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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Comentários do Prof. Fernando

Comentários do Prof. Fernando (Leituras da semana 17 a 23 de outubro de 2010)

1ª PARTE = COMENTÁRIO ao 29º DOMINGO do T.Comum

2ª PARTE = Introdução geral às Leituras da 29ª semana do Tempo Comum

· cada leitura numa Página: clique.“serviços/liturgia diária: http://www.cnbb.org.br/site/#

· todas as leituras numa só Página: siga o “Link” clicando na data escolhida :

17/10 29ºdomingo do Tempo comum : Ex 17,8-13 Sl 121 2Tm 3,14-4,2 Lc 18,1-8

18/10-seg 2Tm 4,10-17 Sl 145 Lc 10,1-9 Lucas, evangelista

19/10-ter Ef 2,12-22 Sl 85 Lc 12,35-38 ter.da 29ªsemana T.comum

20/10-qua Ef 3,2-12 Is 12,2-6 Lc 12,39-48 qua.da 29ªsemana T.comum

21/10-qui Ef 3,14-21 Sl 33 Lc 12,49-53 qui.da 29ªsemana T.comum

22/10-sex Ef 4,1-6 Sl 24 Lc 12,54-59 sex.da 29ªsemana T.comum

23/10-sáb Ef 4,7-16 Sl 122 Lc 13,1-9 sáb.da 29ªsemana T.comum

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1ª PARTE = as LEITURAS do 29º Domingo do T.comum -17-outubro-2010

Tema geral = CONFIANÇA E ORAÇÃO

Salmo do dia — O meu socorro vem do Senhor – que fez o céu e a terra –

Ele não deixa meus pés tropeçarem e não dorme quem te guarda

Ele não dorme nem cochila: o Senhor é o teu guarda e teu vigia

Ele é uma sombra protetora (o sol não te vai ferir de dia nem a lua de noite)

O Senhor te guardará de todo o mal

A confiança está bem expressa pelo salmo escolhido para o 29º domingo. Também nas 3 leituras se retoma esse grande tema da fé.

· Em Êxodo 17 conta-se o episódio da batalha dos hebreus contra os amalecitas. Estes queriam impedir aos hebreus a passagem para a terra da promessa. Moisés, o grande herói nacional e principal responsável pela unidade das tribos para a constituição do povo eleito, sustenta a vitória enquanto mantém os braços erguidos pois se os abaixava os amalecitas passavam a vencer.

O milagre nos fala dessa resistência de Moisés. Mesmo cansado, mas com Aarão e Hur a seu lado ajudando-o, ele “mantém as mãos firmes” enquanto segura numa das mãos o Cajado de Deus, símbolo do poder divino.

· Em 2Timóteo 3,14 a 4,2, pede-se ao bispo Timóteo que continue firme na fé e tenha, na pregação do evangelho, a capacidade de suportar, ter paciência, constância ou perseverança.

·Em Lucas 18, a parábola da viúva que insiste para que um juiz lhe faça justiça é a imagem da oração de quem não cessa de procurar a superação das dificuldades, sem desanimar.

Repassar os TERMOS USADOS NOS TEXTOS lidos hoje pode nos ajudar a perceber essa insistência na fé, seja em nossas lutas da vida (como a dos hebreus contra os amalecitas), seja na vida em comunidade (familiar ou religiosa, como na carta a Timóteo) seja em nossa vida pessoal e diária – diante de Deus – na oração (também diária, contínua, repetida, constante).

FÉ, CONFIANÇA ou FIRMEZA

Um escritor alemão compara o significado da palavra FÉ em várias línguas: em alemão é glauben=crer, que vem da raiz liob = “ter por agradável, aprovar, ver o bem”; em latim e grego os verbos crédere e pistéuein podem ter 2 significados: “ter por verdadeiro” e “confiar” (a em português, francês, italiano, derivadas do latim vem do termo fides , de fidelidade, confiança. Mas o sentido religioso mais característico vem do hebraico emounáh diz respeito à fidelidade mas também à verdade. A raiz da palavra é aman, donde vem o nosso Amém , que remete aos sentidos de firmeza, fixação ou aderência, adesão, certeza, constância, fidelidade, segurança.

FIRMEZA é ESTAR DE PÉ

É interessante notar que, na primeira leitura diz Moisés aos hebreus: estarei de pé durante a batalha. O verbo aqui usado é natsab que significa a posição de estar firme. Em grego esta palavra se traduz pelo verbo hístemi , por ex. quando João diz que junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria de Magdala. Aliás a palavra grega para “Cruz” tem a mesma raiz: staurós derivada do mesmo verbo (hístemi no grego, tisthâmi no sânscrito e stare em latim) sempre com base na ideia de firmeza e estabilidade: aquilo que é estabelecido firmemente num lugar (na língua inglesa também conhecemos a origem nessa raiz “STA” o verbo stand (= apoiar, ficar ou estar de pé, etc.). No verso 12 lemos Moisés, ajudado por Aarão e Hur, mantinha a vitória dos hebreus enquanto mantinha as mãos “firmes” (no original= emounáh). A versão grega (Setenta) traduziu para o grego usando a palavra correspondente (“firmemente estabelecidas”, da raiz do verbo hístemi

COM FÉ PODE-SE CONTINUAR SER PACIENTE e NÃO DESANIMAR

A leitura da carta a Timóteo começa com o apelo a que ele possa manter, permanecer firme, agüentar, aturar, resistir, suportar, sustentar, continuar, etc. ( do verbo meno no grego, cf. 2Tim 2,14) . Ao final da leitura (em 4,2) encontramos a palavra macrothymía em geral traduzido por paciência (na frase: insiste... exorta... corrige, etc., com paciência). O termo traduz paciência, tolerância, constância, perseverança, etc. baseados no sentido de capacidade para suportar dificuldades e obstáculos sem se queixar. Em Lucas 8,1 o anúncio da parábola já indica que seu finalidade é mostrar como é preciso orar sempre sem desanimar . O verbo grego enkakéo tem a ver com os sentidos de desanimar, perder a coragem, cansar-se.

Todos esses conceitos apontam para a fé-confiança em sua dimensão de continuar resistindo nas dificuldades, seguindo em frente, caminhando sem desanimar, renovando os mesmos anseios e e desejos , como os apelos repetidos da viúva da parábola : figura da pessoa fragilizada (na cultura da época, era mulher, viúva e pobre) em busca da restauração do direito e da justiça.

Acidente no Chile e observações sobre a ORAÇÃO:

Conforme o teólogo Domergue sempre oramos a partir do que vivemos, constatamos ou sofremos, e dizemos a Deus o que nos afeta, nos interessa ou nos aflige. Mas não é que esperamos uma resposta de Deus por milagrs pois ele nos confiou o universo depois da criação e, assim, cabe-nos assumir as situações, mesmo catastróficas, que acontecem na vida.

O mundo inteiro acompanhou o drama do Chile até o dia do “milagre” do renascimento (para fora do útero da montanha) que foi o resgate dos 33 mineradores chilenos. Eles superaram os quase 70 dias em que estiveream aprisionados no fundo do poço. A presença de Deus – a quem tantos agradeciam em gestos, palavras, cartazes, camisetas (e até no discurso oficial dos governantes) – realizou-se através da solidariedade, do trabalho, da união de milhares de pessoas: desde os familiares, os técnicos e engenheiros que desenharam e desenvolveram a cápsula-elevador, até os profissionais de saúde, nutrição e psicologia além do pessoal especializado em sobrevivência em situações de catástrofes naturais como os terremotos.

Deus responde à nossa oração, continua nosso teólogo francês, porque não são as coisas que mudam mas nós mesmos. Por exemplo, quando fazemos a oração de intercessão por outros não é como se precisássemos lembrar a Deus sobre essas pessoas como se Ele as amasse menos do que nós as amamos. Na verdade, orando por alguém nos tornamos mais próximos do amor com que Deus ama. Quando rezamos numa situação difícil, seja qual for sua evolução, uma coisa é certa: o Espírito de Deus nos transforma de tal modo que poderemos gerenciar aquela situação sempre fazendo crescer o amor, sej em nossa vida, seja no mundo à nossa volta.

A mensagem da parábola é forte na sua ironia: se até um juiz injusto acaba agindo só para “se livrar” da chatice da pobre mulher injustiçada, como não teremos “certeza” (fé, firmeza, paciência, constância) em lutar superando as dificuldades mesmo no escuro, no mistério da vida, no mistério do silêncio de Deus?

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2ª PARTE = Introdução geral às Leituras da 29ª semana do Tempo Comum

19/10-ter Ef 2,12-22 Sl 85 Lc 12,35-38 ter.da 29ªsemana T.comum

20/10-qua Ef 3,2-12 Is 12,2-6 Lc 12,39-48 qua.da 29ªsemana T.comum

21/10-qui Ef 3,14-21 Sl 33 Lc 12,49-53 qui.da 29ªsemana T.comum

22/10-sex Ef 4,1-6 Sl 24 Lc 12,54-59 sex.da 29ªsemana T.comum

23/10-sáb Ef 4,7-16 Sl 122 Lc 13,1-9 sáb.da 29ªsemana T.comum

Exceto na segunda-feira (leituras próprias da comemoração de são Lucas) meditamos de terça a sábado a Carta aos Efésios, do cap.2 até o 4º.

O grande tema de Efésios é a Igreja unificada por Cristo, a comunidade dos redimidos. Após o primeiro capítulo – que meditamos na semana anterior – com seus hinos de louvor e ação de graças pelo grande plano da salvação que nos foi dada por Cristo, cada verso desses capítulos seguintes deve ser saboreado e é quase impossível resumir as leituras de cada dia. Podemos dar os seguintes títulos aos temas de cada dia:

Terça- 2,12-22: contra as divisões: judeus e pagãos foram unificados em Cristo

Quarta- 3,2-12: o Mistério foi revelado a todos os povos pela evangelização dos apóstolos

Quinta- vv.14-21: a oração apostólica ao Pai, única fonte que nos faz conhecer o amor.

Sexta- 4,1-6: a unidade do Corpo provém do Espírito.

Sábado- vv.7-16: a unidade na diversidade dos dons (apóstolos, profetas, evangelistas, pastores...)

Evangelho = Lucas 12,35 até 13,9 (terça a sábado)

Por meio de comparações (a volta do Senhor depois das núpcias ou a inesperada chegada de um ladrão) são ensinamentos de Jesus apropriados à comunidade primitiva de cristãos que sentia a demora do retorno do Cristo. Em que pese o tempo ou a demora, o importante é estar sempre vigilante, no momento presente o Reino acontece.

O tempo presente pode trazer dificuldades e divisões mas ao discípulo cabe trabalhar pela paz e sua vida é sempre preparação para os tempos messiânicos definitivos. Só está preparado quem é capaz de discernir os sinais dos tempos. É tempo de caminhada: antes do dia do julgamento ainda podemos procurar a conciliação, ou seja a conversão. Há sempre uma chance de cultivar a árvore e a terra à sua volta para que dê bons frutos. O presente não é tempo de arrancar a árvore mas prepará-la para se tornar frutífera.

Será que nós pensamos assim, na atenção, no cuidado, no discernimento, na preparação e na conversão. Parece mais que nossa cultura está sempre apressada, antecipada, mais disposta ao “linchamento” ou a fazer “justiça pelas próprias mãos” porque encontra com facilidade onde estão os “culpados” – sempre outros... Por que não procuramos mais a nossa própria conversão?

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( Prof. FernandoSM, Univ.Santa Úrsula, Rio, fesomor2@gmail.com )

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