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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Comentários–Prof. Fernando


Comentários–Prof. Fernando 33º dom.Comum 13nove.2011“o talento de cada um”

1ª leit.: Pr 31,10-13.19-20.30-31 Uma mulher forte, quem a encontrará? – Estende a mão para a roca, e seus dedos seguram o fuso. Abre suas mãos ao necessitado e estende suas mãos ao pobre.
Salmo: Sl 128 Feliz se temes o Senhor e trilhas seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos hás de viver
2ª leit.: 1Ts 5,1-6 Todos vós sois filhos da luz e filhos do dia. Não somos da noite, nem das trevas. Portanto, não durmamos, como os outros, mas sejamos vigilantes e sóbrios
Evang.: Mt 25,14-30 Veio, por fim, o que recebeu só um talento. ... sabia que és um homem duro, que colhes onde não semeaste e recolhes onde não espalhaste por isso tive medo e fui esconder teu talento na terra. - Respondeu-lhe seu senhor: - Servo mau e preguiçoso

            A Palavra desse domingo hoje nos aponta o modelo da “mulher forte” no Livro dos Provérbios. Também nos lembra que somos “filhos da luz” e não da escuridão. Estamos “acordados” ou vigilantes aguardando a volta do Senhor se multiplicamos os dons recebidos. A parábola do evangelho elogia o trabalho e critica a preguiça que nos torna meros “consumidores”. Quase ao final do calendário litúrgico desse Ano “A”, continuamos aos domingos o evangelho de Mateus. E como já examinamos em outras passagens e parábolas, Mateus apresenta sempre um Jesus em polemica com os escribas e fariseus e outros “donos” da lei. Eles “se achavam”: eram melhores do que os outros; superiores ao “povinho” ignorante.
            A lógica deles procurava uma “justiça” na sua religião. A lei exprime a vontade de Deus, então basta observar detalhadamente o que está escrito e assim estamos seguros do caminho certo. Eles são como o  homem que, na parábola, procura se justificar apelando para essa imagem de Deus: como és um Senhor exigente, escondi no chão o  talento recebido e ele está em segurança!!!
            A lógica do Mestre, porém, é outra. É lógica da Gratuidade ou Dom. A parábola não é uma aula de economia sobre qual o melhor rendimento em aplicações financeiras. O conflito aqui não é poupança/investimentos versus guardar dinheiro no colchão e gastança/consumo. A parábola opõe, como na pregação profética, um pensamento demasiado humano de controle espiritual, a um pensamento de misericórdia, graça e generosidade. Deus é bom, dizia o nosso santo Dom Luciano. Ou, como o definia o apóstolo João: Deus é amor.
            Na parábola dos operários contratados (alguns domingos atrás) também os trabalhadores da primeira hora se achavam mais “justos” que o dono da vinha. Era o olhar deles que estava turvo, responde o Senhor. Também o irmão mais velho do “filho pródigo” que voltou p’ra casa se achou injustiçado porque o Pai recebe aquele que dilapidou seus bens além de ter exigido sua parte da           herança antecipada. Todos são como os “escribas e fariseus” e se acham no direito de guardar o que receberam limitando-se a observar cuidadosamente a lei e outras centenas de preceitos (que ao longo da história foram acrescentados às Tábuas da Lei (há poucos domingos atrás também meditamos outro texto em que Jesus resumia todos os mandamentos em apenas dois).
            Num comentário ao salmo 95 escreveu Agostinho de Hipona (um dos maiores filósofos da história da filosofia, teólogo responsável por uma grande corrente de teologia; morreu em 430 d.C.)
(cf. Sl 95, enarrationes in Psalmos,PL36): Ou será porque tu és injusto não será justo o juiz? Ou se és mentiroso, achas que a verdade não será dita? Mas, se queres misericórdia sê misericordioso antes que ele volte. Perdoa se alguém te ofendeu, distribui do que tens de sobra. E de quem é o que dás senão dele? Se desses do que é teu seria generosidade, se dás do que é dele, então é restituição. Afinal, que possuis que não tenhas recebido?  (Cf. 1 Cor 4, 7) Esses são os sacrifícios que muito agradam a Deuis: misericórdia, humildade, confissão de fé, paz, caridade. Assim podemos esperar com segurança o juiz que virá, ele que julgará todo o mundo com justiça e os povos na sua verdade.
            Trabalhar e viver: aí deve se concretizar nosso empenho na multiplicação dos talentos. Mas não se trata de investir apenas para si. Criados à imagem e semelhança do Criador, o que recebemos destina-se a produzir frutos também para os outros. Enterrar o próprio talento significa viver para si mesmo, mesmo ao seguir religiosamente os mandamentos. Pode-se fazer seguro de tudo. Exceto do Amor. Nele se vive o risco.
            Os filhos não podem “dormir como os outros” diz Paulo. Todos podem ser filhos, mas nem todos caem na conta disso (cf.carta aos Romanos). Ser “vigilante e sóbrio” é perceber o Bem recebido e o Bem que podemos multiplicar à nossa volta. O ponto central da parábola não é a quantidade de talentos. Não é contabilidade, mas trata-se do modo de usar a fé recebida (guardar ou irradiar?). Só quem começou a obra pode dar-lhe o crescimento. Por isso é bom pedir, como os apóstolos em Lucas 17,5, “aumenta a nossa fé”.

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Prof. FernandoSM (usu rio de janeiro) fesomor2@gmail.com

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