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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Comentários-Prof.Fernando


Comentários-Prof.Fernando(*) PÁSCOA08abril2012 o poder de retomar a vida (Jo10,18)
RESUMO DAS LEITURAS
1ª leit.:At 10,34.37-43 fazendo o bem e curando a todos. - Deus o ressuscitou, concedendo-lhe manifestar-se  não a todo o povo, mas às testemunhas que Deus escolheu: a nós, que comemos e bebemos com Jesus, depois que ressuscitou
2ª leit.:Cl 3,1-4 aspirai às coisas celestes, não às coisas terrestres, pois vós morrestes e vossa vida está escondida com Cristo, em Deus. Quando Cristo, vossa vida, aparecer em seu triunfo, vós aparecereis também com ele, revestidos de glória
– Sequência : Responde, pois, ó Maria: no teu caminho o que havia? Vi Cristo ressuscitado,
o túmulo abandonado.  Os anjos da cor do sol, dobrado ao chão o lençol
Evang.:Jo 20,1-9 (À tardinha pode ser Lucas: Lc 24,13-35) a pedra tinha sido tirada do túmulo - ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo: Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram. - De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos. 

Diante da Ressurreição de Jesus há duas ou três questões importantes:
1)    o que aconteceu de fato na madrugada daquele “primeiro dia da semana”?
2)    quem conversou com Jesus ressuscitado e qual sua importância?
3)    O que isso tem a ver conosco ou: o que é que nós temos a ver com isso?
Ao contemplar a beleza de milhares de ícones (cristãos orientais) e as pinturas no Ocidente, vemos como a imaginação humana procurou representar em cores e luz aquela manhã.
Contudo, ninguém presenciou esse acontecimento. Nem mesmo os soldados romanos: em Mt27,62ss Pilatos atende aos sacerdotes que temiam possível “roubo” do cadáver. Mateus diz que os guardas desmaiaram, apavorados com um terremoto sob uma luz muito forte como de um relâmpago que ele chama de “anjo do Senhor”, pavor para os guardas, mas acalmou as mulheres. Elas vinham completar o rito (não deu tempo de fazer um enterro digno na sexta, pois ao pôr do sol começava o repouso obrigatório do sábado).
PRIMEIRA QUESTÃO
·         Por que nenhum dos 4 evangelistas traz uma narrativa do fato? Escapa à experiência humana o que seria superar a morte. Ressurreição não é retorno de um coma (há casos de volta à consciência depois de anos). E não tem nada a ver com a chamada EQM (experiência de quase morte, NDE na sigla em inglês) da qual hoje se tem estudos científicos e inúmeras publicações (além da ficção de outros livros pouco sérios).
·         Acontece nos evangelhos o inverso de um tipo de literatura “de massa”. Aquela que faz um coquetel de fatos históricos com romance policial e misticismos diversos. Os evangelhos se afastam da ficção, não conhecem pormenores, só alguns indícios. A sóbria apresentação desses “vestígios” da ressurreição mostra ausência de qualquer preocupação com “provas”: sua intenção não é “convencer” o ouvinte e leitor. Sabemos apenas, como Pedro e João, que a pedra da entrada fora removida e que lençóis e ligaduras que envolviam o morto estavam no chão. Embora muitas pinturas famosas representem o Cristo glorioso no momento, i.é., “ressuscitando”, só as que representam uma sepultura vazia, traduzem melhor o que consta nos evangelhos.
·         Cada evangelista traz os elementos que obteve: um refere só Madalena, outro refere várias mulheres. Mt e Mc : um anjo e Lucas: são dois os interlocutores. João parece incluir várias tradições, quando Madalena usa um plural “não sabemos”... Os primeiros discípulos não “combinaram” para todo mundo dizer a mesma coisa. O que depõe em favor da credibilidade do fato que é o alicerce da fé cristã. Nada de “mistificação”. Mateus chega a referir “argumento” dos inimigos, o “roubo” do corpo seria útil para inventar uma “ressurreição”. Se ele não estivesse bem tranquilo quanto à própria narrativa, teria omitido a “interpretação” dos inimigos...
·         Ainda sob o impacto da morte, os discípulos não estavam psicologicamente preparados para admitir a volta do Mestre, principalmente como alguém que volta da morte, não podendo, portanto, ter alucinações sobre a Ressurreição. Diante do túmulo vazio só existe a hipótese do roubo como é expresso por Maria: v.2=tiraram o Senhor do sepulcro; v.13=levaram o meu Senhor; v.15= se tu o tiraste, dize-me. Também os outros discípulos não dão crédito às notícias dos encontros já ocorridos (ver Mc 16,11.13= Quando souberam que Jesus vivia e que ela o tinha visto, não quiseram acreditar; foram anunciá-lo aos demais. Mas estes tampouco acreditaram.; Lc 24, 21-24= Nós tÍnhamos esperança... mas; é verdade que algumas mulheres nos alarmaram (não acharam o corpo e voltaram dizendo ter tido visão de anjos assegurando que ele está vivo; alguns dos nossos foram, confirmaram que tudo estava como as mulheres disseram mas... a ele mesmo não viram); Jo 20,25= disseram [a Tomé]: Vimos o Senhor. Mas ele replicou-lhes: Se não vir nas suas mãos o sinal dos pregos, não puser o meu dedo no lugar dos pregos, e  a minha mão no seu lado, não acreditarei!

PARA A SEGUNDA PERGUNTA encontramos resposta no discurso de Pedro (1ª.leitura): sabeis o que aconteceu ... Nós somos testemunhas de tudo o que Jesus fez ... Eles o mataram, mas Deus o ressuscitou no 3º dia concedendo-lhe manifestar-se não a todo o povo, mas às testemunhas que Deus havia escolhido:
·         Diante da notícia sobre o túmulo vazio e da correria provocada, diz-se que “o outro discípulo”, acompanhando Pedro, acreditou. E o que ia na cabeça de Pedro? Lucas apenas diz que ele viu os panos de linho no chão e foi p’ra casa admirado do que acontecera. É provável que seu Mestre e amigo lhe tenha dado a alegria do reencontro antes da reunião daquela tarde com todo o grupo quando disse: “A paz esteja com vocês”. Dito isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se ao ver o Senhor. (Jo 20,20).
·         As testemunhas escolhidas também passaram por um processo pedagógico na sua fé. Primeiro encontram-se com o Mestre vivo e, pouco a pouco, de assustados ou simplesmente alegres e felizes, passam a conviver com ele (comer e beber, como diz Pedro – 1ªleitura) até chegar finalmente a “compreender a Escritura” (ver: 1Cor15,4; At 2,24-32; Jo 2,22).

TERCEIRA QUESTÃO: o que significa PARA NÓS a Páscoa?
·         A boa notícia de que Jesus Cristo está vivo chega a nós a partir da palavra das “testemunhas escolhidas” que conversaram, comeram e beberam com Jesus depois que ressuscitou dos mortos. É no seu testemunho que acreditamos, mesmo sem “provas” ou sem precisar tocar com o dedo como Tomé. Mais ou menos como quem aceita quem seja seu pai ou mãe, sem pedir exame de DNA...
·         Jesus de Nazaré foi arrancado ao domínio da morte e Deus o exaltou acima de toda a criação. Se cremos, acreditamos que essa glorificação e triunfo  também serão nossos, desde que aspiremos as coisas do “alto” enquanto mantemos “pés no chão” da vida (2ª.leitura): Pois vós morrestes, e a vossa vida está escondida, com Cristo em Deus: quando Cristo vossa vida aparecer em seu triunfo, então vós aparecereis também com ele, revestidos de glória.
·         Viver como ressuscitados é olhar para diante, não para trás. Na certeza da conquista da vitória, o atleta treina todo dia e é capaz de ultrapassar todos os limites e obstáculos. Para superar as limitações de cada época e cultura e de cada momento da vida, temos a luz e força que nos vem da Páscoa. O resto é chocolate com ou sem coelhinhos. Crer não é especular sobre vida pós-morte principalmente quando se considera o ser humano como se fosse anjo, sem “matéria” (palavrinha difícil até para as noções da física contemporânea com sua anti-matéria, buracos negros, etc.). Debates inúteis sobre a ressurreição do tipo: composição química do corpo ressuscitado e sua aparência são fantasias úteis para a literatura de ficção, mas não levam à fé nem a viver a vida.
·         De alguma forma o amor transformará o Homem integral (seja na visão dicotômica seja na visão tríplice que se pode ler em Paulo = 1 Tes5,23 Que todo o vosso ser, espírito, alma e corpo, seja conservado irrepreensível). A plenitude do amor transformará o Corpo (biológico) e a Alma em sua dimensão psico-afetiva e social, mas também o Espírito. Essa 3ª.”parte” do Homem é como uma “cicatriz” daquele sopro da criação, como habilidade pára sermos “capazes” (aptos) para comunicação com o Criador. O novo Testamento, principalmente Paulo, João e o Apocalipse apontam para uma nova Criação quando toda “Carne” (todo ser vivo) será renovada e o Homem será (sem mancha nem ruga) verdadeira imagem e semelhança do Criador.
·         Da pergunta inicial da assustada Maria de Mágdala (onde está o corpo?) ela passou à afirmação de alegria e confiança: “Rabbôni” (Mestre). A dois mil anos desses acontecimentos ainda escutamos o que Ele disse a Tomé: porque viste, creste. Felizes os que creram sem ter visto.
·         O próprio Mestre de Nazaré contou certa vez uma parábola, extraída da vida comum, que nos ajuda a captar o que é a passagem (ou Páscoa) da humana condição, frágil e sofrida, para sua re-criação (ressurreição); João 16, 21-23: Quando a mulher está para dar à luz, sofre porque veio a sua hora. Mas, depois que deu à luz a criança, já não se lembra da aflição, por causa da alegria que sente de haver nascido um homem no mundo. Assim também vós: sem dúvida, agora estais tristes, mas hei de ver-vos outra vez, e o vosso coração se alegrará e ninguém vos tirará a vossa alegria. Naquele dia não me perguntareis mais coisa alguma.
·         É tempo de Páscoa. Não é tempo de lembrar a aflição, mas a esperança da superação. Tempo da alegria que ninguém pode tirar que leva a dizer, uns aos outros: Feliz Páscoa para você também !

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(*) Prof.filos./pedag./teol. (USU) mestre (educação/ teologia/ t.moral) fesomor2@gmail.com :administração univers./ consultoria

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