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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Comentários – Prof. Fernando


Comentários – Prof. Fernando 29 de maio =                        Sexto Domingo da Páscoa2011

Da 1ª leit.: At 8,5-8.14-17
Filipe desceu à Samaria e anunciou o Cristo. De muitos possessos saíam espíritos maus. Paralíticos e aleijados foram curados. Era grande a alegria na cidade.  Os apóstolos enviaram a Samaria Pedro e João que oraram pelos habitantes para receberem o Espírito Santo (porque ainda não viera sobre nenhum deles: apenas tinham recebido o batismo em nome de Jesus) Impuseram-lhes as mãos e eles receberam o Espírito Santo.
Da 2ª leit.: 1Pd 3,15-18
sempre prontos a dar a razão da vossa esperança a todo aquele que vo-la pedir; se em alguma coisa fordes difamados (...)  será melhor sofrer praticando o bem do que praticando o mal
Do Evang.: Jo 14,15-21
Se me amais guardareis meus mandamentos e eu rogarei ao Pai:
 ele vos dará um outro Defensor/Consolador para permanecer sempre ao vosso lado:
 o Espírito da Verdade (que o mundo não é capaz de receber porque não o vê nem o conhece).
Vós o conheceis, porque ele permanece junto de vós e estará dentro de vós

            O tempo da Promessa e preparação é o primeiro capítulo da História da Salvação.
            O segundo capítulo foi o da existência histórica de Jesus de Nazaré.
            O terceiro capítulo vem sendo escrito dentro da história, no meio da vida humana vivificada pelo Espírito divino de um modo misterioso porque se trata de uma realidade ao mesmo tempo visível e escondida.
            Lucas, que redigiu os Atos dos Apóstolos como uma descrição do que chamamos o “Tempo da Igreja”. Esse terceiro momento começa com a ressurreição de Jesus e o derramamento do seu Espírito Santo sobre aqueles que guardam (preservam, realizam) as propostas feitas durante sua curta divulgação da boa nova, que está bem resumida no discurso da última ceia. Ele não fala aqui de “seus mandamentos” em sentido jurídico (leis). “Guardar seus mandamentos” quer dizer: realizar nosso projeto de vida pessoal e coletiva de acordo com as orientações da Boa Nova anunciada.
            Lucas escreve para as primeiras gerações cristãs e descreve a(s) comunidade(s) que foi(foram) o movimento germinal (chamado posteriormente de “cristianismo”). Esse “núcleo” era inicialmente formado por discípulos que conviveram com Jesus de Nazaré – de quem receberam a garantia da “Presença” até o final dos tempos. Os Atos dos apóstolos são um espelho desse “tempo da igreja” e por meio desse livro sabemos como se organizava o cristianismo no primeiro século de nossa era
            No “discurso de despedida” do Mestre na última ceia, longo, porém carregado de afeto, ele fala explicitamente de sua partida pois viria o momento em que não continuaria mais aquelas conversas e a sua presença visível, privilégio de um grupo inicial dos apóstolos e amigos mais íntimos. Virá o momento (que vamos celebrar sob o nome de “Ascensão”) de separação e os discípulos passarão para nova etapa de sua fé.
            Esse período, que começou no domingo da ressurreição, é de preparação do ânimo dos discípulos para a separação. E correspondem aos 50 dias que nossa liturgia recorda esses fatos no chamado “tempo pascal”. Era necessário que eles (e nós também) compreendessem o novo modo de presença do Cristo até a sua “segunda vinda” que é, para cada um, o encontro e mergulho na eternidade, depois dos anos vividos no tempo-espaço da história e do mundo.
            Recebemos de alguém o anúncio da boa nova (evangelho). Foi por intermédio de uma tradição que geralment vem com a família ou com a igreja onde fomos batizados ou que “freqüentamos” em ritos. Ou terá sido na vida de alguém proveniente de outros comunicadores. No texto de hoje, no livro dos Atos, lemos que os samaritanos receberam o evangelho por meio de Felipe, um dos sete escolhidos para auxiliar os apóstolos (narrativa de domingo passado).
            É difícil dar uma explicação para a expressão usada por Lucas nesse texto, ao contar a confirmação que os Apóstolos vieram fazer, numa espécie de “visita pastoral”, àquela comunidade de samaritanos: “porque o Espírito ainda não viera sobre eles”. Talvez essa “imposição das mãos” (ritual antigo nos textos bíblicos para transmissão de uma bênção, de uma missão ou de determinados dons e tarefas) foi talvez para despertar naquelas pessoas sua disposição para exercitar seus “talentos” ou carismas que são os dons distribuídos pelo Espírito na comunidade e a cada um segundo uma vocação e sua personalidade própria.
            Com efeito, tanto pelos discursos de Pedro e dos demais apóstolos, como pelas cartas de Paulo e por todos os textos do novo testamento, sabemos que fomos batizados de modo a receber a fé e, com ela, o Espírito foi derramado em corações humanos. Essa nova vinda do Espírito sobre os samaritanos é semelhante ao sacramento da Confirmação usado na tradição católica como celebração e atualização da graça dessa habitação do Espírito em nós.
            Na vida quotidiana, na verdade, é pela força dada pelo Espírito de Deus em nós que estamos sempre prontos a “dar razão de nossa esperança” (segunda leitura de hoje) mesmo ao preço de algum sofrimento por causa de difamação, perseguição ou intolerância de outros que não gostam de nos ver praticando o bem.
            Jesus não estará mais visível como esteve para os seus contemporâneos há cerca de 2 mil anos. Nem mesmo em sua nova condição esteve por muito tempo visível (só uns 50 dias)  para o grupo das primeiras testemunhas da ressurreição. Mas o Pai enviou-nos seu Espírito chamado pelo próprio Jesus de “Paráclito”. O termo significa originalmente um defensor (num tribunal será como um Advogado) mas o sentido profundo é de Alguém a quem podemos recorrer em nossas necessidades. Aquele que pode nos trazer consolação e alívio nas situações de incerteza e que permanece ao nosso lado e não nos abandona. É como uma espécie de “amigo do peito” que não nos decepciona. Nas palavras do Mestre: vocês bem sabem bem quem ele é, pois então saibam que ficará sempre junto de vocês e (mais ainda) ele estará dentro de vocês.
            Para perceber o sentido dessa presença do “Paráclito”, do Espírito Santo em nós, talvez nos ajudem os poetas (compositores e cantores como Fernando Brant e Milton Nascimento até parecem inspirados nesse texto de João 14). Em oração vamos pedir para crer firmemente nessa Palavra e no que significa o “Espírito da verdade”. Ele vem confirmar tanto a carta de Pedro (segunda leitura) como a poesia que certamente já ouvimos muitas vezes que fala da separação mas também da certeza da Presença:
“Amigo é coisa p’ra se guardar debaixo de sete chaves dentro do coração
(...  Mas quem cantava chorou ao ver o seu amigo partir )
(...) Amigo é coisa para se guardar no lado esquerdo do peito
mesmo que o tempo e a distância digam "não".
Mesmo esquecendo a canção o que importa é ouvir a voz que vem do coração.
Pois seja o que vier, venha o que vier qualquer dia, amigo, eu volto a te encontrar
Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar.

oooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo
(Prof. FernandoSM. – Univ.Santa Úrsula, Rio de Janeiro – fesomor2@gmail.com )

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