, passiva, ao lado dos ricos e poderosos e ela mesma com jóias e sentada em tronos. É a que enfrenta a cara do Dragão, símbolo do poderoso mal que sempre visa nos destruir, nos afastar de Deus para nos dominar como senhor, para nos manipular conforme seus interesses. O Dragão é a injustiça, a desigualdade, a manipulação, a violência, o ódio, o materialismo, etc. O Dragão então era o Império Romano perseguidor dos cristãos. Porém é também qualquer poder, qualquer sociedade, qualquer estrutura lesiva ao homem, ou a tentativa de manipular, de submeter, destruir.

É com quais ARMAS esta mulher enfrentava a cara do Dragão? Quais são as armas dos que querem enfrentar ao lado de Deus o mal que quer destruir a sociedade?

Sua arma (e a nossa) chama-se Jesus de Nazaré e seu Evangelho. Assim:

Ante a injustiça, ela proclama que o Senhor derruba do trono os poderosos, enche os famintos de bens, e os ricos os deixa sem nada. Ele quer que se extenda o Reino da justiça, da igualdade, da vida, da verdade e fraternidade.

Ante a violência do nosso mundo e de nossos corações, ela quer dar a luz ao Príncipe da Paz: Eu desejo-vos a paz, Eu vos dou a minha paz...

Quando surgem as divisões, os enfrentamentos, os conflitos pessoais; quando nos sentimos desorientados, com medo, na defensiva... Ela nos reúne em oração para pedirmos ao Espírito Santo que faça possível a comunhão, o perdão, a valentia, para nos sentir filhos e filhas do mesmo Pai e por isso irmãos...

Quando há tantos caminhos na sociedade, quando não estão claros os valores importantes, quando desejamos enveredar por estilos de vida egoístas, sem solidariedade, individualistas, ela nos recorda que a felicidade está nas Bem-aventuranças, em Jesus, que é Caminho, Verdade e Vida. Que “façamos o que Ele nos tem dito”. O que Ele nos diz.

E quando nos chega o sofrimento, quando a hora da morte se aproximar, ela é sinal luminosa no céu, esperança forte e sinal de triunfo do Cristo Ressuscitado sobre a dor, o mal e a morte. Ele foi o primeiro em vencer (segunda leitura) e depois triunfarão todos os seus. A primeira - logicamente - sua mãe; e depois a seguirão os apóstolos, os mártires, os santos, e todos os que tem lutado contra o poder do Dragão:

os que tem dito com suas palavras e sua vida: “Aqui esta a escrava do Senhor”;

os que como ela tem guardado a Palavra no coração;

os que como ela nas bodas de Caná, se dão conta do que falta, falam primeiro com o Senhor, e logo se colocam em movimento para que façamos o que Ele nos diz;

os que têm escutado as Palavras de Jesus na cruz, eas tem recebido como sua Mãe, mãe da comunidade de discípulos, que sabem reunir-se para orar e buscar a vontade de Deus, pedindo continuamente o Espírito, um novo Pentecostes.

Então, hoje, celebramos a Festa da Assunção, isto é, uma Festa:

Dos lutadores contra os muitos dragões que também hoje atacam o homem e sua dignidade.

Dos que querem mudar o mundo desde o lado dos humildes, e fugir dos tronos e dos poderes.

Dos que trabalham para construir comunidades de irmãos

Dos que confiam em que seu destino é vestir-se de sol, receber a coroa do triunfo que nos tem preparado Cristo, e habitar no céu próximo de Deus.

Pe. Herrique Martínez

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Homilia do Pe. Françoá Costa – Assunção de Nossa Senhora (Ano C)

Assunção de Nossa Senhora

Depois de ter sido ordenado diácono, um amigo meu foi pregar sobre Nossa Senhora e disse uma coisa muito curiosa: “A Nossa Senhora lhe chamam porta do céu e muitas outras coisas, eu vou chamá-la ‘janela’. Maria é a janela. Conta-se que certa vez São Pedro foi chamado à atenção por Nosso Senhor porque estavam entrando muitas pessoas pela porta do céu. Jesus lhe disse: ‘Pedro, é preciso ser um pouco mais rigoroso’. São Pedro respondeu: ‘Senhor, não adianta. Eu posso até ser rigoroso aqui na porta do céu, mas a tua mãe abre a janela e muitos estão passando por ela’”.

É uma grande alegria contemplar Nossa Senhora subindo ao céu. Ela, sendo porta do céu, está disposta a abri-nos também a janela do céu, contanto que lhe sejamos devotos. Imaginemos por um momento a cena: os apóstolos, ao saberem que a Santíssima Virgem morreu, ou dormiu, reúnem-se todos ao redor do seu corpo inanimado. Alguns inclusive, têm que fazer uma longa viagem até Éfeso, onde provavelmente estaria Maria, já que, ao parecer, era São João quem cuidava dela, pois segundo a tradição, Nossa Senhora foi morar nessa cidade da Ásia Menor. Outros, talvez, nem conseguiram vê-la, pois quando lá chegaram, ela já teria subido aos céus. Deve ter sido surpreendente vê-la subindo aos céus! Assim como os Apóstolos viram o Senhor subindo aos céus, parece conveniente que vissem também Nossa Senhora subir aos céus. Deve ter sido também doloroso para os mesmos saber que a Mãe de Jesus já não estaria no meio deles em carne mortal, sentiriam saudades da presença materna daquela que eles consideravam sua mãe. Como é doloroso ver a mãe morrer! Mas como é maravilhoso vê-la sendo glorificada. Hoje, temos dois sentimentos: saudade de Nossa Senhora que se foi e alegria porque ela foi para ser nossa advogada lá no céu, pertinho do seu Filho e Nosso Senhor Jesus Cristo.

De muitos santos conservamos relíquias que nós veneramos com grande devoção, de Nossa Senhora não conservamos nenhuma relíquia, nenhum pedaço do seu corpo santo. O seu corpo não sofreu a corrupção. O Santo Padre, o Papa Pio XII, na definição desse dogma, o da assunção de Nossa Senhora, expressou-se da seguinte maneira: “(…) pela autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados Apóstolos Pedro e Paulo e nossa, proclamamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado: a imaculada Mãe de Deus, sempre virgem Maria, cumprido o curso de sua vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial. Por isso, se alguém, e que Deus não o permita, se atrevesse a negar ou voluntariamente colocar em dúvida o que por Nós foi definido, saiba que separou-se totalmente da fé divina e católica” (Constituição Dogmática “Munificentissimus Deus”, 01-11-1950). Aos dogmas da Maternidade divina, da Sempre Virgem, da Imaculada, juntava-se esse novo: a Assunção em corpo e alma de Nossa Senhora aos céus.

Maria subiu aos céus. Como é a nossa devoção para com ela, nossa Mãe e advogada? Muitos irmãos nossos, que demonstram pouco amor à Mãe de Jesus, não devem nunca atrapalhar a nossa fé no que diz respeito aos privilégios de Maria Santíssima. Não devem ser escutados! Como é a nossa devoção mariana? Deixamo-nos influenciar por idéias não-católicas no que se refere à Santíssima Virgem? A minha devoção a Nossa Senhora deve ser terna, ou seja, uma devoção na qual o coração tenha o seu espaço. Preciso tratá-la como mãe com aquelas práticas de devoções tão valorizadas pela tradição cristã: pelo menos uma parte do rosário, as saudações aos quadros da Santíssima Virgem, o “anjo do Senhor” ao meio-dia, as três Ave-Maria da noite pedindo a santa pureza, e tantos outros atos de devoção rijos, não adocicados, que mantêm o nosso fervor para com aquela que é a Mãe de Deus e nossa.

Pe. Françoá Costa

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Homilia de Dom Henrique Soares da Costa – Assunção de Nossa Senhora (Ano C)

Ap 11,19a; 12,1.3-6a.10ab
Sl 44
1Cor 15,20-27a
Lc 1,39-56

Esta é a maior das festas da Santíssima Virgem Maria; é a sua Assunção; a festa da sua entrada na glória, da sua plenitude como criatura, como mulher, como mãe, como discípula de Cristo Jesus. Como um rio, que após longa corrida deságua no mar, hoje, a Virgem Toda Santa deságua na glória de Deus: transfigurada no Espírito Santo, derramado pelo Cristo, ela está na glória do Pai!
Para compreendermos o profundo sentido do que celebramos, tomemos as palavras de São Paulo:“Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram. Com efeito, por um homem veio a morte e é também por um homem que vem a ressurreição dos mortos. Como em Adão todos morrem, em Cristo todos reviverão. Porém, cada qual segundo uma ordem determinada”. – Eis a nossa fé, o centro da nossa esperança: Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que adormeceram. Ele é o primeiro a ressuscitar, ele é a causa e o modelo da nossa ressurreição. Os que nele nascem pelo batismo, os que nele crêem e nele vivem, ressuscitarão com ele e como ele: logo após a morte ressuscitarão naquela dimensão imaterial que temos, núcleo da nossa personalidade, a que chamamos “alma”; e, no final dos tempos, quando todo o universo for glorificado, ressuscitaremos também no nosso corpo. Assim, em todo o nosso ser, corpo e alma, estaremos, um dia, revestidos da glória de Cristo, nosso Salvador, estaremos plenamente conformados a ele!
Ora, a Igreja crê, desde os tempos antigos, que a Virgem Maria já entrou plenamente nessa glória. Aquilo que todos nós só teremos em plenitude no final dos tempos, a Santíssima Mãe de Deus, já recebeu logo após a sua morte. Ela é a “Mulher vestida de sol, tendo a lua debaixo dos pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas”. Ela já está totalmente revestida da glória do Cristo, Sol de justiça – e esta glória é o próprio Espírito Santo que o Cristo Senhor nos dá. Ela já pisa a lua, símbolo das mudanças e inconstâncias deste mundo que passa. Ela já está coroada com doze estrelas, porque é a Filha de Sião, filha perfeita do antigo Israel e Mãe do novo Israel, que é a Igreja. Assim, a Virgem, logo após a sua morte – doce como uma dormição -, foi elevado ao céu, à glória do seu Filho em todo o seu ser, corpo e alma. Aquela que esteve perfeitamente unida ao Filho na cruz (cf. Lc 2,34s; Jo 19,25ss), agora está perfeitamente unida a ele na glória. São Paulo não dissera, falando do Cristo morto e ressuscitado? “Fiel é esta palavra: Se com ele morremos, com ele viveremos. Se com ele sofremos, com ele reinaremos” (2Tm 2,12). Eis! A Virgem que perfeitamente esteve unida ao seu Filho no caminho da cruz, perfeitamente foi unida a ele na glória da ressurreição. Aquela que sempre foi “plenamente agraciada” (Lc 1,28), de modo a não ter a mancha do pecado, não permaneceu na morte, salário do pecado. Assim, o que nós esperamos em plenitude para o fim dos tempos, a Virgem já experimenta agora e plenitude. Como é grande a salvação que o Cristo nos obteve! Como é grande a sua força salvífica ao realizar coisas tão grandes na sua Mãe!
Mas, a Festa de hoje não é somente da Virgem Maria. Primeiramente, ela glorifica o Cristo, Autor da nossa salvação, pois em Maria aparece a vitória sobre a morte, que Jesus nos conquistou. A liturgia hoje exclama: “Preservastes, ó Deus, da corrupção da morte aquela que gerou de modo inefável vosso próprio Filho feito homem, Autor de toda a vida”. Este senhorio de Cristo aparece hoje radiante na sua Mãe toda santa: em Maria, Cristo venceu a morte de Maria! Em segundo lugar, a festa de hoje é também festa da Igreja, de quem Maria é Mãe e figura. A liturgia canta: “Hoje, a Virgem Maria, Mãe de Deus, foi elevada à glória do céu. Aurora e esplendor da Igreja triunfante, ela é consolo e esperança para o vosso povo ainda em caminho”. Sim! A Mãe Igreja contempla a Mãe Maria e fica cheia de esperança, pois um dia, estará totalmente glorificada como ela, a Mãe de Jesus, já se encontra agora. Finalmente, a festa é de cada um de nós, pois já vemos em Nossa Senhora aquilo que, pela graça de Cristo, o Pai preparou para todos nós: que sejamos totalmente glorificados na glória luminosa do Espírito do Filho morto e ressuscitado. Aquilo que a Virgem já possui plenamente, nós possuiremos também: logo após a morte, na nossa alma; no fim dos tempos, também no nosso corpo!
Estejamos atentos! A festa hodierna recorda o nosso destino, a nossa dignidade e a dignidade do nosso corpo. O mundo atual, por um lado exalta o corpo nas academias, no culto da forma física, da moda e da beleza exterior; por outro lado, entrega o corpo à sensualidade, à imoralidade, à droga, ao álcool… É comum escutarmos que o que importa é o “espírito”, que a matéria, o corpo passa… Os cristãos não aceitam isso! Nosso corpo é templo do Espírito Santo, nosso corpo ressuscitará, nosso corpo é dimensão indispensável do nosso eu. Um documento recente da Igreja sobre a relação homem-mulher, chamava-se atenção exatamente para essa questão: o corpo em si, para o mundo, parece que não significa muita coisa, que não tem uma linguagem própria, que não diz algo do que eu sou, da minha identidade – inclusive sexual. Para nós, cristãos, o corpo integra profundamente a personalidade de cada um: meu corpo será meu por toda eternidade; meu corpo é parte de minha identidade por todo o sempre! Honremos, então nosso corpo: “O corpo não é para a fornicação e, sim, para o Senhor e o Senhor é para o corpo. Ora, Deus, que ressuscitou o Senhor, ressuscitará também a nós – em nosso corpo- pelo seu poder. Glorificai, portanto, a Deus em vosso corpo” (1Cor 6,14.20).
Então, caríssimos, olhemos para o céu, voltemos para lá o nosso coração! Celebremos! Com a Virgem Maria, hoje vencedora da morte, com a Igreja, que espera, um dia, triunfar totalmente como Maria Virgem, cantemos as palavras da Filha de Sião, da Mãe da Igreja, pensando na nossa vitória: “A minha alma engrandece o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque olhou para a humildade de sua serva. O Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor!” A ele a glória pelos séculos dos séculos. Amém.

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Homilia do Mons. José Maria – Assunção de Nossa Senhora (Ano C)

Assunção de Maria ao Céu

No dia 15 de agosto a Igreja celebra a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora, ou Nossa Senhora da Glória.

Diz o Prefácio da Solenidade que proclama maravilhosamente o mistério celebrado: “Hoje, a Virgem Maria, Mãe de Deus, foi elevada à glória do céu. Aurora e esplendor da Igreja triunfante, ela é consolo e esperança do vosso povo ainda em caminho, pois preservastes da corrupção da morte aquela que gerou de modo inefável o vosso próprio Filho feito homem, autor de toda a vida”.

Trata-se de uma verdade de fé, um dogma, proclamada pelo Papa Pio XII, no dia 1º de novembro de 1950: “Terminando o curso da sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma à glória celestial”. Ali a esperava o seu Filho Jesus, com o seu corpo glorioso, tal como Ela o tinha contemplado depois da Ressurreição.

As leituras contemplam esta realidade. A 1ª Leitura (Ap 11, 19; 12, 1-10) apresenta uma mulher vestida com o sol, tendo a lua sob os pés, e do Filho que ela deu à luz, um varão, que irá reger todas as nações. Nesta imagem a Mulher e o Filho representam Jesus Cristo e a Igreja, mais a mulher confunde-se também com Maria, pois nela realizou-se plenamente a Igreja.

A 2ª Leitura (1 Cor 15, 20-27) completa a idéia da 1ª. Paulo, falando de Cristo, primícias dos ressuscitados, termina dizendo que, um dia, todos os que crêem terão parte na Sua glorificação, mas em proporção diversa: “Primeiro, Cristo, como os primeiros frutos da seara; e a seguir, os que pertencem a Cristo” (1 Cor 15, 23). Entre os cristãos, o primeiro lugar pertence, sem dúvida, a Nossa Senhora, que foi sempre de Deus, porque jamais conheceu o pecado. É a única criatura em quem o esplendor da imagem de Deus nunca se viu ofuscado; é a Imaculada Conceição, a obra prima e intacta da Santíssima Trindade em quem o Pai, o Filho e o Espírito Santo sentiram as suas complacências, encontrando nela uma resposta total ao Seu amor.

A resposta de Maria ao amor de Deus ressoa no Evangelho (Lc 1, 35-56), tanto nas palavras de Isabel que exaltam a grande fé que levou Maria a aderir, sem vacilação alguma à vontade de Deus, como nas palavras da própria Virgem, que entoa um hino de louvor ao Altíssimo pelas maravilhas que realizou nela.

Ela é a nossa grande intercessora junto do Altíssimo. Maria nunca deixa de ajudar os que recorrem ao seu amparo: “Nunca se ouviu dizer que algum daqueles que tivesse recorrido à vossa proteção fosse por Vós desamparado”, rezava São Bernardo. Procuremos confiar mais na sua intercessão, persuadidos de que Ela é a Rainha dos céus e da terra, o refúgio dos pecadores, e peçamos-lhe com simplicidade: Mostrai-nos Jesus!

A Assunção de Maria é uma preciosa antecipação da nossa ressurreição e baseia-se na ressurreição de Cristo, que transformará o nosso corpo corruptível, fazendo-o semelhante ao seu corpo glorioso. Por isso São Paulo recorda-nos (1 Cor 15, 20-26): “Se a morte veio por um homem (pelo pecado de Adão), também por um homem, Cristo, veio a ressurreição. Por Ele, todos retornarão à vida, mas cada um a seu tempo: como primícias, Cristo; em seguida, quando Ele voltar, todos os que são de Cristo; depois , os últimos, quando Cristo devolver a Deus Pai o seu reino…Essa vinda de Cristo, de que fala o Apóstolo, disse o Papa João Paulo II, “não devia por acaso cumprir-se, neste único caso (o da Virgem), de modo excepcional, por dizê-lo assim, imediatamente, quer dizer, no momento da conclusão da sua vida terrena? Esse final da vida que para todos os homens é a morte, a Tradição, no caso de Maria, chama-o com mais propriedade dormição. Para nós, a Solenidade de hoje é como uma continuação da Páscoa, da Ressurreição e da Ascensão do Senhor. E é, ao mesmo tempo, o sinal e a fonte da esperança da vida eterna e da futura ressurreição”.

A Solenidade de hoje enche-nos de confiança nas nossas súplicas. Pois, diz São Bernardo, “subiu aos céus a nossa Advogada para, como Mãe do Juiz e Mãe de Misericórdia, tratar dos negócios da nossa esperança.” Ela alenta continuamente a nossa esperança. Ensina São Josemaria Escrivá: “Somos ainda peregrinos, mas a nossa Mãe precedeu-nos e indica-nos já o termo do caminho: repete-nos que é possível lá chegarmos, e que lá chegaremos, se formos fiéis. Porque a Santíssima Virgem não é apenas nosso exemplo: é auxílio dos cristãos. E ante a nossa súplica – mostra que és Mãe – , não sabe nem quer negar-se a cuidar dos seus filhos com solicitude maternal.

Fixemos o nosso olhar em Maria, já assunta aos céus. Ela é a certeza e a prova de que os seus filhos estarão um dia com o corpo glorificado junto de Cristo glorioso. A nossa aspiração à vida eterna ganha asas ao meditarmos que a nossa Mãe celeste está lá em cima, que nos vê e nos contempla com o seu olhar cheio de ternura, com tanto mais amor quanto mais necessitados nos vê.

No dia dedicado às Vocações Religiosas, Maria é apresentada como Modelo de pessoa consagrada e um “sinal” de Deus no mundo de hoje.

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A EXEMPLO DE MARIA, TAMBÉM CARREGUEMOS JESUS EM NOSAS PESSOAS, E O LEVAMOS AO MUNDO ATRAVÉS DA INTERNET.

Prezados irmãos. No Evangelho de hoje nós contemplamos a virgem Maria que carrega Deus Vivo em seu próprio corpo. Esta foi uma grande honra, um grande privilégio desta jovem escolhida de Deus para tão grande e nobre missão. A missão de ser a ponte de ligação entre Deus e a Humanidade. O canal que ligou a pessoa de Deus Pai ao mundo pelo Seu Filho Jesus Cristo.

Nós também podemos ser este canal, esta ponte que ligam a palavra de Deus aos irmãos deste mundo tão conturbado, tão violento, que às vezes até pensamos que foi ele abandonado por Deus. Mais não foi não. O ser humano é que abandonou Deus. Ainda bem que não são todos os que fizeram isso. Ainda bem que existem aqueles como nós que insistimos em continuar tentando ser imitadores de Cristo, tentando levar seus ensinamentos ao mundo.

Quero parabenizar a você que visita sempre este Blog, que participa desta experiência virtual pela internet, para beber da fonte de água limpa, para encontrar forças para o seu dia a dia.

Prezada irmã, prezado irmão. Convido os a fazer algo mais do que se revigorar com estas leituras, convido-os a pensar em uma maneira de evangelizar pela internet, a exemplo deste nosso trabalho. É a evangelização do futuro.

Não podemos negar os perigos existentes. Mas onde não há perigo? Eles sempre existiram. Basta dar uma olhada nas vidas dos grandes mártires da nossa Igreja.

Queridos irmãos. Aqui nós nos encontramos neste ambiente virtual, para nos carregar da sabedoria, do amor e da paz de Deus, nosso Pai, e da graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo. Mas tudo isso não deve ficar estacionado em nossas pessoas. Precisamos carregar, levar essa riqueza ao mundo no amor e na comunhão, e pela força do Espírito Santo.
Bendito seja Deus que aqui nos reuniu no amor de Cristo! Que nos uniu pela tecnologia da Internet, para que iluminados pela Luz do Espírito Santo, possamos fazer maravilhas, ao refletir esta poderosa luz ao mundo. Alguém precisa fazer isso. E esse alguém somos nós.

Jesus Mestre, que dissestes: "Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, eu aí estarei no meio deles", ficai conosco, aqui reunidos pela grande rede da internet, para que tenhamos mais coragem de meditar, comungar e partilhar a vossa Palavra com todas aquelas e aqueles de boa vontade . Assimilando e praticando primeiro e depois levando-a a todos os que acessam estas páginas. Proteja-nos daqueles que não vivendo a vossa palavra, não comungando os mesmos ideais, tentam por vezes nos atrapalhar ou impedir de continuar esta missão. Espírito de Verdade. Iluminai-nos, para que compreendamos cada vez melhor as Sagradas Escrituras. Vós que Sois o Guia e o Caminho: Fazei-nos dóceis ao vosso seguimento. Vós que Sois a Vida: transformai as nossas vidas de forma que a exemplo de Paulo, possamos dizer: que não somos mais nós que vivemos, mas sim é Cristo que vive em nós. Faça de nós aquela terra boa, onde a Palavra de Deus cai, germina e produza muitos frutos abundantes de santidade e conversão a todos que vierem beber nesta fonte. Pai. Nós te pedimos em nome de Jesus. Faça com que mais pessoas a cada dia, descubram estas nossas páginas na internet, e a passem para seus amigos e parentes, para que a vossa luz brilhe a todos, como dissestes pela boca do teu filho: “ Ide pelo mundo, e ensinai o Evangelho a todas as criatura. E quem crer será salvo...” Amém.

Sal.

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MARIA VISITA IZABEL

A Solenidade de hoje, a Assunção de Nossa Senhora ao Céu, inscreve-se dentro da profunda e ininterrupta tradição da Igreja no amor a Maria e na compreensão do Seu papel na Salvação. Para que tal ficasse definitivamente seguro a Igreja declarou, por Pio XII e o episcopado, a definição dogmática da Assunção de Nossa Senhora. É a confirmação do grito da vida que precede qualquer lei ou definição.

Bendita és tu, Maria! Hoje, Jesus ressuscitado acolhe a sua mãe na glória do céu…
Hoje, Jesus vivo, glorificado à direita do Pai, põe sobre a cabeça da sua mãe a coroa de doze estrelas…

Primeira leitura: Maria, imagem da Igreja. Como Maria, a Igreja gera na dor um mudo novo. E como Maria, participa na vitória de Cristo sobre o Mal.

Salmo: Bendita és tu, Virgem Maria! A esposa do rei é Maria. Ela tem os favores de Deus e está associada para sempre à glória do seu Filho.

Segunda leitura: Maria, nova Eva. Novo Adão, Jesus faz da Virgem Maria uma nova Eva, sinal de esperança para todos os homens.

Evangelho: Maria, Mãe dos crentes. Cheia do Espírito Santo, Maria, a primeira, encontra as palavras da fé e da esperança: doravante todas as gerações a chamarão bem-aventurada!

Leituras Primeira Leitura - Livro do Apocalipse de São João ( Ap 11,19a; 12,1.3-6a.10ab )

19aAbriu-se o Templo de Deus que está no céu e apareceu no Templo a Arca da Aliança.
12,1Então apareceu no céu um grande sinal: uma Mulher vestida de sol, tendo a lua debaixo dos pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas.

3Então apareceu outro sinal no céu: um grande Dragão, cor de fogo. Tinha sete cabeças e dez chifres e, sobre as cabeças, sete coroas. 4Com a cauda, varria a terça parte das estrelas do céu, atirando-as sobre a terra. O Dragão parou diante da Mulher, que estava para dar à luz, pronto para devorar o seu Filho, logo que nascesse. 5E ela deu à luz um filho homem, que veio para governar todas as nações com cetro de ferro. Mas o Filho foi levado para junto de Deus e do seu trono. 6aA mulher fugiu para o deserto, onde Deus lhe tinha preparado um lugar.

10abOuvi então uma voz forte no céu, proclamando: “Agora realizou-se a salvação, a força e a realeza do nosso Deus, e o poder do seu Cristo”.
Palavra do Senhor

Salmo Responsorial - Salmo 44

À vossa direita se encontra a rainha,
com veste esplendente de ouro de Ofir.

As filhas de reis vêm ao vosso encontro,
e à vossa direita se encontra a rainha
com veste esplendente de ouro de Ofir.

À vossa direita se encontra a rainha,
com veste esplendente de ouro de Ofir.


Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto:
“Esquecei vosso povo e a casa paterna!
Que o Rei se encante com vossa beleza!
Prestai-lhe homenagem: é vosso Senhor!

À vossa direita se encontra a rainha,
com veste esplendente de ouro de Ofir.


Entre cantos de festa e com grande alegria,
ingressam, então, no palácio real”.

À vossa direita se encontra a rainha,
com veste esplendente de ouro de Ofir.

Segunda Leitura - Primeira Carta de Paulo aos Coríntios (1Cor 15,20-27a)

Irmãos: 20Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram. 21Com efeito, por um homem veio a morte e é também por um homem que vem a ressurreição dos mortos.

22Como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos reviverão. 23Porém, cada qual segundo uma ordem determinada: Em primeiro lugar, Cristo, como primícias; depois, os que pertencem a Cristo, por ocasião da sua vinda.

24A seguir, será o fim, quando ele entregar a realeza a Deus-Pai, depois de destruir todo principado e todo poder e força. 25Pois é preciso que ele reine até que todos os seus inimigos estejam debaixo de seus pés. 26O último inimigo a ser destruído é a morte. 27aCom efeito, “Deus pôs tudo debaixo de seus pés”.
Palavra do Senhor.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas (Lc 1,39-56)

Naqueles dias, 39Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judéia. 40Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel.

41Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. 42Com um grande grito, exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! 43Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? 44Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. 45Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu”.

46Então Maria disse: “A minha alma engrandece o Senhor, 47e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, 48porque olhou para a humildade de sua serva. Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada, 49porque o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor. O seu nome é santo, 50e sua misericórdia se estende, de geração em geração, a todos os que o respeitam. 51Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os soberbos de coração. 52Derrubou do trono os poderosos e elevou os humildes. 53Encheu de bens os famintos, e despediu os ricos de mãos vazias.

54Socorreu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, 55conforme prometera aos nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre”.

56Maria ficou três meses com Isabel; depois voltou para casa.
Palavra da Salvação.

Comentário

Homilia do Papa João Paulo II na Festa da Assunção de Nossa Senhora

"A minha alma engrandece o Senhor" (Lc 1, 46)

A Igreja peregrina na história une-se hoje ao cântico de exultação da Bem-aventurada Virgem Maria; exprime a sua alegria e louva a Deus porque a Mãe do Senhor entra triunfante na glória do céu. No mistério da sua Assunção, aparece o significado completo e definitivo das palavras que ela mesma pronunciou em Ain-Karin, ao responder à saudação de Isabel: "Porque me fez grandes coisas o Onipotente" (Lc 1, 49).

Graças à vitória pascal de Cristo sobre a morte, a Virgem de Nazaré, unida profundamente ao mistério do Filho de Deus, compartilhou de modo singular os seus efeitos salvíficos. Correspondeu plenamente com o seu "Sim" à vontade divina, participou intimamente na missão de Cristo e foi a primeira, depois d'Ele, a entrar na glória, em corpo e alma, na integridade do seu ser humano.

O "Sim" de Maria é alegria para quantos estavam nas trevas e na sombra da morte. Com efeito, através d'Ela veio ao mundo o Senhor da vida. Os crentes exultam e veneram-n'A como Mãe dos filhos remidos por Cristo. Em particular neste dia, contemplam-n'A como "sinal de consolação e de segura esperança" para todo o homem e cada povo a caminho rumo à Pátria eterna.

Caríssimos Irmãos e Irmãs, voltemos o nosso olhar para a Virgem que a Liturgia nos faz invocar como Aquela que rompe os vínculos dos oprimidos, restitui a luz aos cegos, afasta de nós todos os males e nos obtém todo o bem.

"Magnificat anima mea Dominum"

A Comunidade eclesial renova na solenidade de hoje o cântico de agradecimento de Maria: o faz como Povo de Deus e pede a cada crente que se una ao coro de louvor ao Senhor. A isto, já desde os primeiros séculos, exortava Santo Ambrósio: "Seja em cada um a alma de Maria a magnificar o Senhor, seja em cada um o espírito de Maria a exultar em Deus" (S. Ambrósio, Exp. Ev. Luc., II, 26). As palavras do Magnificat são como que o testamento espiritual da Virgem Mãe. Com razão, portanto, elas constituem a herança de quantos, ao reconhecerem-se seus filhos, decidem acolhê-la na própria casa, como fez o apóstolo João, que a recebeu como Mãe diretamente de Jesus, aos pés da cruz (cf. Jo 19, 27).

"Signum magnum paruit in caelo" (Ap 12, 1).

A página do Apocalipse, que há pouco foi proclamada, ao apresentar o "sinal grandioso" da "mulher vestida de sol" (Ap 12, 1), afirma que ela "estava grávida, com dores de parto, e gritava com ânsias de dar à luz" (Ap 12, 2). Também Maria, como escutamos no Evangelho, quando vai ajudar a prima Isabel leva no seu seio o Salvador, concebido por obra do Espírito Santo.

Ambas as figuras de Maria, aquela histórica descrita no Evangelho e a velada no Livro do Apocalipse, simbolizam a Igreja. O fato de a condição de gravidez, como depois o parto, as insídias do dragão e o arrebatamento do recém-nascido "para junto de Deus e do Seu trono" (Ap 12, 4-5) pertencerem também à Igreja "celeste", contemplada em visão pelo apóstolo João, é bastante eloqüente e, na solenidade de hoje, é motivo de profunda reflexão.

Assim como Cristo, que ressuscitou e subiu ao céu, traz para sempre em Si, no seu corpo glorioso e no seu coração misericordioso, as feridas da morte redentora, assim também a sua Mãe tem na eternidade "as dores de parto e as ânsias de dar à luz" (Ap 12, 2). E assim como o Filho, mediante a sua morte, não cessa de reabilitar todos os que por Deus são gerados como filhos adotivos, de igual modo a nova Eva continua, de geração em geração, a dar à luz o homem novo, "criado segundo Deus, na justiça e na santidade verdadeiras" (Ef 4, 24). Trata-se da maternidade escatológica da Igreja, presente e operante na Virgem.

No presente momento histórico esta dimensão do mistério de Maria parece mais do que nunca significativa. Nossa Senhora, elevada entre os Santos à glória de Deus, é sinal seguro de esperança para a Igreja e para a humanidade inteira. A glória da Mãe é motivo de alegria imensa para todos os seus filhos, uma alegria que conhece as amplas ressonâncias do sentimento, típicas da piedade popular, ainda que a elas não se reduza. É uma alegria, por assim dizer, teologal, firmemente fundada no mistério pascal. Neste sentido, a Virgem é "causa nostrae laetitiae – causa da nossa alegria".

Elevada ao céu, Maria indica a via de Deus, a estrada do Céu, o caminho da Vida. Mostra-a aos seus filhos batizados em Cristo e a todos os homens de boa vontade. Abre-a sobretudo aos pequeninos e aos pobres, prediletos da misericórdia divina. Aos indivíduos e às nações, a Rainha do mundo manifesta o poder de amor de Deus, cujos desígnios dispersam os dos soberbos, derrubam os poderosos e exultam os humildes, cumulando de bens os famintos e despedindo os ricos com as mãos vazias (cf. Lc 1, 51-53).

Ao celebrar a sua Assunção ao Céu em corpo e alma, oremos a Maria para que ajude os homens e as mulheres do nosso tempo a viverem com fé e esperança neste mundo, procurando o Reino de Deus em todas as coisas; oxalá ela ajude os crentes a abrirem-se à presença e à ação do Espírito Santo, Espírito Criador e Renovador, capaz de transformar os corações; ilumine as mentes acerca do destino que nos espera, da dignidade de cada pessoa e da nobreza do corpo humano.

Maria, elevada ao Céu, mostra-te a todos como Mãe de esperança! Mostra-te a todos como Rainha da Civilização do amor!

Fernando Torres cmf

http://www.ciudadredonda.org/subsecc_ma_d.php?sscd=157&scd=1&id=2893

ASSUNÇÃO DE N.SENHORA

Comentário

Homilia do Papa João Paulo II na Festa da Assunção de Nossa Senhora

"A minha alma engrandece o Senhor" (Lc 1, 46)

A Igreja peregrina na história une-se hoje ao cântico de exultação da Bem-aventurada Virgem Maria; exprime a sua alegria e louva a Deus porque a Mãe do Senhor entra triunfante na glória do céu. No mistério da sua Assunção, aparece o significado completo e definitivo das palavras que ela mesma pronunciou em Ain-Karin, ao responder à saudação de Isabel: "Porque me fez grandes coisas o Onipotente" (Lc 1, 49).

Graças à vitória pascal de Cristo sobre a morte, a Virgem de Nazaré, unida profundamente ao mistério do Filho de Deus, compartilhou de modo singular os seus efeitos salvíficos. Correspondeu plenamente com o seu "Sim" à vontade divina, participou intimamente na missão de Cristo e foi a primeira, depois d'Ele, a entrar na glória, em corpo e alma, na integridade do seu ser humano.

O "Sim" de Maria é alegria para quantos estavam nas trevas e na sombra da morte. Com efeito, através d'Ela veio ao mundo o Senhor da vida. Os crentes exultam e veneram-n'A como Mãe dos filhos remidos por Cristo. Em particular neste dia, contemplam-n'A como "sinal de consolação e de segura esperança" para todo o homem e cada povo a caminho rumo à Pátria eterna.

Caríssimos Irmãos e Irmãs, voltemos o nosso olhar para a Virgem que a Liturgia nos faz invocar como Aquela que rompe os vínculos dos oprimidos, restitui a luz aos cegos, afasta de nós todos os males e nos obtém todo o bem.

"Magnificat anima mea Dominum"

A Comunidade eclesial renova na solenidade de hoje o cântico de agradecimento de Maria: o faz como Povo de Deus e pede a cada crente que se una ao coro de louvor ao Senhor. A isto, já desde os primeiros séculos, exortava Santo Ambrósio: "Seja em cada um a alma de Maria a magnificar o Senhor, seja em cada um o espírito de Maria a exultar em Deus" (S. Ambrósio, Exp. Ev. Luc., II, 26). As palavras do Magnificat são como que o testamento espiritual da Virgem Mãe. Com razão, portanto, elas constituem a herança de quantos, ao reconhecerem-se seus filhos, decidem acolhê-la na própria casa, como fez o apóstolo João, que a recebeu como Mãe diretamente de Jesus, aos pés da cruz (cf. Jo 19, 27).

"Signum magnum paruit in caelo" (Ap 12, 1).

A página do Apocalipse, que há pouco foi proclamada, ao apresentar o "sinal grandioso" da "mulher vestida de sol" (Ap 12, 1), afirma que ela "estava grávida, com dores de parto, e gritava com ânsias de dar à luz" (Ap 12, 2). Também Maria, como escutamos no Evangelho, quando vai ajudar a prima Isabel leva no seu seio o Salvador, concebido por obra do Espírito Santo.

Ambas as figuras de Maria, aquela histórica descrita no Evangelho e a velada no Livro do Apocalipse, simbolizam a Igreja. O fato de a condição de gravidez, como depois o parto, as insídias do dragão e o arrebatamento do recém-nascido "para junto de Deus e do Seu trono" (Ap 12, 4-5) pertencerem também à Igreja "celeste", contemplada em visão pelo apóstolo João, é bastante eloqüente e, na solenidade de hoje, é motivo de profunda reflexão.

Assim como Cristo, que ressuscitou e subiu ao céu, traz para sempre em Si, no seu corpo glorioso e no seu coração misericordioso, as feridas da morte redentora, assim também a sua Mãe tem na eternidade "as dores de parto e as ânsias de dar à luz" (Ap 12, 2). E assim como o Filho, mediante a sua morte, não cessa de reabilitar todos os que por Deus são gerados como filhos adotivos, de igual modo a nova Eva continua, de geração em geração, a dar à luz o homem novo, "criado segundo Deus, na justiça e na santidade verdadeiras" (Ef 4, 24). Trata-se da maternidade escatológica da Igreja, presente e operante na Virgem.

No presente momento histórico esta dimensão do mistério de Maria parece mais do que nunca significativa. Nossa Senhora, elevada entre os Santos à glória de Deus, é sinal seguro de esperança para a Igreja e para a humanidade inteira. A glória da Mãe é motivo de alegria imensa para todos os seus filhos, uma alegria que conhece as amplas ressonâncias do sentimento, típicas da piedade popular, ainda que a elas não se reduza. É uma alegria, por assim dizer, teologal, firmemente fundada no mistério pascal. Neste sentido, a Virgem é "causa nostrae laetitiae – causa da nossa alegria".

Elevada ao céu, Maria indica a via de Deus, a estrada do Céu, o caminho da Vida. Mostra-a aos seus filhos batizados em Cristo e a todos os homens de boa vontade. Abre-a sobretudo aos pequeninos e aos pobres, prediletos da misericórdia divina. Aos indivíduos e às nações, a Rainha do mundo manifesta o poder de amor de Deus, cujos desígnios dispersam os dos soberbos, derrubam os poderosos e exultam os humildes, cumulando de bens os famintos e despedindo os ricos com as mãos vazias (cf. Lc 1, 51-53).

Ao celebrar a sua Assunção ao Céu em corpo e alma, oremos a Maria para que ajude os homens e as mulheres do nosso tempo a viverem com fé e esperança neste mundo, procurando o Reino de Deus em todas as coisas; oxalá ela ajude os crentes a abrirem-se à presença e à ação do Espírito Santo, Espírito Criador e Renovador, capaz de transformar os corações; ilumine as mentes acerca do destino que nos espera, da dignidade de cada pessoa e da nobreza do corpo humano.

Maria, elevada ao Céu, mostra-te a todos como Mãe de esperança! Mostra-te a todos como Rainha da Civilização do amor!

Fernando Torres cmf

http://www.ciudadredonda.org/subsecc_ma_d.php?sscd=157&scd=1&id=2893

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Porque fixou seu olhar na insignificância de sua escrava. Eis pois que a partir de agora chamar-me-ão ditosa, todas as gerações.

E disse Maria: Enaltece minha alma ao Senhor. E meu espírito encheu-se de gozo no Deus meu Salvado. O Magnificat constitui um louvor em alta voz. Louvor de agradecimento a Deus, que é Senhor e a Deus que é seu Salvador. Exalta minha alma ao Senhor. Este é, um grito de ação de graças por um benefício recebido. Neste hino de louvor Maria vê antecipadamente a ação salvífica divina. A razão é: Porque fixou seu olhar na insignificância de sua escrava. Eis pois que a partir de agora chamar-me-ão ditosa, todas as gerações.
A primeira razão da ação de graças é pois, a natureza transcendental ou divina de quem provém a eleição traduzida em benevolência: Deus. A segunda, é a pequenez da qual ele se deixou conquistar, pois escolheu um ser insignificante como é uma escrava. É por isso que todas as gerações a chamarão bendita ou seja privilegiada de Deus.
Porque fez para mim grandes coisas o Poderoso já que é sagrado seu nome . Sem especificar quais eram essas coisas, Maria termina com louvor dedicado a esse nome que era sagrado: já que seu nome é sagrado. Isto pode significar que não pode ser pronunciado e que poderíamos traduzir por seu nome é único como divino. Sem dúvida que a base das grandes coisas feitas pelo poder divino era a maternidade especial de Maria da qual Isabel era testemunha através do espírito de profecia.
Pois a misericórdia dele será de geração a gerações para os que o temem. Vemos aqui a misericórdia divina que é infinita, perdura de geração de gerações. O amor com que se ama a um desvalido ou necessitado para ajudá-lo, transpassa os limites de uma geração.
Maria oferece uma definição da atuação divina que merece a pena considerar: Deus é misericórdia para os que o respeitam. Respeito e reverência que se traduz em obediência às leis de modo escrupuloso. A misericórdia é um ato de amor correspondente a quem se inclina ao mais fraco para ajudá-lo e consolá-lo. Esta é a linha geral que Maria descobriu em Deus, através da escolha particular de sua insignificante pessoa.
Fez força no seu braço: desbaratou os arrogantes de pensamento no íntimo de seus corações. Para melhor entender o versículo poderíamos traduzir: Seu braço mostrou-se poderoso ao desbaratar os arrogantes de pensamento no íntimo de seus corações. O arco dos poderosos é quebrado; os debilitados são cingidos de força , pois aos poderosos Ele rebaixou dos tronos e exaltou os de humilde condição. Aos famintos cumulou de bens e aos ricos despediu de mãos vazias.
Neste ponto Maria segue o Sl 107, 9 e o cântico de Ana: Os que viviam na fartura se empregam por comida. Os que tinham fome não precisam trabalhar (1 Sm 2, 4-5). Maria acompanha a política de Jesus nas bem-aventuranças, de modo especial a redação de Lucas :Benditos os famintos…Ai de vós os saciados agora (Lc 6).Deus olhou e abraçou Israel, seu filho, para se recordar da misericórdia como falou aos nossos pais, Abraão e à sua prole pelos séculos Gn 17, 7.
Maria não reteve nada para si! Entregue ao Espírito Santo ela se determinou a servir a Deus. Não perdeu tempo e se oferecendo para ser serva do Senhor correu para ajudar Isabel que precisava dela. Maria permaneceu com ela Isabel como três meses e voltou a sua casa [a Nazaré] Sem dúvida que era o tempo que faltava para que Isabel desse à luz seu filho e Maria consequentemente ficou com a anciã parente, até o momento do nascimento de João. Assim se explicam os detalhes do mesmo de que Lucas é narrador e Maria, sem dúvida, a testemunha.
Os evangelhos deveriam ser relatos de salvação, referidos a fatos e ditos de Jesus. Mas este relato de hoje tem como protagonista Maria. Ela é a figura central já que o Filho ainda era um feto que carregava no seio e dependia totalmente da Mãe. Isso nos indica que Maria está unida intrinsecamente a seu filho na história da salvação. Maria de certa forma faz parte nossa salvação como Mãe do Senhor.
Maria é mais do que a arca do Senhor que Davi humildemente recebeu maravilhado (2 Sm 6, 9). Ela é a Mãe do Senhor. Recebê-la como visita é um favor que nos iguala a Isabel. E escutar o Magnificat é entrar dentro dos planos da providência divina para encontrarmos um alívio a nossa pequenez e insignificância. Não em nossos méritos mais nessas circunstâncias, aparentemente desfavoráveis, encontraremos a bondade divina expressa em misericórdia.
No nosso mundo em que a maternidade parece estar fora de moda, o encontro entre as duas futuras mães, é um toque de gozo e esperança, como a renovação da vida que sempre é acompanhada de penalidades mais que indubitavelmente termina em feliz regeneração.
Isabel, como profeta de Deus, dá a Maria o título máximo que a representa ao povo de Deus: Quem sou eu para que a mãe do meu Senhor venha me visitar? Mãe do Senhor! Isabel a proclama como modelo entre as mulheres. Não é querendo tronos que estaremos na mira da misericórdia divina, mas sentindo nossa insignificância que veremos sua bondade refletida como favor e benevolência em nossas vidas.

Amém.

Abraço carinhoso.

Profª MARIA REGINA

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MARIA VISITA IZABEL.

Como posso merecer que a mãe do meu Senhor venha visitar-me?

Maria vai ao encontro de Izabel, carregando em si, em seu corpo, o Próprio Deus. Por isso Maria é digna do nosso mais alto respeito. Como podemos dizer que Maria não passou de uma mulher qualquer? Absurdo. É claro que os poderes de Maria são provenientes do imenso e infinito Poder de Deus. Assim Ela pode ser comparada ao brilho refletido a nós pela Lua, o qual não é da Lua mais sim do Sol, o astro Rei. Em outras palavras, a Lua não tem luz própria. Ele apenas reflete até nós, a luz do Sol.

Da mesma forma, o poder de Maria não é dela, mais sim de Deus, por ter acolhido em seu corpo o filho de Deus gerando pelo poder do Espírito Santo. Não aceitar isso é o mesmo que não aceitar o Mistério da nossa fé.

A missão de Maria foi no início, uma vez passado o espanto da experiência da concepção anunciada pelo anjo, motivo de muita honra e grande alegria. Porém, depois de 33 anos, significou: sofrimento, angústia e tristeza, para depois se alegrar com a ressurreição do seu Filho amado, o próprio Deus que habitara em seu corpo.

Maria foi a escolhida entre tantas outras mulheres do mundo inteiro, para fazer parte do Plano de Deus. Foi escolhida pela sua fé, pela sua pureza de alma, ou seja, sua inocência. Poderíamos imaginar onde Deus encontraria hoje uma moça igual a Maria?

Maria foi incumbida da mais alta responsabilidade, tendo de enfrentar o desprezo temporário de José até que o anjo falasse com ele. Hoje também Maria é desprezada por aqueles que não a aceitam como a mãe de Jesus ou de Deus. Maria teve de enfrentar perigos ao fugir para o Egito sobre a orientação e proteção de Deus.

Maria é para nós, além da Mãe de Deus, (porque Jesus é Deus), exemplo de pureza, obediência, fé, entre tantos outros santos predicados, cuja lista é muito grande. Portanto, ela merece de nossa parte todo respeito.

Sal.

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EM 2009 PEBLICAMOS ESTAS VREFLEXÕES NA ASSUNÇÃO DE MARIA

PRIMEIRA LEITURA (Miqueias 5,1-4)

O profeta Miquéias anuncia a chegada de Jesus, o qual sairá da pequena cidade de Belém. E Miquéias afirma que Jesus é chamado para governar Israel. Está aí uma das preocupações dos líderes políticos e religiosos do tempo de Jesus, com a sua presença que os incomodava. O profeta faz também referência a Maria, embora sem esclarecer o seu nome. Por isso, (Deus) os deixará, até o tempo em que der à luz aquela que há de dar à luz.
E acrescenta que o enviado de Deus, vai apascentar o seu povo, com o poder do Senhor, com a majestade do nome do Senhor, seu Deus. E o seu nome será exaltado até os confins da terra, trazendo a paz aos homens de boa vontade.

SEGUNDA LEITURA (Hebreus 10,5-10)

A carta aos Hebreus está dizendo que Cristo não quer sacrifícios, holocaustos nem oblações, mais sim misericórdia. Essa prática de queimar animais em Holocaustos e sacrifícios pelo perdão dos pecados como faziam os antigos e os judeus no Templo, não agradam a Deus. Ele não recebe com agrado os sacrifícios nem as ofertas, nem os holocaustos, nem as vítimas pelo perdão dos pecados que para os judeus cumpridores apenas da Lei consideravam que eram as imolações legais.

Jesus aboliu o antigo regime e estabeleceu uma nova economia, ou a Nova Aliança. Jesus é a nova Vítima, o novo Cordeiro que foi imolado pelos nossos pecados. Ao contrário dos fariseus que faziam sacrifícios, cujo objetivo principal na prática era ganhar rios de dinheiro com a venda de animais que eram queimados no Templo, Jesus prega o amor ao próximo, e critica toda aquela interpretação distorcida da vontade do Pai. Jesus é contra aquele legalismo e aquele ritualismo que se apegam a leis e normas que escrupulosamente dão maior importância a uma multidão de observâncias e ritos, que não levam a nada. “...pois amar o próximo como si mesmo, é melhor do que todos os holocaustos e do que todos os sacrifícios” (Mc 12,28-34).

Esse texto nos mostra que é muito mais importante a esmola do que uma penitência estúpida do tipo expor-se a algum sofrimento voluntariamente para purificação dos próprios pecados. A caridade, sim, nos purifica. Jesus disse aos fariseus de ontem e de hoje. “ O que você fez na realidade da vida diária pelos seus irmãos mais pequenos?” ( cf. Mt. 25,31-46)

EVANGELHO (Lucas 1,39-45)


Maria vai à casa de Isabel.

Deus fala pelos profetas sobre a esperança da salvação de seu povo, O Seu Filho que trará uma Aliança nova e eterna destinada a todos os homens. Os profetas anunciam uma redenção radical do Povo de Deus, a purificação de todas as suas infidelidades, uma salvação que incluirá todas as nações.

E todas as mulheres santas como Sara, Rebeca, Raquel, Míriam, Débora, Ana, Judite, Ester e Izabel, mantiveram viva a esperança da salvação de Israel. De todas elas a figura mais pura é a de Maria, que é exemplo de obediência da fé. Porque obedecer na fé significa submeter-se livremente à palavra ouvida, visto que sua verdade é garantida por Deus, a própria Verdade. Deste modelo de obediência, a Virgem Maria, sua mais perfeita realização.

A Virgem Maria realiza da maneira mais perfeita de obediência da fé. Na fé, Maria acolheu o anúncio e a promessa trazida pelo anjo Gabriel, acreditando que "nada é impossível a Deus" e dando seu assentimento: "Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra".

Maria vai visitar Isabel. E ao chegar lá, Isabel a saudou: dizendo: bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre. Que era Jesus. Bem-aventurada a que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido. É em virtude desta fé que todas as gerações a proclamarão bem-aventurada. Durante toda a sua vida e até sua última provação , quando Jesus, seu filho, morreu na cruz, sua fé não vacilou. Maria não deixou de crer "no cumprimento" da Palavra de Deus. Por isso a Igreja venera Maria pela realização mais pura da fé.

Ao anúncio de que, sem conhecer homem algum, ela conceberia o Filho do Altíssimo pela virtude do Espírito Santo, Maria respondeu com a "obediência da fé", certa de que "nada é impossível a Deus": "Eu sou a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra". Assim, dando à Palavra de Deus o seu consentimento, Maria se tornou a Mãe de Jesus e, abraçando de todo o coração, sem que nenhum pecado a retivesse, a vontade divina de salvação, entregou-se ela mesma totalmente à pessoa e à obra de seu Filho, para servir, na dependência dele e com Ele, pela graça de Deus, ao Mistério da Redenção.

Que bom seria se todos nós tivéssemos a fé, a humildade, a coragem, a confiança em Deus e a obediência da fé que Maria tinha.

Sal.

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ISABEL RECEBE A VISITA DE MARIA

Deixe-se Visitar...

Lc 1,39-56)

Celebramos hoje, em toda a Igreja, a festa da visitação de Nossa Senhora, a sua prima Isabel.

"Maria pôs-se a caminho para a região montanhosa" (Lc. 1, 39).

Até pouco tempo Maria levava, uma vida "normal"; porém depois do grande anúncio tudo muda; só Deus sabe o que passou em seus pensamentos, talvez muitas preocupações diante de um fato tão grandioso, do qual estava participando diretamente. Porém, uma coisa é certa ela confia no Senhor. Não ficou presa no fato em si, mas põe-se, como nos diz a leitura, a caminho.

No diálogo que teve com o anjo, 'na anunciação', Maria fica sabendo que também Isabel foi agraciada milagrosamente: "Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice, e este é o sexto mês para aquela que chamavam de estéril". (Lc. 1,36). Maria vai visitar sua parenta e ao vê-la confirma-se o que anjo já lhe havia falado.

"Quando Isabel ouviu a saudação de Maria a criança lhe estremeceu no ventre e Isabel ficou repleta do Espírito Santo" (Lc. 1,41).

Ao chegar na casa de Isabel, após uma longa viagem de pouco mais de cem quilômetros, as duas mulheres se encontram, e não só elas, também os frutos da bondade e do amor de Deus. Aqui aproveito para abrir um pequeno parêntese, Maria estava com poucos dias de gestação, e ainda assim o seu filho foi percebido por Isabel, e o ainda não nascido João Batista. Como é que pode alguns ainda colocarem em dúvida se o feto não constitui ainda um ser humano, capaz de reconhecer as grandes maravilhas de Deus, mesmo que estes sejam de poucos centímetros?

Maria foi a primeira anunciadora da boa nova, junto com ela, leva a mesma alegria recebida do anjo, leva também o Cristo e o Espírito Santo.

Como não querer bem a uma mulher que soube realizar a vontade do Pai?

Maria é aquela que conduz Jesus até aquela família, mais tarde será ela também que pede a Jesus para que ajude os noivos nas bodas de Caná; e ainda hoje ela continua atenta as nossas necessidades, com seu olhar materno.

Diante de tudo que recebeu, ela não se exalta, mas bendiz o Senhor:

"Minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito exulta em Deus meu Salvador" (Lc. 1. 46).

Deixemo-nos visitar por Deus! Mas estejamos atentos com a mesma sensibilidade de Isabel e João Batista. Que possamos reconhecê-lo, acolhê-lo e com Ele alegrar-se.

Peçamos por interseção de Maria a graça de reconhecermos o Cristo, no pobre, no idoso, no doente e no mais sofredor e também em nossas dificuldades.

Adrian Diego

adriandiegodasilva@hotmail.com

www.reflexaoliturgiadiaria.blogspot.com

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MARIA VISITA ISABEL.

(Lucas 1,39-47)

Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu seio; e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.

Para um incrédulo, a criança se mexeu dentro de Isabel, por estrita coincidência apenas. Deixe-o continuar a pensar assim. Porque para nós cristãos, Deus é verdadeiro também quando se revela: o ensinamento que vem de Deus é "uma doutrina de verdade". Quando enviou seu Filho ao mundo "para dar testemunho da Verdade": "Nós sabemos que veio o Filho de Deus e nos deu a inteligência para conhecermos o Verdadeiro" Deus.

Estamos no advento e a mensagem do Evangelho de hoje nos aponta para a vinda do Filho de Deus ao mundo para nos salvar. É O Verbo que se fez carne para salvar-nos, reconciliando-nos com Deus: "Foi Ele que nos amou e enviou-nos seu Filho como vítima de expiação por nossos pecados". "O Pai enviou seu Filho como o Salvador do mundo". E "Este apareceu para tirar os pecados", ou seja, é o Cordeiro de Deus que veio a nós para tirar os pecados do mundo como o disse João Batista.

Deus Pai “bolou” este Plano de salvação, porque a natureza humana estava falida por causa do egoísmo. A natureza humana estava doente, e por isso precisava ser curada; estava decaída e precisava ser reerguida; estava morta, e precisava ser ressuscitada. A humanidade havia perdido a posse do bem, e era preciso restituí-la. Estavam enclausurados nas trevas, por isso era preciso alguém que trouxesse a luz; estavam cativos das tentações de satanás, e então esperavam um salvador; estando prisioneiros, gritavam por socorro; estando escravos , choravam por um libertador.

Portanto, irmãos, Essas razões eram de tal importância que comoveram a Deus a ponto de fazê-lo descer até nossa natureza humana não só para visitá-la, mas para assumi-la para então sentir o que nós sentimos, uma vez que a humanidade se encontrava em um estado tão miserável e tão infeliz.

Hoje também a natureza humana está decaída pelo pecado, pelas ondas do mal que sacodem a sociedade como uma grande enxurrada que nos arrasta para longe do caminho da casa do Pai. Por isso, nós, cristãos conscientes e atuantes precisamos conscientizar os nossos irmãos, que na Festa de Natal, na qual comemoramos o aniversário de Jesus Cristo, Ele vem nos dar a mão para que nos levantemos dessa natureza decaída e nos engajemos no grupo dos escolhidos para fortificar o trabalho missionário da Igreja.

Por isso vamos relembrar, comemorar o fato de, O Verbo ter- se feito carne para que, assim, conhecêssemos o amor de Deus: E nisto manifestou-se o amor de Deus por nós. Caríssimos. Deus enviou seu Filho Único ao mundo para que vivamos por Ele, para Ele, e com o próximo. Pois Deus amou tanto o mundo, que deu seu Filho Único, a fim de que todo o que crer nele não pereça, mas sim, tenha um dia a Vida Eterna.

Que a festa de Natal que se aproxima não seja apenas uma festa de comilanças e de bebedeiras, mais de reflexão sobre o mistério da Fé que não pode ser compreendido pela nossa inteligência, mas sim pelos olhos da própria fé, o mistério que se realizou pela bondade e vontade de Deus Pai, o qual assumiu a natureza humana, nos entregado Seu próprio Filho, que nos deixou tudo o que precisamos para nos salvar.(Sua palavra, o sacerdote com a absolvição, a hóstia como alimento da alma, Igreja, etc). Resta de nós uma atitude de resposta condizente com este ato de amor do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Sal.

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MARIA CHEIA DE GRAÇA

"Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!"

(Lc 1,26-38)

Hoje é o dia que o Senhor escolheu para entrar em nossa vida. Mesmo não sabendo como, ficando cheio de dúvidas, precisamos acreditar no que a liturgia nos propõe. O salmo diz que o Senhor vai entrar, que Ele é o rei glorioso. Onde o Senhor precisa reinar em nossas vidas? Onde a alegria precisa reinar? Pois as palavras que o anjo anunciou para Maria, é atualizada para nós de forma perene. É necessário assumirmos que somos cheios da graça do Espírito Santo, e com alegria proclamar que o Senhor está conosco.

E o que acontece quando o Senhor está conosco? A esperança, a alegria, a fortaleza, a paciência, a bondade, a paz e amor se renovam constantemente em nós. Foi assim que Maria sentiu-se e é assim que Deus quer que nos sintamos.

Baseados em Sua vida, em Seu exemplo, viver em nosso dia-a-dia, o renascimento de Cristo em todo nosso ser, pois nos foi anunciado, que "No mundo haveis de ter tribulações. CORAGEM. Eu venci o mundo."

Aproveito para partilhar um anjo que apareceu em minha vida, com o nome de Manuele. Hoje é o seu aniversário e ela é minha afilhada de Crisma. Então quero dizer-te 'filhada' que o Senhor é contigo, e Ele sendo por ti, quem será contra ti? Fortaleça-se sempre no Senhor, e que Ele consiga reinar em todas as áreas de sua vida. ALEGRA-TE, pois nos ALEGRAMOS com sua vida, hoje e sempre.

Deus nos guarde.

Com carinho,

Raoni

raonimendes@hotmail.com

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MARIA É AVISADA SOBRE SUA MISSÃO


Lc 1,26-38

O anjo levava uma mensagem para uma virgem que tinha casamento contratado com um homem chamado José, descendente do rei Davi. Ela se chamava Maria. O anjo veio e disse:
Você ficará grávida, dará à luz um filho e porá nele o nome de Jesus.

- O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Deus Altíssimo a envolverá com a sua sombra. Por isso o menino será chamado de santo e Filho de Deus.

No evangelho de hoje o Espírito de Deus desce sobre Maria através do anjo para avisá-la que será transforma na mulher mais importante da Terra, para aqueles que acreditam em Deus e no seu plano de salvação. Para os que não acreditam neste mistério, Maria não passa de uma mulher qualquer sem importância e sem nenhum poder. É claro que o poder de Maria lhe vem de seu Filho, que mostrou ser o próprio Deus pelos milagres.

Meus irmãos. Não dá para acreditar que alguém que se diz crer em Deus, e o pior, se apresenta como seguidor e anunciador de Jesus, não aceitar a pessoa de Maria. E vai além. Tem o maior ódio da mãe de Jesus. Uma coisa dessas é inconcebível. Não admitir que Maria era virgem durante a concepção pelo Espírito Santo, é não admitir que Deus pode tudo. Não acreditar no mistério da encarnação é o mesmo que não acreditar na multiplicação dos pães, na ressurreição de Lázaro, na cura dos dez leprosos etc.

Meu irmão! Pára com isso! Não fica bem você fazer um discurso para o povo falando de Jesus, Jesus, e Jesus, e negar a sua origem terrena, como Ele veio ao mundo, negar, rejeitar, odiar a sua mãe. Do mesmo modo, não fica bem você se dizer seguidor daquele que disse: Amai-vos uns aos outros, e ficar falando mal da Igreja fundada por Jesus. Negar que Jesus fundou a Igreja, é o mesmo que ignorar certas passagens do Evangelho e aceitar somente as que lhe interessa. E a sua crítica é feita num tom de muito rancor, que chega a dar a impressão que se trata de uma possível guerra entre irmãos. Meu irmão você não entendeu, ou não quer entender a palavra de Jesus. Ele disse, amai-vos uns aos outros, e não disse amassai-vos uns aos outros.

Imagine dois povos de religiões diferentes em pé de guerra por causa de desentendimentos por pontos de vista religiosos. Os demais que estão assistindo isso, o que iriam dizer. Que feio! Os dois lados vivem pregando o amor ao próximo e agora estão se batendo, se matando! Eu hein! Eu é que não quero saber desse negócio de religião!

E aí, irmão em Cristo? É quer você queira ou não, você é meu irmão! Como fica a nossa tarefa missionária de salvar o mundo através da palavra de Jesus Cristo? Com podemos convencer o mundo que Jesus salva, que O AMOR É A SOLUÇÃO CONTRA TODOS OS MALES ENTRE OS HOMENS, SE ESTAMOS ALIMENTANDO ÓDIO POR AQUELES QUE NÃO PENSAM IGUAL A NÓS?

O nosso empenho deveria ser de juntar nossas forças para tentar salvar o que resta de bom neste mundo, incentivando, por exemplo, A CRIA ÇÃO DE AULAS DE ENSINO RELIGIOSO NAS ESCOLAS, e não de ficarmos com picuinhas, criticando os irmãos que aceitam Maria como a mãe de Jesus e nossa mãe.

“Eu vos dou a minha paz. Eu vos deixo a minha paz...”

Viu? Ele está nos vendo neste instante. Está percebendo a sua raiva ao ler este texto! E foi ele quem disse: “Aquele que me ama guarda a minha palavra!”

Prezado irmão. Vamos nos respeitar como filhos de Deus, apesar de possuirmos convicções diferentes. Nem você vai me fazer mudar de idéia nem tampouco iria fazer o mesmo com a sua pessoa. Então? Para que essas críticas que não levam a nada?

Meu irmão. A paz de Cristo!

Sal

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MARIA, UM EXEMPLO A SER SEGUIDO

Lc 2,41-51

Nesta passagem quero me ater à figura de Maria. Ela, como uma mãe normal se preocupa com o filho, larga tudo pra procura-lo e como educadora, repreende pela preocupação que causou. Ora, nada mais normal, o que qualquer mãe faria. Entretanto, ela não é mãe de uma criança qualquer, era mãe do menino Jesus, era mãe de Deus.

Ele, obviamente, não se contenta em ser obediente, mas antes disso, surpreende com sua inteligência, sua maturidade. E Maria, sem saber o que fazer ou dizer, guarda tudo em seu coração.

Agora me pergunto, e nós? Quantas vezes a vida nos surpreende com situações que nos parecem tão difíceis de entender. Passamos por coisas que julgamos injustas. E nossa reação diante destes problemas, qual é? O que fazemos?

Queria eu ter a paciência e a sabedoria de Nossa Senhora. Ela não entendia muito das coisas que aconteciam na sua vida e na de seu filho, mas em nenhum momento questionava, em nenhum momento se rebelava. Somente guardava em seu coração, tamanha era sua fé que tinha certeza que no momento certo Deus iria revelar ao seu corações todos os porquês.

Senhor, coloca em nosso coração a fé de Maria, para que possamos não questionar os porquês, mas crê que tudo tem um motivo, que todas as coisas cooperam para o bem de quem depositam a vida em Ti. Maria, intercede por nós e a cada dia, faz-nos querer-te como exemplo em todas as situações de nossa vida. Amém.

Ana Luíza Medeiros

analu_medeiros_86@hotmail.com

www.reflexaoliturgiadiaria.blogspot.com

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EIS A SERVA DO SENHOR

Maria ocupou um lugar de destaque no advento da salvação, aceitando acolher a proposta de Deus de assumir a maternidade do Messias Jesus. A escolha de Maria não se explica, no plano humano. Era uma jovem, já prometida em casamento a um descendente da casa de Davi. Não pertencia a nenhuma família nobre e rica, e habitava numa cidade escondida e mal-afamada. Não passava por sua mente ligar-se, de algum modo, ao Messias. Humanamente falando, ela não possuía os requisitos necessários para ser mãe do Salvador.
O diálogo de Maria com o anjo revelou a imagem que ela fazia de si mesma, bem como o que Deus pensava a respeito dela. Da parte de Deus, era considerada repleta de graça, amada por ele, bendita entre todas as mulheres. Em outras palavras, possuidora dos requisitos necessários para ser colaboradora de seu plano de salvação. Este requeria alguém totalmente disponível para Deus, despojado de si mesmo e dos próprios interesses, e disposto a assumir uma missão superior a tudo que se possa imaginar. Maria, por sua vez, tinha consciência de suas limitações. Não podia imaginar que Deus a tivesse em tão alta conta. Não conseguia conciliar a concepção do Messias com o fato de não ter conhecido homem algum. Estava longe de compreender o que significa conceber por obra do Espírito Santo. Contudo, como se sabia serva, não receou aceitar cegamente o projeto de Deus.

Pe. Jaldemir Vitório

MARIA MÃE DE CRISTO PELO ESPÍRITO SANTO

A Anunciação a Maria inaugura a "plenitude dos tempos" (Gl 4,4), isto é, o cumprimento das promessas e das preparações. Maria é convidada a conceber aquele em quem habitará “corporalmente a plenitude da divindade" (Cl 2,9). A resposta divina à sua pergunta "Como se fará isto, se não conheço homem algum?" (Lc 1,34) é dada pelo poder do Espírito: "O Espírito Santo virá sobre ti" (Lc 1,35).

A missão do Espírito Santo está sempre conjugada e ordenada à do Filho . O Espírito Santo é enviado para santificar o seio da Virgem Maria e fecundá-la divinamente, ele que é "o Senhor que da a Vida", fazendo com que ela conceba o Filho Eterno do Pai em uma humanidade proveniente da sua.

Ao ser concebido como homem no seio da Virgem Maria, o Filho Único do Pai é "Cristo", isto e, ungido pelo Espírito Santo desde o início de sua existência humana, ainda que sua manifestação só se realize progressivamente: aos pastores , aos magos , a João Batista , aos discípulos . Toda a Vida de Jesus Cristo manifestará, portanto, "como Deus o ungiu com o Espírito e com poder" (At 10,38).

Em Maria, o Espírito Santo realiza o desígnio benevolente do Pai. É pelo Espírito Santo que a Virgem concebe e dá à luz o Filho de Deus. Sua virgindade transforma-se em fecundidade única pelo poder do Espírito e da fé .

Em Maria, o Espírito Santo manifesta o Filho do Pai tornado Filho da Virgem. Ela é a Sarça ardente da Teofania definitiva: repleta do Espírito Santo, ela mostra o Verbo na humildade de sua carne, e é aos Pobres e às primícias das nações que ela o dá a conhecer.

Finalmente, por Maria o Espírito Santo começa a pôr em Comunhão com Cristo os homens, "objetos do amor benevolente de Deus ", e os humildes são sempre os primeiros a recebê-lo: os pastores, os magos, Simeão e Ana, os esposos de Caná e os primeiros discípulos.

Ao final desta missão do Espírito, Maria torna-se a "Mulher", nova Eva, "mãe dos viventes", Mãe do "Cristo total ". É nesta qualidade que ela está presente com os Doze, “com um só coração, assíduos à oração" (At 1,14), na aurora dos "últimos tempos" que o Espírito vai inaugurar na manhã de Pentecostes, com a manifestação da Igreja. (Catecismo da Igreja Católica).

Sal.

FIM DOS COMENTÁRIOS SOBRE: A ASSUNÇÃO DE MARIA 2010-2009