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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Comentários do Prof. Fernando

Comentários do Prof. Fernando - 4ºDomingo do ADVENTO 19 de dezembro de 2010

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Leituras: http://www.cnbb.org.br/liturgia/ (Para ver todas numa Página: clique ctrl+Enter na data)

19/12 4ºDOMINGO do ADVENTO Is 7,10-14 Sl 24 Rm 1,1-7 Mt 1,18-24

Leituras da semana 20 a 24 dezembro:

20/12 seg. 4ª.sem.Advento Is 7,10-14 Sl 24 Lc 1,26-38

21/12 terç. 4ª.sem.Advento Ct 2,8-14 Sl 33 Lc 1,39-45

22/12 qua. 4ª.sem.Advento 1Sm 1,24-28 1Sm 2,1.4-8 Lc 1,46-56

23/12 quin. 4ª.sem.Advento Ml 3,1-4.23-24 Sl 25 Lc 1,57-66

24/12 sex. 4ª.sem.Advento 2Sm 7,1-16 Sl 89 Lc 1,67-79

25/12 sábado NATAL de NSJC Is 52,7-10 Sl 98 Hb 1,1-6 Jo 1,1-18

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Sobre as LEITURAS do 4ºDomingo do ADVENTO = 19 de dezembro de 2010

Is 7,10-14 Sl 24 Rm 1,1-7 Mt 1,18-24

Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho.

Ele será chamado pelo nome de Emanuel,

que significa: Deus está conosco.

(da 1ª.leit: Isaías 7,14 e do evangelho: MT 1,23)

Temas gerais do Advento:

- 1º domingo = sempre estar preparados pois o tempo de Deus não tem data

- 2º domingo = a figura emblemática de João Batista: “convertei-vos” para a vinda do Cristo

- Terceiro domingo = cabe aos ouvintes examinar os sinais sobre a vinda do Reino

- Quarto domingo = Encarnação: Jesus virá por Maria, noiva de José, descendente de Davi.

Todo o Advento anuncia a vinda do Senhor mas, nesse quarto domingo antes do Natal o anúncio refere-se diretamente à Encarnação, a vinda dele na Carne, isto é, na história humana, tendo como todos os seres humanos corpo, alma, psique com tudo que nossa realidade implica em seus elementos físicos e corporais, em seus elementos emocionais, morais, intelectuais, etc.

1ºmomento : Isaías 7,10-14

Contexto histórico:

Isaías começa sua atividade profética por volta de 740 a.C. Em 736 o rei de Judá (já separado de Israel, reino do norte) é Achaz a quem o Profeta se dirige (cf.cap.7) pedindo-lhe a obediência da fé, i.é., da confiança, sem temor, em Jahwé, seu Deus.

Reis inimigos aliaram-se e cercaram Jerusalém enquanto o rei pede ajuda à Assíria. Isaías é um crítico, como outros profetas, da política internacional da época pois pedir ajuda ao estrangeiro acaba (como de fato ocorreu) deixando o país sob tutela dos pagãos.

O texto de hoje:

O chamado “Livro do Emanuel” é o conjunto dos cap.6 a 12 do livro de Isaías e anuncia a ruína dos reinos do norte e do sul (Israel e Judá) por causa da infidelidade à Lei e a seu Deus. Mas o profeta anuncia – como sinal da futura restauração que virá – o nascimento do Emanuel que significa “Deus está conosco”.

Essa promessa funda o Messianismo, movimento crescente de expectativa em relação a um futuro Rei (Messias significa “o ungido”, pela cerimônia de ungir com óleo o escolhido). Ele virá libertar seu povo de todos os inimigos e restaurar a grandiosidade e a justiça que desapareceram depois de Davi e Salomão. Os evangelistas verão nessa profecia o anúncio do nascimento do filho de Maria (Mateus cita o texto de hoje de Isaías em 1,23 e Isaías 8 em 4,15). Toda a tradição cristã – a começar pelo evangelho de João 1 verso 5 – vai retomar a promessa feita em Isaías.

Como no texto de Isaías, a festa do Natal é também um Sinal. O o que ele nos aponta, hoje, em nosso tempo e nossa cultura?

Se não for Sinal; ou se nada significa; ou se o Natal ficar reduzido apenas a tradições culturais onde se mistura neve com papai Noel, é porque não sabemos ler os sinais.

A promessa é o Emanuel, um “Deus conosco”. Ou será que abandonamos toda confiança e nos julgamos sozinhos, sem esperança e salvação? Ou – pior ainda – queremos ficar sozinhos e não precisamos de Deus conosco?

2ºmomento :

Paulo nesse início da carta aos Romanos refere que a Boa Nova, o Evangelho de Deus, que Ele tinha prometido por meio dos profetas, diz respeito a seu Filho descendente de Davi segundo a Carne, e “autenticado” como Filho de Deus com poder pelo Espírito de Santidade que o ressuscitou dos mortos, Jesus Cristo nosso Senhor.

Notemos que “autenticado” é usado em algumas versões da bíblia para traduzir o termo grego “horisthéntos” = “declarado”. É o sentido figurativo derivado do sentido original do verbo horízo que quer dizer marcar, delimitar a fronteira, demarcar os limites, delimitar (daí vem também em português o termo horizonte = a linha em que terra/mar parecem unir-se ao céu e limita o campo visual da pessoa num ponto onde há obstáculos à vista - cf. dicionário Houaiss).

Aproveitando a reflexão sobre o verbo “horízo” usado na carta aos romanos, podemos dizer: J.Cristo delimita ou marca essa fronteira entre Deus e o Homem exatamente como nosso Horizonte. Ele une a terra ao céu. Ele é máximo da extensão humana até onde nossa vista pode alcançar. Ao mesmo tempo é o infinito de Deus que toca nossa terra.

Esse o mistério que celebramos no Natal e chamamos de mistério da Encarnação. De um lado ele é “descendente de Davi” na continuidade de muitas gerações. Mas esse homem possuidor de DNAs entrelaçados, originados de tantas pessoas, e, portanto, nosso irmão de humanidade, ressuscitou pelo Espírito e é o Filho de Deus. Por essa “marca” divina nós o adoramos. Por sua humanidade ele nos carrega consigo para termos também acesso à casa do Pai.

3ºmomento : Depois do anúncio feito a Maria nove meses antes, e meditando todo o Advento no anúncio da vinda do Senhor (seja a grande Vinda, no final dos tempos, seja a plenitude da história de há cerca de dois mil anos), hoje o evangelho nos aponta para o anúncio feito a José.

Se Achaz mostra sua incredulidade pela desobediência, isto é, pelo abandono da confiança em Deus preferindo alianças de poder provisório e políticas de conveniência, José crê na palavra do mensageiro divino. A história de José é tecida de silêncio e ternura pois sabemos que pela lei em vigor ele poderia denunciar a gravidez da noiva entregando-a à humilhação pública até levá-la até à morte por apedrejamento. Por amor José tinha resolvido afastar-se sem denunciar a noiva preservando sua boa fama e não apresentando queixa ao tribunal. Nesse momento um anjo lhe mostra em sonhos o que Deus lhe pede. E aceita Maria para ser sua esposa com seu filho Jesus.

Uma das coisas que mais impressiona no Natal é a discrição, o silêncio e a adoração calma dos vários personagens que representamos nos presépios. Não estamos aqui entre os gritos que são uma constante nos programas de auditório, nos shows ao ar livre e até na maioria das pregações religiosas que conhecemos atualmente, sobretudo em transmissões pela TV.

Ao contrário o que há é um rumor suave de anjos comunicando as mensagens divinas, como em sussurros, em sonhos, em escuta interior. Na anunciação Maria escuta Gabriel e fica sabendo da gravidez de Isabel ao mesmo tempo que declara o seu famoso “que se faça em mim segundo o que disseste”. Os magos seguem sua busca de discernimento desviando-se dos palácios reais de Herodes e suas algazarras e festas. Os pastores em sua vigília recebem a noticia diretamente do céu e “correm para a aldeia encontrando Maria e José com a criancinha”. Todas as narrativas do nascimento parecem convergir para a conclusão do evangelista: “Maria guardava todas essa coisas em seu coração”. Deus veio habitar no meio de nós, no silêncio de uma Noite Feliz.

Mateus, imediatamente antes de falar da fidelidade (fé e confiança) de José, apresentou no início do capítulo a genealogia de Jesus situando-a na perspectiva das promessas messiânicas, começando em Abraão até José, esposo de Maria. Lucas, no cap.3, estenderá a genealogia de Jesus até o primeiro Adão (filho de Adão, filho de Deus) inserindo-a portanto no conjunto de toda a humanidade. De novo estamos diante do mistério da Encarnação: o Filho de Deus descendente de ... seres humanos!!!

Talvez seria bom hoje, fazer silêncio para contemplar esse mistério, mesmo que nos sintamos perplexos como José diante das surpresas da vida. Quem sabe chegaremos a ser, como ele, mais cheios de confiança a ponto de escolher o caminho do bem maior.

A fé consiste em obedecer e, nesse sentido bíblico, obedecer é crer. Nossa cultura atual, no legítimo objetivo de humanizar e democratizar as sociedades chama nossa atenção para muitos “direitos”. Já temos muitas novas leis e outras certamente são ainda necessárias. Direitos do consumidor, direitos da criança e do adolescente, direito dos idosos, direitos dos homossexuais e outros direitos ditos das minorias, como dos deficientes e cadeirantes, etc..

José, no entanto, não está preocupado com seus “direitos” e não escolhe a reação de sua época e cultura que era a de repudiar a mulher que estava grávida de outro e, além disso, antes de celebrarem o casamento (a promessa do noivado criava vínculos, direitos e deveres). Em vez de submeter Maria à lei, ele encontra outra solução. Mais justa e humana.

São essas algumas das preciosas as considerações de teólogo e monge que vive na Itália (L.Manicardi *), para escaparmos do risco de nos tornar menos humanos, por olharmos apenas para as leis, mesmo eclesiásticas, em tantas situações que acabam por apresentar soluções despersonalizadas onde a pessoa se torna meio e não fim. O anúncio da Encarnação torna-se também para a igreja, um apelo a ser sempre mais humana. Ao receber Maria como sua esposa, José transforma o escândalo em revelação, um acontecimento contraditório que se torna ocasião de obediência a Deus e realização de sua obra de salvação.

José não apenas não rejeita Maria, não repudia, não condena. Mas ele a acolhe, isto é, a com-preende (tem compreensão mas também, no sentido original do termo, conforme o dicionário Houaiss= tomar consigo, proteger, acolher, receber como esposa).

Peçamos ao bom José que no Natal nos ajude a encontrar esse jeito de compreender, deixando nascer em nós o Salvador para haver um renascimento de humanismo em nossas vidas e em nossas cidades. (*) Manicardi, L., Eucaristia e Parola , Vita e Pensiero 2010 ]

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( Prof. FernandoSM, Universidade Santa Úrsula, Rio, fesomor2@gmail.com )

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