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sábado, 12 de março de 2011

Comentários – Prof. Fernando


Comentários – Prof. Fernando  13 de março, 1°Domingo da Quaresma 2011
Da 1ª leitura Gn 2,7-9.3,1-7
É verdade que Deus vos disse: ‘Não comereis de nenhuma das árvores do jardim?’ a mulher respondeu à serpente: “Do fruto das árvores do jardim nós podemos comer. Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus disse: ‘Não comais dele, nem sequer o toqueis, do contrário, morrereis’.
Do Salmo de resposta – Sl 51
Eu reconheço as minhas transgressões e o meu pecado está sempre diante de mim.
Criai em mim um coração limpo renovado em mim um espírito firme não afasteis de mim a vossa face
Da 2ª leitura - Rm 5,12-29
pela obediência de um só homem toda a humanidade passará para uma situação de justiça
Da leitura do Evangelhor Mt 4,1-11
não só de pão vive o homem mas de toda palavra que sai da boca de Deus
não tentarás o Senhor teu Deus!
adorarás ao Senhor teu Deus e somente a ele prestarás culto
1ª leit.: Gn 2,7-9.3,1-7   Salmo: Sl 51   2ª leit.: Rm 5,12-29   Evang.: Mt 4,1-11

            O Salmo de resposta que recitamos nesse Primeiro domingo da Quaresma dá o tom desse tempo de preparação para a Páscoa: é tempo de conversão. O que significa “virada, mudança de ruma, voltar o rosto” (para a luz) procurar onde está a Face divina.
Todo dia é dia de tentação. Estamos sempre cercados por todo tipo de futilidades quando não de maldades. Exemplo disso é o noticiário da TV. Parece que só existem notícias de assassinos psicopatas. Ou ainda: a insistência em nos envolver na vida inútil de meia dúzia de pessoas em busca de fama a qualquer preço (exemplo: nos shows chamados de  “reality”. Como se fossem “A realidade” quando são a mentira. Essa “reality” é o inverso da luta diária pela vida, a vida real da grande maioria de nosso povo, no trem, no metrô, no ônibus, no emprego, nas filas – do banco ou do posto de saúde...
Nesse tempo procuremos então nos “converter”, i.é., nos virar para outro lado, par onde há luz, verdade e vida. A primeira leitura, no sua simplicidade mostra que o porta-voz da maldade começa pela mentira (como se fosse verdade...) Mas Eva conhece a verdade, isto é,, sabe distinguir entre os dons recebido (a oportunidade da vida no “jardim da criação” que é o mundo e a história). Ela conhece também os limites ou as fronteiras além das quais se encontra a morte. O salmo do dia repete: conheço, reconheço, eu sei bem qual o caminho e o que é “pecado” ou desvio do bem. E o pecado é a distância que tomamos para longe da Face do criador. Por isso o salmista pede a pureza de coração, a renovação do espírito de firmeza: para se manter junto do rosto carinhoso do Criador.
A possibilidade de renovação (Paulo chama de “situação de justiça”) nos foi dada em Jesus Cristo, a verdadeira Face ou Imagem do Deus invisível. Ele se fez um de nós, na humanidade e na história dentro do mundo. Para compreender melhor esse papel do Cristo leiamos a meditação a seguir apresentada (resumo e adaptação de texto do teólogo francês M.Domergue em “croire” (ponto-com):
            Jesus revive durante 40 dias a provação de seu povo nos 40 anos do deserto. 40 é número simbólico representando a totalidade de uma existência. Fome... impotência... uma caminhada que não acaba nunca... O Filho de Deus – e com ele todos os filhos de Deus que somos nós – será tentado para escolher a segurança do “pão quotidiano” da acumulação sem fim de riquezas, da busca da fama dos “primeiros lugares” na sociedade, em resumo: a ilusão dada pelo Poder seja na família, na cidade ou no mundo. Ora, Jesus não usa de seu poder a não ser para curar e alimentar os outros. E quando sua vida foi ameaçada não requisitou legiões de anjos contra os que o perseguiam.
Jesus de fato teve tentações, como todos nós. E conheceu bem nossos sofrimentos muito humanos, como quando chorou a morte de seu amigo Lázaro. Como nós teve muitas decepções na vida por exemplo, o desprezo dos amigos e conhecidos em sua própria cidade natal e, em geral, a oposição, inveja e perseguição dos seus concidadãos. Como nós conheceu a fome, a sede, o cansaço, etc. Afinal, Deus se fez humano: em tudo igual a nós – exceto no pecado, diz a Escritura. Em resumo: viveu a vida. Como todos nós. Com uma diferença.
A grande revelação foi COMO ele viveu. Na maneira como ele viveu a sua humanidade é que Deus se revelou. Ele resistiu à tentação de ser um “super-homem”. E, afinal, foi eliminado por causa da decepção que causou sendo um homem comum e não “o Rei” (que poderia ser se usasse seus poderes em causa própria, como lhe propõem as tentações: voando do alto do Templo, “adorando” tudo que o “mundo” à sua volta propõe como “todo mundo faz”). Por estar sempre voltado (convertido) para o Rosto do Pai, e não para os próprios interesses ou bajulando os poderosos do mundo, ele foi assassinado.
No final repete-se a tentação do início da vida pública. Agora não lhe pedem para transformar pedras em pão mas para descer da cruz. Os inimigos e os inquisidores no processo forjado e manipulado pelos sacerdotes, sempre quiseram “saber” a verdadeira identidade desse homem extraordinário. Diziam: dá-nos um sinal, uma prova se és o Cristo, o Filho de Deus. Os próprios discípulos afinal, só irão entender quem ele era depois da experiência da Ressurreição. Antes disso, o pecado. Exemplo típico: Pedro, que antes tinha declarado: “Tu és o Filho do Deus vivo”, depois dirá: “eu não conheço esse homem”.
“Descer da cruz” é a maior tentação que o homem de Nazaré enfrentou. Descer da cruz é: levar a vida “como todo mundo”; aceitar o “vale tudo”, para ganhar um milhão ou mais, para “se dar bem”... Lembremos ainda que o tentador usa a própria Escritura para justificar suas propostas. “Está escrito”... não tem nada demais... E é assim que Jesus será condenado: em nome da Lei (religiosa !) de seu povo como diz João em 19,7.
Mas o verdadeiro rosto de Deus será revelado pela Nova “Lei”: quando o homem de Nazaré der sua vida, resistindo até o fim a tentação de não amar.

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( Prof. FernandoSM. – Rio de Janeiro – fesomor2@gmail.com )