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sábado, 7 de janeiro de 2012

EPIFANIA



DIA 08 DE JANEIRO

EPIFANIA DO SENHOR JESUS

Introdução

Neste domingo nós festejamos a Festa da Epifania, na qual os Reis Magos presentearam Jesus, ao visitá-lo, guiados pela Estrela.
A  festa de Natal, em que comemoramos o nascimento de Jesus,  foi transformada em um grande consumismo. Baseando-se nos presentes ofertados pelos reis magos ao Menino-Deus, os comerciantes se aproveitaram para vender mais. Muito mais. E dando uma olhadinha no nosso egoísmo, seria bom que nos perguntássemos: Por que nós damos presentes aos amigos e parentes? 
Resposta: É porque queremos ser também presenteados por eles.  Aquele engraçadinho  disse: É isso aí... Seguindo o Evangelho, pessoal!  Tratar os outros como nós gostaríamos de ser tratados por eles. Com toda certeza. Oitenta por centro das pessoas presenteiam por puro interesse. Ou seja, interessados em ganhar outro presente, ou de ser reconhecido, ou por interesse de paquerar, ou para que o funcionário se dedique mais no trabalho, ou para que o patrão me promova, ou para que a mãe dela aprove o nosso namoro, etc, etc.
            Dar presente é bom para a economia? Sim, sem dúvida! Se muitas  ou todas as pessoas comprarem presentes, as fábricas vão ter de fabricar a todo vapor, empregando mais gente, e gera um ciclo vicioso positivo na economia. Não se trata aqui de incentivar a idolatria da aquisição dos bens materiais, mas sim explicando tão somente que o aquecimento do comércio, gera a riqueza do país.
            Nem sempre ganhamos o que queríamos.  Já reparou nisso? Você imagina que a sua namorada vai lhe dar de presente uma coisa e acaba ganhando outra que não tem nada a ver!  Tem muita coisa que a gente ganha de presente que nunca temos a coragem de usar. Ou por que não gostamos da cor, da estampa, ou porque não usamos carteira, sei lá.
            Então neste caso é melhor dar dinheiro no lugar de presente? Tem pessoas que fazem isso. Alguns dias antes do Natal dão aos filhos e esposa, um tanto de dinheiro para que cada um comprar o que bem entende. Só que na noite de Natal, a coisa fica sem graça. Cada um coloca na árvore o presente que ele mesmo comprou, não tem surpresa, a coisa fica meio “xoxa”. E os pais acabam dando o dinheiro antecipado, e ainda tem de dar outro  presentinho do tipo um perfume, um par de maias ... na Noite Feliz.
            A brincadeira de amigo secreto é bacana porque acaba com isso. As pessoas colocam bilhetinhos para seus amigos invisíveis, dizendo o que preferem ganhar de presente. Assim, acaba com essa de ganhar o que não queria. Só que aí também não tem surpresa, né?
            Os presentes dos Reis Magos foram de pura cortesia, de reconhecimento, e sem nenhum interesse, mas de grande significado.  Veja. Os Reis Magos ofereceram três presentes ao menino Jesus: ouro, incenso e mirra, cujo significado e simbolismo espiritual está ligado a própria visitação dos magos, sendo um resumo do evangelho e da fé cristã, ou do mistério da vinda de Cristo ao mundo. 
Porque o OURO pode representa a realeza Cristo Rei. O INCENSO pode representar a fé, pois o incenso é usado nos templos para simbolizar a oração que chega a Deus assim como a fumaça sobe ao céu (Salmos 141:2). A MIRRA, resina anti-séptica usada em embalsamamentos desde o Egito antigo, nos remete ao gênero da morte de Jesus, o martírio, sendo que um composto de mirra e aloés foi usado no embalsamamento de Jesus (João 19: 39 e 40), sendo que estudos no Santo Sudário encontraram estes produtos.  Então, os presentes significaram: O Menino é Rei, que será imolado em oferta ao Pai por nossos pecados, mais ressuscitará.
            Qual o melhor presente? O melhor presente, certamente não é aquele mais caro. O melhor presente é aquele que damos sem possibilidades de retorno.  É quando você  presenteia uma pessoa de baixo poder aquisitivo. Não estou falando necessariamente da esmola dada a um mendigo. É o presente dado a uma pessoa pobre e sem nenhum interesse, sem nenhuma pretensão de se obter em troca disso qualquer favor, ou outro presente. É como depositar um tesouro no céu. Pois Jesus foi bem claro a esse respeito. Ele disse para que fôssemos amáveis e generosos para com aqueles que não podem nos retribuir. Ele disse que deveríamos convidar os pobres para a nossa festa...   E também disse:  “Se você gostar somente das pessoas que lhe são simpáticas que recompensa terá? Os maus também fazem isso”
            Um presente quer dizer. Gosto muito de você ou, eu te amo. Ou, infelizmente também pode significar: Gostaria muito que você me retribuísse de alguma forma.
            Prezado leitor. Não importa  com que intenção você presenteou até agora. Pois ainda é tempo de endireitar os seus caminhos, e lembrar sempre que o mais  importante é que  daqui  para  frente, você vai fazer de tudo para  dar o melhor presente.
 Sal.
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Comentários – Prof. Fernando 08 de janeiro de 2012 – Comunicado ou Declaração
RESUMO DAS LEITURAS 1ª leit.: Is 60,1-6 chegou a tua luz, apareceu a glória do Senhor - Os povos caminham à tua luz - teus filhos chegando de longe carregando nos braços tuas filhas então, ficarás radiante e com eles virão as riquezas de além-mar: virão trazendo ouro e incenso e proclamando a glória do Senhor. --- Salmo: Sl 72 vai florescer grande paz - Os reis virão oferecer-lhe presentes e oferendas e irão adorá-lo - todas as nações hão de servi-lo, libertará o pobre (que ninguém quer ajudar) salvará a vida dos humildes --- 2ª leit.: Ef 3,2-6 tal mistério Deus não comunicou a gerações passadas mas acaba de revelar agora, pelo Espírito: os pagãos são admitidos à mesma herança ao mesmo corpo, associados à mesma promessa --- Evang.: Mt 2,1-12 alguns magos do Oriente chegaram: "Onde está o rei que acaba de nascer? vimos sua estrela e viemos adorá-lo". O rei Herodes ficou perturbado (e igualmente toda a cidade).
Ao verem de novo a estrela os magos alegraram-se com uma alegria muito grande.
Viram o menino com sua mãe Maria, ajoelharam-se e o adoraram
 e abriram seus cofres e ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra

            Encerramos o ciclo natalino com a solenidade chamada EPIFANIA, termo da língua grega que poderíamos traduzir por “aparição, manifestação”, diríamos atualmente: “comunicação” (como ocorre num “lançamento” ou campanha publicitária... ou num “pronunciamento” público na TV. Como lembra Paulo: tal comunicação não foi feita antes, durante gerações e gerações. Mas agora foi-nos apontado esse Mistério: todos os povos, crentes ou pagãos, são chamados a uma só herança e a formarem um mesmo corpo, associados à mesma promessa de Salvação completa da vida humana.
            De uma boa reflexão sobre o Natal (*) podemos resumir (resumo e complementação) :
       Todas as culturas, especialmente por meio de suas religiões procuram falar e criar imagens humanas de Deus, como nos mostram a história, a arqueologia e a antropologia. Para os que acreditam nas Escrituras (nas 3 maiores tradições do ocidente, judaísmo, cristianismo e islamismo) o próprio Deus tinha falado aos homens (cf. carta aos Hebreus cap.1; 3ºverso4: manifestou-se a bondade de Deus e seu amor pelos homens). Há dois mil anos e desde a mais remota antiguidade os homens, vendo os horrores e contradições no mundo, temiam que o próprio Deus não fosse totalmente bom e poderia também ser cruel, arbitrário, rei dominador, trazendo castigo e morte. Mas o natal é uma verdadeira “epifania”, isto é, manifestação ou comunicação de uma mensagem absolutamente diferente e nova: Deus é só bondade; é pura bondade.
       Essa é uma grande luz que apareceu para todos os povos e culturas. Deus não é como a imagem que dele fazem até mesmo as religiões. Ainda hoje em dia há muitas pessoas que não conseguem aceitar a Deus por meio de uma fé perguntando-se se a “Força última” que sustenta o mundo seja verdadeiramente boa. Ou, então, se perguntam se o mal não seria tão poderoso e primordial, ao lado do bem e da beleza que às vezes conhecemos no universo e na vida. (*: da homilia de natal do papa atual, dez.2011 cf.site da s.Sé).
            Basta reler Isaías, Paulo e o texto de hoje de Mateus para ver como é anunciada essa nova certeza : manifestou-se a bondade de Deus e seu amor, pois ele veio habitar no meio de nós, como um de nós. Lembramos, no comentário do natal sobre uma poesia de Adélia Prado que, no passado muitos poetas e escritores (e também místicos, filósofos ou gente comum do povo, em todos os povos) perceberam essa “Presença” misteriosa da alegria e do amor (sinal de Deus), descobrindo-a no miolo mesmo da história humana bem no meio dos acontecimentos da vida. O que Isaías, o salmista, Paulo e Mateus repetem hoje é essa “Manifestação”, essa “Epifania”.
            A instituição do natal para o dia 25 de dezembro serviu como “resposta” a muitos que queriam saber nos primeiros séculos do cristianismo a “data” em que Jesus... Foi o imperador Aureliano em 274 d.C. que resolveu reunir numa única festa religiosa pagã diversos cultos do “nascimento do sol” e, ao mesmo tempo agredir os cristãos que já celebravam nessa época o natal de Jesus. Mas é de um sermão de são João Crisóstomo que temos a primeira referência à festa celebrada em 25 de dezembro de 386 d.C. Antes do século 4º, porém, a mais antiga tradição (que ainda se conserva até hoje nas igrejas orientais) considerava a Epifania a 2ª maior festa depois da Páscoa. No cristianismo ocidental, no entanto, Natal ficou mais popular.
            De qualquer modo, no calendário da liturgia – mesmo no rito romano – é para o meditação e contemplação do Mistério da “Encarnação” que se organiza o tempo do Advento e o que vai do Natal até a Epifania. Essa, até poucos anos atrás no Brasil, tinha um dia fixo – 6 de janeiro – cercado pelas tradições folclóricas do “Dia de Reis”. Atualmente celebra-se num domingo próximo no início de janeiro. A Epifania completa assim o “Ciclo do Natal” cujo anúncio é resumido em Gálatas 4, verso 4 onde se diz que o Filho de Deus é também “nascido de mulher”.
            Porque ainda (sempre) hoje é NATAL ou: tornou-se visível a bondade de Deus).
ooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo
FernandoSM foi prof.(1975-2011) da Usu (Rio,1938-2011) fesomor2@gmail.com
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DOMINGO 08 DE JANEIRO

08 de janeiro - Domingo

Evangelho Mateus 2, 1-12


UMA LUZ PARA TODOS (EPIFANIA)

“Ao verem a estrela, os magos sentiram uma grande alegria!”


A visão que os astronautas tiveram do espaço sideral foi a mesma, mas cada um reagiu de maneira diferente, afirma uma revista científica, que um russo, ao chegar ao espaço e contemplar os planetas, entre eles a terra como uma bola azul, teria afirmado em seu retorno “estive tão alto e não vi deus algum”, ao contrário de um americano que ao contemplar a beleza da criação presente nas estrelas, planetas e na imensidão do universo, confessou emocionado que diante dessa beleza, é impossível não se perceber a presença de uma força Criadora, que só pode ser Divina.
O mesmo sinal alegrou a um, porque o convenceu da existência de Deus, enquanto que ao outro, deus estava ausente de tudo isso.
Desde que o mundo é mundo, e o primeiro homem pisou nessa terra, Deus se revelou e continua a se revelar através de sinais, convidando cada ser humano a fazer a experiência da fé, porém, cada homem reage diferente. Nesse evangelho segundo São Mateus, na festa da epifania, podemos perceber nitidamente duas reações diferentes diante do Deus que se revela, o rei Herodes e sua corte, que tinham informações precisas sobre o acontecimento, longe de se alegrarem, ficaram perturbados diante do nascimento de um novo rei, já os Magos, ao verem a estrela, encheram-se de alegria e puseram-se a caminho, atraídos pela luz.
Assim, em nossa vida, podemos também nos deixar mover pela fé, fazendo de Jesus o sentido maior, único e verdadeiro da nossa existência, ou podemos então ignorá-lo e ficarmos a vida inteira estacionados no limite da nossa lógica humana. A explicação dos sábios da corte, de que o grande rei teria nascido em Belém, deve ter provocado uma gargalhada em geral, pois Belém era apenas uma referência histórica por causa do Rei Davi, porque na realidade era um vilarejo de pastores, periferia da periferia.
A novidade na economia ou na política, só pode acontecer em Brasília ou nas grandes metrópoles brasileiras, onde está o poder político e econômico, uma viagem em busca de algo realmente importante, e que signifique mudanças na vida do povo, como o nascimento de um grande líder, só pode no sentido periferia – centro, e não o contrário. Em se tratando do messias, que era um tema religioso e político ao mesmo tempo, Jerusalém seria o palco das atenções, e não a pequenina e desprezível Belém.
As estruturas poderosas do mundo têm conhecimento e informações importantes sobre o nascimento do menino, porém, os poderosos não se movem pela fé, mas sim pelo poder e pelo interesse político e econômico. Quando os magos buscam informações no palácio de Herodes, só encontram mentira, hipocrisia e falsidade, dos que conheciam a verdade das profecias.
Quando retomam o caminho de Belém, a estrela reaparece no céu, sinalizando que estão na direção certa,
Os interesses escusos dos poderosos, motivados pelo egoísmo, não deixam o homem enxergar o sinal de Deus onipresente. O palácio do grande rei Herodes multiplicou-se pelo mundo inteiro e para eles, Deus é um perigoso concorrente, porém, para pessoas como os Magos, que se movem pela fé, Deus é causa de sua alegria e a razão primeira de sua vida. A força e a salvação que vem de Deus, nos leva a dar a ele o melhor que temos por isso os magos abriram seus cofres, ensinando-nos assim que devemos abrir nossos corações.
A Igreja é o Sacramento da Salvação para toda a humanidade, sua missão ao evangelizar é conduzir todo homem para Deus, como a estrela guiou os magos do oriente. Perguntemo-nos então, se o nosso modo de viver como cristãos em comunidade, tem ajudado as pessoas a buscarem a Jesus e a fazerem experiência dele em suas vidas. Será que algumas vezes a “corte do rei Herodes” não nos atrai mais do que a manjedoura?
Diac. José da Cruz

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EPIFANIA


VIEMOS DO ORIENTE ADORAR O REI. 

Hoje celebramos com alegria a solenidade da Epifania do Senhor, palavra que significa manifestação. Os magos tinham cores diferentes, representando todos os povos. Um era branco, outro negro e o terceiro pardo. Aquela criança que nasceu tão humilde numa gruta, é o rei não só de Israel, mas de todas as nações.
Os presentes oferecidos à criança são uma retribuição pelo grande presente que a humanidade recebeu: a redenção. Eles têm também sentido simbólico, indicando as características daquela criança:
1) O ouro é o rei dos metais; Jesus é o rei dos reis. Oferecer ouro a Jesus é reconhecê-lo como o Senhor da nossa vida. Somos de Deus. “Eu te chamo pelo nome, tu és meu”(Is 43,1).
2) O incenso é usado para o culto a Deus; Jesus é Deus. Oferecer-lhe incenso é reconhecer a sua divindade. Os magos voltaram felizes, porque têm agora onde adorar. “Onde está o teu tesouro aí está o teu coração” (Mt 6,21).
3) A mirra é uma resina que tem duas propriedades: perfumar e evitar o apodrecimento. Por isso untavam os defuntos com essa resina. Indica que Jesus vai terminar sua vida terrena sendo assassinado, mas este não será o seu fim. Nenhum sofrimento é o fim. Unido com Jesus, todo sofrimento torna-se um trampolim. Nós também queremos dar presentes a Jesus.
“Retornaram para a sua terra, seguindo outro caminho.” Deus protege seus filhos e filhas, e lhes indica outro caminho, se necessário. “Não perdereis um só fio de cabelo.”
“Ao saber disso, o rei Herodes ficou perturbado.”
 Jesus veio transformar; quem está preso ao mal e não quer ser transformado, persegue Jesus ou seus discípulos. A Comunidade cristã é a continuação de Jesus na terra. Ela tem a mesma missão e também a mesma sorte dele; uns a acolhem, outros perseguem. “Vede, eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos. Sede, portanto, prudentes como as serpentes e simples como as pombas” (
Mt 10,16).
O nosso testemunho produz dois efeitos contrários, como aconteceu com a notícia do nascimento de Jesus: uns se alegram e outros se inquietam. A presença do Reino de Deus alegra os que amam a verdade e suscita ódio aos que vivem na mentira. “Teus filhos vem de longe...” (Is 60,
1-6). O Reino de Deus representa uma ameaça aos que se opõem a ele. Desses a estrela se esconde.
A viagem da vida tem uma estrela que nos guia. E nós também somos chamados a ser estrelas, indicando às pessoas onde está Cristo. “Vós sois a luz do mundo”. Nós agradecemos a Deus todas as pessoas que ele mandou para nos indicar o caminho dele e da santa Igreja: nossos pais, nossa catequista, o pároco, a avó... E queremos ir em frente, fazendo o mesmo.
Certa vez, um pai e seu filho de onze anos foram pescar em um lago. A temporada de pesca só começaria no dia seguinte, mas pai e filho saíram no fim da tarde para pegar apenas peixes cuja captura estava liberada.
Veio a noite e, de repente, a vara do garoto se envergou, indicando que havia algo enorme no anzol. O pai olhava com admiração, enquanto o filho, habilmente, erguia o peixe da água. Era o maior peixe que ele já tinha visto. Sua pesca, porém, só era permitida na temporada. O pai e o filho olhavam para o peixe bonito, sua guelras para trás e para frente.
O pai então acendeu um fósforo e olhou para o relógio: pouco mais de vinte e duas horas. Ainda faltavam quase duas horas para a abertura da temporada. Disse ao menino: “Você tem de devolvê-lo, filho! Vai aparecer outro”. “Mas não tão grande quanto este”, disse a criança, choramingando.
O garoto olhou à volta do lago, não havia outros pescadores ou embarcações à vista. Voltou novamente a olhar para o pai. Mesmo sem ninguém por perto, pelo tom de voz do pai, ele sabia que a decisão era inegociável. Devagarinho,  tirou o anzol da boca do peixe e o devolveu à água. O peixe movimentou-se rapidamente e desapareceu.
Isso aconteceu há trinta e quatro anos. Hoje o garoto é um arquiteto bem sucedido. Ele leva seus filhos para pescar no mesmo local. Sua intuição estava correta: nunca mais conseguiu pegar um peixe tão maravilhoso como o daquele dia. Entretanto, sempre vê o mesmo peixe, sempre que depara com uma questão ética. Porque, como o pai lhe ensinou, a ética é simplesmente uma questão de certo ou errado. Agir corretamente quando se está sendo observado é uma coisa. A ética, porém, está em agir corretamente quando ninguém está nos observando
Essa conduta correta só é possível quando, desde criança, aprendeu-se a devolver o peixe à água. A ética é como uma moeda de ouro: tem valor em toda parte. 
Epifania é manifestação de Cristo. A sociedade precisa conhecer a verdadeira face de Cristo: caminho, verdade, vida.
“Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe.” Naturalmente, Maria mostrou o Menino Jesus a eles. E mostrou sorrindo, como fazem todas as mães, ao mostrar seu bebê para uma visita. Este foi o momento exato da Epifania, o momento em que o Filho de Deus é apresentado ao mundo, representado naqueles magos. E Maria foi o instrumento usado por Deus para realizar esta primeira Epifania. Ela não só gerou Jesus, mas o mostrou e manifestou ao mundo.
Várias vezes Maria Santíssima mostrou: na apresentação no Templo, nas Bodas de Cana, e o mostrou em muitos outros momentos, evidentemente.
Aí está uma virtude de Maria, que podemos imitar: apresentar Jesus, pois ele é o grande amigo que as pessoas poderiam ter, se déssemos uma mãozinha.
O mundo atual padece de uma doença terrível: a noite do espírito, ou a ausência de Deus. Maria fez, e continua fazendo, a parte dela. E nós?... Não é Deus que se ausenta, mas as pessoas que se ausentam dele. Imagine um satélite girando no espaço, e que perde o contato com o centro espacial. Ele fica girando sem rumo, até cair, ou se desintegrar no espaço. É o que acontece com quem anda desconectado de Deus. Muitos são Epifania de Cristo pela própria vida.
Viemos do Oriente adorar o Rei.

Padre Queiroz
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Homilia do D. Henrique Soares da Costa – Solenidade da Epifania do Senhor (Ano B)
Este hoje é dia solene, de festa grande! No santo tempo do Natal a comemoração que agora celebramos somente perde em importância para aquela da Natividade, no 25 de dezembro. É que hoje, exultantes e gratos a Deus, celebramos a sagrada Epifania do Senhor! Epifania, Manifestação do Cristo Jesus! Nas palavras de Santo Agostinho: “Este dia salienta a sua grandeza e sua humilhação: Aquele que na imensidade do céu se revelava pelo sinal de um astro era encontrado quando o procuravam na estreiteza da gruta. Frágil em seus membros de criança, envolto em faixas, é adorado pelos Magos e temido pelos maus!”
Eis: no dia do Natal, ele atraiu a si, pela palavra dos anjos, aqueles que estavam perto: os pastores de Belém, membros do povo judeu, já tão conhecedor dos caminhos de Deus. Mas, agora, pela luz da estrela, ele se digna, com infinita misericórdia, a nos atrair a nós: os que não somos judeus, os pagãos, que estávamos longe, entregues ao culto dos ídolos – como aquele padre de Salvador, que a televisão mostrou adorando os orixás numa missa profana! Pagãos nós éramos; pagão é aquele padre! Idólatras eram nossos antepassados; idólatras continuam os que manipulam as coisas santas indevidamente! Hoje, o Senhor atrai os pagãos do mundo todo à sua salvação, hoje realiza-se o que o nosso Deus predissera por Isaías profeta: “Fui perguntado por quem não se interessava por mim, fui achado por quem não me procurava. E eu disse: ‘Eis-me aqui, eis-me aqui’ a pessoas que não invocavam o meu nome” (Is 65,1). – Obrigado, Senhor Jesus, porque vieste também para nós! Obrigado porque nos arrancaste do poder das trevas, porque nos fizeste passar dos falsos deuses, dos ídolos falsos e mortos ao Deus vivo e verdadeiro! Hoje, portanto, meus caros em Cristo, a festa é nossa! Somos nós que vemos a luz, somos nós, convidados a seguir a estrela do Menino; nós, convidados a adorá-lo, presenteando-o com nossos melhores dons: o ouro das nossas boas obras, a mirra do nosso coração, o incenso do nosso amor!
Somos hoje convidados a admirar o exemplo desses sábios do Oriente, que vendo no céu o sinal do Rei nascido, não temeram deixar tudo e, humildemente, seguir a luz! Como foram sábios verdadeiramente, esses que, humildes, não temeram em se deixar guiar pela luz de Deus! Como Abraão, o pai de todos os judeus, deixara sua terra e partira à ordem de Deus, sem saber aonde ia, assim também, esses que hoje são as nossas primícias para Cristo, partem, obedecendo ao apelo do Senhor, sem saber para onde vão! Caríssimos, partamos também nós! Partamos de nossa vida cômoda, partamos de nossa fé tíbia, partamos de nosso cristianismo burguês, que deseja ser compreendido, aceito, e aplaudido pelo mundo! , ou não veremos a luz do Menino! “Deus é luz e nele não há trevas. Se andarmos na luz, como ele está na luz, então estamos em comunhão uns com os outros e o sangue de seu Filho Jesus nos purifica de todo o pecado” (1Jo 1,5b-7). Partamos, pois, caríssimos, e encontraremos aquele que é a Luz do mundo!
Porque os Magos tiveram a coragem de partir, conseguiram atingir o Deus inatingível e o adoraram! Diz o Evangelho que eles, “ao verem de novo a estrela, sentiram uma alegria muito grande!” Nós também, se encontrarmos de verdade o Senhor! Mas, atentos! O que eles encontram? Pasmem! Encontram um menininho pobre, com uma pobre jovem do povo, Maria, sua Mãe… Não o encontram num palácio, não o encontram numa corte! E, no entanto, com os olhos da fé, reconheceram o Rei verdadeiro, prostraram-se e o adoraram! Vede, caríssimos meus, somente quando nos deixamos guiar, podemos encontrar o Senhor; somente quando saímos dos nossos esquemas, dos nossos modos de pensar, de achar e de sentir, podemos de verdade ver naquilo que é pobre e pequeno, ver naquilo que não estava nos nossos planos e expectativas, a presença de Deus. Depois, diz o Evangelho que eles voltaram por outro caminho… Sim, porque quem encontrou esse Menino, quem se alegrou com ele, quem viu a sua luz, muda de caminho, caminha na Vida!
Mas, nesta festa de tanto alegria, doçura e luz, há uma nota de treva: “Ao saber disso, o rei Herodes ficou perturbado e, com ele, toda Jerusalém…” Jerusalém, que representa o povo judeu… Jerusalém, que deveria alegrar-se, perturba-se, hesita, não é capaz de reconhecer o tempo da visita de Deus! E nós, caríssimos? Nós, membros do Povo de Deus, não corremos o risco de nos acostumar de tal modo com o Senhor, a ponto de não mais reconhecer suas visitas, sua presença luminosa e humilde, sua graça em nossa vida? Não corremos o risco gravíssimo de não mais nos deixarmos interpelar pela sua palavra? A festa de hoje, certamente mostra-nos a benignidade de Deus que a todos quer iluminar e salvar, mas também revela a concreta e tremenda possibilidade do homem de ser generoso e responder “sim” ou ser fechado e responder “não”! Os judeus, o povo amado, começa a se fechar para o seu Senhor. É o início de um drama que culminará na cruz… De modo grave, Santo Agostinho afirma: “Ao nascer fez aparecer uma nova estrela, Aquele mesmo que, ao morrer, obscureceu o sol antigo! A luz da estrela começou a fé dos pagãos; pelas trevas da cruz foi acusada a perfídia dos judeus!” É impossível, meus caros, ficar-se indiferente ante este Menino, este pequeno Rei: ou nos abrimos para ele e nele encontramos a luz e a vida, ou para ele nos fechamos e não veremos a luz! Acorda, cristão! Sai do marasmo, sai da tibieza, sai da preguiça, sai do pensamento vão, sai do vício, sai dos acordos mornos com o mundo! Acorda! Sai de ti e deixa-te iluminar pelo Salvador por ti nascido!
Finalmente, um último mistério. Se Jerusalém fechou-se para o Rei nascido, como pôde o profeta cantar a luz da Cidade santa na primeira leitura desta Missa? “Levanta-te, acende as luzes, Jerusalém, porque chegou a tua luz, apareceu sobre ti a glória do Senhor! Eis que está a terra envolvida em trevas, mas sobre ti apareceu o Senhor!” Esta Jerusalém santa, envolvida pela glória do Senhor, esta Cidade fiel à qual se dirigem os povos, é a Igreja, o Novo Israel, a Esposa de Cristo. É ela a Casa na qual, segundo o Evangelho de hoje, os Magos entraram e encontraram o Menino com sua Mãe. É na Igreja, na Mãe católica, una, única e santa, que os homens de todos os povos e de todas as raças podem encontrar o Salvador! Esta é a grande missão da Igreja: dar Jesus ao mundo, iluminar o mundo com a luz do Senhor, ser casa espaçosa e aconchegante na qual toda a humanidade possa ver a salvação do nosso Deus!
Caríssimos, alegremo-nos! Daqui a pouco, o Menino por nós nascido, por nós oferecido na cruz em sacrifício e em nosso favor, ressuscitado dos mortos, mais uma vez nos será dado em comunhão. Como os Magos, nos levantaremos, como os Magos, acorreremos a ele, como os Magos, reverentes adorá-lo-emos! Que também, como os Magos, voltemos para nossas casas alegres de grande alegria, tomando outro caminho na vida! Que no-lo conceda o Deus nascido da Virgem que hoje se manifestou ao mundo. Amém.
D. Henrique Soares
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Mons. José Maria – Solenidade da Epifania do Senhor (Ano B)
A Festa da Fé
A Igreja celebra hoje a manifestação de Jesus ao mundo inteiro. Epifania significa “manifestação”; e os Magos representam os povos de todas as línguas e nações que se põem a caminho, chamados por Deus, para adorar Jesus.
Na Vinda dos Magos a Belém, Jesus inicia a reunião de todos os povos (Ev. Mt 2, 1-12).
O Profeta Isaías (Is 60, 1-6) descreve a glória de Jerusalém para quem se levanta uma grande luz. Esta luz é Cristo, o Messias Salvador. Ele será luz para Jerusalém e para a nova Jerusalém, a Igreja e toda a humanidade.
A festa da Epifania incita todos os fiéis a partilharem dos anseios e fadigas da Igreja que “ora e trabalha ao mesmo tempo, para que a totalidade do mundo se incorpore ao Povo de Deus, Corpo do Senhor e Templo do Espírito Santo” (LG. 17). Aqui temos o plano de Deus de fazer toda a humanidade participante da salvação em Cristo! Esta é a boa-nova, o Evangelho. Por isso, devemos hoje dar graças a Deus por nossa vocação cristã.
Para que isso aconteça é preciso que trilhemos o caminho dos Magos. Qual será este caminho? Primeiramente é preciso estarmos atentos aos sinais de Deus e termos o desejo de adorá-Lo.
“Onde está o rei dos judeus, que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-Lo” (Mt 2,2). Em segundo lugar, é preciso procurá-Lo, onde Ele se encontra! Depois, é preciso partir sempre de novo, recomeçar, sair à procura! Então, a estrela há de aparecer e pousar sobre o lugar onde se encontra o Menino. Serão momentos de grande alegria!
Quem encontra Jesus Cristo muda de caminho. Toma outro caminho. Um caminho novo, o caminho de
Jesus Cristo que se apresenta como o Caminho (Jo 14,6).
Importa seguir a estrela que pousará onde está Jesus Cristo. Precisamos estar atentos à estrela! A estrela são todos os sinais de Deus para que encontremos o Messias Salvador. A Palavra de Deus, os Sacramentos, o Magistério da Igreja, uma palavra do sacerdote ou de pessoas amigas, os acontecimentos da vida. Devemos estar atentos para perceber a presença da estrela. E mais: somos chamados a sermos estrelas, que vão indicando o caminho ao próximo para que ele encontre o Messias Salvador. Há muitas maneiras de sermos estas estrelas, dando testemunho de Jesus Cristo. Isso na família, na Igreja e na sociedade.
Cada pessoa humana necessita de estrelas que iluminem o seu caminho para o bem, para Deus.
Os Magos, ao chegarem a Belém, ajoelharam-se diante do Menino e O adoraram. Abriram os seus cofres e lhe ofereceram presentes… Não voltaram a Herodes, retornaram por outro caminho (Mt. 2, 11-12).
O encontrar Deus no menino transforma a vida das pessoas (um chamado à conversão). Já não podem voltar a Herodes (mal). Voltarão por outro caminho à sua região (Vida nova!).
Os Magos ofereceram ouro, incenso e mirra. O ouro quer expressar o reconhecimento do poder régio de Jesus; o incenso, a confissão de sua divindade e a mirra, o testemunho de que Ele se fizera homem para a redenção do mundo.
A Epifania é a festa da fé e do apostolado da fé. “Participam desta festa tanto os que já chegaram à fé como os que se põem a caminho para alcançá-la. Participa desta festa a Igreja, que cada ano se torna mais consciente da amplitude da sua missão. A quantos homens é necessário levar ainda a fé! Quantos homens é preciso reconquistar para a fé que perderam, numa tarefa que é às vezes mais difícil do que a primeira conversão! No entanto, a Igreja, consciente desse grande dom, o dom da Encarnação de Deus, não pode deter-se, não pode parar nunca. Deve procurar continuamente o acesso a Belém para todos os homens e para todas as épocas. A Epifania é a festa do desafio de Deus” (Beato João Paulo II, Homilia 6/1/1979).
Sejamos fiéis à nossa vocação cristã! Todo cristão autêntico está sempre a caminho no próprio e pessoal itinerário de fé e, ao mesmo tempo, com a pequena luz que traz dentro de si, pode e deve servir de ajuda para quem se encontra ao seu lado e, talvez, sente dificuldade de encontrar a estrada que conduz a Cristo.
Mons. José Maria Pereira
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Homilia do Padre Françoá Costa – Solenidade da Epifania do Senhor (Ano B)
Viemos adorá-lo!
A epifania é a manifestação de Cristo aos povos pagãos representados nos magos do Oriente que vieram visitá-lo e adorá-lo em Belém. Todos nós sabemos que Deus “deseja que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade” (1 Tm 2,4). Todos são chamados à salvação, à santidade, à felicidade eterna.
Há muitas pessoas bem intencionadas que, ainda que não conheçam Jesus Cristo, no fundo gostariam de conhecê-lo. Nós, os cristãos, devemos ser os instrumentos eficazes nas mãos de Deus para dá-lo a conhecer e para fazê-lo amado entre os homens e as mulheres deste mundo. Hoje em dia, como outrora, muitos fazem a seguinte pergunta: “Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos a sua estrela no oriente e viemos adorá-lo” (Mt 2,2). O que responder?
Onde está Deus? O cristão tem que saber a resposta a essa pergunta para apresentá-la aos seus semelhantes. Mas um cristão que não procura estar perto de Deus através da oração, dos sacramentos e da caridade, não poderá dar a resposta certa. Muitos seres humanos continuam tateando na escuridão com uma pequena lanterna pendurada na mão e com uma tênue luz, a da consciência; esta é a luz que não os deixa apagarem-se completamente em meio a tantos ventos fortes das propagandas enganosas. Essas pessoas perguntam a si mesmas e aos que passam ao seu lado: onde está Deus?
Infelizmente e frequentemente percebe-se o silêncio dos cristãos omissos que não são capazes de intuir essas necessidades mais profundas das almas imortais que se encontram em composição com os corpos destinados à decomposição, mas também à ressurreição. Será que esses cristãos continuam vendo a estrela, que é Cristo? Será que eles não se “mundanizaram”? Por exemplo: frequentemente fala-se muito de justiça social, e isso é muito importante, mas deve-se falar em primeiro lugar da justificação, da graça, de Deus, do Reino eterno. Não podemos perder a nossa perspectiva autenticamente cristã que, logicamente, repercute neste mundo fazendo-o mais justo e solidário. Assim como quem fica exposto ao sol se aquece, de maneira semelhante quem se expõe diante de Deus também se esquenta e acende o mundo ao seu entorno.
Os pagãos desejavam adorar o Senhor. Afirmam-no categoricamente: “viemos adorá-lo!” Até quando permaneceremos na nossa letargia sem dar-nos conta desse desejo mais profundo de todo coração humano: encontrar-se com o seu Criador e prestar-lhe homenagem?
Sigamos o conselho de São Leão Magno: “deveis empenhar-vos em ser úteis uns aos outros, para que no reino de Deus, onde se entra graças à integridade da fé e às boas obras, resplandeçais como filhos da luz”. Ajudemo-nos mutuamente para não perdermos o sentido de Deus, do sagrado e do ser humano à luz de Deus. Que nada nem ninguém venham a ofuscar a nossa visão clara das coisas deste mundo sob o prisma da luz de Deus. Desta maneira, não nos esqueceremos do desejo mais profundo dos homens e das mulheres que encontraremos diariamente: felicidade! E só se pode ser feliz com Deus.
Adorar! Nós devemos ser os primeiros a prostrarmo-nos diante do Deus Criador, Redentor e Santificador dos seres humanos. Não podemos perder a dimensão de adoração no cristianismo. Para uma pessoa que entendeu isso, dá pena ver como em alguns ambientes se trata a eucaristia, o grande dom atual de Deus aos homens! Dá pena observar algumas celebrações eucarísticas: sem zelo e sem a observação das prescrições da Igreja para a correta celebração da santa missa, por parte dos ministros de Cristo; entre conversinhas e atendimentos de celulares, por parte de muitos fiéis que participam do santo sacrifício da missa. Desta maneira, não poderíamos apontar a adoração como momento de encontro com Deus! Eles, os que não conhecem a Deus explicitamente, desejariam conhecê-lo e adorá-lo. Mas, nós que o conhecemos… Será que o conhecemos mesmo?
Pe. Françoá Costa
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Encontrar Jesus é encontrar a felicidade verdadeira, a maior de todas as riquezas- Maria Regina

                                               Somos, hoje, os ” magos” que buscamos encontrar a Deus para adorá-Lo e servi-Lo, porém, no nosso caminho nos deparamos com os “reis Herodes” que tentam com todo o tipo de artimanhas nos impedir. Eles são representados pelas pessoas que seguem a mentalidade mundana de que somos nós, os próprios deuses a quem todos devem servir e que cada um é dono da sua história. O mundo tenta nos aliciar com as suas idéias falsas de felicidade e, se não estivermos vigilantes, nós cairemos nas suas armadilhas.  
                           Os magos seguiram a estrela que indicava a direção certa para que eles encontrassem o Menino Jesus e não se deixaram influenciar pelas palavras de Herodes. Encontrar Jesus é encontrar a felicidade verdadeira, a maior de todas as riquezas. Para isso, precisamos, assim como os magos, seguir a estrela sem olhar para o que é atrativo ao nosso redor. A estrela que nos guia é o Espírito Santo que nos revela o caminho certo. Depois que encontramos Jesus e oferecemos a Ele o nosso coração, o nosso sofrimento, as nossas ações e O adoramos em espírito e em verdade, nunca mais seremos os mesmos. Encontramos um Novo Caminho!
Amém
Abraço carinhoso

Maria Regina
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Domingo, 08 de janeiro de 2012
Mt 2,1-12

Incomparável Alegria
Na reflexão do evangelho de hoje, vamos recordar as coisas de nossas vidas que nos trazem alegria, da nossa infância até os dias de hoje.
Ficamos alegres ao receber pirulitos, brinquedos, brincar com os amigos, ganhar em algum jogo, primeira paquera, primeiro namoro, passar de ano, passar no vestibular, viajar, comprar algo, concluir a faculdade, trabalhar, primeiro salário, noivar, casar, entre tantas outras.
Mas nenhuma que relacionei chega aos pés da alegria de ter e ser de Jesus, pois todas estas coisas têm um novo sentindo. Jesus é aquele que vem para ser adorado, porém sendo um modelo a ser seguido por toda vida. Diz uma música que nada se compara ao que Ele tem para nós, uma vida sem igual basta querer. Convido-lhe a refletir sobre todas as alegrias que já tivemos em nossas vidas, e oferecê-las ao Senhor, assim como os REIS magos, foram e ofereceram ouro, incenso e mirra estão relacionados com os atributos próprios e devidos a um Rei divino; um Rei que baixou do Céu.
O fato mais evidente é que estes presentes foram oferecidos a uma criança, implicando no reconhecimento de sua procedência divina. Com estes fatos, podemos considerar que na gruta de Belém estavam todos os símbolos necessários para profetizar o que seria a vida de Jesus.
Antes que de terminar, algo que se assemelha com a alegria de conhecer Jesus, é de se ter um filho, que detalharei em uma próxima oportunidade.
Vamos adorar Jesus, profecia cumprida na terra e desejemos conhecê-lo profundamente.
Com carinho,

Raoni Mendes
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Evangelhos Dominicais Comentados

08/jan/2012-- Epifania  do Senhor

Evangelho: (Mt 2, 1-12)

Estamos ainda em clima de festa, respirando confraternização, esperando as mudanças e que os tradicionais votos de paz se tornem realidade. Todos nós almejamos mudanças, porém, as propostas não podem ficar somente no desejo, é preciso fazer acontecer.

Para o mundo mudar, precisamos mudar com ele. Paz é sinônimo de amor e se traduz em partilha e solidariedade. Ainda bem que essas coisas não dependem de dinheiro, dependem somente do desejo de amar que trazemos no coração.

Foi para isso que Jesus veio. Com o coração ardente de amor, veio para promover a união, e quis nascer pobre para mostrar que felicidade não é privilégio dos abastados. Uma Grande Estrela mostrou ao mundo a felicidade daquela família. Era transparente a alegria ao lado da manjedoura naquele humilde curral.

Epifania quer dizer manifestação do Senhor. Com o nascimento de Jesus, Deus manifesta o seu desejo a todos os homens. Desejo de ter novamente todos seus filhos ao seu lado, vontade de por em prática o seu Plano de Amor e de Salvação.

Vemos que os Magos vêm de longe, guiados por um sinal luminoso. Antigamente eram chamados magos os sábios, os conhecedores de medicina, astrologia e outras ciências. Os magos representam os povos de todas as nações, raças e línguas, que se deixam guiar pela mensagem de paz e amor de Jesus.

Não eram reis, mas provavelmente eram chefes de tribos. Devido seus conhecimentos científicos, os magos, tornavam-se conselheiros de reis e exerciam muita influência em seus países. O evangelho não menciona quantos eram nem seus nomes, mas a tradição popular supõe que os magos eram três e lhes atribuiu os nomes de Gaspar, Melquior e Baltazar.

Os nomes atribuídos aos magos são bastante significativos: Gaspar quer dizer aquele que vai inspecionar ou seja, aquele que vai verificar e confirmar a vinda do Messias. Melquior quer dizer Meu Rei é Luz, é a grande confirmação da Realeza de Jesus, a Luz do Mundo. E, Baltazar quer dizer; Deus manifesta o Rei.

Os magos ofereceram a Jesus presentes típicos de suas regiões; ouro, incenso e mirra. Também os presentes têm um importante significado. Com o ouro reconheciam a realeza do Menino, o ouro quer dizer que Jesus é Rei.

O incenso é algo que se oferece a Deus nos altares. Com o incenso a humanidade reconhece a divindade de Jesus, significa que Jesus não é somente Rei, mas também Divino.

Conforme costume oriental, misturada com outros perfumes, a mirra era usada para perfumar corpos, vestes e casas. A mirra representa o lado humano e o sofrimento do Messias. Significa que o Menino Deus e Homem será levado ao martírio e à morte.

O evangelho diz que os magos mudaram o rumo e voltaram para suas terras por outro caminho. Mudar o caminho significa converter-se. Conversão é o apelo forte da celebração da Epifania.

Esta é a Boa Nova de hoje: a Paz é possível e está ao nosso alcance. No entanto, é preciso procurá-la. Vai encontrá-la quem mudar seus caminhos e seguir a Verdadeira Luz.

(2485)


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REIS MAGOS

Quando nós estamos atentos e o coração  aberto, Maria  é a Estrela  que nos guia e  conduz  até Jesus.

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                    Deus deu o seu primeiro sinal visível de que o Seu Plano se dirigia a toda a humanidade quando os Reis magos, guiados por uma estrela, foram em busca do lugar aonde poderiam adorar ao menino Jesus e a Ele oferecerem o que eles traziam em suas mãos. Simplesmente eles foram atraídos, saíram da sua terra e encontraram Jesus com a Sua Mãe Maria e o adoraram. Quando nós estamos atentos e abertos também a Estrela nos guia até Jesus somos atraídos pela Sua Luz e O encontramos sempre com Maria. Maria é a Estrela que nos conduz até Jesus. Ela faz esse duplo papel: orienta-nos, nos mostra aonde Jesus se encontra e, ao mesmo tempo, nos recebe e nos acolhe aos pés de Jesus, como nossa intercessora.
                                                   Os reis magos ofereceram a Jesus, ouro incenso e mirra. Diante de Jesus, nós também podemos oferecer o ouro que são os nossos bens, dons, talentos, o incenso, que é o nosso louvor e adoração, como também, a mirra, significando, a nossa luta do dia a dia, sofrimentos e dificuldades. Jesus acolhe com amor todas as nossas ofertas desde que a façamos de coração contrito. Meu irmão, minha irmã ,reflita: Você tem percebido a presença da Estrela guia na sua vida? Você já experimentou segui-La?  Aonde você tem ido buscar Jesus?  O que você tem oferecido a Ele? Quando você faz adoração ao Santíssimo, você percebe que a sua Mãe também hoje ainda está pertinho Dele para acolhê-lo ?
Amém
Abraço carinhoso de
Maria Regina

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OS REIS MAGOS VISITAM O MENINO JESUS
A liturgia deste domingo celebra a manifestação de Jesus a todos os homens… Ele é uma “luz” que se acende na noite do mundo e atrai a si todos os povos da terra. Cumprindo o projeto libertador que o Pai nos queria oferecer, essa “luz” encarnou na nossa história, iluminou os caminhos dos homens, conduziu-os ao encontro da salvação, da vida definitiva.

A primeira leitura anuncia a chegada da luz salvadora de Jahwéh, que transfigurará Jerusalém e que atrairá à cidade de Deus povos de todo o mundo.

A segunda leitura apresenta o projeto salvador de Deus como uma realidade que vai atingir toda a humanidade, juntando judeus e pagãos numa mesma comunidade de irmãos - a comunidade de Jesus.

No Evangelho, vemos a concretização dessa promessa: ao encontro de Jesus vêm os “magos” do oriente, representantes de todos os povos da terra… Atentos aos sinais da chegada do Messias, procuram-n'O com esperança até O encontrar, reconhecem n'Ele a “salvação de Deus” e aceitam-n'O como “o Senhor”. A salvação rejeitada pelos habitantes de Jerusalém torna-se agora um dom que Deus oferece a todos os homens, sem exceção.
Celebramos hoje a solenidade da Epifania do Senhor. Epifania significa “manifestação”, com a qual, o que celebramos é a manifestação pública da salvação trazida por Jesus para todos os homens e mulheres sem exceção. Não importa a procedência, as crenças, o gênero, a condição social... a salvação é para todos.

Esta é uma primeira idéia que me parece fundamental nestes tempos que estamos vivendo, nos quais nos sentimos com capacidade para julgar, marginalizar e condenar facilmente determinados tipos de pessoas. Com que direito o fazemos? Que fazemos dessa chamada universalidade e unidade dos povos que encontramos no evangelho?

Creio que neste aspecto a Igreja, que somos tu e eu, ao lado de muitos outros, tem uma importante tarefa de criar vínculos de comunhão e de fraternidade com todos, sem fazer exceções, porque Deus mesmo é comunhão (Pai, Filho e Espírito Santo, diferentes pessoas formando uma mesma realidade) e nos pede que vivamos em comunhão com todo.

Por isso sintamos Deus, que se deu plenamente na pessoa de Cristo Jesus, como o melhor presente que podemos receber. E não só isso, mas que também nós sejamos um presente bonito para todos e cada um dos que nos rodeiam. Que levemos esperança, alegria, paz, serenidade, justiça, amor... a nossa realidade. Que nossa vida seja um presente para o mundo.
Lidia Alcántara Ivars


OS REIS MAGOS VISITAM O MENINO JESUS

A liturgia deste domingo celebra a manifestação de Jesus a todos os homens… Ele é uma “luz” que se acende na noite do mundo e atrai para si todos os povos da terra. Cumprindo o projeto libertador que o Pai nos queria oferecer, essa “luz” encarnou na nossa história, iluminou os caminhos dos homens, conduziu-os ao encontro da salvação, da vida definitiva.

A primeira leitura anuncia a chegada da luz salvadora de Jahwéh, que transfigurará Jerusalém e que atrairá à cidade de Deus povos de todo o mundo.

A segunda leitura apresenta o projeto salvador de Deus como uma realidade que vai atingir toda a humanidade, juntando judeus e pagãos numa mesma comunidade de irmãos - a comunidade de Jesus.

No Evangelho, vemos a concretização dessa promessa: ao encontro de Jesus vêm os “magos” do oriente, representantes de todos os povos da terra… Atentos aos sinais da chegada do Messias, procuram-n’O com esperança até O encontrar, reconhecem n’Ele a “salvação de Deus” e aceitam-n’O como “o Senhor”. A salvação rejeitada pelos habitantes de Jerusalém torna-se agora um dom que Deus oferece a todos os homens, sem exceção.

Todos vimos uma estrela
Dia de Reis

Liturgicamente é a Festa da Epifania. Popularmente, é o Dia de Reis. Epifania é revelação, “para que conhecendo a Deus visivelmente, ele nos leve ao amor do invisível”. Hoje, Deus manifesta-se aos pagãos, é o grande salto: das necessidades de um povo, que se cria único herdeiro, o horizonte universal de todas as nações. Chegaram os Magos de oriente.

É certo que o Evangelho não diz que são Reis, nem que são três e, desde cedo, não cita seus nomes, tão populares entre nós: Gaspar, Melchior e Baltasar. Mas, que importa?

Nós, neste dia, como os magos, nos ajoelhamos ante o portal. Desde o princípio, sabemos que neste Menino contemplamos todo o mistério: é o Cristo entregue, por amor, à morte; é o Senhor ressuscitado.

Claro que não podemos nos esquecer da magia deste dia. Como não olhar aos meninos - e os adultos - cheios de ilusão e fantasia nesta manhã de janeiro? Hoje não é dia para nos queixar do consumismo, ainda que os magos não pediram, mais o ouro aos pés do menino Jesus.

O importante é calar o mistério de Epifania: Deus manifesta-se ao homem, quem o  procura o encontra, a sabedoria é pôr-se de joelhos e adorar.

A palavra de Deus

Observemos as personagens da cena. Os magos são estrangeiros que nada sabem das Escrituras, inquietos se põem a caminho, perguntam com interesse, se enchem de imensa alegria e, no final, “entraram, viram, se ajoelharam, adoraram e ofereceram”. Herodes e pontífices se sobressaltam, vão a velhos livros, que bem conhecem, e hospedam teimosas intenções. Um mesmo gesto de Deus, e que diferentes respostas!

Do fundo à universalidade dos magos, está a visão de Isaías. Muita luz, muitos tesouros e riquezas e muita alegria inundam à Jerusalém nova, depois a ruptura e do banimento.

Paulo reclama também para os gentis: “uma mesma herança, um mesmo corpo, uma mesma promessa”.

Com a fé dos Magos do Oriente devemos seguir a estrela

“Ver Deus é a vida do homem”. Ver Deus é a verdade, a beleza suprema dos homens. E Deus revela-se ao homem que lhe procura. Sempre há uma estrela indicadora. Do Senhor é sempre a iniciativa, não dos méritos do homem. “O céu proclama a glória de Deus”.

A nós nos toca empreender a aventura da fé nele. Devemos olhar e escutar como os magos. É necessário pôr-se a caminho, se desinstalar, ir sem bagagem, ainda que nos custe. No caminho nos topamos com mil dificuldades, mil dúvidas, mil adversidades: que significa a estrela, por que ninguém a espera em Jerusalém? Que tem que ver com um rei o espetáculo pobríssimo de Belém? Talvez pudéssemos traduzir: Por que tantos não crêem? Deus meu, que péssimos depoimentos dos que se dizem seus seguidores. Que terá que ver a singeleza de Belém com o gosto pelos grandes meios ou manifestações espetaculares?

Acima de tudo, o que realmente importa é se encontrar com o Menino Deus. De nada valem saber de memória todos os livros da lei se não reconhecemos ao que nasceu. De nada valem fórmulas bem formuladas e ritos belamente executados, se não nos impulsionam a adorar; a Ele e só a Ele.

Catolicidade, fé para todos.

Visão fantástica do profeta. A nova Jerusalém saturada de luz ilumina o mundo, e todos os povos a ela vão para se reunir. Canto precioso à universalidade de nossa fé. Num povo tão nacionalista, tão seu, os estranhos, os viajantes de oriente são os primeiros.

Possuem menos tradição, porém mais fé. Tão sábios, e tudo perguntam, chegam presenteando, nada em projetos de mestres. Só a estrela lhes ilumina. Em frente aos puros e letrados, eles, na nudez da fé, adoram. Esvaziaram seus cofres de presentes, e encheram seu coração de alegria. Quando descobriram Deus, começaram  a viver outra vida.

Contra esta nota de nossa fé, estaria uma Igreja dominada por grupos ou parcelas, enceradas em olhar estreito. Que a Igreja é a grande mãe de todos! Todos em toda sua extensão. Todos irmãos: ninguém é tão puro que seja mais; ninguém é tão pecador que não seja filh.

A imaginação popular pinta os três Reis Magos, de raças diferentes, como representando os continentes então conhecidos. Desde a Europa, quantos puderam aprender das comunidades vivas da América, da espiritualidade da Igreja na Ásia e da África.

E nós somos estrelas?

É uma consideração gratificante. Nós, desde o testemunho, podemos ser estrelas que guie outros que, como os magos, vão procurando. Corrijamos a Santa Bem-Aventurada que afirma que: há três estrelas; a exterior que é a Palavra, a interior que é a graça do Espírito, a superior que é a Virgem Maria. Nós acrescentamos outra, a estrela que é nossa vida pode colocar a caminho os homens de hoje.

Se tivermos fé há de queimar-nos a paixão por comunicá-la aos demais. Não sejamos como os letrados de Jerusalém que, desde seus conhecimentos, indicam o caminho, mas eles, depreciativamente, não vão.

Talvez possamos recordar vivências pessoais de “estrelas” que nos levaram a Jesus: aquela leitura dos santos, uma pergunta num momento privilegiado, a voz das vítimas, aquela experiência que me golpeou o coração.

Vemos os homens e mulheres de hoje como Igreja, cuja luz abre um caminho direto a Deus?

Continuamos com a Eucaristia. Os magos ofereceram seus dons. Nós oferecemos o melhor. Cristo é nossa oferenda ao Pai.
Conrado Bueno Bueno
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EPIFANIA-OS REIS MAGOS VISITAM O MENINO JESUS
A liturgia do Domingo da Epifania do Senhor leva-nos à manifestação de Jesus como “a luz” que atrai a Si todos os povos da terra. Essa “luz” encarnou na nossa história, a fim de iluminar os caminhos dos homens com uma proposta de salvação/libertação.

A primeira leitura anuncia a chegada da luz salvadora de Jahwéh, que alegrará Jerusalém e que atrairá à cidade de Deus povos de todo o mundo.

No Evangelho, vemos a concretização dessa promessa: ao encontro de Jesus vêm os “Magos”, atentos aos sinais da chegada do Messias, que O aceitam como “salvação de Deus” e O adoram. A salvação, rejeitada pelos habitantes de Jerusalém, torna-se agora uma oferta universal.

A segunda leitura apresenta o projetos salvador de Deus como uma realidade que vai atingir toda a humanidade, juntando judeus e pagãos numa mesma comunidade de irmãos - a comunidade de Jesus.

Leituras Primeira Leitura - Livro do profeta Isaías (Is 60,1-6)
Outra vez se manifesta na caminhada do Povo de Deus a presença salvadora e libertadora de Deus, que não abandona o seu Povo. Esta “fidelidade” de Deus aos seus compromissos aquece-nos o coração e dá-nos a garantia de um Deus que não desiste, nunca, de nos proporcionar a salvação, a vida plena. Mais uma vez é preciso perguntar: essa presença salvadora chega, de fato, aos homens através do nosso testemunho?
Segunda Leitura - Carta de São Paulo apóstolo aos Efésios (Ef 3,2-3a.5-6)
A Igreja é o “corpo de Cristo”, isto é, a comunidade daqueles que acolheram “o mistério”. Nela, judeus e pagãos - beneficiários todos do projeto salvador de Deus - têm lugar, em igualdade de circunstâncias. A partir deste texto, devemos refletir:  As nossas comunidades são verdadeiras comunidades fraternas, onde todos se amam sem distinção de raça, cor ou estatuto social? As diferenças legítimas são um complemento da nossa riqueza comum, ou razões para manifestarmos indiferença e afastamento face aos irmãos?

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus (Mt 2,1-12)
Meditemos nas atitudes das várias personagens que Mateus nos apresenta em confronto com Jesus: os “Magos”, Herodes, os príncipes dos sacerdotes e os escribas do povo… Diante de Jesus, eles assumem atitudes diversas que vão desde a adoração (os “Magos”) até à rejeição total (Herodes), passando pela indiferença (os sacerdotes e os escribas). Identificamo-nos com algum destes grupos? Não é fácil “conhecer as Escrituras”, como profissionais da religião e, depois, deixar que as propostas e os valores de Jesus passam ao largo da nossa vida?
Comentário
Ajoelharam-se e o adoraram
Os Três Reis Magos representam a manifestação de Jesus Cristo, Deus e Senhor de todos os homens, de todas as raças. Por isso a festa que recorda a visita dos Reis ao Deus-Homem, o Rei dos Reis, se denomina “Epifania”, que significa “manifestação”.

Deus-Pai tem escrito nos corações de todos os seres humanos o desejo para buscá-lo. Deus responde a esse anseio que  há em cada um de nós, Suas criaturas. Responde, mostrando-nos como é Ele e qual o caminho que devemos percorrer para chegar até Ele, com Seu Filho Jesus Cristo, que se fez homem.

Jesus Cristo é a resposta de Deus à nossa busca por Ele. É o Salvador do gênero humano. É o “Rei dos Reis”. É o Deus humanizado, o Deus-Homem.

Isso reconheceu os Reis que vieram do Oriente até Belém, buscando por Ele. Deus se revelou de alguma maneira para estimulá-los a realizar uma longa viagem, não isenta de muitas dificuldades, vinda cada um desde sua origem. Receberam uma inspiração do Senhor que os impulsionava a buscar a esse “Rei” que era muito mais do que eles, cujo Reino era muito maior que todos os reinos da terra.

Receberam um chamado divino para se colocarem em marcha e uma Estrela do Senhor os guiou pelo caminho até Belém.  Por isso dizem os Reis: “Vimos Sua Estrela no Oriente e viemos adorá-lo” (Mt 2,2).

Realmente, depois de muitas vicissitudes, chegaram "ao lugar onde estava o Menino”. Lá voltaram a ver “a Estrela e se encheram de imensa alegria” (Mt. 2,10).

"Viram o Menino que estava com Maria, Sua Mãe, ajoelharam-se e o adoraram“ (Mt. 2, 11). Isto é, ao chegar ante a presença de Deus-Homem, caíram de joelhos ante tal majestade e grandeza. Ajoelharam-se e o adoraram.

Os Três Reis ofereceram presentes ao Deus-Homem: ouro, em reconhecimento de que era Rei, o Reis dos Reis; incenso, com o qual o reconheciam como Deus, e mirra, substância usada para ungir os mortos, simbolizava sua morte como Homem para nossa salvação.

Esta breve história da Sagrada Escritura nos mostra que Deus se revela a toda a raça, povo e nação. Revela-se em Jesus Cristo, Deus Vivo e Verdadeiro, ante Quem não podemos mais do que nos ajoelhar e adorá-lo.

A história dos Reis do Oriente nos mostra como Deus chama a cada pessoa de diferentes maneiras, seja qual for sua origem ou sua raça, seu povo ou sua nação, sua crença ou convicção. Toca nossos corações para reconheçamos Jesus Cristo como Senhor, nosso Rei.

Como aos Três Reis, Deus nos chama, nos inspira para que o busquemos, se revela a nos em Jesus Cristo. Nossa resposta não pode ser outra senão a que os Reis deram: buscá-lo, seguir Seu Caminho, nos ajoelhar e adorá-lo, oferecendo nossa entrega a Ele, nossa oração e nosso trabalho.
Pe. Claudio
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O Senhor se manifesta a todos os povos
Evangelho (Mateus 2,1-12)
O evangelho de hoje nos traz a visita  do Reis Magos, a uma casa onde se encontrava Maria e o seu Filho Jesus. Eram eles Melquior, Baltazar e Gaspar, sábios pagãos e que moravam em países diferentes e se encontraram por causa de uma brilhante estrela. Baltazar partira do Golfo Pérsico, sonhou com uma criança que lhe disse: “quando você me ver na estrela, a hora da alegria estará próxima. Segue essa estrela que ela lhe trará a fé”. Melquior  partiu de Ur, terra dos Caldeus, teve uma visão, no fundo de uma  taça estava uma estrela brilhante e uma criança deitada. E a criança dizia: ”quando você me ver na estrela, a hora da alegria estará próxima. Segue essa estrela que ela lhe trará a paz”. Gaspar, partiu de perto do Mar Cáspio, e todos sofriam porque quase não chovia. O rei Gaspar ia sempre ao rio junto com o povo para rezar e pedir chuva. E teve uma visão no fundo de um poço que estava seco, de uma estrela brilhante e uma criança deitada. E a criança dizia: “quando você me ver na estrela, a hora da alegria estará próxima.”
Seguindo a Estrela se encontraram em Jerusalém. Mas lá  não viram  mais a estrela. Então saíram perguntando, onde estaria o rei dos judeus que acabaria de nascer? Chegaram até o rei Herodes e os sumos sacerdotes, e foram que o menino havia nascido em Belém, pois assim estava escrito na profecia. E em seguida, Herodes pediu os magos para que ao voltarem da viagem dissessem a ele onde o menino estava, Herodes queria eliminá-lo sem demora. Eles seguiram novamente a estrela que os levou até Belém, onde nasceu o  menino Jesus. E reconheceram naquele menino o Rei da justiça, e o adoraram e lhe ofereceram presentes. Os reis magos aderiram ao projeto de Deus, a salvação a partir do pobre  e não dos poderosos e violentos. Os reis magos aqui são representantes de toda humanidade, eles ofereceram ao menino Jesus, como presentes: ouro, incenso e mirra, que simbolizavam a realeza, a divindade (fé) e a imortalidade (paixão de cristo).
Avisados em sonhos, por um anjo que Herodes queria matar o menino, os magos voltam para casa por outro caminho, rompendo assim com Herodes e Jerusalém. Como os reis magos, nos deixemos  transformar pela luz de Cristo. Ele espera nossa visita, que o adoremos, que o nosso encontro com Ele nos transforme, nos torne homens e mulheres melhores, que ofereçamos a Ele o que temos de melhor. Jesus é o verdadeiro Rei, que deve ser procurado e adorado por toda humanidade, e Ele acolhe a todos, que a  Ele recorrem.
 Pelos reis magos, guiados por uma estrela, Deus revela seu Filho Jesus, a todos nós, para que o aceitemos e o acolhamos como nosso Rei e Salvador.  Purifiquemos o nosso coração, para irmos a Jesus, para nos encontrarmos de verdade com Ele. Busquemos dentro de nós a estrela que nos mostra o caminho, a fim de que encontremos forças para levar adiante  missão de tornar nosso mundo mais humano, justo, fraterno, alegre, em paz e com muita fé.
Mª Elian
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EPIFANIA DE JESUS

O Evangelista legou-nos um relato importantíssimo da vida de Jesus ao narrar, com riqueza de detalhes, sua manifestação a todos os povos da terra. As indicações iniciais de tempo e lugar estão intimamente conexas com o que a seguir foi registrado.

O Salvador nasceu durante o reinado de Herodes, o Grande, em Belém da Judéia a nove quilômetros de Jerusalém. Foi em Belém que Davi fora ungido rei). Cristo, como anunciara o anjo, herdaria o trono daquele monarca).

Os magos constituíam uma classe sacerdotal da Média, composta de adivinhos que conservaram sua influência depois da conquista dos persas. Podemos considerá-los como sábios, especialistas em astronomia, uma vez que Mateus não dá ao termo magos sentido pejorativo.

Vinham do oriente e, com probabilidade, segundo os mais antigos exegetas, da região situada do outro lado do Jordão e do mar Morto, isto é, da Arábia, que naquele tempo se estendia até o norte de Damasco. Naquela região judeus e árabes falavam os mesmos dialetos e formavam uma população mista.

Os presentes que os magos trouxeram confirmam sua origem árabe. A Arábia era famosa por seu ouro, seu incenso e sua mirra, conforme atesta Plínio na sua História Natural. Esta visita teve lugar após a purificação, cumprida quarenta dias depois do nascimento de Jesus e levando-se em conta que José não agiria temerariamente indo à capital depois do aviso do anjo. A visita dos magos deve ter ocorrido no decorrer de um ano do nascimento do Menino Deus. Há a aparição de uma estrela que os conduz até Jerusalém. Os magos tinham conhecimento da enorme expectativa dos judeus pela chegada do Messias, tanto mais que falsos messias haviam aparecido, mormente naquele contexto histórico.

Embora Mateus não diga isto, podemos também supor que aqueles sábios tivessem recebido uma revelação especial. Para muitos hermeneutas a estrela surgiu de modo extraordinário e, ainda que os astrônomos se esforcem por encontrar uma explicação científica, todas carecem de um fundamento mais confiável. Trata-se de um fenômeno maravilhoso, não obstante possa ter sido natural. O certo é que Herodes e povo judeu foi tomado de ansiedade. O Sinédrio, supremo conselho entre os judeus, que contava com setenta e um membros, estava composto de três grupos com força igual: os príncipes dos sacerdotes, os escribas ou doutores da lei e os anciãos, escolhidos entre os notáveis do povo.

Como estes últimos não são mencionados por Mateus, se conclui que não houve uma reunião plena daquele Conselho judaico para tratar do assunto proposto pelos magos. Temeroso de perder o poder, Herodes foi quem mais ficou perturbado. Pelas Escrituras, conforme foi mostrado a Herodes, o local do nascimento seria Belém. O rei, entretanto, procurou evitar mais turbulência e, tendo chamado os Magos, os despistou com relação a seus receios, dizendo-lhes, ardilosamente, que iria adorar o recém-nascido tão logo tudo ficasse confirmado.

A estrela reaparece, dado que o destino dos magos não era Jerusalém, pois aquele corpo luminoso na atmosfera inferior tinha por missão divina apontar Belém àqueles sábios. Encontram a habitação onde estava Jesus e Mateus que não fala na presença de José, quer, visivelmente, salientar a importância dos laços que prendiam o Filho à sua genitora. Nunca se destaca demais o que está na Bíblia: “Encontraram o Menino com Maria, sua mãe".

Vieram os magos adorar, isto é, prestar honras divinas àquela criança. Belíssimo o significado dos presentes: ouro, porque Jesus é Rei; incenso, por ser Ele Deus; mirra dado que havia assumido um corpo mortal. Advertidos em sonho, os magos retornaram por outro caminho para sua terra, isto é, pelo caminho de Hebron passando pelo sul do mar Morto. Tudo isto se presta a valiosas reflexões e a leitura do texto, assim esclarecido, oferece aos fiéis inúmeras conclusões vivenciais. Diante das lutas sangrentas entre judeus e palestinos, como é bom recordar que, um dia, árabes vieram de longe para adorar uma criança judia.
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho
Professor no Seminário de Mariana (MG)
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FESTA DA EPIFANIA DO SENHOR – B

“Eis que veio o Senhor dos senhores, em suas mãos o poder e a realeza”. (Ml 3,1; 1 Cr 19,12)

Meus irmãos,

Celebramos neste domingo a festa da Epifania.

O que é a Epifania?

É a manifestação do Salvador a todos os povos e Nações. A manifestação de Deus na pessoa frágil do menino Jesus.

Todos nós somos convidados a nos sentirmos como os Reis Magos, peregrinos na fé, junto com toda a humanidade que enfrenta o cansaço da viagem longa, na busca contínua de um sentido para a vida e para as contradições e percalços da caminhada. A fragilidade de Jesus nos recorda os milhares de crianças frágeis e abandonadas pela crueldade desta sociedade hedonista em que vivemos.

Celebramos a utopia do autor bíblico que nos ajuda a atingir o objetivo da esperança cristã, construindo uma parceria com Deus Nosso Senhor.

As Sagradas Escrituras nos ensinam a caminhar, a plantar as sementes de nossa fé, vingando águas mais profundas, construindo uma parceria com o Senhor da Vida e a Humanidade.

E essa parceria entre o Senhor e a Humanidade é a festa da manifestação deste Deus que nos convida a viver a vocação “universalista” cantada pelo livro de Isaías na primeira leitura: Jerusalém é agora o centro para o qual convergem as caravanas do mundo inteiro. Esta visão profética, concebida para a restauração da cidade santa depois do Exílio, verifica-se plenamente quando os magos do Oriente, conduzidos por um astro desconhecido, se apresentam na cidade santa, procurando o Messias nascido na cidade de Davi, trazendo-lhe as riquezas das quais falava a visão de Isaías: ouro, incenso e mirra.

Já a Segunda Leitura, acentuando a universalidade da encarnação para crentes e incruéis, fala de um tema que permeia toda a Carta aos Efésios: a participação de judeus e pagãos na revelação de Deus em Jesus Cristo. É assim, pois, a manifestação de Deus para todos, não apenas para o povo hebreu. Ele veio para nos salvar, é a “Luz para iluminar as nações” e a “glória de Israel seu povo”; ou seja, pelo reconhecimento que o povo hebreu deveria ter testemunhado e proclamado, o Messias seria reconhecido por todo o mundo.

Amigos e Amigas,

O escritor sagrado usa de sinais: a estrela. Herodes teve a palavra dos magos: os judeus tiveram as Escrituras. Deus nos fala de muitas maneiras. O importante é pôr-se em busca e essa procura pode durar toda uma vida.

Nesse contexto, a humanidade está representada pelos magos do Evangelho, todos os povos da terra que caminham ao encontro do grande desejo de seu coração: o próprio Deus. Ele vem até nós em Jesus, mas temos de dar também nossa ajuda, o nosso passo.

Essa busca é, muitas vezes, difícil, cheia de armadilhas, de incertezas, até de desvios. Há momentos também em que não vemos mais a “estrela”, não vemos os sinais de Deus e ficamos perdidos. Não podemos, contudo, desistir da grande aventura da vida. É preciso seguir em frente, acreditando que “depois da tempestade vem a bonança”, como reza o sábio dito popular.

A Epifania é a festa em que Deus nos mostra a sua face. Deus nos surpreende mostrando-nos a sua própria face. Em Jesus, é Deus que está presente entre nós para nos guiar na travessia da vida, para reacender em nós o desejo do céu, das coisas do alto.

Jesus pode nos falar das coisas do alto porque Ele veio do sonho do Pai Eterno. Aqui na terra, Jesus vai nos mostrar a sua face, vai nos mostrar como é o Céu. Nesta solenidade de hoje, Jesus se revela, mostra a sua face a todos os povos, na figura dos Reis que vão adorá-lo, para que todos andem no clarão dessa luz. Assim se realizarão os maiores e mais lídimos ideais da vida: a paz, a comunhão, a alegria.

Meus amigos,

Todos nós somos convidados a sermos uma comunidade-testemunha. Israel se tornou, de fato, o centro do mundo, porém não para si mesmo, mas para que nele brilhasse a luz para todos. Aos poucos, ficará claro quais os filhos que assumem verdadeiramente esta função, unindo-se ao Menino do presépio. O mesmo vale ainda hoje. O universalismo de Cristo não resplandece nas organizações internacionais, mas no testemunho do Espírito de Cristo, nas concretas comunidades de amor fraterno.

Jesus de Nazaré, nascido em Belém, é a manifestação de Deus a todos e a cada pessoa humana em todos os lugares e em todos os tempos. Nenhum povo da terra está desprovido do sentimento religioso. Todos querem ver, apalpar, escutar os seus deuses. E, sobretudo, sentir-se protegidos por eles.

Hoje temos a revelação do Deus único e verdadeiro. Em forma conhecida de todos: a forma de um homem, homem e Deus ao mesmo tempo. Realmente, Jesus é o Emanuel, (Is 8,8.10; Mt 1,23), isto é, o Deus conosco. Todos os milagres, e não só o nascimento, realizados por Jesus foram manifestações, particularmente a sua transfiguração (Mt 17,1-8). E o que fazemos hoje é manifestar a todo o mundo o nascimento do Senhor.

Os Magos estão repletos de simbolismos e o primeiro é o da universalidade da salvação. O segundo simbolismo é a missionariedade do Evangelho pregado. A universalidade da salvação veio para todos e, em vista disso, todo cristão deve ser um missionário.

No início da Igreja, a idéia dominante era que Cristo viera para poucos, para os chamados “santos”. Ao contrário, Jesus veio para todos, prosélitos, judeus, pagãos, indistintamente. Por isso, São Paulo, na segunda leitura de hoje, nos ensina que “os pagãos são co-herdeiros e membros de um mesmo corpo, co-participantes das promessas em Cristo Jesus, mediante o Evangelho” (Ef 3,6).

Em contraponto, os batizados devem assumir a grave obrigação de levar a todos a mensagem cristã. A missionariedade da Igreja faz parte da própria natureza da Igreja. Ver os povos prostrados diante do Presépio é contemplar os cristãos saindo do Presépio em direção aos quatros cantos do mundo.

Irmãos e irmãs,

Jesus é apresentado como “a luz dos povos” (Lc 2,32), é luz para todos.

Jesus não excluiu ninguém. Os Magos não foram a Belém apenas para “ver” um menino. Eles foram para adorar, conforme disseram a Herodes (Mt 2,22). E não só adoraram, caíram por terra, reconheceram que o Menino era divino, que o Menino era o Filho de Deus que se manifestou, assim, a eles, da mesma forma como se manifestará a quantos o procurarem e souberem encontrá-Lo na simplicidade e na pobreza. Os Magos nos ensinaram que Jesus não mora nos palácios de Herodes, mas na imagem de cada irmão oprimido, sofredor, descriminado pelos preconceitos fundados na soberba, na ambição, no egoísmo. Jesus é a revelação da inocência, da pureza, da caridade.

A Epifania, pela presença da estrela, é a festa da luz. Luz que é salvação no Cristo presente-presença. Com o nascimento de Jesus, a cidade terrena encheu-se de salvação, como uma sala se ilumina ao acender da lâmpada.

A salvação trazida por Jesus é um longo caminho a ser percorrido. Andaram os Magos, andou a estrela. A luz da estrela pousou sobre a casa de Jesus. Toda a salvação se encontra na pessoa de Jesus: “Em nenhum outro há salvação” (At 4,12). Por isso, ela deve ser procurada.

Somos convocados a uma comunhão universal com todos os povos, com os diferentes feitos de adorar a Deus e buscar a libertação. A estrela indica um caminho alternativo, um caminho que não passa pelo conhecimento dos grandes, mas pelo discernimento dos pequenos e fracos, o caminho que nos leva ao Menino de Belém.

Epifania é a festa da disponibilidade. Epifania é a festa da possibilidade de conhecer a Deus.

Os pastores – gente simples do povo – reconheceram o Menino Deus e voltaram ao trabalho “glorificando e louvando a Deus” (Lc 2,20). Os Magos – gente sábia – “encheram de grande alegria e, caindo por terra, o adoraram” (Mt 2,10-11).

Epifania, festa de luz, festa da salvação universal. Assim é preciso pôr-se em contínua caminhada na busca do verdadeiro encontro com Jesus. Precisamos descobrir a estrela que nos guie de forma segura ao longo do ano na busca do rosto sereno e radioso do Senhor.
Padre Wagner Augusto Portugal