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PRÓXIMO DOMINGO


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sábado, 26 de fevereiro de 2011

VIII DOMINGO DO TEMPO COMUM - Ninguém pode servir a dois senhores

HOMILIAS PARA O

 PRÓXIMO DOMINGO

27 DE FEVEREIRO – 2011

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Comentários do Prof. Fernando

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Introdução

            "Ninguém pode servir a dois senhores: pois, ou odiará um e amará o outro,ou será fiel a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro.

        Muitos já se embrenharam na aventuraram de servir a dois senhores, principalmente por causa de dinheiro, porém, por causa de paixão, isso também tem ocorrido, principalmente envolvendo as famílias. É o caso do homem que tendo esposa e filhos, se  apaixona por outra mulher. Ou a mulher que tenta se dividir no amor ou paixão entre o marido e outro homem. E por que tudo isso acontece? Pelo afastamento de Deus. Se maridos e mulheres tivessem em mente as palavras de Jesus: "O que Deus uniu o homem não separa",  com certeza resistiriam a qualquer tentação de se aventurar com outras pessoas.

        Por falar em tentação, o diabo consegue infiltrar-se na mente das pessoas que estão sem Deus de tal forma, que até conseguem que elas cometam crimes hediondos.  Filhos matam pais por causa da herança. Um verdadeiro absurdo!  Veja como o demônio consegue embaçar as mentes dos jovens de tal maneira que eles não enxergam o perigo de tal atrocidade. Nem percebem que os vizinhos  vão notar, e chamar a polícia. Não enxergam a justiça de Deus e dos homens que acabarão por puni-los, em vez de conseguirem ficar felizes desfrutando a herança. Isso nunca aconteceria, mesmo porque se conseguissem se livrar da justiça, eles teriam que conviver até o fim dos seus dias com a dor na consciência.

        Entre nós também existe outra forma de servir a Deus e ao demônio.  Deus não suporta o cristão chamado de  meia boca, do tipo que acende uma vela para Deus e outra para o diabo. Aquele cristão que no domingo vai à missa e na sexta-feira vai adorar o diabo em uma outra seita que disfarçadamente pode ser denominada com palavras suaves, mas no fundo nada mais é que uma forma de seguir o maligno.

        E a nossa Igreja que fique bem esperta, pois tais "cristãos" podem se infiltrar na comunidade, e provocar verdadeiros estragos, dominando o próprio padre, e toda a comunidade, destruindo a catequese.  E quando se perceber, a coisa já se enraizou de tal forma que fica muito difícil extirpar o joio do trigo.

        Foi o que aconteceu naquela paróquia, quando uma moça loira de olhos azuis e de cabelos aos ombros, começou a freqüentar, e de mansinho foi dominando tudo começando pelo jovem padre. Ela pertencia a uma seita satânica, e no final de 4 anos, a paróquia estava toda dominada. O padre continuava lá, totalmente em suas mãos! Os cristãos fiéis a Deus foram perseguidos e convidados a se retirar, e foram substituídos pelos seguidores daquela seita. A catequese foi destruída e no seu lugar foi criado uma espécie de clube no qual as crianças, sobe a desculpa de se fazer dinâmicas, brincavam, dançavam, comiam muitos doces, pipoca e groselha, e não se ouvia falar de Jesus. Os catequistas foram expulsos e trocados por jovens chamados de instrutores e treinadores. Construíram um grande salão, onde as crianças brincavam, nos fins de semana era alugado para festas, onde havia aulas de artes marciais, capoeira, entre outras maluquices que não tinha nada a ver com evangelização. Festas e mais festas, sendo que a mega-festa acontecia no dia de Cosme e Damião.  Nestes muitos eventos, muito dinheiro se arrecadava, e que não era aplicado na evangelização, ou revertido para a própria Igreja. Onde ia parar tanto dinheiro?

        A loira era tão poderosa que se infiltrou a diocese, colocando em várias paróquias lindas secretárias, que acabaram sendo secretárias dos padres, onde os comentários começaram a surgir, sem que o Bispo pudesse tomar qualquer providência, pois era ameaçado de escândalo. A tal loira, chamada por muitos de o diabo vestido de loira, era irmã do diretor de uma rede de televisão e de rádios com sede na capital daquele estado. Assim as muitas festas ocorridas naquela comunidade-clube  chamada de paróquia, eram vistas por muitos pela cobertura total na televisão e no rádio.

        E assim, o tempo foi passando, 10 anos 20 anos, os padres dominados todos vitalícios sem troca, até que tudo chega ao seu final.

        Aquela maldita paróquia hoje está novamente nas mãos de Deus,  pois " as portas dos infernos não se prevalecerão contra ela...".

        Um grupo de autênticos cristãos, acompanhados de vários padres de Roma, aproveitando a velhice e a doença do padre e daquela famosa mulher, invadiram a comunidade, e restaurou a vida da paróquia, assim como a catequese e a espiritualidade.

        E você está imaginando agora. Onde aconteceu isso? No Brasil? Você acabou de ler uma estória baseada em fatos verídicos, que pode acontecer ou pode está acontecendo bem aí na sua paróquia. Muito cuidado! Se for enfrentar os invasores, considere que estará enfrentando o próprio demônio, e para tal precisa da armadura de Jesus. Você precisa estar com Jesus, caso contrário será dominado também. Ou, mesmo estando com Jesus, você poderá ser congelado...  O importante é a sua fé. Junte-se com outros também de muita fé, e lembre-se das palavras de Jesus: "eis que estarei convosco até o fim dos tempos" .             

        Não tenha medo! "não vos preocupeis com o dia de amanhã..." .  Jesus vai lhe proporcionar os recursos necessários para combater o mal. Em hipótesis alguma Deus vai permitir por muito tempo que a sua Igreja seja dominada pelas forças do mal.  Se somos cristãos imitadores de Jesus Cristo, não podemos ficar de braços cruzados, vendo o demônio estragar a nossa comunidade. Jesus enfrentou aqueles que transformaram o seu  Templo em um covil de ladrões que visavam a satisfação de seus interesses pessoais.

        Por que nós vamos nos acovardar e deixar acontecer o pior?

 

Sal

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Homilia de Mons. José Maria Pereira – VIII Domingo do Tempo Comum – Ano A

Viver o Presente!

A Palavra de Deus em Is. 49, 14-15 tem a expressão mais profunda e eloqüente da ternura maternal de Deus e de seu amor ao povo eleito e ao homem. A mãe não ama seu filho porque ele é bom, mas porque é seu filho.

Deus é comparado a uma MÃE CARINHOSA, que não esquece de seu filhinho: "Poderá uma mãe esquecer de seu filhinho, e não amar o fruto do seu ventre?

Mesmo se houvesse alguma mulher capaz de esquecê-lo, Eu não te esqueceria jamais" (Is 49, 14-15).

No Evangelho (Mt 6, 24-34) Jesus ensina as pessoas a buscarem o essencial, o que realmente conta.

O Senhor dá-nos este conselho: "Não vos preocupeis com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã terá suas preocupações! Para cada dia bastam seus próprios problemas" (Mt 6, 34). "E porque ficais preocupados com a roupa?" (Mt 6, 28). Jesus não diz que não nos ocupemos das coisas que se referem ao alimento e ao vestuário, mas que não nos preocupemos com desassossego e perturbação dessas coisas. É como se dissesse: "Não vos preocupeis excessivamente com os bens materiais, ainda que necessários à vida; não estais sobre a terra para aqui viverdes imersos em pensamentos de coisas materiais, sois filhos de Deus, bem superiores às flores do campo e às aves do céu. Deus pensará em vós, mais do que pensa nas outras criaturas e vos dará o necessário."

"Tudo mais vos será dado por acréscimo", segundo comenta Santo Agostinho: "não como um bem no qual devais fixar a vossa atenção, mas como um meio pelo qual possais chegar ao sumo e verdadeiro bem."

Trata-se de uma atitude de fé viva na Providência divina e de confiança filial no Pai Celeste, que conduz à paz e serenidade de espírito.

"Para cada dia bastam seus próprios problemas."

O ontem já passou; o amanhã não sabemos se chegará para cada um de nós, pois a ninguém foi entregue o seu porvir. Do dia de ontem, só ficaram muitos motivos de ação de graças pelos inúmeros benefícios e ajudas de Deus, bem como daqueles que convivem conosco. Com certeza pudemos aumentar, nem que fosse um pouco, o nosso tesouro no Céu. Podemos dizer do dia de ontem, com palavras do salmista: "O Senhor tornou-se o meu apoio, libertou-me da angústia e salvou-me porque me ama." (Sl 17, 19-20).

O amanhã "ainda não é", e, se chegar, será o dia mais belo que jamais pudemos sonhar, porque foi preparado pelo nosso Pai-Deus para que nos santifiquemos: "Vós sois o meu Deus, os meus dias estão nas vossas mãos" (Sl 31, 16). Não há razões objetivas para andarmos angustiados e preocupados pelo dia de amanhã: teremos as graças necessárias para enfrentá-lo e sair vitoriosos.

O que importa é o hoje. É o que temos para amar e para nos santificarmos, através de inúmeros pequenos acontecimentos que constituem a trama de um dia.

Aqui e agora é que eu tenho que amar a Deus com todo o meu coração… e com obras.

Boa parte da santidade e da eficácia consiste certamente em vivermos cada dia como se fosse o único da nossa vida. Dias para serem cumulados de amor de Deus e terminados com as mãos cheias de boas obras. O dia de hoje não se repetirá nunca, e o Senhor, espera que o impregnemos de Amor e de pequenos serviços aos nossos irmãos. As aflições procedem, pois, quase sempre, de não vivermos com intensidade o momento atual e de termos pouca fé na Previdência. Por isso desapareceriam se disséssemos sinceramente ao Senhor: "quero o que queres, quero porque o queres, quero como o que queres, quero enquanto o quiseres" (Oração de Clemente XI). Vêm então a alegria e a paz.

"Não podeis servir a Deus e ao dinheiro" (Mt 6, 24). "Os bens da terra, diz São Josemaria Escrivá, não são maus; pervertem-se, quando o homem os torna como ídolos e se prostra diante deles; mas tornam-se nobres, quando os converte em instrumentos para alcançar o bem, numa missão de justiça e de caridade. Não podemos correr atrás dos bens econômicos como quem procura um tesouro; o nosso tesouro é Cristo e nEle se há de concentrar todo o nosso amor, porque onde está o nosso tesouro, aí está também o nosso coração (Mt 6, 21)" (Cristo que passa, nº 35).

Deixemos de ser servos do dinheiro e escravos de nós mesmos, para servir no Senhor com alegria e livres da angústia possessiva.

Aproveitemos bem o dia que estamos vivendo! Todos os dias da nossa vida estão presididos por Deus que tanto nos quer. E só temos capacidade para viver o presente!

Aqui e agora devemos ser generosos com Deus, fugindo da tibieza.

Mons. José Maria Pereira

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O homem não pode prever o futuro, este está nas mãos de Deus. Então não serve a nada estar ansioso e inquieto  pelo futuro – Maria Regina

                                         

 

                                  No Evangelho deste domingo, Jesus  nos revela qual deve ser a nossa relação para com as coisas materiais. Que lugar os bens materiais  devem ter na nossa vida? Até que ponto podem determinar os nossos desejos e esforços?Ele também nos adverte que ninguém pode servir a dois senhores: pois ou odiará um e amará o outro, ou será fiel a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro" Nos adverte e depois nos fala do comportamentos práticos  , lembrando o valor que deve ocupar  o primeiro lugar em nossa vida, em nossas aparições em nossos sentimentos, finalizando com  uma sentença sapiencial que devemos viver a vida inteira.

                                  O perigo as formas erradas de relação para com os bens matérias. Ele diz que os tesouros matérias são tesouros inseguros, a traça e a ferrugem podem correr, ou um ladrão pode roubá-los. Não teremos  absolutamente  nenhuma segurança com eles, já que de uma hora para outra, podemos nos encontrar com as mãos abanando. E, assim , todo nosso esforço , todo nosso cansaço termina em nada.

                              Se as coisas materiais são o nosso tesouro, a coisa principal da nossa vida, com que gastamos todo o nosso esforço, todo o nosso tempo, aquilo que queremos conseguir e conservar incondicionalmente, onde queremos encontrar segurança e apoio, de onde depende a nossa satisfação, a consciência do nosso valor e o nosso valor próprio aos olhos dos outros, então tenhamos certeza absoluta de uma coisa: nosso coração pertence aos bens materiais. Nossa adoração, o centro de nossa vida, o deus da nossa vida é o dinheiro. Mesmo que de modo farisaico, falso, mentiroso, impostor, aparente, a gente queira se enganar e diga para nós mesmos e para os outros que o senhor da nossa vida é Deus. Não é mesmo! Para comprovar, é só fazer um exame de consciência e analisar durante um tempo, por exemplo, do que mais falamos, com que mais nos preocupamos, do que mais damos valor, se somos "mão de vaca" etc. Os fatos irão nos desmascarar. E o primeiro mandamento é claro: amarás o Senhor teu Deus sobre todas as coisas.

                               As coisas materiais podem dominar uma pessoa. A relação entre aquele que possui e a coisa possuída pode ser tão doente que a pessoa se torne uma verdadeira escrava da coisa possuída e não o seu dono. A busca das coisas materiais pode ser tão preocupante que ela gaste a maior parte de seu tempo e cuidados com eles e se descuide dos valores mais importantes. Por fim, a pessoa chega a não servir mais a Deus, mas ao deus "dinheiro". Porque estes dois serviços são incompatíveis e assim, a pessoa chega a adorar o dinheiro, a fazer do dinheiro um ídolo, a idolatrá-lo, e fazer de tudo o que há de mais errado para conseguir sempre mais. Jesus nos ensina: mesmo com relação às nossas necessidades, os bens não devem jamais dar a preocupação de dominar os nossos pensamentos de modo angustiante e descontrolado.

 

                            Porque sobre todas as preocupações tem que estar a fé e a convicção de que "o vosso Pai que está nos céus sabe que precisais de tudo isso". Esquecer Deus, não confiar em Deus e ser absorvido somente pelas preocupações para as coisas materiais, necessárias ou não, é paganismo e idolatria. A confiança em Deus e na sua bondade deve acompanhar todas as nossas preocupações e nos dar segurança e liberdade interior.Com isso Jesus não quer dizer que não devamos  trabalhar, nem semear, nem nos precavermos no sentido de planejar o futuro, mas ele quer simplesmente dizer que tudo isto não deve acontecer com uma preocupação cega, mas na confiança total em Deus. Obviamente há casos em que pessoas morrem de fome, mas o que Jesus quer dizer é que o fato de se preocupar ansiosamente por isso não muda em nada o fato. Nesses casos, aí sim é que se requer confiança na Providência divina e fazer o que se pode.

                          Concluindo meus irmãos, minhas irmãs, Jesus diz que o que deve dominar os nossos esforços e desejos é a busca pelo Reino de Deus e a sua justiça.O sentido da vida não significa em preocupar-nos com tudo  que esta vida terrena apresenta, mas vivendo esta vida terrena, nos orientarmos  para a  perfeita comunhão  com Deus através do justo agir.O homem não pode prever o futuro, este está nas mãos de Deus.Então não serve a nada estar ansioso e inquieto pelo futuro.Jesus não fala contra a responsabilidade que temos  para  com o futuro, mas contra o estar ansioso por antecipação que significa  falta de confiança nele.O senhor é meu refugio e rocha firme!

Amém

Abraço carinhoso

Maria Regina

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VIII DOMINGO DO TEMPO COMUM

Ninguém pode servir a dois senhores

A liturgia deste VIII Domingo do Tempo Comum propõe-nos uma reflexão sobre as nossas prioridades. Recomenda que dirijamos o nosso olhar para o que é verdadeiramente importante e que libertemos o nosso coração da tirania dos bens materiais. De resto, o cristão não vive obcecado com os bens mais primários, pois tem absoluta confiança nesse Deus que cuida dos seus filhos com a solicitude de um pai e o amor gratuito e incondicional de uma mãe.

O Evangelho convida-nos a buscar o essencial (o "Reino") por entre a enorme bateria de coisas secundárias que, dia a dia, ocupam o nosso interesse. Garante-nos, igualmente, que escolher o essencial não é negligenciar o resto: o nosso Deus é um pai cheio de solicitude pelos seus filhos, que provê com amor às suas necessidades.

A primeira leitura sublinha a solicitude e o amor de Deus, desta vez recorrendo à imagem da maternidade: a mãe ama o filho, com um amor instintivo, avassalador, eterno, gratuito, incondicional; e o amor de Deus mantém as características do amor da mãe pelo filho, mas em grau infinito. Por isso, temos a certeza de que Ele nunca abandonará os homens e manterá para sempre a aliança que fez com o seu Povo.

Na segunda leitura, Paulo convida os cristãos de Corinto a fixarem o seu olhar no essencial (a proposta de salvação/libertação que, em Jesus, Deus fez aos homens) e não no acessório (os veículos da mensagem).

 Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus 6,24-34

Comentário  - Não Andeis Agoniados

Com tantos países desmoronando e agora nos vem Jesus com isto de que não há que pressionar pela comida nem pelo vestuário. Custa entender o Evangelho deste domingo na situação atual.

A realidade é que o desemprego aumentou no mundo, por exemplo, na Espanha está com uma taxa de desemprego de um pouco mais do que 20%. Este índice de desemprego não prejudica somente a Espanha, mais repercute nos países de origem de tantos emigrantes que vieram em busca de trabalho. No Marrocos, Equador, Colômbia e tantos outros países sentem as conseqüências desta crise.  Este reflexo da crise ocorre porque os imigrantes estão voltando aos seus países de origem, que também passam problemas de desemprego, ou porque as remessas mensais estão abaixando consideravelmente.

Por outra lado, e para dar um toque de cor ao panorama, o preço dos alimentos básicos estão  subindo em todo mundo. Naturalmente, isso afeta bem mais aos pobres que os ricos. Parte das revoltas políticas que se estão produzindo no norte da África têm aí sua origem.

Que diz Jesus?

O Evangelho de hoje nos diz que não devemos nos agonizar pela falta de vestes nem e de  comida nem com nada, que Deus nosso pai provera por nós, que o que temos que fazer é buscar o reino de Deus e sua justiça e que o demais nos dará por acréscimo. Pode-se entender?

Pois sim. Certamente pode-se entender a Jesus. Se nos situamos em outra perspectiva: a perspectiva de Deus Pai. Desde ela pomos as coisas deste mundo, nossas relações pessoais, nossa mesma pessoa, na devida ordem de importância. Não se trata de dizer que a comida e as vestes  não têm importância. Jesus não nos diz que devemos deixar o trabalho para se dedicar a não fazer "nada". Mas recorda-nos que em nossa escala de valores a família, por exemplo, tem que ser mais importante que o trabalho. E que as relações humanas são mais importantes que o dinheiro ou que as vestes. E que Deus é o pai de todos, que de todos cuida. E que nós somo hoje parte fundamental dessa providência de Deus para todos: para os que nos rodeiam, para a humanidade em seu conjunto, para a criação e também, por que não, para nós mesmos.

Ter clara a providência de Deus e a hierarquia das coisas ajuda-nos, a saber, comportar-nos. Por exemplo, se a pessoa é mais importante que as vestes que leva, está claro que devemos tratar e respeitar por igual a todas as pessoas em sua dignidade de filhas ou filhos de Deus, independentemente das suas vestes. Ou o que é o mesmo, independentemente do nível social, de sua riqueza, de seus estudos, de seu poder.

Deus não nos esquece

O trabalho tem sua importância. Porém não até o ponto de entregar a vida ao trabalho. Há gente, não só ricos, que entregam de tal modo sua vida ao trabalho que todo o resto fica subordinado ao trabalho. E os demais são as relações familiares, as amizades, a relação com Deus, etc.

A crise econômica de que falávamos ao princípio tem tido em grande parte sua origem na ambição e cobiça de pessoas que estavam tão centradas em fazer dinheiro, em ganhar muito que não se importavam com as vidas dos demais. Tomaram decisões equivocadas que têm levado a conseqüências terríveis para muitos. É o melhor exemplo de que este Evangelho segue sendo muito atual. Não vale a pena nos agonizar. Devemos depositar nossa confiança em Deus e saber que nós somos sua providência para nossos irmãos e irmãs e para nós mesmos, que devemos nos cuidar porque somos filhos e filhas de Deus. 

E com essa consciência vamos sair à vida a lutar por fazer deste mundo um lugar mais fraterno onde as pessoas, todos, possam viver e não somente sobreviver. Porque essa é a vontade de Deus. Esse é o mistério de Deus do qual diz Paulo na segunda leitura, que nos somos administradores para todos os que nos rodeiam: que Deus quer nossa vida, que Deus nunca nos larga de sua mão nem nos esquece, como nos recorda a primeira leitura do profeta Isaías.

Pe. Fernando Torres Pérez cmf  

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O PRIMADO DO REINO DE DEUS

O ensinamento de Jesus pode dar margem a mal-entendido, se interpretado na linha da acomodação e da passividade. De fato, Jesus preveniu os discípulos contra a preocupação exagerada quanto à comida, à bebida e ao vestuário. Para ilustrar suas palavras, mandou-os verificar o que se passa com os pássaros do céu e os lírios do campo. A subsistência deles depende unicamente do Pai. Por isso, não têm necessidade de fadigar-se para se nutrirem. Se o Pai preocupa-se com os pássaros, quanto mais haverá de preocupar-se com seus filhos! Daí a ordem do Mestre: "Busquem, antes de qualquer coisa, o Reino de Deus e a sua justiça, e tudo mais será dado a vocês, em abundância".
Na ordem do Mestre está incluída a condenação à passividade. A busca da justiça do Reino exige do discípulo engajar-se, de corpo e alma, na construção de uma sociedade justa e fraterna. Nisto se concentrará a sua preocupação: ajudar o semelhante nas suas aflições, partilhar seus bens com os mais necessitados, ser sensível aos sofrimentos dos pobres e oprimidos, rejeitar a tentação do materialismo e da busca desenfreada de prazer, buscar construir a comunhão e a reconciliação no seio da sociedade, ser um promotor incansável da justiça.
Por conseguinte, quando Jesus pregava a confiança na Providência e o primado do Reino, estava convocando as pessoas a se tornarem colaboradoras de Deus na construção de um mundo melhor.

Oração
Pai, afasta do meu coração toda ganância e preocupação comigo mesmo, e torna-me teu colaborador na construção de um mundo mais justo.

 Pe. Jaldemir Vitório

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Homilia do Padre Françoá Costa – VIII Domingo do Tempo Comum – Ano A

Quando se pensa seriamente na vida, percebemos, não necessariamente através de profundos raciocínios, de que vale a pena aproveitar o hoje da nossa existência fazendo o bem. O que acontecerá amanhã? Ninguém pode me assegurar uma resposta.

O passado já não nos pertence. Aquilo que fizemos de bem, ficou para trás, ainda que perdure o mérito; aquilo que tenhamos feito mal, também ficou para trás e também perdura o demérito da situação concreta. Não obstante, podemos aproveitar a experiência de vida alcançada, seja com ocasião de um bem realizado, seja com ocasião de um mal executado. Existe um ditado que diz que "errar é humano", há uma segunda versão que diz que "errar uma vez é humano, errar duas vezes é burrice". É possível unir os dois num só: "errar é algo muito humano, não importa quantas vezes; burrice é não querer sair do erro". São Josemaría Escrivá, ao começar um novo ano, em vez de dizer o famoso ditado "ano novo, vida nova", como bom conhecedor da natureza humana que era, fazia uma pequena alteração no ditado popular: "ano novo, luta nova". O que é inteligente e bonito é querer sair do erro! A permanência do frescor da luta é uma maravilha da graça. Para quê? Para amar mais a Deus, para ser melhores, para servir mais. Esse é o nosso caminho… Durante toda a vida! E nem importa tanto se temos tantas ou quantas vitórias, o mais importante é continuar lutando.

Serei melhor no futuro? Deixarei esse ou aquele vício? Conseguirei essa ou aquela virtude? Meditarei melhor a Palavra de Deus? Conseguirei estar mais disponível para os meus irmãos? Suportarei melhor determinada pessoa? Serei mais rico ou mais pobre? Conseguirei levar a cabo aquele projeto evangelizador? … As perguntas poderiam multiplicar-se. O futuro, no entanto, está nas mãos de Deus.

O importante é continuar lutando. Chega um momento na vida interior em que essa verdade faz-se cada vez mais patente. No começo do nosso encontro com Deus, as coisas pareciam mais fáceis: alegrias e consolações interiores, força de vontade para extirpar os maus hábitos, a convicção diáfana de que acertamos o caminho, o desejo de servir a todos, a posta em prática de uma tarefa evangelizadora que alcançava o maior número possível de pessoas. Com o passar dos anos, quiçá nós percebemos que os frutos foram escassos e, talvez, nesse momento, pôde ter vindo o desânimo: tantos anos lutando contra um determinado defeito, poucas pessoas se aproximaram de Deus, ainda existe o egoísmo e os defeitos dos membros da Igreja. O que o diabo quer é que desanimemos!

O nosso desânimo é vitória para o demônio. E nós não podemos conceder-lhe essa vitória. O desanimo poderia ser o começo de uma enfermidade que, de mal a pior, vai esfriando a alma a tal ponto de colocá-la numa situação de desespero que poderia levar ao abandono da própria salvação eterna.

É muito importante que tenhamos presente essas palavras do Senhor que nos estimulam a seguir adiante: "Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas em acréscimo. Não vos preocupeis, pois, com o dia de amanhã: o dia de amanhã terá as suas preocupações próprias. A cada dia basta o seu cuidado" (Mt 6,33-34). O que devemos buscar em primeiro lugar? O Reino de Deus. Esse reino inclui a glória de Deus e todo o bem que uma pessoa pode desejar para si e para os demais. Buscar o Reino também significa não preocupar-se com o dia de amanhã. Como? E a previsão das coisas? O Senhor diz que não nos preocupemos, mas não proíbe ocupar-nos. Claro que se pode ter certa previsão das coisas e atuar em consequência; não podemos, no entanto, ser consumidos pelas dificuldades da vida. Nem a nossa perfeição cristã deve preocupar-nos: vamos ocupar-nos em buscar a santidade, mas não nos preocuparemos, não vamos estar alienados com o tema. Não aconteça que ao buscar os bens de Deus nos esqueçamos do autor desses bens.

A vida cristã implica normalidade. Trata-se de que vivamos o hoje do nosso serviço a Deus, o hoje da nossa luta e o hoje do nosso serviço aos demais. O amanhã pertence a Deus que, desde a sua eternidade, não contempla passado e futuro, mas os une na sua visão clara do hoje eterno. Deus quis que fôssemos livres para amar, e para amar hoje. O que eu vou fazer no dia de hoje para viver melhor a caridade, para estar mais serviçal e generoso, para dar glória a Deus, para buscar a santidade, para dar alegria aos outros e para levá-los ao encontro com Deus? É isso o que importa! Hoje!

Pe. Françoá Costa

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Domingo, 27 de Fevereiro de 2011

8º Domingo Comum

 

Evangelho (Mateus 6,24-34)

 

 

A passagem é em si uma prática nossa vida de oração do Senhor. Na oração do Senhor, que se inicia cerca de 20 versos antes do evangelho de hoje, somos instruídos a orar ao nosso Pai que está nos céus. Agora, sabemos que o nosso Pai celestial conhece nossas necessidades. Nós oramos para que venha o seu reino. Agora somos informados de que devem buscar o seu reino e a sua justiça e tudo o mais será dado a nós. Oramos para que Deus possa cuidar de nossas necessidades diárias, o nosso pão de cada dia. Agora nos diz que devemos confiar em Deus para cuidar de hoje e não se preocupar com o amanhã. 

          Nesta era da informação, quando nada é tentada a menos que seja o resultado de uma consulta aprofundada, o evangelho de hoje nos afeta da mesma maneira que afetou os sábios de Jerusalém. Parece irresponsável  colocar a nossa confiança total em Deus e não se preocupar com o amanhã, mas esta é a fé radical que exigiu de todos os cristãos. Somos desafiados a viver como pessoas de fé em uma sociedade materialista. Somos desafiados a viver a oração do Senhor. Somos desafiados a colocar a fé em Deus em primeiro lugar, para fazer do seu reino a nossa prioridade, a confiança não no-la depositamos em nossas coisas. O Evangelho de hoje não é apenas uma imagem poética do amor de Deus, é um desafio para confiar nesse amor.

          São as exigências radicais do cristianismo. Elas são cheias de vida e amor. Quando colocamos Deus em primeiro lugar e ter fé nEle, a nossa felicidade não é mais dependente do conteúdo de nossos armários, nossas estantes, nossos carros, barcos ou casas, ou mesmo as pessoas que entram e saem de nossas vidas. Quando colocamos Deus em primeiro lugar os fluxos de nossa felicidade a partir da experiência da presença do amor de Deus em nossas vidas, é uma realidade que nos acontece. Quando colocamos Deus em primeiro lugar temos o tempo, não mais do que isso, temos a capacidade de olhar para as aves do céu e das flores dos campos e dizer: "Deus, como eles são lindos. Como você é bom. Como Você cuida de tudo isso! " 

          No Evangelho de hoje o Senhor nos chama para desfrutar a vida, confiando nele. Se pudéssemos desenvolver essa atitude de fé, então sempre que os acontecimentos de nossas vidas tornam-se pesados, quando a calamidade atinge indivíduos ou atinge as relações na família, podemos contar com a presença do Senhor para cuidar de nós, para compartilhar os nossos fardos. "Vinde a mim todos vós que estais cansados e oprimidos", Jesus dirá mais tarde, no Evangelho de Mateus: "Meu jugo é suave meu fardo é leve." 

Que o Senhor nos dê a fé para confiar no poder do seu amor em nossas vidas.

SEJA SIMPLESMENTE FELIZ

PROF ISAIAS DA  COSTA

Mande seu e-mail para: isaiasdacosta@hotmail.com

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BRUNO. SEJA BEM VINDO!

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8º DOMINGO COMUM, ANO  A

Devemos servir a um só Senhor!

Reflexão:

             O Evangelho deste domingo é assinado por São Mateus, que nos diz que Deus tem o direito de exigir do homem um amor total, uma entrega única que não aceita a coexistência com o pecado. Cabe ao homem decidir moralmente com quem quer seguir.

             Retomando Santo Agostinho, "o pecado é um cão raivoso que late amarrado", não nos feriremos se dele não nos aproximarmos, não? Contudo, em dias difíceis onde parecemos estar cegos pela correria do mundo, pelas vaidades de nossos tempos ou mesmo pelo egoísmo, tendemos a perder o rumo que nos leva ao céu, caminhando em desacordo com as nossas vontades primeiras (caminhar junto do Criador).

             Nestes momentos, devemos pedir ao Senhor a sabedoria para nos livrar dos vales de sombra e, uma vez curados, temos o dever de lutar contra tudo aquilo que nos afasta (ou pode nos afastar) dos caminhos que o Senhor quis para nós. Para tal, devemos reconhecer, proclamar e anunciar quem é o Nosso Senhor pois:

             - «Ninguém pode servir a dois senhores : ou terá antipatia por um e estima pelo outro, ou há-de ligar-se ao primeiro e desprezar o segundo. (Evangelho).

              O ato de combater o pecado e as condições que permitem a sua existência, livra muitos de nós de incorrermos em tentações e angústias advindas de possibilidades inúmeras que colidem com a moral que desejamos seguir.

              Com isso,  uma vez tendo o homem decidido caminhar conforme as vontades do Senhor, cabe a este (e a todos nós) renunciar e combater os males que podem vir a minar a manifestação da fé. Quando semeamos ao longo do caminho, devemos ter o cuidado de escolher quais sementes deixaremos pois por estas seremos cobrados. A convivência do Joio com o Trigo, das Pedras com as Plantas pode enfraquecer e pôr fim à vida que, em abundância, poderia haver.

              Com tudo, é dado ao homem a possibilidade diária de escolher a quem servir. Todos os dias devemos ter em mente a necessidade de conversão, sobretudo nas pequenas coisas. Grandes Castelos não foram feitos do dia para noite, assim, nossa fé também não. Esta é produto do exercício espiritual revelado no esforço em aceitar as vontades do Senhor Nosso Deus, bem como entender e colocá-las em prática.

              A experiência de caminhar com Jesus é também saber entender a espécie de serviço que se há de ter. Não nos servimos de Deus, mas sim, servimos a Deus – com nossas vidas – como instrumentos de salvação e espelhos do Altíssimo para que possamos refletir a imagem e sabedoria que é Deus aos homens.

  

             Catequista Bruno Velasco

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Domingo, 27 de fevereiro de 2011

 

8º Domingo do Tempo Comum

 

Santos do Dia: Antígono e Fortunato (mártires de Roma), Basílio e Procópio (monges de Constantinopla), Gabriel da Virgem Dolorosa (religioso passionista), Honorina da Normandia (virgem, mártir), Juliano, Euno e Besa (mártires de Alexandria).

 

Primeira leitura: Isaías 49,14-15
Eu não te esquecerei

Salmo responsorial: Salmo 61(62),2-3.6-7.8-9ab (R. 6a)

Só em Deus a minha alma tem repouso, só ele é meu rochedo e salvação

Segunda leitura: 1 Corintios 4,1-5
O Senhor manifestará os projetos dos corações

Evangelho: Mateus 6,24-34

Não vos preocupeis com o dia de amanhã

 

Um dos elementos que caracterizam o Deus cristão é sua infinita generosidade para com os seus filhos, generosidade essa que se expressa plenamente na vida e missão de Jesus de Nazaré.

 

Com suas atitudes e comportamento, Jesus torna presente o reinado de Deus, isto é, o amor e a solidariedade incondicional de Deus que vai ao encontro do ser humano, com a finalidade de dar-lhe vida em abundancia. Este é o nosso tema central de hoje.


O texto de Isaías faz parte da época da deportação da Babilônia. Nessa situação a maioria do povo de Israel perde sua confiança e esperança em Javé por causa da forte e violenta influencia religiosa, política e social da Babilônia e pela pouca capacidade de espera e resistência do próprio povo desterrado. Israel se sente abandonado e esquecido por Deus, sente que as promessas de libertação nunca vão se cumprir.


Resigna-se e se inclina por inteiro diante do domínio babilônico. A tarefa do profeta é então animar a esperança do povo resignado, por meio da palavra, fazendo-o ver que Deus não o abandonou, que está aí junto dele sofrendo e lutando pela sua libertação, que não o esqueceu e que o ama profundamente como um mãe ama a seus filhos. Com este texto Isaías manifesta a ternura de Deus, sua preocupação de mãe pelo bem-estar de seus filhos, diferente da experiência de sofrimento na Babilônia. Deus age a partir da ternura e da misericórdia para com aqueles que sofrem. Esta é a maneira como Javé anima e salva a seu povo.


Paulo,
na sua primeira carta aos coríntios, responde às críticas de quem, depois de ter tomado partido por um anunciador do evangelho em particular, e por uma maneira concreta de proclamá-lo, julga o modo de agir do próprio Paulo; julgamento apressado, pouco fundamentado e imaturo. Paulo recorda que o importante para ele é que o considerem servidor e administrador fiel dos mistérios de Deus, pois os que acreditam em Deus somente podem ser isso e nada mais.


Portanto, o juízo sobre a forma de servir e administrar das pessoas corresponde unicamente a Deus. O importante é o serviço fiel ao ministério e a correta administração dos carismas dados por Cristo aos apóstolos. O que verdadeiramente Deus julga é a capacidade de serviço e entrega dos anunciadores do Evangelho; o que importa a Deus é o quanto somos justos e misericordiosos para com nossos irmãos, pois nisso se distingue um legítimo apóstolo de Cristo.


A exortação que Mateus coloca na boa de Jesus se dirige particularmente às pessoas em risco, preocupadas pelo presente e pelo futuro, preocupadas por sua subsistência e por suas vidas. Jesus convida a que se coloquem nas mãos de Deus, que é ternura e compaixão para com todas as suas criaturas. Com a mente e o coração postos na generosidade de Deus, o que realmente importa, o prioritário, é a busca do reinado de Deus e sua justiça.


Esta deve ser a preocupação fundamental do seguidor de Jesus. É um chamado a ser como o próprio Deus: Justo, terno, compassivo, solidário, amante dos pobres e frágeis; por isso, é tarefa de todos expressar ao mundo, por meio do testemunho e da fraternidade, a ternura de nosso Deus Pai-Mãe da vida.


A primeira leitura coloca diante de nós um dos pouquíssimos textos em que a Bíblia compara Deus a uma mãe. É muito importante, pois, destacar esta peculiaridade. Ainda que em nível teológico, a afirmação de que Deus é tanto Pai como Mãe não tem nenhuma dificuldade e é já algo pacificamente aceito no cristianismo atual.

 

No entanto, não deixa de haver resistências e manifestações contra a utilização de atribuições femininas a Deus. Deve-se insistir que a questão não está resolvida com a simples admissão de que Deus não tem sexo.


O problema é mais profundo. Ainda que teoricamente ninguém afirme que Deus "seja" masculino, o certo é que durante muito tempo a imagem que dele fizemos foi claramente masculina e na sociedade e na Igreja considerou-se que somente o varão poderia representar funções de mediação sagrada, fazendo da mulher uma realização humana de segunda categoria.


Não se trata apenas de uma "teoria feminista", mas uma realidade penosa e lacerante que devemos reconhecer e remediar. Os varões não devem sentir-se incomodados diante da reivindicação das mulheres. Ainda que a situação gerada seja, às vezes, um tanto incômoda, muito mais foi a situação de marginalização a que muitíssimas mulheres se viram submetidas historicamente.


Os incômodos que experimentamos são um pequeno tributo a ser pago para continuar avançando em direção a uma sociedade e uma Igreja igualitárias. Não é necessário ser mulher para assumir como própria a causa da Mulher, tanto na Sociedade como na Igreja. Todos podemos fazer nossa essa causa, conscientes de que nossa pequena contribuição não deixa de ser significativa.


O evangelho de Mateus nos apresenta esse caráter materno de Deus através do que tradicionalmente chamamos da "divina Providencia", uma dimensão do amor de Deus que a tradição espiritual popular deu muita relevância na vida diária. Foi um exercício de fé a descoberta da mão materna de Deus cuidando nossos passos, para evitar problemas, para atender sempre nossas necessidades.


Antigamente foi fácil a fé na Providencia de Deus, a confiança de que ele interviria nas condições externas para nos cuidar maternalmente. Hoje, depois da modernidade, ficou claro que Deus não intervém nem pode intervir nas leis da natureza para nos fazer algum bem. A fé na Providencia deve ser reformulada radicalmente. Não temos por que acreditar na intervenção de Deus sobre as causas segundas.


Na nossa forma adulta de viver a fé, como pessoas que se consideram inteiramente responsáveis de seu destino, sabemos que precisamos viver sem o consolo de um Deus a nosso serviço para facilitar nossa segurança ou nossa vida. Sabemos que neste mundo moderno estamos sós, sem um deus-tapa-buracos que nos proteja, porém sob a nossa única responsabilidade, e nas mãos de um sem fim de imprevistos que devemos assumir com responsabilidade, audácia e coragem.


É esse sentido de responsabilidade e coragem que nos permitem superar a angustia existencial que sempre rodeiam e assediam nossa vida, como vida de seres limitados, contingentes e submetidos a toda sorte de ameaças.

 

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DOMINGO 27 de Fevereiro de 2011

Evangelho - Mt 6,24-34

            Nada mais contrário à espiritualidade do Sermão da Montanha do que a ansiedade por causa da sobrevivência pessoal, em termos de satisfação das necessidades materiais. A preocupação exagerada em relação aos bens deste mundo revela que a opção fundamental do discípulo do Reino está alicerçada na própria segurança e nos esforços humanos para consegui-la, e não em Deus. Quem orienta sua vida pela busca do Reino de Deus e sua justiça, não tem por que deixar-se dominar pela avidez de bens materiais. O olhar do discípulo centra-se no que é essencial. O resto vem-lhe por acréscimo.

Numa sociedade como a nossa, em que somos pressionados a consumir e acumular para garantir o nosso futuro, e na qual se exalta o valor do trabalho, da produção e da planificação, é desafiador por em prática este ensinamento de Jesus. Muitos irão considerá-lo utópico e impraticável. Outros acharão que seus destinatários são um pequeno grupo de pessoas especiais, capazes de se manterem radicalmente livres diante do consumismo moderno. Outros, ainda, o tomarão como fundamento de uma religião ecológica, baseada num estilo de vida espontâneo, sem preocupações.

Nada disto corresponde ao pensamento de Jesus. Seu esforço concentrou-se em levar os discípulos a terem confiança total em Deus e na sua providência. Esta será a opção orientadora de suas vidas, eles saberão como colocá-la em prática.

Prece

Espírito de fé na Providência, num mundo que valoriza a acumulação de bens, ensina-me a viver uma vida despojada, totalmente confiada no amor providente do Pai.

(Pe. Jaldemir Vitório)

 

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Somente Deus, que sonda nossos corações e conhece nossa verdade poderá  avaliar o  modo como ganhamos dinheiro  e como  nós o usamos.

                                         Só o Senhor conhece profundamente as intenções do nosso coração e pode ajuizar as nossas ações com justiça e equidade. Enquanto aqui estamos, nós precisamos do dinheiro "injusto" para sobreviver. O dinheiro injusto é o dinheiro que compra as coisas passageiras, mas que não serve para nos comprar o céu. O modo como nós ganhamos esse dinheiro e como nós o usamos, só poderá ser avaliado por Deus, que sonda os nossos corações e conhece a nossa verdade.

                                      No entanto, nós podemos, conscientemente, também fazer uma reflexão dos nossos sentimentos e intenções quando praticamos as nossas ações tendo em vista o objetivo para o qual nós vivemos. Dependendo do modo como nós usamos o dinheiro injusto que nós ganhamos, ele poderá se converter em boas obras as quais se transformarão em riquezas que nos esperarão no céu. Jesus fala em fidelidade no pouco e no muito. Ser fiel no pouco é ser leal a Deus com relação à Sua providência na nossa vida, empregar bem o dinheiro que Ele nos propicia ganhar.

                                   A chave da nossa felicidade aqui na terra está na maneira como nós nos relacionamos uns com os outros bem como na reciprocidade com que cultivamos o amor, mandamento maior da lei de Deus. Tudo o mais, os nossos bens materiais, a nossa bagagem intelectual e todas as coisas que nós adquirimos pelo trabalho, honesto, ou desonesto, com esforço ou sem empenho, são apenas instrumentos que dispomos para desenvolver entre nós a vivência do amor. Nas nossas pequenas ações diárias nós já demonstramos amor ou desamor.

                                Às vezes, nós pensamos que seremos julgados  apenas pelas grandes "coisas" que fazemos, no entanto, para Deus não importa o que nós realizamos, mas, o caráter com que nós fazemos essas "coisas". "O que é importante para os homens é detestável para Deus", diz-nos Jesus. Desse modo, vejamos, se o que tem sido "tão importante" para nós, é abominável para Deus, porque ainda é tempo de conversão. Meu irmão,minha irmã  reflita: Você está usando o dinheiro que ganha, com justiça, ou você o tem usado só para comprar as coisas do mundo? Os bens que você amealha estão lhe ajudando a adquirir um tesouro no céu?  Em que você tem investido o seu dinheiro injusto?  Você o tem esbanjado com coisas supérfluas? Você tem ajudado as pessoas que estão precisando, porque passam necessidade?

 Amém

Abraço carinhoso

MARIA REGINA

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NINGUÉM PODE SERVIR A DOIS SENHORES.

A liturgia deste VIII Domingo do Tempo Comum propõe-nos uma reflexão sobre as nossas prioridades. Recomenda que dirijamos o nosso olhar para o que é verdadeiramente importante e que libertemos o nosso coração da tirania dos bens materiais. De resto, o cristão não vive obcecado com os bens mais primários, pois tem absoluta confiança nesse Deus que cuida dos seus filhos com a solicitude de um pai e o amor gratuito e incondicional de uma mãe.

O Evangelho convida-nos a buscar o essencial (o "Reino") por entre a enorme bateria de coisas secundárias que, dia a dia, ocupam o nosso interesse. Garante-nos, igualmente, que escolher o essencial não é negligenciar o resto: o nosso Deus é um pai cheio de solicitude pelos seus filhos, que provê com amor às suas necessidades.

A primeira leitura sublinha a solicitude e o amor de Deus, desta vez recorrendo à imagem da maternidade: a mãe ama o filho, com um amor instintivo, avassalador, eterno, gratuito, incondicional; e o amor de Deus mantém as características do amor da mãe pelo filho, mas em grau infinito. Por isso, temos a certeza de que Ele nunca abandonará os homens e manterá para sempre a aliança que fez com o seu Povo.

Na segunda leitura, Paulo convida os cristãos de Corinto a fixarem o seu olhar no essencial (a proposta de salvação/libertação que, em Jesus, Deus fez aos homens) e não no acessório (os veículos da mensagem).

A Palavra de Deus é a Eucaristia deste Domingo

1 - Acaso Deus se irrite para sempre? Deus não é um deus de condenação mais um Deus de salvação para todos. Por isso podemos afirmar fazendo nossas as palavras de Jesus de Nazaré: Deus não enviou seu filho ao mundo para condenar, mais para que o mundo se salve por Ele.

Deus jamais se esquece das obras de suas mãos. E Ele não só quer nos perdoar, mais nos dar sua Vida e seu Espírito para que em algum dia estejamos com Ele para sempre. Esse é o amor tão grande que nos manifestou em seu próprio Filho.

Por isso cremos nele e não podemos ficar afastados de nossos irmãos que vivem submergidos no pecado, ou açoitados pelas misérias materiais. É necessário que nos detenhamos para remediar esses males, de tal forma que façamos que a salvação chegue até o último rincão da terra.

2 - Ponhamos nossa confiança em Deus. Mas não procuremos nele um refúgio para nos esconder e nos afastar de nossas responsabilidades. Em Deus encontramos uma rocha firme na qual assentamos a nossa vida. E nós construiremos sobre essa fé um mundo mais digno para todos.

Daí que a fé em Cristo não nos afasta do mundo, mais que, tendo experimentado o amor de Deus, voltamos ao mundo para lhe dar sua autêntica dimensão; e voltamos a nosso próximo para caminhar com ele, numa aceitação mútua, trabalhando juntos para que, já desde agora vá surgindo entre nós o Reino de Deus, se manifestando numa relação com Deus como Pai, e com o próximo como irmão nosso.

3 - Somos ministros de Cristo e administradores dos mistérios de Deus. E temos de ser fiéis a esta confiança que o Senhor depositou em nós.

Tomara que no anúncio do Evangelho e na administração da Graça de Deus jamais nos conduzam intenções equivocadas, pois não somos donos, senão servos postos ao serviço do Evangelho. Isto nos tem de levar a não só não perder de vista o Senhor que nos chamou com uma santa chamada e nos pôs ao serviço de nossos irmãos, não devemos perder nossa relação pessoal com Ele na escuta fiel e amorosa de sua Palavra, sendo nós os primeiros a viver aquilo que anunciamos aos demais.

Só então nossa consciência em nada nos reprovará, pois viveremos em plena comunhão com Cristo e, mediante Ele, com Deus. Então seremos dignos de receber de Deus a vida eterna, pois já desde agora a temos feito nossa.

4 - Onde está teu tesouro, aí está teu coração. Se optarmos pelo Reino de Deus, o resto virá a nós por acréscimo, viveremos em paz e saberemos que Deus protege a quem lhe ama e são fieis a Ele.

O texto do Evangelho de hoje não pode provocar em nós a preguiça, nos fazer pensar, equivocadamente que, como Deus é nosso Pai, Ele velará por nós e não deixará que morramos de fome; e, por tanto, se há pobres, não temos por que nos preocupar com eles, pois têm um Pai do Céu que vela por eles.

O Senhor pediu-nos que fizéssemos uma opção fundamental pelo Reino dos Céus; e que, postos a seu serviço, não nos escravizemos de tal forma que ofusque nossa mente e nosso coração e nos impeça de amar com o compromisso, inclusive, de tirar o que é nosso para vestir e alimentar aos que nada têm.

Conhecemos Deus porque amamos a nosso próximo; quem não conhece a Deus não ama a seu próximo, porque Deus é amor; e no amor há mais alegria em dar que em receber. Por tanto, falar de Deus leva-nos a amar fazendo o bem a nosso próximo até dar a vida por Ele; este é a linguagem do verdadeiro cristão; e não o é o daquele que para dar culto a Deus se perde entre cerimônias carregadas de sinais materiais, mas perdeu o sentido do amor ao próximo, especialmente daquele que sofre açoitado pela pobreza, pela doença ou pelas escravaturas nascidas do pecado.

5 - Na Eucaristia estamos sendo testemunha da fidelidade do Senhor à Aliança que tem selado conosco por meio de seu sangue. Ele se pôs exclusivamente a nosso serviço para que encontremos nele a salvação, isto é, nossa plena união com Deus.

Em Cristo, Deus procurou-nos para salvar-nos, para reunir-nos num só povo que, como um só Corpo cuja Cabeça é o Senhor, seja como uma contínua oferenda de louvor tributada a seu santo Nome.

Apesar de nossa fragilidade e de que continuamente nos seduzem as coisas passageiras, no Senhor encontramos a graça suficiente que nos basta para que em nós se manifeste o poder salvador de Deus. Por isso não tememos nenhum mau, pois o Senhor, em verdade, está conosco.

A Palavra de Deus, a Eucaristia deste Domingo é a vida do crente.

Mas não basta dar culto ao Senhor; não basta ter consciência de seu poder salvador em nós; não basta sabermos que somos amados e protegidos pelo Senhor.

Quem tem essa experiência dele é porque o mesmo Senhor o quer converte num sinal de seu amor, de sua bondade, de sua misericórdia, de seu perdão, de sua providência para todos os homens, especialmente para os mais desprotegidos.

Quem contempla o sofrimento ou a dor de muitos que padecem estas misérias e vive como homem sem entranhas ante eles, não pode se dizer pessoa de fé e muito menos ser filho de Deus. Pior será quem se converte em causa de dor e sofrimento para os inocentes e desprotegidos.

Deus nos quer sinais de seu amor sem escravidão, sem que sejamos ocasião de escândalo por uma vida que só acumula para si mesma e não sabe compartilhar, inclusive a vida, como Deus o fez em favor nosso.

Roguemos ao nosso Deus e Pai que nos conceda, por intercessão da Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus e Mãe nossa, a capacidade de amar como Deus nos amou a nós. Amém.

Fonte de referencia:
Homília Católica

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