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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Comentário do Fr. Luiz Almir Gonçalves



Domingo, 08 de abril
Jo 20,1-9

                                              Fr. Luiz Almir Gonçalves

O túmulo vazio significa que Cristo não está mais lá. Ele ressuscitou! A vida venceu a morte. Maria Madalena foi a primeira a testemunhar esta grande notícia. A princípio, ela não compreendeu o túmulo vazio porque o seu coração estava envolvido em uma grande tristeza pela morte de Jesus. Ela foi ao túmulo quando ainda estava escuro. Podemos deduzir que essa escuridão não era somente a física, mas também uma escuridão espiritual que invadiu os corações dos fiéis seguidores de Jesus após sua morte. Ele é a luz do mundo. Na sua ausência reina as trevas.
Maria Madalena vai ao encontro dos apóstolos – Pedro e o discípulo amado – para narrar esse grande mistério: “tiraram o Senhor do túmulo”. O que teria pensado aquela mulher? Mataram o Mestre e roubaram o corpo. O coração daquela fiel seguidora de Jesus estava mais vazio do que o túmulo; mais escuro do que a escuridão da noite. Pedro e o outro discípulo foram ao túmulo. Realmente estava vazio. No lugar do corpo restavam apenas as faixas de linho. Segundo o Evangelho, o discípulo amado chegou primeiro e acreditou na ressurreição de seu Mestre. Ele não teve dúvidas: não estava entre os mortos Aquele que é o Senhor da vida plena.
O discípulo amado acreditou porque foi capaz de compreender o mistério da ressurreição, porque a sua esperança não foi obscurecida com a morte do seu Mestre. Para quem acredita, contempla a luz em cada amanhecer, mesmo se as nuvens forem abundantes. Como o discípulo amado, somos convidados a contemplar um Deus que não está mais no túmulo, mas vivo em nosso meio. Contemplar a ressurreição somente como um fato do passado perde a sua grandeza e torna-se um acontecimento longe e descompactualizado com a nossa realidade. Cristo continua a ressurgir a cada momento, a cada gesto solidário e a cada sorriso que expressa ternura.
O discípulo amado representa aqueles que, mesmo diante do vazio, confiam na presença do Senhor. Celebrar a ressurreição de Jesus é perceber que ele está presente em todos os momentos, principalmente nos mais difíceis. Quando Maria Madalena se perguntava onde estava o Senhor, Ele estava muito próximo. Ele não estava ausente, apenas não foi percebido. Esse episódio acontece também em nosso viver. Às vezes perguntamos: Onde está o Senhor? Ele sempre está próximo. A escuridão das nossas incertezas e medos impede que o contemplemos. Que a ressurreição do Senhor estimule a nossa caminhada preenchendo de amor e esperança o vazio e a escuridão do nosso coração.
Ele vive, a morte foi vencida!

Comentário de Jorge Lorente


Evangelho Comentado
08/abril/2012 - Domingo de Páscoa
Evangelho: (Jo 20, 1-9)



Alegre-se, pois hoje celebramos a vitória de Jesus sobre a morte. Feliz Páscoa!

COMENTÁRIO

Feliz Páscoa! Que Jesus ressuscitado abençoe você e todos os seus familiares neste dia de festa, de alegria e de paz! Hoje celebramos a vitória de Jesus sobre a morte. Por isso a imagem de Jesus ressuscitado é representada empunhando uma bandeira branca, sinal de vitória.

O Senhor Ressuscitou, venceu a morte! Como Jesus, e em Jesus, nós também venceremos as forças do mal. Certamente podemos vencer tudo aquilo que se contrapõe à nossa vida, ao nosso bem. Venceremos as forças que estimulam o desemprego, o salário de fome e a opressão. Venceremos tudo que é contrário ao nosso desenvolvimento, à saúde, alegria, à justiça e à paz.

Jesus faz questão de deixar transparecer que veio para mudar! Também aqui, numa sociedade em que as mulheres não tinham espaço, não tinham vez e nem voz. Uma sociedade que não aceitava sequer o testemunho das mulheres, elas eram discriminadas como os escravos e as crianças, no entanto, são elas as primeiras testemunhas da ressurreição.

Jesus, que já havia reabilitado a mulher em sua dignidade, a eleva também na capacidade de dar testemunho do maior acontecimento da história da salvação. As mulheres ficam assustadas, mas são envolvidas por uma grande alegria.

Correm, comunicam o fato a Pedro e a João e os convidam para verem o sepulcro vazio. Voltaram ao túmulo e nada encontraram. Ainda não tinham compreendido a escritura, segundo a qual Jesus deveria ressuscitar dos mortos.


“Não tenham medo” - diz o anjo às mulheres que vão ao sepulcro. “Alegrem-se!” - diz Jesus, que vem ao encontro delas. Alegria e ausência de medo são notas dominantes na ressurreição. Pouco depois, ao se apresentar aos apóstolos reunidos no cenáculo, Jesus lhes diz: “A paz esteja com vocês”. Alegria e paz são características de quem crê em Jesus e vive a sua proposta.

O cristão tem que se alegrar! Tem tudo para ser como o discípulo que Jesus amava. Foi ele o primeiro a perceber que o Mestre ressuscitara. Enxergou de imediato a Vida explodindo com toda sua força. Percebeu a intervenção de Deus “escancarando” o sepulcro e fazendo brotar a Vida Plena.

Precisamos permanentemente enxergar a vida e torná-la presente em todas as coisas. O desânimo, a acomodação, a aceitação das injustiças sociais, a exclusão dos idosos, crianças e doentes, são sinais de morte. A vida é a meta do cristão.

Pelo batismo nos unimos a Jesus Cristo e assumimos sua proposta de vida nova, pois fomos batizados na sua morte e ressurreição. Em Jesus passamos para uma vida nova, uma vida plena. Como diz São Paulo, deixamos de ser “filhos das trevas” e passamos a ser “filhos da luz”. Uma vida verdadeiramente cristã, não termina com a morte, mas se abre para a plenitude da vida em Jesus.

Neste período pascal, a Igreja convida os fiéis a fazerem a confissão e comunhão pascal. Todos somos convidados a participar dos Sacramentos da Reconciliação e da Eucaristia. É uma ocasião de nos reaproximarmos de Deus. É uma boa hora para revermos nossa caminhada de fé.

Vamos rever nossos compromissos com a comunidade, com a família e com os doentes. Vamos nos aproximar dos excluídos e ressuscitar o Amor.

jorge.lorente@miliciadaimaculada.org.br

Sofremos pela nossa incapacidade de “enxergar” as coisas de Deus-Maria Regina





                                   A busca de Maria Madalena pelo corpo inanimado de Jesus faz bem uma amostra do que seja a nossa procura, no mundo, pelas realidades que vivenciamos outrora as quais, hoje, não conseguimos mais tocar. O seu grande amor por Ele fez com que ela saísse ainda cedo do dia à Sua procura, na esperança de encontrá-Lo, mas na realidade, Maria buscava a Jesus morto e queria tocar o Seu corpo inerte a fim de extravasar o sentimento que nela estava contido. Porque Maria Madalena procurava Jesus entre os mortos, ela permanecia na dor e não percebia que o túmulo vazio era um sinal de que Jesus estava vivo. Ela não compreendeu que a ausência de Jesus no sepulcro significava a vitória de Deus sobre a morte como dizem as Escrituras e como o próprio Jesus dera a entender a Seus discípulos e Maria Madalena também era uma discípula Sua.
                                       Assim também acontece conosco, e, muitas vezes, nós também procuramos apenas o Jesus que nos desperta emoção e comiseração, isto é, pena de nós mesmos. Dessa forma, nós O estamos procurando nos lugares errados ou então O imaginamos como um Deus morto, sem vida, ausente da nossa história, e, por isso, sofremos. Buscamos o Jesus que conhecemos no passado, que quebrava os nossos galhos, mas não temos a dimensão do Seu poder para nos dar uma vida completamente diferente. Jesus ressuscitado vem ao nosso encontro de uma forma real e nos convoca a nos desapegar dos sentimentos e emoções pueris do tempo em que O conhecemos, quando o que nos atraiam eram os prodígios e milagres que Ele operava. Jesus não nos quer ver chorando, olhando para o passado em busca do tempo das sensações. Ele também diz hoje para nós que tentamos aprisioná-Lo para que fique à nossa disposição, ouvindo os nossos lamentos: "Não me segures… mas vai dizer aos meus irmãos que subo para junto do meu Pai"…!
                                    Somente assim foi que Maria Madalena abriu os olhos para ver que o Jesus que lhe aparecera agora, era o Senhor ressuscitado, por isso, passara o tempo da morte e da consternação e chegara o tempo do anúncio. Jesus quer ser encontrado vivo e ressuscitado, atuando na nossa vida, mudando a nossa sorte e nos fazendo ser úteis. Às vezes não entendemos as Suas manifestações para nós e por isso, choramos. Sofremos pela nossa incapacidade de "enxergar" as coisas de Deus. O Senhor está perto, precisamos ter consciência disso. Quando descobrimos esta verdade nós não conseguimos mais ficar parados na dor e partimos para anunciar o Seu amor. Se percebêssemos a Sua presença viva e ressuscitada e ouvíssemos realmente a sua voz que fala no nosso coração, sairíamos em disparada como fez Maria Madalena a anunciar a todos: "Eu vi o Senhor!" Reflitamos: – E você: já viu o Senhor? – Onde você O tem procurado? – Você ainda se prende ao sentimentalismo para perceber que Jesus está perto? – Você já correu para anunciá-Lo a alguém?– Você tem encontrado no caminho, mais mortos ou vivos? – Você tem percebido a quem o seu coração procura?
Amém.
Abraço carinhoso de
Maria Regina

Jesus Ressuscitado aparece a Madalena -Sal




Maria Madalena queria somente estar com Jesus, ainda que ele estivesse morto. Queria estar com ele, mesmo que tivesse que ir buscá-lo, onde quer que o tivessem colocado. Chorava porque não havia encontrado Jesus. Estaria disposta a qualquer sacrifício para realizar o seu intento. Porém, se as pessoas correspondem ao amor de Deus, tanto mais Deus corresponde ao amor dos homens. Maria Madalena recebeu a grande recompensa pelo seu amor: fez a grande experiência do encontro pessoal com o ressuscitado, e anunciou a todos esta experiência. (Fonte CNBB).
Prezados irmãos. A Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo é o ponto mais alto da nossa fé. Vejam o que disse aquele gigante da Nossa Igreja. Paulo: "E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé. E assim somos também considerados como falsas testemunhas de Deus, pois testificamos de Deus, que ressuscitou a Cristo, ao qual, porém, não ressuscitou, se, na verdade, os mortos não ressuscitam. Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E também os que dormiram em Cristo estão perdidos. Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens" (1 Coríntios 15:13-19). A realidade e historicidade da ressurreição são os pilares mais importantes do Cristianismo. Ao ressuscitar dos mortos Jesus provou ser o poderoso Filho de Deus, com a natureza santa do próprio Deus. (Romanos 1:4).
A ressurreição de Jesus tem dois dignificados: Um teológico, e outro histórico. Isto porque a natureza da ressurreição do corpo de Cristo pode ser um mistério, mas o fato de que o corpo desapareceu do túmulo é um assunto para ser decidido à luz da História. E o lugar onde ocorreu este fato possui uma localização geográfica onde qualquer ser humano pode visitar. O homem que estava no túmulo era um homem que vivia na primeira metade do século primeiro; o túmulo era feito de pedra e ficava ao lado de uma colina próximo a Jerusalém. Não se trata de invenção humana, muito menos invenção dos discípulos. Não era nenhum invento diferente envolto numa atmosfera mitológica decorado com tecidos finos, mas era algo que tinha um significado geográfico. As maiores testemunhas deste fato histórico, os guardas do túmulo, que foram colocados diante deste, não eram seres fictícios do Monte Olimpo.
Jesus, era uma pessoa vivente, um homem entre outros homens, e os discípulos que saíram para pregar o Senhor ressuscitado eram homens entre outros, homens que se alimentaram, bebiam, dormiram, sofreram, trabalharam e morreram. Que tem isto de doutrina? Amigos. Este é um fato histórico".
A verdade é que se não aceitamos este fato histórico, a ressurreição de Jesus, trata-se de um problema de fé. E aí a coisa se complica, pois Jesus disse que quem não crer será condenado.
E você de que lado está? Do lado daqueles que realmente acredita na ressurreição de Jesus, ou está do lado daqueles que questionam? Cuidado! Vamos repetir as palavras do ressuscitado.“Quem crer será salvo. Quem não crer será condenado”
Sal

“Maria disse: eu vi o Senhor!” – Claudinei M. Oliveira



       

Sexta - feira, 22 de julho de 2011.
Evangelho – Jo 20,1-2.11-18
            Maria Madalena comunicou aos seus irmãos  de que teria  encontrado Jesus depois que os romanos barbaramente O mataram. 'Eu vi o Senhor' disse, toda feliz, pois o Amado não abandonou. Estava ao seu lado.  Surpreendentemente, Maria não se calou e anunciou a presença do Mestre em hebraico com a expressão 'Rabuni' para quem quisesse ouvir. Foi o anúncio verdadeiro de uma mulher que estava sofrendo por perder seu amigo.
              Maria Madalena amava Jesus. Foi chorar a  perca ou seu distanciamento da realidade vivida no túmulo.  Olha que não fazia muito tempo que a morte terrena teria ceifada a vida de Jesus. Mas diante do túmulo vazio, na solidão e desconsolada, sentia-se  a presença de dois anjos. Um estava posicionado no alto – cabeça de Jesus -  e o outro estava posicionado na base – nos pés. Era a ligação perfeita entre o céu e a terra. Era Deus, Pai Criador correspondendo com o Filho enviado à terra. Era o anúncio do Alfa e o Ômega transcendental na figura dos anjos.
            Maria Madalena querendo entender o porquê teria tirado Jesus do túmulo, perguntava a si mesma: quem ousou a roubar o corpo do Salvador do lugar? Qual era a intenção de mudar de lugar? Além de ter provocado tantos sofrimentos, não daria sossego mesmo no descanso do corpo? A cena era provocante. Perguntou para o suposto jardineiro: "Senhor, se foste tu que o levaste dize-me onde o colocaste, e eu o irei buscar".  Entretanto, Aquele que estava presente em todos os lugares aparece de repente e pergunta: 'Mulher, por que choras?  A quem procuras?' Claro que Jesus sabia que  a preocupação de Maria era com Ele mesmo. Mas queria que ela falasse, ou seja, partisse de si o desejo de expressar seus sentimentos. Ela teria dito ao homem ainda não percebido que era Jesus: estou entristecida, pois levaram o corpo de nosso irmão daqui.  O túmulo era a referência,  pois ali poderia identificar com o mensageiro de uma vida nova, como fizera com o irmão Lázaro ou na visita de sua casa em Betânia com os discípulos quando estava preste a ser entregue para os soldados romanos. Aquele lugar era o marco de nova cultura de paz e de amor.

 Ao descobrir que o homem que estava dialogando serenamente era Jesus e Maria quis jogar-se por completa em seus braços. Era a entrega de corpo e alma. Era o posicionamento de serviço. Serviço na construção do Reino. Mas o Mestre dos Mestres disse: 'Não me segures. Ainda não subi para junto do Pai. Mas vai dizer aos meus irmãos: subo para junto do meu Pai e vosso Pai,  meu Deus e vosso Deus'. Neste momento concretiza a aliança de Javé com o povo escolhido de Israel na passagem do Mar Vermelho. Estarei contigo  todos os momentos de sua vida e meu Pai é vosso Pai, nosso Deus.
 Este Deus criador e todo-poderoso e onisciente  jamais abandona seus filhos. Não podemos sentir injuriados, abandonados ou deixados de lado. O Criador tem uma preocupação constante com sua obra. Cuidar muito bem. Oferecer todo o conforto, consolar os corações aflitos  e desesperados. Por que não enxergamos este Deus em nossa vida? Por que não fazemos como Maria que viu e acreditou no Ressuscitado? Por que não levantamos os olhos e começamos a falar que Jesus está vivo no meio de nós e quer nos salvar? Por que não encorajamos? Será que somos covardes? Será que amedrontamos da verdade? Ou será que somos incrédulos? Pergunto: o que está faltando em nós para cremos que Cristo ressuscitou e está cuidando de nós? Respondo: está faltando a fé, está faltando disponibilidade, está faltando vontade e querer em aproximar do Salvador. Ou seja, ainda não queremos entender os Mistérios da Ressurreição. Somos Pilatos e romanos acreditando na vida terrena, na vida que leva para a morte.
 O que resulta para nós deste deslumbramento de Maria é a paixão em Jesus. Pois Ele é acima e tudo Filho de Deus e não abandona ninguém que queira preencher de verdades serenas e concretas. Verdades que liberta e acolhe para o Cristo Vivo e Ressuscitado.
Jesus nesta cena é o esposo; Maria Madalena é a mulher-mãe, é a igreja. Aquela que acolhe. Aquela que se preocupa com o Amado. Aquele que dá segurança para o cristão. Assim, a igreja que congregamos é a igreja de Cristo, na qual seguimos os princípios do amor, da fraternidade e da justiça. Amém!
--
Claudinei M. de Oliveira
 Tenha a Paz de Cristo em seu Coração!

Eu vi o Senhor! -Pe. Queiroz




Terça-feira, 26 de Abril de 2011
Evangelho - Jo 20,11-18
Eu vi o Senhor! Eis o que ele me disse.
Hoje, terça-feira da oitava da Páscoa, o Evangelho narra a aparição de Cristo ressuscitado a Maria Madalena. Maria estava equivocada, procurando entre os mortos aquele que estava vivo. Por isso seu pranto se transformou em júbilo quando Jesus a chama pelo seu nome.
Ouvir o seu nome dos lábios dos lábios daquele a quem ela pensava ser o jardineiro, a fez cair em si e reconhecer Jesus. Graças ao seu amor, manifestado nas lágrimas, Madalena conseguiu ver o Senhor, a quem tanto queria. O lugar onde Deus habita é o coração que ama. O amor é o caminho mais direto para a fé, para nos encontrarmos com Jesus. "Onde amor e a caridade, Deus aí está".
"Vai dizer aos meus irmãos: subo para junto do meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus." Maria Madalena queria segurar Jesus, mas ele a remete para a sua nova forma de presença na terra: a Comunidade cristã. Jesus ainda se mostrou fisicamente durante alguns dias para firmar a fé dos discípulos, mas eles devem desprender-se desta forma de presença e buscar a outra.
Na verdade, o corpo de Jesus continua na terra, e bem visível, mas de forma diferente: na Comunidade cristã, que é o Corpo Místico de Cristo.
O sentimento dos discípulos ao ver o túmulo vazio foi semelhante ao que tem a esposa e os filhos quando voltam do cemitério após o enterro do pai e marido. E agora, o que vamos fazer? Ele é que nos dirigia e coordenava tudo, mas agora não está mais aqui!
Protagonista é o nome que damos para quem está à frente. O que a família deve fazer quando perde o chefe da casa é o mesmo que devemos fazer como Igreja: assumir o protagonismo.
Jesus havia dito aos discípulos: "Como o Pai me enviou, eu vos envio". O mesmo Espírito Santo que estava nele está agora na Igreja. E Jesus também está presente na Igreja.
A experiência desses vinte e um séculos de Igreja tem mostrado que o povo de Deus unido tem uma força enorme, porque é a mesma força de Jesus.
Todo o sonho de Jesus está hoje nas nossas mãos, e também todas as possibilidades de realizá-lo. A Comunidade cristã assumiu o protagonismo do Reino de Deus, e Jesus assinou embaixo.
Na prática, assumir o protagonismo da fé consiste em fazer, no nosso ambiente, o mesmo que Jesus fazia. Jesus aconselhava e orientava as pessoas; nós também aconselhamos e orientamos. Jesus amava a verdade e a justiça; nós também amamos essas virtudes. Jesus anunciava a Boa Nova; nós também anunciamos, como fez Madalena: "Eu vi o Senhor! Eis o que ele me disse".
O túmulo nos lembra a morte. Mas Jesus não está mais morto. Nós queremos deixar o túmulo de lado e buscar Jesus vivo no nosso meio.
Certa vez, três moças queriam ser irmãs religiosas e foram a um convento. A madre as recebeu com afeto e conversou com as três. Depois as convidou para entrar dentro do convento. As jovens foram uma por uma separadamente.
No meio do corredor havia uma vassoura caída no chão. A primeira garota chutou a vassoura para a beira da parede e foi em frente. Foi reprovada.
Uma irmã colocou a vassoura novamente no mesmo lugar, pois era um teste. A segunda jovem veio e, ao ver a vassoura, levantou o pé elegantemente e passou por cima. Também foi reprovada.
A terceira menina veio sozinha no corredor e, quando viu a vassoura caída no chão, abaixou-se, pegou-a e a colocou em pé na parede. Esta foi aprovada.
As duas primeiras moças poderiam ser chamadas de "jovens de vitrine", ou "de novela", ou "cabeça de vento". Pensam em tudo menos no principal que é a beleza interior, a beleza da alma. Já a terceira tem condições de, após uma preparação, assumir o protagonismo da fé, pois quem sabe tomar iniciativa em pequenos gestos, como este da vassoura, saberá também assumir grandes obras pelo Reino de Deus.
"Exultai e alegrai-vos, ó Virgem Maria, aleluia! Porque o Senhor ressuscitou verdadeiramente, aleluia!"
Eu vi o Senhor! Eis o que ele me disse.
Padre Queiroz

MADALENA VAI AO TÚMULO - MARIA ELIAN




22 de julho de 2010 - quinta-feira.
Evangelho (João, 20, 1-2. 11-18
“Eu vi o Senhor!”
Hoje a liturgia celebra Santa Maria Madalena, discípula de Jesus, e a primeira testemunha de sua ressurreição. Maria Madalena também foi curada por Jesus de espíritos maus e doenças, testemunhou seu amor misericordioso. Discípula e fiel seguidora de Jesus, testemunhou sua paixão e morte. “Existe também uma tradição de que Maria Madalena, juntamente com a Virgem Maria e o Apóstolo João, foi evangelizar em Éfeso, onde depois veio a falecer nesta cidade. O culto à Santa Maria Madalena no Ocidente propagou-se a partir do Século XII.” No evangelho de hoje Maria Madalena sofre a ausência de Jesus. E ao visitar o túmulo de madrugada, o corpo de Jesus havia desaparecido. E Maria Madalena, chora...
Os anjos que estavam no túmulo perguntam: “Mulher, por que choras?” E ela responde: “Levaram o meu Senhor e não sei onde o colocaram.” (Jo, 20, 13). Mas Jesus estava ali ao seu lado, e Maria conversa com Ele e não o reconhece. E como o Bom Pastor, à chama pelo nome: “Maria”. Ela O reconhece, vê Jesus e diz: “Rabuni”, que quer dizer, “Mestre!” E então compreende que o túmulo vazio, significava a presença de Jesus ali. Ele estava vivo, havia ressuscitado e agora compreendia que não era o fim de tudo como imaginara. A presença de Jesus consola Maria. E ela recebe de Jesus a missão de anunciar aos discípulos que Jesus ressuscitou, que Ele está vivo. E Maria anuncia aos discípulos: “Eu vi o Senhor!”
Nos momento de dor e sofrimento, procuramos Jesus, mas a nossa falta de fé e esperança não deixar ver que Ele está ao nosso lado, e nem nos deixa ouvir Jesus nos chamar pelo nome, e também nos perguntar:... “Por que choras? A quem procuras?” Como Maria Madalena teve encontro pessoal com Cristo ressuscitado. Procuremos também ter esse encontro pessoal com Cristo. Testemunhar que Ele vive no meio de nós. Assumir a missão de anunciar a ressurreição, dizer: “Eu vi o Senhor”, ajudando nosso próximo a fortalecer sua fé, a ter esperança e alegria. Jesus fala ao nosso coração, nós devemos buscá-lo e procurá-lo, e ficar atentos para vermos às coisas do Senhor, e ouvirmos que ele tem nos dizer.
Um forte abraço a todos.
Elian
Oração
“Pai, ensina-me a ter um relacionamento conveniente com o Ressuscitado, reconhecendo que ele quer fazer de mim uma testemunha da ressurreição”.
 Santa Maria Madalena, rogai por nós!

Eu vi o Senhor.
06= de abril= Madalena - Eu vi o Senhor.
Reflexão – João, 11-18
O evangelho de hoje nos fala de Maria Madalena, que está do lado de fora do túmulo de Jesus, chorando por que Ele estava morto e o corpo de Jesus não estava mais ali. Maria também foi curada por Jesus, testemunhou seu amor misericordioso, foi Sua discípula e fiel seguidora, testemunhou sua paixão e morte. E agora sofria sua ausência, e o pior, seu corpo havia desaparecido. Se nos colocarmos no lugar de Maria, podemos imaginar o seu sofrimento, pela morte de alguém que se ama, e o que fazer quando se descobre que o túmulo foi violado e o corpo desaparecido? Por tudo isso sofria e chorava Madalena.
Os anjos que estavam no túmulo perguntam: “Mulher, por que choras?” E ela responde: “Levaram o meu Senhor e não sei onde o colocaram.” (Jo, 20, 13). Ela queria saber onde Ele estava, iria buscá-lo onde quer que Ele estivesse. Mas estava ali, só não sabia que era Ele. Maria tem um breve diálogo com Jesus. E quando Ele a chama pelo nome: “Maria”, ela O reconhece, vê Jesus e diz: “Rabuni”, ou seja, “Mestre!” E então compreende que o túmulo vazio e a presença de Jesus ali era porque Ele estava vivo, havia ressuscitado e não era o fim de tudo como imaginara. A presença de Jesus consola Maria, que há pouco chorava a ausência do Mestre. E Maria anuncia aos discípulos: “Eu vi o Senhor!”
Quantas vezes nós também choramos, buscamos o Senhor e achamos que Ele não está perto de nós, não nos ouve. Às vezes a nossa falta de fé e esperança é tanta que não vemos, não percebemos que Ele está do nosso lado, pronto para perguntar por que estamos sofrendo e a quem procuramos. Temos que procurar o Senhor com toda a pureza que temos em nosso coração, e ouvi-lo nos chamar pelo nome, e assim termos nosso encontro pessoal com Cristo, e apresentar a Ele nossas angustias, nossas aflições. Jesus quer estar conosco, Ele fala ao nosso coração, mas somos nós que temos que buscá-lo, e ficar atentos para vermos às coisas do Senhor, e ao que ele vai nos dizer.
A Ressurreição de Jesus, diz para nós que a morte não é o fim de tudo, Ele voltou para junto do Pai, mas permanece no meio de nós, “Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos” (Mt 28, 20). E todo aquele que Nele crê terá a vida eterna.
Oração
“Pai, ensina-me a ter um relacionamento conveniente com o Ressuscitado, reconhecendo que ele quer fazer de mim uma testemunha da ressurreição.”
Um abraço a todos.
Elian

Eu vi o Senhor - Alexandre Soledade



EU VI O SENHOR!
João 20, 11-18
Maria Madalena foi até o túmulo e viu que a pedra que tapava a entrada tinha sido tirada. Então foi correndo até o lugar onde estavam Simão Pedro e outro discípulo, aquele que Jesus amava, e disse:
- Tiraram o Senhor Jesus do túmulo, e não sabemos onde o puseram! Maria Madalena tinha ficado perto da entrada do túmulo, chorando. Enquanto chorava, ela se abaixou, olhou para dentro e viu dois anjos vestidos de branco, sentados onde tinha sido posto o corpo de Jesus. Um estava na cabeceira, e o outro, nos pés. Os anjos perguntaram:
- Mulher, por que você está chorando? Ela respondeu:
- Levaram embora o meu Senhor, e eu não sei onde o puseram! Depois de dizer isso, ela virou para trás e viu Jesus ali de pé, mas não o reconheceu. Então Jesus perguntou:
- Mulher, por que você está chorando? Quem é que você está procurando? Ela pensou que ele era o jardineiro e por isso respondeu:
- Se o senhor o tirou daqui, diga onde o colocou, e eu irei buscá-lo.
- Maria! - disse Jesus. Ela virou e respondeu em hebraico:
- "Rabôni!" (Esta palavra quer dizer "Mestre".) Jesus disse:
- Não me segure, pois ainda não subi para o meu Pai. Vá se encontrar com os meus irmãos e diga a eles que eu vou subir para aquele que é o meu Pai e o Pai deles, o meu Deus e o Deus deles. Então Maria Madalena foi e disse aos discípulos de Jesus:
- Eu vi o Senhor! E contou o que Jesus lhe tinha dito.
Bíblia Sagrada – Nova Tradução na Linguagem de hoje – Ed. Paulinas
Bom dia!
Esse encanto amigo e amável de Madalena deveria nortear todos os nossos trabalhos pastorais, dentro ou fora do horário da igreja. O encanto e a felicidade se misturaram no sentimento puro daquela que muito foi perdoada ao rever seu mestre e salvador.
"(...) Maria Madalena queria somente estar com Jesus, ainda que ele estivesse morto. Queria estar com ele, mesmo que tivesse que ir buscá-lo, onde quer que o tivessem colocado. Chorava porque não havia encontrado Jesus. ESTARIA DISPOSTA A QUALQUER SACRIFÍCIO PARA REALIZAR O SEU INTENTO. Porém, se as pessoas correspondem ao amor de Deus, tanto mais Deus corresponde ao amor dos homens. Maria Madalena recebeu a grande recompensa pelo seu amor: fez a grande experiência do encontro pessoal com o ressuscitado, e anunciou a todos esta experiência". (site da CNBB)
Ela não foi ao sepulcro à toa. Pretendia, conforme o texto acima, continuar zelando de Jesus, como ainda hoje fazemos por aqueles que por nós são amados (amigos, parentes, etc). Mas esse zelo precisaria ser estendido a mais gente.
Quem faz da sua vida um exercício de zelo, ou como preferimos dizer, aqueles que buscam a santidade, ao se deparar com ressurreição de Cristo, não se contém, e como Madalena vibram, alegram-se, rejubilam-se... Qual foi a ultima vez que vi Jesus ressuscitar num irmão, numa casa, numa situação impossível? Qual foi a última vez que, mediante um acontecimento, corriqueiro ou extraordinário, dissemos: "eu vi o Senhor"?
Ao preparar, com o mesmo amor zeloso de Madalena, um evento, uma celebração, um grupo de oração ou no zelo harmonioso dos ensaios para uma missa, somos também gratificados com a visão da ressurreição. Ao ver as pessoas cantando, louvando, se rejubilando é impossível também não ver o Senhor, ou seja, todo amor e zelo é recompensado por Deus: Nossos olhos vêem o que ninguém vê,,,
"(...) Porém, ainda que falemos dessa maneira, meus queridos irmãos, estamos certos de que vocês têm as melhores bênçãos que vêm da salvação. DEUS NÃO É INJUSTO. ELE NÃO ESQUECE O TRABALHO QUE VOCÊS FIZERAM NEM O AMOR QUE LHE MOSTRARAM NA AJUDA QUE DERAM E AINDA ESTÃO DANDO AOS SEUS IRMÃOS NA FÉ. O nosso profundo desejo é que cada um de vocês continue com entusiasmo até o fim, para que, de fato, recebam o que esperam". (Hebreus 6, 9-11)
Mediante as dificuldades e tribulações que somos sujeitos no dia-a-dia temos sempre a opção de desmotivar, desistir, abandonar, etc, ou, mesmo que tudo aparentemente esteja perdido, levantar, seguir, continuar, (...).
Madalena, como os outros discípulos, sabia e tinha consciência plena que Jesus já havia morrido. O amor a fazia manter a rotina. Consegue perceber a sensível pedagogia desse momento? Problemas sempre aparecerão, mas precisamos encontrar vontade em manter a rotina, levantar, abrir os olhos, viver. Quem perdeu alguém ou vive um momento difícil seja ele financeiro, amoroso, de relacionamento, profissional, (...) é convidado a acreditar; mesmo aqueles em que a depressão já bate a porta ou que "acordou decidido (a) a desistir" e parar de sofrer, são convidados a se atrever a levantar e por um amor maior manter a rotina. Jesus ressurgirá e com Ele, nós também.
"(...) Por isso nunca ficamos desanimados. Mesmo que o nosso corpo vá se gastando, o nosso espírito vai se renovando dia a dia E essa pequena e passageira aflição que sofremos vai nos trazer uma glória enorme e eterna, muito maior do que o sofrimento. Porque nós não prestamos atenção nas coisas que se vêem, mas nas que não se vêem. Pois o que pode ser visto dura apenas um pouco, mas o que não pode ser visto dura para sempre". (II Coríntios 4, 16-18)
Siga o exemplo de Madalena, confie em Deus e O veja reanimar sua esperança.
Um imenso abraço fraterno

Alexandre Soledade

"O SENTIDO VERDADEIRO DA PÁSCOA" – Diac. José da Cruz



Dia 08 de abril
A palavra Páscoa tem sua origem no hebraico “Pascha” que significa passagem, e no Judaísmo está contextualizada no fato histórico ocorrido em 1250 A.C que foi a libertação do povo hebreu da escravidão do Egito. A narrativa encontra-se no livro do Êxodo, que pertence ao Pentatêutico, conjunto dos cinco primeiros livros da Sagrada Escritura, cuja autoria é atribuída a Moisés. O ritual da páscoa judaica segue as determinações dadas pelo próprio Deus ao Sacerdote Aarão conforme Êxodo 12, 1-8.11-14 e o fato histórico, com esse caráter religioso, tornou-se para o Povo um memorial da noite em que Deus os libertou da escravidão do Egito, através de Moisés, derrotando o império do Faraó.Anteriormente a páscoa era uma Festa dos Pastores, que comemoravam a passagem do inverno para a primavera quando por ocasião do degelo, e surgindo a primeira vegetação à luz do sol, os animais deixavam suas tocas, sendo essa a origem do Coelhinho da Páscoa e do ovo, que ao ter a sua casca quebrada deixa romper a vida que há dentro dele.
A libertação do Povo da escravidão do Egito é o acontecimento mais importante na tradição religiosa de Israel que o tornou um memorial celebrado no ritual judaico, preceito estabelecido pelo próprio Deus, muito rico em sua simbologia.Trata-se de uma refeição feita em pé, com os rins cingidos, sandálias nos pés e o cajado na mão, como quem está de partida “comereis as pressas, pois é Páscoa do Senhor”. O sangue do Cordeiro imolado irá marcar o batente das portas dos que iriam ser salvos do anjo exterminador, e as ervas amargas lembram a escravidão e o sofrimento que o povo passou.
Jesus de Nazaré, filho de Maria e de José, tendo passado pelo rito inicial do Judaísmo, freqüentava o templo e a sinagoga, como qualquer judeu fervoroso. Não era sua intenção fundar uma nova religião, mas sim resgatar a essência na relação dos homens para com Deus, que o judaísmo havia perdido por causa do rigorismo do seu preceito e dos seus ritos purificatórios. O fenômeno do messianismo era muito comum naquele tempo, como hoje quando surgem a cada dia novos pregadores em cada esquina, mas somente Jesus é o verdadeiro e único messias, aquele que fora anunciado pelos profetas, o Ungido de Deus, descendente da estirpe de Davi, o grande Rei porém, na medida em que Jesus vai manifestando quem ele é, e o seu modo de viver, convivendo com os pecadores impuros, curando em dia de Sábado e fazendo um ensinamento novo que estabelecia novas relações com Deus e com o próximo.
Tudo isso foi gerando um descontentamento nas lideranças religiosas que de repente começaram a vê-lo como uma séria ameaça a estrutura religiosa existente, e a expulsão dos vendedores e cambistas do templo foi a gota d’água que faltava para à sua condenação, sendo dois os motivos que o levaram à morte: o primeiro de caráter religioso, pois ele se dizia Filho de Deus e isso constituía-se uma blasfêmia diante do judaísmo, o segundo de caráter político, Jesus veio para ser Rei dos Judeus, representando uma ameaça ao augusto Cezar Soberano do império Romano.
O Povo esperava um Messias Libertador político para restaurar a realeza em Israel, que se encontrava sob a dominação dos romanos. É essa a moldura histórica dos fatos que marcaram a vida de Jesus, nos seus três anos de vida pública, desde que deixara a casa de seus pais em Nazaré e dera início as suas pregações tendo formado o Grupo dos discípulos. Logo após sua morte e ressurreição, nas primeiras comunidades apostólicas (dirigidas pelos apóstolos) se perguntava por que Jesus havia morrido? Nas reuniões que ocorriam aos domingos, porque Jesus havia ressuscitado na madrugada de um Domingo, os apóstolos faziam a Fração do Pão, recordando tudo o que Jesus fez e ensinou, concentrando suas pregações na morte e ressurreição. E assim começou-se a se fazer as primeiras anotações sobre Jesus e mais tarde, entre os anos 60 e 70, surgiram os evangelhos que revelavam, não só porque Jesus havia morrido, mas também como e onde havia nascido e de como vivera a sua vida fazendo o bem, anunciando um reino novo sempre na fidelidade e obediência ao Pai e no amor aos seus irmãos.
A Ressurreição de Jesus é um fato apenas compreensível e aceitável à luz da Fé, que é um dom de Deus concedido aos homens, pois o momento da ressurreição não foi presenciado por ninguém e o que as mulheres viram, segundo o relato dos evangelhos sinópticos, foram os “sinais” da ressurreição: túmulo vazio, os panos dobrados e colocados de lado, e ainda um personagem que dialoga com Madalena, confundido por ela com um jardineiro, que anuncia que Jesus de Nazaré não estava mais entre os mortos porque havia ressuscitado. As mulheres tornaram-se desta forma as primeiras anunciadoras da ressurreição aos apóstolos. Outra evidência foram as aparições de Jesus Ressuscitado aos seus discípulos, reunidos em comunidade conforme relato do livro do Ato dos Apóstolos. Não se tratam de aparições sensacionalistas para causar impacto e evidenciar a vitória de Jesus sobre os que conspiraram a sua morte, mas sim de um Deus vivo e solidário com os que nele crêem, para encorajar a comunidade dos apóstolos, que tiveram a princípio muita dificuldade para vencer o medo e descrença, que se abateu sobre eles com a morte de Jesus.
A Ressurreição de Cristo está no centro da Fé cristã, que é, segundo o pensamento Paulino, a garantia de nossa ressurreição, que não pode e nem deve ser compreendida como uma simples volta a esta vida porque se trata de uma realidade sobrenatural entendida e aceita pela Fé, e não de um fato científico. O Cristo Ressurreto apresenta um corpo glorioso! É este o destino feliz dos que crêem e vivem essa esperança que brota da Fé, pois a Vida venceu a morte!
Celebrar a Páscoa é celebrar esta Vida Nova de toda a humanidade, que irrompeu da escuridão do túmulo com o homem Jesus de Nazaré. É a passagem do pecado para a graça de Deus, das trevas para a luz, da Morte para a Vida, porque o espírito Paráclito que Cristo deu à sua igreja no dia de Pentecostes, tudo renova e permite que, caminhando na Fé, já desfrutemos, ainda que de maneira imperfeita, dessa comunhão íntima com Deus, no Cristo glorioso que nos acompanha nessa jornada terrestre, e que nos acolherá um dia na plenitude da Vida Eterna.

                                                                                                                                  Uma feliz Páscoa a todos!

Comentários-Prof.Fernando


Comentários-Prof.Fernando(*) PÁSCOA08abril2012 o poder de retomar a vida (Jo10,18)
RESUMO DAS LEITURAS
1ª leit.:At 10,34.37-43 fazendo o bem e curando a todos. - Deus o ressuscitou, concedendo-lhe manifestar-se  não a todo o povo, mas às testemunhas que Deus escolheu: a nós, que comemos e bebemos com Jesus, depois que ressuscitou
2ª leit.:Cl 3,1-4 aspirai às coisas celestes, não às coisas terrestres, pois vós morrestes e vossa vida está escondida com Cristo, em Deus. Quando Cristo, vossa vida, aparecer em seu triunfo, vós aparecereis também com ele, revestidos de glória
– Sequência : Responde, pois, ó Maria: no teu caminho o que havia? Vi Cristo ressuscitado,
o túmulo abandonado.  Os anjos da cor do sol, dobrado ao chão o lençol
Evang.:Jo 20,1-9 (À tardinha pode ser Lucas: Lc 24,13-35) a pedra tinha sido tirada do túmulo - ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo: Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram. - De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos. 

Diante da Ressurreição de Jesus há duas ou três questões importantes:
1)    o que aconteceu de fato na madrugada daquele “primeiro dia da semana”?
2)    quem conversou com Jesus ressuscitado e qual sua importância?
3)    O que isso tem a ver conosco ou: o que é que nós temos a ver com isso?
Ao contemplar a beleza de milhares de ícones (cristãos orientais) e as pinturas no Ocidente, vemos como a imaginação humana procurou representar em cores e luz aquela manhã.
Contudo, ninguém presenciou esse acontecimento. Nem mesmo os soldados romanos: em Mt27,62ss Pilatos atende aos sacerdotes que temiam possível “roubo” do cadáver. Mateus diz que os guardas desmaiaram, apavorados com um terremoto sob uma luz muito forte como de um relâmpago que ele chama de “anjo do Senhor”, pavor para os guardas, mas acalmou as mulheres. Elas vinham completar o rito (não deu tempo de fazer um enterro digno na sexta, pois ao pôr do sol começava o repouso obrigatório do sábado).
PRIMEIRA QUESTÃO
·         Por que nenhum dos 4 evangelistas traz uma narrativa do fato? Escapa à experiência humana o que seria superar a morte. Ressurreição não é retorno de um coma (há casos de volta à consciência depois de anos). E não tem nada a ver com a chamada EQM (experiência de quase morte, NDE na sigla em inglês) da qual hoje se tem estudos científicos e inúmeras publicações (além da ficção de outros livros pouco sérios).
·         Acontece nos evangelhos o inverso de um tipo de literatura “de massa”. Aquela que faz um coquetel de fatos históricos com romance policial e misticismos diversos. Os evangelhos se afastam da ficção, não conhecem pormenores, só alguns indícios. A sóbria apresentação desses “vestígios” da ressurreição mostra ausência de qualquer preocupação com “provas”: sua intenção não é “convencer” o ouvinte e leitor. Sabemos apenas, como Pedro e João, que a pedra da entrada fora removida e que lençóis e ligaduras que envolviam o morto estavam no chão. Embora muitas pinturas famosas representem o Cristo glorioso no momento, i.é., “ressuscitando”, só as que representam uma sepultura vazia, traduzem melhor o que consta nos evangelhos.
·         Cada evangelista traz os elementos que obteve: um refere só Madalena, outro refere várias mulheres. Mt e Mc : um anjo e Lucas: são dois os interlocutores. João parece incluir várias tradições, quando Madalena usa um plural “não sabemos”... Os primeiros discípulos não “combinaram” para todo mundo dizer a mesma coisa. O que depõe em favor da credibilidade do fato que é o alicerce da fé cristã. Nada de “mistificação”. Mateus chega a referir “argumento” dos inimigos, o “roubo” do corpo seria útil para inventar uma “ressurreição”. Se ele não estivesse bem tranquilo quanto à própria narrativa, teria omitido a “interpretação” dos inimigos...
·         Ainda sob o impacto da morte, os discípulos não estavam psicologicamente preparados para admitir a volta do Mestre, principalmente como alguém que volta da morte, não podendo, portanto, ter alucinações sobre a Ressurreição. Diante do túmulo vazio só existe a hipótese do roubo como é expresso por Maria: v.2=tiraram o Senhor do sepulcro; v.13=levaram o meu Senhor; v.15= se tu o tiraste, dize-me. Também os outros discípulos não dão crédito às notícias dos encontros já ocorridos (ver Mc 16,11.13= Quando souberam que Jesus vivia e que ela o tinha visto, não quiseram acreditar; foram anunciá-lo aos demais. Mas estes tampouco acreditaram.; Lc 24, 21-24= Nós tÍnhamos esperança... mas; é verdade que algumas mulheres nos alarmaram (não acharam o corpo e voltaram dizendo ter tido visão de anjos assegurando que ele está vivo; alguns dos nossos foram, confirmaram que tudo estava como as mulheres disseram mas... a ele mesmo não viram); Jo 20,25= disseram [a Tomé]: Vimos o Senhor. Mas ele replicou-lhes: Se não vir nas suas mãos o sinal dos pregos, não puser o meu dedo no lugar dos pregos, e  a minha mão no seu lado, não acreditarei!

PARA A SEGUNDA PERGUNTA encontramos resposta no discurso de Pedro (1ª.leitura): sabeis o que aconteceu ... Nós somos testemunhas de tudo o que Jesus fez ... Eles o mataram, mas Deus o ressuscitou no 3º dia concedendo-lhe manifestar-se não a todo o povo, mas às testemunhas que Deus havia escolhido:
·         Diante da notícia sobre o túmulo vazio e da correria provocada, diz-se que “o outro discípulo”, acompanhando Pedro, acreditou. E o que ia na cabeça de Pedro? Lucas apenas diz que ele viu os panos de linho no chão e foi p’ra casa admirado do que acontecera. É provável que seu Mestre e amigo lhe tenha dado a alegria do reencontro antes da reunião daquela tarde com todo o grupo quando disse: “A paz esteja com vocês”. Dito isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se ao ver o Senhor. (Jo 20,20).
·         As testemunhas escolhidas também passaram por um processo pedagógico na sua fé. Primeiro encontram-se com o Mestre vivo e, pouco a pouco, de assustados ou simplesmente alegres e felizes, passam a conviver com ele (comer e beber, como diz Pedro – 1ªleitura) até chegar finalmente a “compreender a Escritura” (ver: 1Cor15,4; At 2,24-32; Jo 2,22).

TERCEIRA QUESTÃO: o que significa PARA NÓS a Páscoa?
·         A boa notícia de que Jesus Cristo está vivo chega a nós a partir da palavra das “testemunhas escolhidas” que conversaram, comeram e beberam com Jesus depois que ressuscitou dos mortos. É no seu testemunho que acreditamos, mesmo sem “provas” ou sem precisar tocar com o dedo como Tomé. Mais ou menos como quem aceita quem seja seu pai ou mãe, sem pedir exame de DNA...
·         Jesus de Nazaré foi arrancado ao domínio da morte e Deus o exaltou acima de toda a criação. Se cremos, acreditamos que essa glorificação e triunfo  também serão nossos, desde que aspiremos as coisas do “alto” enquanto mantemos “pés no chão” da vida (2ª.leitura): Pois vós morrestes, e a vossa vida está escondida, com Cristo em Deus: quando Cristo vossa vida aparecer em seu triunfo, então vós aparecereis também com ele, revestidos de glória.
·         Viver como ressuscitados é olhar para diante, não para trás. Na certeza da conquista da vitória, o atleta treina todo dia e é capaz de ultrapassar todos os limites e obstáculos. Para superar as limitações de cada época e cultura e de cada momento da vida, temos a luz e força que nos vem da Páscoa. O resto é chocolate com ou sem coelhinhos. Crer não é especular sobre vida pós-morte principalmente quando se considera o ser humano como se fosse anjo, sem “matéria” (palavrinha difícil até para as noções da física contemporânea com sua anti-matéria, buracos negros, etc.). Debates inúteis sobre a ressurreição do tipo: composição química do corpo ressuscitado e sua aparência são fantasias úteis para a literatura de ficção, mas não levam à fé nem a viver a vida.
·         De alguma forma o amor transformará o Homem integral (seja na visão dicotômica seja na visão tríplice que se pode ler em Paulo = 1 Tes5,23 Que todo o vosso ser, espírito, alma e corpo, seja conservado irrepreensível). A plenitude do amor transformará o Corpo (biológico) e a Alma em sua dimensão psico-afetiva e social, mas também o Espírito. Essa 3ª.”parte” do Homem é como uma “cicatriz” daquele sopro da criação, como habilidade pára sermos “capazes” (aptos) para comunicação com o Criador. O novo Testamento, principalmente Paulo, João e o Apocalipse apontam para uma nova Criação quando toda “Carne” (todo ser vivo) será renovada e o Homem será (sem mancha nem ruga) verdadeira imagem e semelhança do Criador.
·         Da pergunta inicial da assustada Maria de Mágdala (onde está o corpo?) ela passou à afirmação de alegria e confiança: “Rabbôni” (Mestre). A dois mil anos desses acontecimentos ainda escutamos o que Ele disse a Tomé: porque viste, creste. Felizes os que creram sem ter visto.
·         O próprio Mestre de Nazaré contou certa vez uma parábola, extraída da vida comum, que nos ajuda a captar o que é a passagem (ou Páscoa) da humana condição, frágil e sofrida, para sua re-criação (ressurreição); João 16, 21-23: Quando a mulher está para dar à luz, sofre porque veio a sua hora. Mas, depois que deu à luz a criança, já não se lembra da aflição, por causa da alegria que sente de haver nascido um homem no mundo. Assim também vós: sem dúvida, agora estais tristes, mas hei de ver-vos outra vez, e o vosso coração se alegrará e ninguém vos tirará a vossa alegria. Naquele dia não me perguntareis mais coisa alguma.
·         É tempo de Páscoa. Não é tempo de lembrar a aflição, mas a esperança da superação. Tempo da alegria que ninguém pode tirar que leva a dizer, uns aos outros: Feliz Páscoa para você também !

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(*) Prof.filos./pedag./teol. (USU) mestre (educação/ teologia/ t.moral) fesomor2@gmail.com :administração univers./ consultoria