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HOMILIAS PARA O

PRÓXIMO DOMINGO


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sábado, 16 de outubro de 2010

A VIÚVA E O JUÍZ - REZAR SEMPRE

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HOMILIAS PARA O PRÓXIMO DOMINGO

17 DE OUTUBRO DE 2010

Ano C

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Fiéis à Doutrina da Igreja Católica, porque somos católicos.

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Comentários do Prof. Fernando

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PREZADOS LEITORES: ESTÁ CHEGANDO A HORA DE DECIDIR ATRAVÉS DO VOTO. PARECE QUE AS DÚVIDAS FORAM DIRIMIDAS, E OS BOATOS JÁ FORAM JUSTIFICADOS. . .

INTRODUÇÃO

REZAR, COMUNGAR, CRER, LER, OUVIR E EVANGELIZAR

A VIÚVA E O JUÍZ

No Evangelho de hoje temos duas grades verdades para refletirmos. Na primeira, Jesus nos lembra a importância da insistência na oração. Muitas vezes vamos ao padre e lamentamos que estamos enrascados em grandes dificuldades para vencer as tentações. Afirmaram 5 jovens em um retiro. Um deles porém, disse que um dia um certo padre lhe dissera uma coisa muito antiga, como solução. Sabe o que? Rezar mais. É! O padre disse. Que tal rezar mais? Então eu caí na “real” e descobri que verdadeiramente eu estava rezando muitíssimo pouco. Na correria do dia a dia, aos estudos, ao grupo de jovens, telefonemas, trabalhos de todas as matérias, reuniões para planejar encontros e retiros. Quando chegava a hora de deitar eu já estava morto. Era só cair e desmaiar. Acordava às seis horas de novo no maior pique para outro dia... e quando dei por mim, tudo aquilo que eu flava nas minhas palestras para os jovens eu não estava colocando em prática. Percebi que estava rezando quase nada.

Prezados irmãos. Fiquemos atentos pois isso pode está acontecendo com um de nós neste exato momento. Muito ocupados com as coisas de Deus, acabamos por não falar e escutar Deus. E isso é muito grave mesmo. A falta de oração tem derrubado muitos santos e muitas santas.

E o recado de Jesus para nós hoje, é rezar com insistência. Pedimos uma, duas vezes e por nada acontecer nos sentimos indignos de receber aquela graça, e paramos de pedir. Não! Devemos repetir, repetir, até conseguir. E Jesus está nos garantindo que seremos atendidos. “Eu vos digo que Deus lhes fará justiça bem depressa.”

A Eucaristia é Jesus que vem a nós. A oração é quando nós vamos a Deus. A oração é o nosso ato permanente e constante de entrega a Deus, através de um conversa sincera e sem cessar. A oração é o nosso sim a Deus. É o nosso retorno ao contacto de Deus conosco.

Parábola 1: Imagine a seguinte cena: Você vai visitar um parente que há algum tempo não o vê. Seu irmão distante. Ao chegar na casa dele, vocês se alegram, se abraçam, ele manda você se sentar, liga a televisão e permanece do seu lado sem dizer uma só palavra por um longo tempo. Ou, lhe deixa na sala, e vai para o computador que fica no seu quarto, sem nada conversar.

Seja sincero. O que você faria? Iria embora sem mesmo se despedir? Perguntaria se ele estava de mal com você? Ou o que aconteceu? Ou o que foi que eu fiz?

É uma situação muito desagradável. Não é? Pois aposto que você já fez isso muitas vezes com Jesus. Eu também. Vamos à missa, rezamos fervorosamente, comungamos, e voltamos para nossas atividades rotineiras, sem dizer uma palavra a Jesus que está dentro de nós, que veio habitar em nós. Quando que nesta hora seria o momento mais precioso para falar com Jesus. Ele está dentro de você. Imagine o presidente da república ou aquela sua cantora ou cantor favoritos entrando pela sua porta adentro. Não seria o momento certo, a oportunidade de você manifestar sua admiração, e de também fazer algum pedido? O que você pediria para o presidente? Para a cantora você pediria para cantar aquela música que você mais gosta?... e, aposto que faria questão que seus vizinhos vissem ou soubessem que tipo de visitantes estariam em sua casa. Ah! Sim, com certeza!

Então, caríssimos, vamos fazer questão de mostrar a todos a presença de Jesus eucarístico em nós, através da nossa confiança em Deus, através do nosso sorriso, através do nosso comportamento impecável, sendo justo, sem dizer nenhum palavrão, sem falar mal dos outros, sem participar de conversas ou piadas picantes, em fim, agindo exatamente como Jesus agiria diante de todos.

Prezados irmãos. A Eucaristia é de suma importância para a nossa salvação, porém, se ela estiver desacompanhada de oração, não surtirá o seu verdadeiro efeito para a nossa espiritualidade. Você até pode comungar duas ou mais vezes por dia. Mas se rezar apenas uma ou duas vezes, estará correndo o risco de cair em tentação, e de se desligar de Jesus. Jesus não se afasta de nós. Nós é que nos afastamos de Jesus pelo pecado. E quando acontece isso a nossa disposição para a oração fica prejudicada pelo desânimo e pela tentação que se intensifica, pois satanás se aproveita deste momento para nos mostrar o outro lado da vida, o lado mentiroso, o lado da falsa liberdade e da falsa felicidade.

Mas não obstante toda essa dificuldade, precisamos prestar atenção no momento exato em que Jesus vem nos dar a sua mão poderosa para que levantemos. Jesus deu a sua mão ao filho pródigo bem naquela hora em que ele comia a lavagem dos porcos. Volta para casa! Jesus vai nos chamar para voltarmos a qualquer momento. Preste atenção. Fique ligado(a)!

Parábola2: Então ela ao passar em frente da igreja sentiu um impulso para entrar e rezar, ou sei lá, andava tão desanimada, com a consciência tão pesada que mal pode ajoelhar e fechar os olhos sem mesmo saber o que pensar, de repente o que ela vê? O padre sentado com a estola, esperando-a para uma confissão. Isso é milagre, ou não é? Foi Jesus quem preparou tudo isso, ou não foi?

A segunda parte desta reflexão é sobre a crise de fé dos tempos atuais. Mas o Filho do homem, quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?”

Jesus previu e aconteceu! A coisa está ficando muito complicada. Uns querem sobreviver da melhor maneira pela esperteza, pela capacidade de enganar o povo. Outros, se apegam ao dinheiro e a tudo o que ele pode dar. Ainda outros que se arvora da violência para tirar dos irmãos aquilo que eles não têm, para a sua sobrevivência.

Muito poucos se contentam com o que têm, depositando sua esperança e confiança em Deus. Na verdade, quando Jesus pergunta se encontraria fé sobre a Terra, Ele está se referindo as respostas que deveríamos dar ao seu chamado. Ou seja, atualizando a sua frase, poderíamos entender? Será que ainda encontramos alguém que diz sim ao chamado de Deus?

Prezado irmão: De que lado você está neste momento? Do lado daqueles que comungam rezam pra valer, e que guarda a sua fé custe o que custar e ainda a leva aos outros, ou você está balançando como uma palha da palmeira, como um ramo de árvore ao vento, vacilante e com vontade de seguir só para experimentar, o caminho daqueles que tiraram umas férias da espiritualidade?

“Vigiai e orai sem cessar.” O espírito pode até estar preparado. Mas as forças do mal são muito atraentes e nós somos muito fracos. Cuidado. Pois deveríamos ser o sal e a luz do mundo. Coragem! Jesus nos ama. Jesus nos chama. Ouça!

Sal.

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Deus sabe o tempo e a hora de nos dar aquilo que nós suplicamos,persevere na oração,Ele ouvirá teu coração.

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Quem não persevera na oração com fé, nunca poderá ver realizados os seus pedidos e os seus desejos. A perseverança da nossa oração revela a nossa humildade diante de Deus e faz com que sejamos fiéis ao que nos propomos. Sabemos que somos impotentes, mas podemos desejar coisas impossíveis, porque confiamos na justiça de Deus. Por isso, a persistência das nossas reivindicações nos torna firmes e nos faz ter convicção e fé na promessa de Jesus de que tudo quanto pedirmos ao Pai, em Seu nome será atendido. Do contrário, demonstramos orgulho e prepotência quando, porque ainda não fomos atendidos , nós desistimos dos nossos desejos e anseios e damos prova de que não temos fé nas promessas divinas.

A oração perseverante é índice de fé profunda, de firme esperança, de caridade viva para com Deus e o próximo. O ensinamento de Jesus Cristo sobre a perseverança na oração une-se com a severa advertência de que é preciso manter-se fiéis na fé; fé e oração vão intimamente unidas. Creiamos para orar e para que não desfaleça a fé com que oramos, oremos. A fé faz brotar a oração, e a oração, enquanto brota, alcança a firmeza da fé. O Senhor previne-nos para que, ainda que à nossa volta haja quem desfaleça, nos mantenhamos vigilantes e perseveremos na fé e na oração. Deus há de ouvir, finalmente, aos seus eleitos, se eles orarem com fé e perseverança. Ainda que seja ao cabo de vinte, trinta anos, no fim da vida; que é isso em relação à eternidade? Mas, infelizmente, a fé vai enfraquecendo, e com ela a caridade, e sem caridade é impossível a oração.

Deus sabe o tempo e a hora de nos dar aquilo que nós suplicamos, porém a nossa firmeza e persistência será uma prova de que realmente o nosso coração anseia ardentemente por aquilo que nós pleiteamos. Ele faz justiça aos seus escolhidos, e, se assim nos consideramos, precisamos dar o nosso testemunho para que a chama da fé não se apague no coração da humanidade. Pensamento. A oração é necessária não para que Deus conheça as nossas necessidades, mas para que nós fiquemos conhecendo a necessidade que temos de recorrer a Deus, para receber oportunamente os socorros da salvação. Assim, reconhecemos Deus como único Autor de todos os bens, a fim de que nós conheçamos que necessitamos de recorrer ao auxílio divino e reconheçamos que Ele é o Autor dos nossos bens. A razão que o Senhor dá para atender as orações é tríplice: a sua bondade, que tanto dista da compaixão do juiz; o amor que tem pelos seus discípulos e, por último, o interesse que estes mostram através da sua perseverança na petição. Deus está sempre atento a quem o invoca. Pede-lhe sem titubear, e conhecerás que a sua grande misericórdia não te abandona, mas dará cumprimento à petição da tua alma.

Meu irmão, minha irmã, reflita: O que você tem pedido a Deus é realmente o que o seu coração anseia? Será que você tem convicção da necessidade das suas reivindicações? Você seria capaz de continuar pedindo por isso a vida toda? Você confia nas promessas de Deus para a sua vida e a da sua família?

Amém

Abraço carinhoso

Maria Regina

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Homilia do Mons. José Maria – XXIX Domingo do Tempo Comum (Ano C)

A Oração da Viúva

O Evangelho (Lc 18, 1-8) realça três aspectos quanto à oração: a oração como expressão da fé em Deus; a presença da oração em toda a vida da pessoa e a perseverança nela.

Jesus narra a parábola do juiz injusto e da viúva. Trata-se de um juiz que “não temia a Deus nem respeitava os homens” e que não quer saber nada de uma pobre viúva que a ele recorre exigindo justiça; por fim, cede às suas incessantes súplicas para que ela não o continue a incomodar. Deste exemplo Jesus tira uma lição: fazer compreender que Deus, muito melhor que o juiz injusto, escutará as súplicas de quem a Ele recorre confiadamente.

Santo Agostinho, ao comentar esta passagem do Evangelho, ressalta a relação que existe entre a fé e a oração confiante: “Se a fé fraqueja, a oração perece; pois a fé é a fonte da oração e o rio não pode fluir se o manancial fica seco”. A nossa oração tem de ser contínua e confiada, como a de Jesus, nosso Modelo: “Pai, eu sei que sempre me ouves” (Jo 11, 42). Ele nos escuta sempre.

Não devemos cansar-nos de orar! E se alguma vez o desalento e a fadiga começam a atingir-nos, temos que pedir aos que estão ao nosso lado que nos ajudem a continuar a rezar, sabendo que já nesse momento o Senhor nos está concedendo muitas outras graças, talvez mais necessárias do que os dons que lhe pedimos.

Examinemos hoje se a nossa oração é perseverante, confiada, insistente. “Persevera na oração, como aconselha o Mestre. Esse ponto de partida será a origem da tua paz, da tua alegria, da tua serenidade e, portanto, da tua eficácia sobrenatural e humana” (São Josemaria Escrivá, Forja, nº 536). Não há nada que uma oração perseverante não alcance!

Na parábola, ao juiz o Senhor contrapõe uma viúva, símbolo da pessoa indefesa e desamparada. E à sua insistência perseverante em pedir justiça, a resistência do juiz em atendê-la. O final inesperado acontece depois de um contínuo ir e vir da viúva e das reiteradas negativas do juiz. Este acaba por ceder, e a parte mais fraca obtém o que desejava. Mas a razão desta vitória não está em que o coração do administrador da justiça mudou: a única arma que conseguiu a vitória foi a oração incessante, a insistência da mulher! E o Senhor conclui com uma reviravolta: “E Deus, não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por Ele? Será que vai fazê-los esperar?” (Lc 18, 7). Jesus faz ver que o centro da parábola não é o juiz injusto, mas Deus, cheio de misericórdia, paciente e imensamente zeloso pelos seus.

O Senhor explica nesta parábola que são três as razões pelas quais as nossas orações são sempre ouvidas: primeiro, a bondade e a misericórdia de Deus, que distam tanto das disposições do juiz ímpio; depois, o amor de Deus por cada um dos seus filhos; e por fim, o interesse que nós mostramos perseverando na oração.

“É preciso reconhecer humilde e realmente que somos frágeis e débeis, com necessidade contínua de força interior e de consolação. A oração dá força para os grandes ideais, para manter a fé, a caridade, a pureza, a generosidade; a oração dá ânimo para sair da indiferença e da culpa, se por desgraça se cedeu à tentação e à debilidade; a oração dá luz para ver e julgar os acontecimentos da própria vida e da própria história na perspectiva salvífica de Deus e da eternidade. Por isso, não deixeis de orar! Não passe um dia sem que tenhais orado um pouco! A oração é um dever, mas também é uma grande alegria, porque é um diálogo com Deus por meio de Jesus Cristo! Cada domingo a Santa Missa e, se vos é possível, alguma vez também durante a semana; cada dia as orações da manhã e da noite e nos momentos mais oportunos!” (Papa João Paulo II, Aos Jovens, 14/03/1979).

Ao terminar a parábola, Jesus acrescenta: “Mas o Filho do Homem, quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?” (Lc 18, 8). Por ventura encontrará uma fé semelhante à da viúva? Trata-se de uma fé concreta: a fé dos filhos de Deus na bondade e no poder do seu Pai do Céu. O homem pode fechar-se a Deus, não sentir necessidade dEle, procurar por outros caminhos a solução para as suas deficiências, e então jamais encontrará os bens de que necessita.

Uma conseqüência direta da fé é a oração, mas, ao mesmo tempo, “a oração dá maior firmeza à própria fé. Ambas estão perfeitamente unidas. Por isso, quando pedimos, acabamos por ser melhores; se não fosse assim, não nos tornaríamos mais piedosos, mas mais avaros e ambiciosos”, diz Santo Agostinho.

Neste mês de outubro, não deixemos de servir-nos do Santo Rosário como oração sempre eficaz para conseguir através de Nossa Senhora, tudo aquilo de que precisamos, nós e as pessoas que de alguma maneira dependem de nós. Não separemos a oração da vida, da ação! Tudo pode ser impregnado da presença de Deus. E isto é oração!

Mons. José Maria Pereira

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Homilia do Padre Françoá Costa – XXIX Domingo do Tempo Comum (Ano C)

Crer em Deus, crer no homem

Nos domingos anteriores falamos da fé num sentido mais teológico sem deixar de pensar na nossa existência concreta, diária e corrente. Hoje, essa meditação se intensifica ao concretizar-se mais. A idéia que eu quero refletir com você no dia de hoje é a seguinte: a fé é também uma grande promoção do ser humano. Ao contrário do cristão, “havia em certa cidade um juiz que não temia a Deus, nem respeitava pessoa alguma” (Lc 18,2). Um filho de Deus teme a Deus e respeita a pessoa humana. Cada pessoa é imagem de Deus. Como não respeitar a imagem de quem amamos? É fácil compreender isso: quando nós guardamos uma foto de uma pessoa querida na carteira e de vez em quando damos-lhe um beijo, essa demonstração de carinho não é para com o papel, mas é a expressão do que nós gostaríamos de fazer nesse momento: dar um beijo nessa pessoa querida. Cada pessoa é “imagem e semelhança” (Gn 1,26) de Deus. Cada pessoa merece o nosso beijo reverencial. Logicamente, não vamos sair por aí beijando todo mundo, mas procuraremos sempre mostrar o nosso respeito para com os nossos semelhantes.

Sinceramente, estou convencido que o atual complô contra a vida humana, contra o matrimônio verdadeiro, contra o pudor, é consequência da falta de fé e de temor de Deus. É contraditório crer em Deus e ser a favor do aborto, por exemplo. Não! A fé em Deus não pode ser reduzida a algumas práticas de piedade semanais, ou até mesmo diárias; a fé tem que dar forma ao nosso ser, à nossa maneira de viver, de pensar, de amar, de sentir.

Deus veio à terra para que o homem subisse ao céu! Jesus veio para devolver o que nós tínhamos perdido a causa do pecado, para reconciliar-nos em todos os aspectos, para que vivêssemos na “gloriosa liberdade dos filhos de Deus” (Rm 8,21). Contudo, ainda o homem mais pecador é digno de respeito. A Sagrada Escritura afirma a dignidade de qualquer ser humano, independentemente das suas ações, quando, por exemplo, diz que “o Senhor pôs em Caim um sinal, para que, se alguém o encontrasse, não o matasse” (Gn 4,15); ou seja, Deus continuou protegendo a Caim, mesmo depois de ter matado o seu irmão Abel.

A fé em Deus e no que ele nos revela, numa entrega cada vez mais intensa ao seu amor, é também motor de crescimento da sociedade. Quando se retira a Deus do âmbito público se começa a dizer um montão de bobagem; na ausência de um fundamento para a convivência pacífica entre os seres humanos, começa-se a bombardear a sociedade com leis que, finalmente, ajudarão a isolar cada vez mais a pessoa e que poderiam ser reduzidas a essa máxima: não matar os demais para que os demais não nos matem. Já dizia Eurípedes que “tudo o que o tolo encerra no coração, ele o traz também impresso na cabeça e o manifesta nas palavras”. O interessante é que todas as tolices são ditas com astúcia. João Paulo denunciava em 2002 os eufemismos que se utiliza para que o mal pareça um bem e um bem, mal. Dizia o Papa numa alocução aos Bispos da Região Leste II da CNBB: “Produz-se, portanto, uma evolução semântica onde o homicídio chama-se morte induzida, o infanticídio, aborto terapêutico e o adultério passa a ser uma simples aventura extra-matrimonial. Não havendo mais uma absoluta certeza nas questões morais, a lei divina torna-se uma proposta facultativa na oferta variegada das opiniões mais em moda”.

É evidente, mais parece que não nos damos conta. Será que estamos cegos? Desde que se insistiu no uso dos preservativos, cresceu a promiscuidade sexual; ao crescer a promiscuidade, cresceu o número de “filhos sem pais”, de pessoas com “aids”, de homossexuais, de pacientes nos hospitais e de clientes para os psiquiatras. Será que é preciso anunciar uma pasta de dentes com a foto de uma mulher sem roupa? Eu me pergunto qual é a relação entre os automóveis e as roupas íntimas. Acaso não se poderia divulgar um produto de uma maneira respeitável a toda a população. Em Itália, pelo menos, muitas mulheres já se manifestaram contra esse abuso do corpo feminino nas propagandas comerciais.

Que pena que se acusa a Igreja de retrógrada em tantos temas que, com o passar do tempo, se percebe que ela é realmente “mestra em humanidade”. Muitos países europeus que apostaram pelo controle de natalidade, são hoje países “velhos”: a população é idosa, há poucos jovens e, nalgum que outro país, até se oferece dinheiro para que os casais tenham filhos e assim o país se rejuvenesça. Estou convencido: a fé em Deus é de uma sensatez impressionante. Oxalá fizéssemos mais caso do que o Senhor nos diz e seríamos uma sociedade desenvolvida em todos os aspectos. Sem dúvida, não estou deixando de lado a justa autonomia das realidades temporais, mais tem que ser justa, ou seja, dependente do Criador.

Padre Françoá Costa

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Homilia de Dom Henrique Soares da Costa – XXIX Domingo do Tempo Comum (Ano C)

Ex 17,8-13

Sl 120

2Tm 3,14 – 4,2

Lc 18,1-8

Hoje, a Palavra de Deus nos fala sobre a oração. Mais ainda: manda-nos “rezar sempre, sem jamais desistir” . A primeira leitura mostra-nos Moisés de braços abertos, como os de Cristo na cruz, intercedendo pelo seu povo. Como Moisés, assim também o Cristo, nosso intercessor e mediador junto do Pai: “ Enquanto Moisés conservava a mão levantada, Israel vencia; quando baixava a mão, vencia Amalec”. Assim também com Cristo: ele intercede continuamente junto ao Pai por nós: “Simão, Simão, eis que Satanás pediu insistentemente para vos peneirar como trigo; eu, porém, orei por ti, a fim de que a tua fé não desfaleça” (Lc 22,31). Na Última Ceia, o Senhor, mais uma vez, rezou por nós: “Não rogo somente por eles, mas pelos que, por meio de sua palavra, crerão em mim!” (Jo 17,20). Que consolo, saber que o Senhor Jesus continuamente ora por nós e, se nos deixarmos invadir por essa oração de Jesus, nossa fé não desfalecerá, nossa vida não desmoronará, nossa existência não sucumbirá. Se Pedro caiu e negou Jesus, foi porque confiou em si, nas suas forças e não na graça da oração de Jesus…

Pois bem, o Senhor orou, pediu por nós e também pediu ao Pai por ele mesmo. Como esquecer aquelas palavras impressionantes da Escritura sobre Jesus? “É ele que, nos dias de sua vida terrestre, apresentou pedidos e súplicas, com veemente clamor e lágrimas, àquele que o podia salvar da morte; e foi atendido por causa da sua submissão. E embora fosse Filho, aprendeu, contudo, a obediência pelo sofrimento” (Hb 5,7s). É este mesmo Jesus que, no Evangelho de hoje nos ensina a rezar sempre sem jamais desfalecer!

Hoje, diante das dores do mundo, diante do progresso da ciência que explica tantas coisas que antes pareciam um mistério, diante do nosso próprio sofrimento, somos tentados a não mais confiar na oração nem ver a sua necessidade. No entanto, o Senhor nos manda rezar! Vejamos o porquê.

Primeiro, a oração nos abre para Deus; faz-nos experimentar com todo o nosso ser – sentimentos, inteligência, afeto, alma e corpo – que dependemos de Deus, que ele está presente no mais íntimo da nossa vida, da nossa história, do nosso mundo. É na oração que percebemos vivamente que ele não é somente o Deus de longe, mas também o Deus de perto. Nenhuma outra realidade deste mundo tem a capacidade de nos colocar imediatamente na presença de Deus, como a oração. Se não rezarmos, Deus irá deixando de ser Alguém para ser algo; vamos deixando de experimentá-lo como Pessoa para experimentá-lo simplesmente como uma idéia fria, estéril e distante.

Em segundo lugar, a oração feita em nome de Jesus – isto é, com os sentimentos de Jesus, as atitudes de Jesus -, nos faz enfrentar todos os desafios da vida com paz, liberdade e maturidade. Se rezei, se supliquei, se coloquei nas mãos de Deus, haja o que houver, sei que posso acolher confiando no seu amor. Foi assim a oração de Jesus: buscou simplesmente e em tudo a vontade do Pai e, por isso, a o fracasso e a cruz não o destruíram. Foi ouvido – ele sabia, ele mesmo dissera: “Pai, eu te dou graças porque me ouviste. Eu sabia que sempre me ouves!” (Jo 11,41s) – pois bem: mesmo diante da cruz e da morte, o Filho permaneceu em paz, abandonado amorosamente nas mãos do Pai! A oração faz isso conosco: elimina nosso temor e nos joga nos braços de Deus.

Em terceiro lugar, a oração quebra nosso orgulho, nossa auto-suficiência, nosso engano de pensar que somos capazes de algo por nós mesmos. Rezando, experimentamos a alegria indizível de sermos crianças nos braços do Pai.

Então, é engano pensar que a oração é sem importância ou inútil. Pelo contrário: sem ela, é impossível permanecer firmes na fé. E, compreendamos de uma vez por todas: Deus nos escuta sempre: “E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? Será que vai fazê-los esperar? Eu vos digo que Deus vos fará justiça bem depressa”. Sim, Deus não nos abandona jamais. O problema é que queremos que ele aja como esperamos, nos tempos e nos modos nossos. E aí erramos! Não foi assim que Jesus procedeu e quem faz assim, faz diferente de Jesus e, portanto, não reza em nome de Jesus! Compreendamos bem: reza em nome de Jesus quem reza como Jesus: “Não a minha vontade, mas a tua seja feita” (Lc 22,42). É esta a verdadeira oração do cristão, é essa a oração em nome de Jesus. Por isso mesmo, ele hoje nos desafia e pergunta, com franqueza: “Quando o Filho do homem vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?” Em outras palavras: Quando o Pai, através de mim, atende vossos pedidos, não como queríeis, mas como ele quer vos dar, encontra fé em vós para reconhecer o dom e ser agradecidos?

Rezemos sem desfalecer. Estejamos atentos à nossa vida de oração. Foi isto que aprendemos nas Escrituras Sagradas, foi isto que os Apóstolos nos ensinaram e os santos santas de Deus vivenciaram. Pois bem, “Permanece firme naquilo que aprendeste e aceitaste como verdade!” Num tempo de tantos falsos mestres, de tantos que se desviam da verdade, sigamos o este conselho de São Paulo! Como dizia Santa Teresa: “Que ninguém vos mostre outro caminho que não o da oração!”

Terminemos esta meditação com as palavras do Salmo 16, colocado como antífona de entrada da Missa de hoje: “Clamo por vós, ó Deus, porque me atendestes; inclinai vosso ouvido e escutai-me. Guardai-me como a pupila dos olhos, à sombra das vossas asas abrigai-me!” Que sejam sempre estes os nossos sentimentos. Amém.

Dom Henrique Soares da Costa

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A VIÚVA E O JUÍZ – REZAR SEMPRE

XXIX Domingo do Tempo Comum

A Palavra que a liturgia deste Domingo nos apresenta convida-nos a manter com Deus uma relação estreita, uma comunhão íntima, um diálogo insistente: só dessa forma será possível ao crente aceitar os projetos de Deus, compreender os seus silêncios, respeitar os seus ritmos, acreditar no seu amor.

O Evangelho sugere que Deus não está ausente nem fica insensível diante do sofrimento do seu Povo… Os crentes devem descobrir que Deus os ama e que tem um projeto de salvação para todos os homens; e essa descoberta só se pode fazer através da oração, de um diálogo contínuo e perseverante com Deus.

A primeira leitura dá a entender que Deus intervém no mundo e salva o seu Povo servindo-se, muitas vezes, da ação do homem; mas, para que o homem possa ganhar as duras batalhas da existência, ele tem que contar com a ajuda e a força de Deus… Ora, essa ajuda e essa força brotam da oração, do diálogo com Deus.

A segunda leitura, sem se referir diretamente ao tema da relação do crente com Deus, apresenta uma outra fonte privilegiada de encontro entre Deus e o homem: a Sagrada Escritura… Sendo a Palavra com que Deus indica aos homens o caminho da vida plena, ela deve assumir um lugar preponderante na experiência cristã.

Primeira Leitura - Leitura do Livro do Êxodo (Êx 17,8-13)

Salmo Responsorial - Salmo 120

Segunda Leitura - Segunda Carta de São Paulo a Timóteo (2Tm 3,14-4,2)

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas (Lc 18,1-8)

Comentário - Não fará justiça a seus eleitos?

Leio as leituras e ficam ressoando em minha mente as últimas frases do evangelho. Não fará justiça Deus a seus eleitos que lhe gritam dia e noite? Penso nas mulheres maltratadas ou exploradas sexualmente, penso nos meninos que são enviadas para a guerra com fuzis nas mãos, penso nas famílias que mal conseguem viver rebuscando nos lixões das grandes cidades dos países pobres sua sobrevivência, penso nos refugiados que se viram obrigados a deixar suas casas pela violência, penso nos condenados a morte pela “justiça” de tantos países, penso nos países onde os homossexuais são tratados como delinqüentes, penso nos que sofrem a violência das gangs de rua, penso nos que estão metidos no inferno da droga, penso nos doentes que sofrem sem meios para paralisar a sua dor ou a companhia que lhes permita superar a solidão, penso nos que sobrevivem trabalhando por salários de exploração.

Dá-me um nó na garganta. Algumas vozes dizem-me que a história sempre tem sido assim e sempre será, que as coisas são como são e que não as vamos mudar por mais que tentemos. Mas de dentro surge-me a fé no Deus da Vida, do Amor, da Justiça. Tem que ter esperança para todos esses aos quais lhes tocou a pior desta vida. Tem que ter justiça para eles. Se não fosse assim, Deus seria injusto. Até seria melhor pensar que não exista.

Esperamos na justiça de Deus

A fé alenta nossa esperança. Não pode ser de outra maneira. Esperamos que Deus faça a justiça que nós não temos sabido fazer. Porque quando achamos que fazemos justiça às vezes criamos mais injustiça. Terminamos pensando que fazer uma guerra, derrotar e humilhar o inimigo, é fazer justiça. Confundimos a vingança com a justiça. Saciamos nosso desejo de revanche, mais o que fazemos é alimentar a espiral da violência. E nos vemos metidos em um labirinto no qual não sabemos encontrar a saída. Até que não nos reste mais nada do que ficar calcados para não sermos calcados. O mal é que o outro tem exatamente a mesma motivação.

Não pode ser a nossa, pois, uma esperança em uma justiça que se pareça com a da primeira leitura. Não podemos nem pensar em derrotar ao inimigo como o fez Josué: a fio de espada. Chame-se Amalec ou com qualquer outro nome. Porque Jesus descobriu que todos somos filhos de Deus. Em conseqüência nos daremos conta de que toda guerra é sempre uma guerra civil, fratricida. A justiça de Deus não pode ser como a nossa. Será diferente. Terá que ser diferente.

Não sabemos como será exatamente a justiça de Deus. Mas com o Evangelho na mão podemos dizer que certamente não estará feita de vingança nem de ódio. É uma justiça que dará a cada um o seu (porém isso “seu” não se identifica necessariamente com uns títulos de propriedade), o que precisa para viver em plenitude, para gozar e desfrutar deste presente que Deus nos deu: a vida, o amor, a liberdade, a fraternidade... É uma justiça que estará feita de perdão e misericórdia, de reconciliação. É uma justiça que cura, que nos permite começar de novo e ver o mundo e às pessoas com olhos limpos.

Um novo estilo de viver

Esperar nessa justiça faz-nos comprometer-nos aqui e agora. A justiça de Deus que esperamos nos provoca à fé e nos faz comportar de uma maneira justa, ao estilo de Deus, com os irmãos e irmãs, com nosso mundo, com nossa terra. À pergunta de Jesus ao final do evangelho podemos responder que sim, que aqui estamos nós crendo e vivendo a fé no dia a dia, em nosso trabalho, em nossa família, com os amigos, na hora de votar nas eleições, criando espaços de liberdade e diálogo, sendo tolerantes e compreensivos, acompanhando ao que está só e abandonado, compartilhando o que temos...

A Palavra alenta nossa fé. Como diz a segunda leitura, é a sabedoria que nos conduz à salvação. A salvação a esperamos no futuro. A plenitude de Deus a esperamos no futuro. Porque Deus é nosso futuro. Mas já está iniciando no presente. E a cada vez que estendemos a mão ao irmão, que curamos uma ferida, que perdoamos, que fazemos justiça, a salvação de Deus se vai fazendo realidade em nosso mundo, aqui e agora. Esta é nossa fé e nossa esperança.

Padre Fernando Torres Pérez cmf

Fonte : http://www.ciudadredonda.org/

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O JUIZ E A VIÚVA

Lc 18,1-8

Deus fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele.
Neste Evangelho, Jesus nos conta a parábola do juiz injusto, que não queria atender a viúva e, no fim, só a atendeu devido à insistência dela. O centro da parábola não é o juiz, evidentemente, mas a viúva, e mais precisamente, a insistência da viúva.
Quando rezamos, Deus nos atende logo e não nos faz esperar. Acontece que ele faz o que é bom para nós e do jeito que é melhor para nós, o que nem sempre coincide com o que nós pensamos.
O evangelista S. Lucas começa a narração com as seguintes palavras: “Jesus contou aos discípulos uma parábola, para mostrar-lhes a necessidade de rezar sempre, e nunca desistir”. Está aí o objetivo da parábola. Devemos ser, diante de Deus, como a viúva diante do juiz: pedir, pedir, pedir... e ficarmos insistindo até receber o que queremos.
Devemos persistir na oração, mesmo quando dá impressão que Deus não está ouvindo. Deus é Pai amoroso. Ele nos escuta com atenção, desde o primeiro pedido que fizemos. Escuta e atende. A forma dele atender é que, muitas vezes, é um mistério para nós.
A oração é também uma escola. Ela purifica os nossos afetos, organiza as nossas idéias, direciona os nossos pensamentos e vai, aos poucos, colocando-nos no caminho certo da nossa felicidade. O resultado da oração perseverante é sempre uma grande alegria, ânimo e vontade de lutar e vencer.
Quando rezamos, Deus nos atende mostrando-nos os primeiros passos do caminho. Os outros passos, ele vai mostrar depois que dermos os primeiros passos. Se ele nos mostrasse todos os passos logo no início, correríamos o risco de esquecê-los. “Não vos preocupeis com o dia de amanhã”.
Quem não reza, afoga-se num copo d’água. O horizonte das nossas possibilidades é bem pequeno, termina logo ali. Nós não dominamos nem a nós mesmos! Daí a angústia. Mas com Deus as nossas possibilidades tornam-se infinitas e sem fronteiras.
Santo Afonso Maria de Ligório dizia: “Quem reza se salva, quem não reza se condena”. Nós não queremos ser condenados, por isso vamos rezar.
Rezar de manhã, rezar ao meio dia, rezar à noite; rezar quando estamos tristes e quando estamos alegres; rezar principalmente quando somos tentados. As tentações começam pelos nossos pensamentos. Portanto, desde aí, já devemos rebatê-los com uma prece. Pode ser uma oração curtinha, que chamamos jaculatórias, feitas mentalmente. “Vigiai e orai para não cairdes em tentação”. Em resumo, rezar sempre e nunca cessar de o fazer.
A oração age em nós como limpa-brisa de carro. As falhas diárias vão embaçando a nossa visão, obscurecendo a inteligência, enfraquecendo a vontade, descontrolando os sentimentos... É hora de ligar o limpa-brisa, através da oração.
Deus caminha ao nosso lado nas vinte e quatro horas do dia. Mas, por respeito à nossa liberdade, ele não entra na nossa vida, se não pedirmos. Ele fica nos esperando em cada esquina da vida, com seus sinais, alertas, advertências e convites. Ele é capaz de morrer na Cruz, na nossa frente, mas sem interferir na nossa liberdade. Agora, se pedimos, abrindo a porta para ele, maravilhas acontecerão.
A oração é estrada de duas mãos. Nós falamos com Deus e Deus fala conosco. Imagine um amigo encontrar-se com você e falar o tempo todo! Seria chato, não? Às vezes, somos chatos com Deus, pois não o deixamos falar nada para nós! Ele nos fala através da Sagrada Escritura.
Quem toma a iniciativa da oração é sempre Deus. Ele que percebe as nossas necessidades, e nos inspira, movendo-nos a pedir, a agradecer, a pedir perdão, a louvá-lo... “Sem mim nada podeis fazer” (Jo 15,15). Deus é que nos dá o pensar, o querer e o agir.
O destaque está na persistência da viúva. Se até um homem ruim atende, por causa da insistência, quanto mais Deus que é nosso Pai amoroso! “Será que vai fazê-los esperar?”
No final da parábola, Jesus lamenta: “Mas o Filho do Homem, quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?” Que pena a falta de fé! Nós perdemos a fé por tão pouca coisa! Basta um aparente atraso de Deus em nos atender, pronto.
Vamos responder à pergunta de Jesus, dizendo: “Sim, Jesus. Quando o Senhor vier, vai encontrar fé. Como Santa Mônica, nós, através da oração, vamos perseverar firmes na fé, confiantes na esperança e alegres na caridade”.
Havia, certa vez, um mendigo que passava o dia na rodoviária pedindo esmolas. As pessoas davam moedinhas para ele.
Um dia, ele viu um homem indo embora, foi atrás, bateu nas costas dele e disse: “Por favor, o senhor podia dar-me uma moeda de dez centavos?” Assim que o homem se virou para trás, o mendigo o reconheceu: era seu pai! Então disse: “Meu pai! O senhor não está me conhecendo?”
O pai lançou-se ao pescoço dele e falou emocionado: “Meu filho! Já fazem dezoito anos que estou procurando você! Eu quero dar-lhe tudo o que eu possuo, todos os meus bens”.
Que nós não andemos pela vida em busca de dez centavos, sendo que ao nosso lado está o nosso Pai, rico e amoroso, que quer dar-nos tudo o que possui. O bom Deus quer que lhe entreguemos todas as nossas preocupações, para assim podermos dedicar-nos mais ao cumprimento da sua vontade sobre nós.
Maria Santíssima é nossa Mestra de oração. “Ensina teu povo a rezar, Maria, Mãe de Jesus!”
Deus fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele.

Padre Queiroz


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Deus fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele.
Neste Evangelho, Jesus nos conta a parábola do juiz injusto, que não queria atender a viúva e, no fim, só a atendeu devido à insistência dela. O centro da parábola não é o juiz, evidentemente, mas a viúva, e mais precisamente, a insistência da viúva.
Quando rezamos, Deus nos atende logo e não nos faz esperar. Acontece que ele faz o que é bom para nós e do jeito que é melhor para nós, o que nem sempre coincide com o que nós pensamos.
O evangelista S. Lucas começa a narração com as seguintes palavras: “Jesus contou aos discípulos uma parábola, para mostrar-lhes a necessidade de rezar sempre, e nunca desistir”. Está aí o objetivo da parábola. Devemos ser, diante de Deus, como a viúva diante do juiz: pedir, pedir, pedir... e ficarmos insistindo até receber o que queremos.
Devemos persistir na oração, mesmo quando dá impressão que Deus não está ouvindo. Deus é Pai amoroso. Ele nos escuta com atenção, desde o primeiro pedido que fizemos. Escuta e atende. A forma dele atender é que, muitas vezes, é um mistério para nós.
A oração é também uma escola. Ela purifica os nossos afetos, organiza as nossas idéias, direciona os nossos pensamentos e vai, aos poucos, colocando-nos no caminho certo da nossa felicidade. O resultado da oração perseverante é sempre uma grande alegria, ânimo e vontade de lutar e vencer.
Quando rezamos, Deus nos atende mostrando-nos os primeiros passos do caminho. Os outros passos, ele vai mostrar depois que dermos os primeiros passos. Se ele nos mostrasse todos os passos logo no início, correríamos o risco de esquecê-los. “Não vos preocupeis com o dia de amanhã”.
Quem não reza, afoga-se num copo d’água. O horizonte das nossas possibilidades é bem pequeno, termina logo ali. Nós não dominamos nem a nós mesmos! Daí a angústia. Mas com Deus as nossas possibilidades tornam-se infinitas e sem fronteiras.
Santo Afonso Maria de Ligório dizia: “Quem reza se salva, quem não reza se condena”. Nós não queremos ser condenados, por isso vamos rezar.
Rezar de manhã, rezar ao meio dia, rezar à noite; rezar quando estamos tristes e quando estamos alegres; rezar principalmente quando somos tentados. As tentações começam pelos nossos pensamentos. Portanto, desde aí, já devemos rebatê-los com uma prece. Pode ser uma oração curtinha, que chamamos jaculatórias, feitas mentalmente. “Vigiai e orai para não cairdes em tentação”. Em resumo, rezar sempre e nunca cessar de o fazer.
A oração age em nós como limpa-brisa de carro. As falhas diárias vão embaçando a nossa visão, obscurecendo a inteligência, enfraquecendo a vontade, descontrolando os sentimentos... É hora de ligar o limpa-brisa, através da oração.
Deus caminha ao nosso lado nas vinte e quatro horas do dia. Mas, por respeito à nossa liberdade, ele não entra na nossa vida, se não pedirmos. Ele fica nos esperando em cada esquina da vida, com seus sinais, alertas, advertências e convites. Ele é capaz de morrer na Cruz, na nossa frente, mas sem interferir na nossa liberdade. Agora, se pedimos, abrindo a porta para ele, maravilhas acontecerão.
A oração é estrada de duas mãos. Nós falamos com Deus e Deus fala conosco. Imagine um amigo encontrar-se com você e falar o tempo todo! Seria chato, não? Às vezes, somos chatos com Deus, pois não o deixamos falar nada para nós! Ele nos fala através da Sagrada Escritura.
Quem toma a iniciativa da oração é sempre Deus. Ele que percebe as nossas necessidades, e nos inspira, movendo-nos a pedir, a agradecer, a pedir perdão, a louvá-lo... “Sem mim nada podeis fazer” (Jo 15,15). Deus é que nos dá o pensar, o querer e o agir.
O destaque está na persistência da viúva. Se até um h ruim atende, por causa da insistência, quanto mais Deus que é nosso Pai amoroso! “Será que vai fazê-los esperar?”
No final da parábola, Jesus lamenta: “Mas o Filho do Homem, quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?” Que pena a falta de fé! Nós perdemos a fé por tão pouca coisa! Basta um aparente atraso de Deus em nos atender, pronto.
Vamos responder à pergunta de Jesus, dizendo: “Sim, Jesus. Quando o Senhor vier, vai encontrar fé. Como Santa Mônica, nós, através da oração, vamos perseverar firmes na fé, confiantes na esperança e alegres na caridade”.
Havia, certa vez, um mendigo que passava o dia na rodoviária pedindo esmolas. As pessoas davam moedinhas para ele.
Um dia, ele viu um homem indo embora, foi atrás, bateu nas costas dele e disse: “Por favor, o senhor podia dar-me uma moeda de dez centavos?” Assim que o homem se virou para trás, o mendigo o reconheceu: era seu pai! Então disse: “Meu pai! O senhor não está me conhecendo?”
O pai lançou-se ao pescoço dele e falou emocionado: “Meu filho! Já fazem dezoito anos que estou procurando você! Eu quero dar-lhe tudo o que eu possuo, todos os meus bens”.
Que nós não andemos pela vida em busca de dez centavos, sendo que ao nosso lado está o nosso Pai, rico e amoroso, que quer dar-nos tudo o que possui. O bom Deus quer que lhe entreguemos todas as nossas preocupações, para assim podermos dedicar-nos mais ao cumprimento da sua vontade sobre nós.
Maria Santíssima é nossa Mestra de oração. “Ensina teu povo a rezar, Maria, Mãe de Jesus!”
Deus fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele.

Padre Queiroz

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Domingo, 17 de Outubro de 2010

29º Domingo do Tempo Comum

Evangelho (Lucas 18,1-8)

A ORAÇÃO GERA A AÇÃO

A história linha da parábola é clara e convincente. No antigo Israel, as viúvas eram frequentemente listadas entre os membros mais vulneráveis da sociedade. E parece que a viúva da parábola tem de fato sido defraudada de sua propriedade por pessoas sem escrúpulos. Seu único recurso é o juiz local. Mas ele ha muito que abandonou sua aliança e da moralidade é influenciada apenas por suborno - algo que a viúva pobre não pode fornecer.

Este juiz inescrupuloso se orgulha da sua liberdade a partir das demandas da verdadeira religião, além disso, ele está feliz em anunciar esta falsa liberdade em todas as ocasiões. (Ele pode nos lembrar do médico agnóstico em Diário Bernanos de um Pároco de Aldeia). No entanto, a persistência da viúva finalmente, o leva a conceder-lhe justiça. A lição desenhada por Jesus é clara: quanto mais provável é Deus, o mais justo de todos os juízes, pronto para conceder os nossos pedidos de justiça quando somos injustiçados!

O objetivo desta parábola é, provavelmente, mais sutil do que podemos supor em primeiro lugar. Jesus não quer apenas a dizer-nos que devemos obstinadamente perseverar na oração, mesmo quando não há resposta. Isso é verdade, sem dúvida, mas o ponto real aqui, diz respeito a nossa atitude para com Deus. Para muitos de nós, Deus parece tão distante e tão insensível aos nossos apelos para que possamos sentir que ele não é muito diferente do juiz da parábola. Por uma questão de experiência, o nosso Deus não parecem sempre pronto a dar-nos a justiça que buscamos.
Ainda mais a profunda lição da parábola está em causa, portanto, com nossa experiência da realidade e da presença de Deus em nossas vidas. É somente a fé que nos permite experimentar a Deus como Aquele que é sumamente bom e que nos ama muito. Nós vamos querer persistir em nossas orações a ele, não apenas porque precisamos de sua ajuda, mas principalmente porque queremos simplesmente ficar em contato com essa pessoa maravilhosa, que nos ama incondicionalmente. Ao longo prazo, este Deus de amor nos dará tudo o que precisamos ... e muito mais.

Nosso relacionamento com Deus não é diferente daquele das crianças que esperam que seus pais respondam positivamente a todas as solicitações que fazem. Mas os pais bons e amorosos sabem que esses pedidos não são sempre do melhor interesse de seus filhos. Eu suspeito que muitas crianças que abandonam a escola ou comer a comida no lixo apenas se os seus pais lhe permitiria. O importante para todos os envolvidos é manter um contato amoroso e confiante, apesar de ocasionais solavancos na estrada. Parábola de hoje nos lembra que esta é ainda mais verdade do nosso relacionamento com Deus.

Você pode, você consegue!

SEJA SIMPLEMENTES FELIZ

Professor Isaías da Costa

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FIM DOS COMENTÁRIOS SOBRE A NECESSIDADE DE REZAR SEMPRE