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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Comentários–Prof. Fernando


Comentários–Prof. Fernando  04 dezembro de 2011 –uma estrada no deserto–
2ºDomingo do Advento

1ª leit.: Is 40,1-5.9-11 Consolai o meu povo, consolai-o! Grita uma voz: Preparai no deserto o caminho do Senhor, aplainai na solidão a estrada de nosso Deus. Eis que o Senhor Deus vem com poder, seu braço tudo domina. Ele reúne, com a força dos braços, os cordeiros e carrega-os ao colo
Salmo: Sl 85 ele vai anunciar a paz. A verdade e o amor se encontrarão,/ a justiça e a paz se abraçarão
2ª leit.: 2Pd 3,8-14 O que nós esperamos, pela sua promessa, são novos céus e uma nova terra, onde habitará a justiça. Vivendo na esperança, esforçai-vos para que ele vos encontre numa vida pura e sem mancha e em paz.
Evang.: Mc 1,1-8 envio meu mensageiro à tua frente, para preparar o teu caminho. Eu vos batizei com água, mas ele vos batizará com o Espírito Santo

Israel conhecia bem os desertos. Conheceu também a desolação, longe de sua própria terra vivendo 50 anos de exílio na Babilônia. Isaías nesse “Livro da Consolação” anuncia a esperança. O tema de hoje é: ele vem, e vem carregar nos seus braços, no seu colo, o seu povo como quem cuida de um frágil cordeiro. Israel também conhecia o deserto porque toda a sua tradição nasceu na caminhada pelo deserto até chegar à terra prometida. A bíblia fala de 40 anos entre a saída da escravidão do Egito até a nova pátria.
Os habitantes daquela região conhecem duas faces do deserto. Uma é paisagem que muda para melhor. Outra é um lugar de onde se deve sair para procurar outro melhor. Depois da estação das chuvas, a maioria dos desertos em Israel, se cobrem de arbustos verdejantes e de um tapete verde pintado de flores (aí se inspirou Jesus quando disse: olhai as flores do campo: nem Salomão se vestiu como elas. Esses desertos eram lugares que se transformavam em boas pastagens (ver: Sal 64,13: Umedecidas as pastagens do deserto, revestem-se de alegria as colinas ou: voltam a ser verdes as pastagens do deserto e as árvores darão frutos – Joel 2,22).
Essa imagem do deserto é símbolo de renovação e de esperança. Por isso ele volta no tempo do Advento. A palavra mais comum empregada na Bíblia aponta esse aspecto do deserto. Diz-se, em hebraico: MIDBAR, que significa, na origem, “CONDUZIR, APASCENTAR”. De fato é um lugar de solidão, mas não é lugar estéril, sem nenhuma vegetação ou água. Durante um bom período do ano é região boa para o pastoreio, daí as comparações usadas por Isaías e outros escritores relativas aos rebanhos e pastores.
Fora desse contexto geográfico e cultural, nós só conhecemos “deserto” como lugar estérial onde só existe areia ou pedra. Os israelitas também conheciam esse tipo de deserto, mas, nesse caso, a linguagem bíblica usa outra palavra para indicar região árida por oposição à outra. Esse tipo de deserto se chama “ARAVÁH”. Dele também falam Isaías e outros para se referir à condição de desolação e desterro do povo que foi expulso de sua terra. Esse outro tipo de deserto é terra devastada que não serve para morar nem para cultivar nem tem pasto para o gado.
No texto de hoje aparecem as duas palavra. Preparai no deserto (MIDBAR) o caminho do Senhor. Na solidão (ARAVÀH) aplainai uma estrada do nosso Deus. Deus nos espera aqui e ali.
            A vida humana é feita também desses dois tipos de deserto. Conhecemos o deserto como estação da esperança, tempo da preparação porque temos certeza do final da seca, e aguardamos a hora da alegria de plantar e colher, na paz e na abundância quando saciaremos nossa fome e sede. Mas também experimentamos a face mais dura dos desertos, da solidão, da desolação, quando só vemos areia à volta, em todas as direções. Aí gritamos: onde haverá um oásis? Um poço com água? Uma sombra de árvore? Uma aldeia habitada por gente?
Em qualquer das duas situações a Palavra de Deus nos garante (ver: Isaías, o Salmo e a carta de Pedro) que podemos ter certeza quanto ao carinho amoroso do Senhor: ele vem! Ele nos conduzirá em seus braços! Seu anúncio é de paz! Verdade e amor se encontrarão, justiça e paz se abraçarão! O que nós esperamos, são novos céus e uma nova terra onde habitará a justiça!
Nas novelas e no cinema, noticiários da TV e partidos políticos, e até os pregadores nas igrejas muitas vezes: parece que todos querem nos convencer de que o mundo se divide em bons e maus, mocinhos e bandidos (e nós sempre estamos só de um lado, é claro...). Mas na verdade, só Deus é bom (foi Ele quem disse: cf. Mateus 19,17). E nós, humanos que habitamos os desertos, seja em tempo de fertilidade, seja em tempo de secura, que poderemos fazer?
O que podemos fazer é “preparar o caminho para Deus chegar”. Arrumar a estrada, consertar as calçadas, limpar as ruas. Seja naqueles trechos de nossa vida que sempre podem voltar a se cobrir de nova vegetação e produzir vida nova em sementes e frutos; seja naqueles recantos cheios de areia e solidão. Seja qual for o tipo de deserto em que estamos vivendo hoje, só temos uma coisa a fazer: “preparar o caminho”, estar atentos, remover os entulhos do coração. Porque ele vem. Só ele é capaz de trazer a chuva para que brotem as sementes e os frutos. Só ele é capaz de trazer a luz do sol no Natal, a esperança do renascer, o sorriso aos pastores da roça ou aos sábios cientistas do oriente e do ocidente. A nós ele pede que acreditemos nele (fé, confiança, esperança). João Batista pregava conversão e arrependimento dos pecados, mas sublinhava: eu batizo com água, mas só ele vos dará o Espírito.
Então será Natal.
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prof. FernandoSM (usu rio de janeiro) fesomor2@gmail.com

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