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terça-feira, 7 de junho de 2011

Comentários – Prof. Fernando

Comentários – Prof. Fernando 12 de JUNHO =                    PENTECOSTES         2011

 

NOTA prévia sobre o termo "PENTECOSTES":

Deriva de "cinqüenta", em grego. 50 dias após a Páscoa (a maior festa anual no calendário judaico) celebrava-se a segunda maior festa. O termo grego substituiu o nome original hebraico por causa da dominação exercida pela cultura grega sobre aquela região.

 

1ª leitura: At 2,1-11    falavam em outras línguas; cada um os ouvia em sua- própria língua.

2ª leitura: 1Cor 12,3-7.12-13 diversidade de dons mas um mesmo é o Espírito; diversidade de ministérios mas um mesmo é o Senhor; um mesmo Deus que realiza todas as coisas em todos; a cada um é dada a manifestação do Espírito em vista do bem comum.

Evangelho: Jo 20,19-23 A paz esteja convosco; novamente disse: "A paz esteja convosco; soprou sobre eles: A quem perdoardes os pecados eles lhes serão perdoados.

 

O Espírito é o próprio Deus que decidiu habitar em nosso íntimo mas indica também os seus dons, a sua "Graça" como se dirá posteriormente em linguagem criada pela Teologia.

No evangelho do dia, repete-se a cena do domingo de Páscoa: o Cristo ressuscitado traz a paz e indica a missão que é dada aos seus discípulos. "Soprou sobre eles" é uma frase que reproduz o gesto (Gênesis) da criação do ser humano. "Assim como o Pai me enviou também eu vos envio". Assim como o Filho não veio para julgar mas para salvar o mundo, o Espírito conduzirá os discípulos na difusão do amor de Deus, criador da vida e, por meio do perdão, redentor da vida que precisa da reconciliação ou da restauração.

Enquanto a narrativa do evangelho joanino apresenta quase de forma intimista, a doação do Espírito por meio desse sopro divino, Lucas, no texto de Atos, apresenta um grande espetáculo no qual associa o dom do Espírito à festa judaica de Pentecostes e faz de Jerusalém o berço dessa assembléia que é como um novo povo de Israel. Com efeito, nessa festa estavam reunidos inúmeros judeus provenientes de todas as nações.

 

UNIDADE DO ESPÍRITO NA DIVERSIDADE DOS DONS

Os dons do Espírito são diversos. Na igreja primitiva essa comunicação do espírito se vinculava a manifestações externas, expressões diversas de um mesmo amor (segunda leitura). Na primeira carta aos Coríntios (cap.12,13,14) Paulo insistem na diversidade de dons e na unidade de sua fonte (Deus é tudo em todos). Nessa carta ele está preocupado em relativizar o dom específico de "falar em línguas" que era supervalorizado naquela comunidade (v. por ex., o cap.14). Paulo procura "organizar" a comunidade, não apresentando propriamente uma classificação dos dons (como: cura, milagres, discernimento, línguas e sua interpretação). Encontramos uma certa distinção entre os dons mais diretamente ligados à Palavra (transmitida pela pregação, cujo primeiro modelo ouviremos da boca de Pedro logo após o Pentecostes) e os outros dons ou "carismas".

Deus constituiu a uns "Apóstolos", outros como "Profetas" ou "Doutores". Essas três funções são dons que constituem o ministério oficial nas primeiras comunidades cristãs. Eles não estão em oposição aos muitos outros carismas que se manifestam na comunidade. Ministério e Carismas estão a serviço de todos e são também presença do evangelho no mundo. (v. o final do cap.12).

 

ECUMENISMO E DIÁLOGO AMPLIADO

Às vezes se nota entre os próprios cristãos divisões e até oposições. Talvez também por causa da diversidade de dons. Certamente pela diversidade de devoções e costumes e de diversas tradições religiosas. Alguns adjetivos indicam a existência de diferenças entre cristãos. Entre as igrejas cristãs mais conhecidas (católicos, reformados e evangélicos) conhecemos os termos: "pentecostais", "carismáticos", "tradicionalistas", "progressistas", "romanos", "protestantes" e outros. Outras diferenças históricas mais antigas nos lembram ainda que há ortodoxos e anglicanos, além de uma infinidade de denominações e confissões.

Na semana que termina no domingo "Pentecostes" (último dia do litúrgico da Páscoa) dedicaram-se os dias do 5 ao 12 de junho à Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, promovida pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristas. Ao CONIC associam-se varias instituições e as cinco Igrejas-membros: a Igreja Católica Apostólica Romana (representada pela CNBB), a Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, a Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia, a Igreja Presbiteriana Unida.

A tarefa ecumênica nos remete à primeira leitura de hoje onde encontramos a narrativa de Lucas no livro dos Atos, cap.2. Aqui não se trata propriamente do "dom das línguas" tal como se manifesta mais tarde, por exemplo na igreja de Corinto. A promessa de Jesus realiza a profecia de Joel. É o que lembra Pedro em seu discurso no dia de Pentecostes. O grandioso da narrativa de Lucas é o início do dálogo que os discípulos sobre os quais o Espírito foi derramado começam com o mundo em que vivem. Naquela ocasião dirigem-se à multidão de "judeus piedosos oriundos de todas as nações que há debaixo do céu". E eles o fazem em diversas línguas que são compreendidas pelos grupos presentes à Festa em Jerusalém.

Diversidade de línguas, unidade de corações. Eis um resumo da evangelização proposta por Jesus no dia da Ascensão. Nesse primeiro Pentecostes a assembléia dos discípulos não se fechou em torno dos 11 apóstolos na familiaridade com o seu próprio grupo.

 

DUAS OBSERVAÇÕES:

            [1-Os Batizados e os dons do Espírito] Quando se fala em Ecumenismo podemos notar (ao menos entre muitos cristãos da tradição católica, incluindo-se aí até seus dirigentes) um certo medo que traduz tanto desconhecimetno da questão como a ausência de ocasiões de encontros (seja de oração seja de ação para serviços à cidade humana).

            Aparentemente há um certo medo de que encontros, celebrações ou atividades comuns, todos chamados de "ecumênicos", possam trazer dúvidas de fé aos fiéis (aliás, tão "disputados" numa verdadeira "concorrência" de marketing religioso... Parece um incentivo à indiferença e à mudança fácil para "frequentar" diversas opções. Talvez se deva reler Paulo em 1Cor 14,33: "porque Deus não é Deus de confusão, mas de paz".

            [2-Deus é livre] A unidade dos cristãos implica superação de preconceitos arraigados além de demandar muita oração. No entanto, a tarefa "ecumênica" é apenas uma parte de um esforço mais amplo. Vale a pena reler os textos do papa Paulo 6º (sobretudo, "Ecclesiam Suam", sobre o diálogo e "Evangelii Nuntiandi", sobre a evangelização hoje).

            Porque são muitos os "círculos" (grupos de pessoas e culturas) entrelaçados nesse mundo. Há diversas "famílias" no cristianismo. Há ainda os não cristãos. Há também os não crentes. Naquele dia de Pentecostes Pedro "em companhia dos Onze" anunciava o que era compreendido pela multidão de judeus oriundos de muitas nações, onde viviam. Mais tarde o mesmo Pedro dirá (Atos 10,28.34.35.45):

Deus me mostrou que nenhum homem deve ser considerado profano ou impuro; e ainda:

Deus não faz distinção de pessoas, mas em toda nação lhe é agradável aquele que o respeitar e fizer o que é justo; e, finalmente (v.45) os primeiros cristãos se admiraram

 vendo que o dom do Espírito Santo era derramado também sobre os pagãos (v.45).

            Paulo irá mais longe ainda ajudando o cristianismo a acelerar sua divulgação sem ficar reduzido ou limitado à nação judaica. "Ide até os confins do mundo e pregai o evangelho a toda criatura" é o resumo da missão deixada por Jesus (Ascensão). Evangelizar também inclui (mas não se reduz a ) batizar e constituir comunidades (Atos 2). Pedro é o primeiro a reconhecer que o Espírito "sopra onde quer" (como dizia seu Mestre). Em Atos 10 ele descobre que o Espírito pode ser derramado também sobre os pagãos antes mesmo do batismo (versos45-47).

            Como o início do hino do século 9º cantado tradicionalmente no rito do Lava-pés:

Ubi cáritas et amor Deus ibi est – Onde está a caridade, aí Deus está.

Ou, conforme outra versão: Onde a caridade é verdadeira aí Deus está.

 

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(Prof. FernandoSM. – Univ.Santa Úrsula, Rio de Janeiro – fesomor2@gmail.com )

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