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quinta-feira, 5 de maio de 2011

Comentários – Prof. Fernando

Comentários – Prof. Fernando 08 de maio = TERCEIRO Domingo da PÁSCOA 2011

http://homiliadominical.blogspot.com/    http://liturgiadiariacomentada.blogspot.com/

 

Da 1ª leitura e do Salmo ( At 2,14.22-33 e Salmo: Sl 16:

no anúncio de Pedro proclamando a ressurreição está incluída a citação do Salmo 16)

Deste-me a conhecer os caminhos da vida

e a tua presença me encherá de alegria

Da 2ª leitura (1Pd 1,17-21)

Se chamais a Deus de Pai então vivei no respeito

nesse tempo de caminhada em terra estrangeira,

sabendo que fostes libertados da herança de um modo de viver vazio

Da leitura do Evangelhor (Lc 24,13-35)

----Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles

(mas estavam como que cegos e não o reconheceram). Então Jesus perguntou:

"O que conversais pelo caminho?"

----"Não estava ardendo o nosso coração, quando ele nos falava pelo caminho

----Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho

 

            Nosso tema hoje fala de caminhar e de caminho. Estamos na sequência da celebração das alegrias da Páscoa (3ª.semana: 8 a 14 de maio) e todo o tempo litúrgico pascal nos coloca a questão da fé e da confiança. Como pode a ressurreição de Jesus nos ajudar nas estradas da vida? (A nós, que ainda caminhamos e ainda não experimentamos a vida em sua plenitude como Ele já experimentou e continua vivendo para nunca mais morrer ?)

 

            [1] O Salmo de hoje, citado por Pedro em seu discurso da primeira leitura do dia, refere que Davi dizia: "Eu via sempre o Senhor diante de mim, pois está à minha direita para eu não vacilar. Alegrou-se por isso meu coração e exultou minha língua e até minha carne repousará na esperança. Porque não deixarás minha alma na região dos mortos nem permitirás que teu Santo experimente corrupção. Deste-me a conhecer os caminhos da vida e a tua presença me encherá de alegria." E, acrescenta Pedro: Sejamos francos: Davi, afinal de contas morreu e até conhecemos onde está o seu sepulcro. Mas Davi sabia que Deus fizera um juramento: um descendente seu (o Cristo) ia experimentar a Ressurreição (=não permanecer entre os mortos – não conhecer a corrupção); e, de fato, Deus ressuscitou Jesus; e disso todos nós somos testemunhas. Pedro conclui seu discurso: Ele recebeu o Espírito Santo prometido pelo Pai e o derramou – como estais vendo e ouvindo.

 

            [2] A segunda leitura (da 1ª carta de Pedro) o apóstolo compara a vida a um "caminhar ou viver numa terra estrangeira" (é a tradução do termo grego "paroikía" usado no texto, isto é "o tempo em que se mora numa terra estrangeira até voltar para sua terra natal"). Essa é, portanto, na perspectiva bíblica, uma boa definição da vida como um caminho que se percorre até chegar em casa.

 

            [3] O evangelho contado por Lucas (24,13-25) conta o episódio vivido pelos dois "discípulos de Emaús", talvez uma das cenas mais emocionantes entre todas as narrativas dos encontros de Jesus ressuscitado com seus amigos.

            A cena é tão bonita que o pintor e escultor francês Arcabás (autor de uma grande obra de arte sacra) pesquisou muitos anos voltando ao tema tantas vezes que produziu cerca de 30 estudos e esboços sobre essa história até chegar às suas 7 telas famosas sobre "Os peregrinos de Emaús". Foi sobre essa mesma cena que um dos maiores filósofos do século XX escreveu (em sua obra "Jesus", edição Grasset de 1956 à pág.433): "Se fosse necessário substituir todo o Evangelho por uma única cena na qual estivesse inteiramente resumido, eu não hesitaria em indicar a cena dos Discípulos de Emaús".

            Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles, diz Lucas. Esse era um terceiro caminhante, um "estranho". Mas ele se torna o intérprete das escrituras revelando-lhes o sentido da paixão e ressurreição de Jesus de Nazaré. Na verdade os dois discípulos estavam decepcionados, desiludidos com o desaparecimento daquele "que foi um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e diante de todo o povo. E continuam contando ao estranho  que se aproximou deles: Nossos sumos sacerdotes e nossos chefes o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. Nós esperávamos que ele fosse libertar Israel, mas... já faz três dias...". Não tendo acreditado anteriormente nas mulheres que deram testemunho da ressurreição, agora também não conseguem ver que era o próprio Jesus no seu caminho.

            A meditação atenta daquele pintor (Arcabás) levou-o à famosas telas (produzidas em 1993/94). Podemos vê-las (Infelizmente sem legendas em português) em dois vídeos disponíveis na Internet. Ali aparecem as pinturas e comentários do próprio artista conversando com outro intérpretes de sua obra (Clicar a tecla "Ctrl" + "Enter" para acessar os links:

http://dai.ly/aT2DxQ (1º =13 minutos) http://dai.ly/aCC3Uy (2ª parte=15 minutos).

 

            Mas com ou sem essa ajuda da arte sacra, a narrativa de Lucas 24 mostra-nos o quanto somos habitualmente "desligados" ou "cegos" a ponto de não "ver" o ressuscitado que caminha conosco.

            Como Tomé ou Pedro, ou como Madalena que confundia o ressuscitado com o jardineiro junto ao túmulo vazio... Ou como os dois discípulos a quem Jesus disse: Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram!

 

            Para aumentar a nossa confiança, fiquemos com a mesma oração e o mesmo pedido daqueles dois, que insistiram com Jesus: Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando! Jesus entrou para continuar com eles. Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e deu-o a eles. Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus.

            Convidemos Jesus para entrar em nossa casa e sentar à nossa mesa. Quem sabe vamos aprender a reconhecer a presença de Deus, repartindo entre nós o pão e a superar o medo desse "estrangeiro" ou "estranho" em nossa vida. Conforme a carta de Pedro lida hoje, não temos de viver "uma vida vazia" porque temos a Deus como Pai que nos libertou pelo sangue precioso de Cristo. Nossa fé e esperança estão em Deus.

            Será  bom entrar em casa (nosso ambiente, nossos contextos de vida, que achamos e julgamos "conhecer" bem) e aí mesmo (no quotidiano, nos caminhos simples da vida) será muito bom abrir bem os olhos e re-conhecer bem que Ele está no meio de nós.

 

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( Prof. FernandoSM. – Rio de Janeiro – fesomor2@gmail.com )

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