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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Comentários-Prof.Fernando


Comentários-Prof.Fernando(*) -5ºd.Comum-05-fev.2012–teoria do mal e prática do bem–

RESUMO DAS LEITURAS # 1ª leit.: Jó 7,1-7 Não é uma luta a vida do homem sobre a terra?  é só um sopro # Salmo: Sl 147 Ele conforta os corações despedaçados ele enfaixa suas feridas e as cura # 2ª leit.: 1Cor 9,16-19.22-23 Se fosse pregador por iniciativa própria eu teria direito a salário – mas é um encargo que me foi confiado - pregar o Evangelho, oferecendo-o de graça # Evang.: Mc 1,29-39 A sogra de Simão estava de cama - ele se aproximou segurou sua mão e ajudou-a a levantar-se: a febre desapareceu
 - Jesus curou ainda muitas pessoas de diversas doenças e expulsou muitos demônios
 De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus se levantou e foi orar num lugar deserto.

O livro de Jó
1)    O livro de Jó é um texto bíblico realista que mostra a incapacidade humana para explicar ou compreender o Mal. Por que existe sofrimento? por que inocentes sofrem? Alguns personagens no livro de Jó expressam a mentalidade corrente (à época, mas ainda hoje quase predominante). Via-se no sofrimento castigo por crimes ou pecados cometidos. No tempo de Jesus ainda era habitual considerar uma deficiência como resultado da culpa do próprio ou pagamento pelos pecados dos antepassados (ver, por ex., o cego de nascença, João, capítulo 9).
2)    Mas o livro de Jó, além dessa questão sem solução (a do “inocente sofredor”) também expressa em sua forma teatral, a perplexidade do autor diante da fragilidade da vida. Há poucos dias atrás soubemos do desmoronamento de prédios no Rio de Janeiro: morte e angústia para muitas famílias. No livro de Jó, excetuada a profundidade da fé que acabou aceitando que certos mistérios são insondáveis mas não derrubam a confiança, o protagonista desse drama diria (em linguagem moderna): a vida não tem sentido. No texto de hoje: a vida é luta incessante. É sopro que passa.
Salmo 147 e a idéia de Deus segundo Jesus de Nazaré
1)    Os Salmos, antes de Jesus, exprimiam a confiança do povo em seu Deus. Ele é bom, é pastor, é criador, é salvador, é refúgio e fortaleza. Ou, como no salmo de hoje: ele sabe confortar corações despedaçados, ele faz o curativo nas feridas e traz a cura.
2)    Jesus de Nazaré lutava com todas as suas forças contra a relação de causa e efeito entre culpa pessoal e a presença do mal, visão que, no fundo, responsabiliza o próprio Criador por nossos sofrimentos. E encobre a concepção de Deus como uma espécie de polícia (numa comparação mais simples) arrastando culpados à prisão. Ou (numa comparação mais sutil) como juiz severíssimo fazendo justiça ao nos condenar a duras penas. No último Natal o papa atual lembrava:             os homens do tempo pré-cristão vendo os
os horrores e contradições do mundo, temiam que o próprio Deus não fosse totalmente bom, mas pudesse ser também cruel e arbitrário. Mas Deus é pura bondade. Ainda hoje há pessoas que, não conseguindo reconhecer a Deus na fé, se interrogam se a Força última que segura e sustenta o mundo seja verdadeiramente boa, ou então se o mal não seja tão poderoso e primordial como o bem e a beleza que, por breves instantes vemos no nosso mundo. (resumo da homilia de 24/12/2011)
Jesus e sua atenção para com os doentes do corpo e da alma
1)    A cena do evangelho mostra esse rosto humano de Deus. Marcos descreve uma sequência de gestos de Jesus de Nazaré em casa da sogra de Pedro: 1) aproxima-se da enferma 2) segura sua mão 3) ajuda-a a se levantar. A cura é o último desses gestos de carinho. De duas sobrinhas “radicais” (talvez mais cristãs do que muitos que freqüentam as igrejas) aprendi o seguinte: Elas não aceitam como designação de alguém esses adjetivos que destacam cor de pele ou comportamento sexual. Mesmo quando se lança mão desses “diminutivos” aparentemente “afetuosos” (exemplo: “aquela, a escurinha”; “aquele, que é bicha”), insistem que pessoas têm nome. Em geral usamos certos “rótulos” para disfarçar preconceito racial ou social.
2)    De fato, em geral não gostamos de pronunciar nomes daquilo que tememos e diz-se até que não se deve pronunciar o nome do “diabo”. Jesus, ao contrário, fazia questão de chamar os demônios pelo nome, mostrando que deles não tinha medo.
Para concluir
1)    Assim como ele cuidou da sogra de Pedro, nós precisamos respeitar os outros, cuidando especialmente dos deficientes, dos doentes e dos que passam por dificuldades. Essas pessoas também têm um nome.
2)    Como Paulo (2ª leitura) temos o encargo de levar adiante uma “Boa Notícia” (evangelho) para todos. Isto implica em darmos os 3 passos acima indicados: 1) nos aproximar 2) dar a mão ao outro 3) ajudá-lo a se levantar.
3)    Se não entendemos as dores e tragédias (como das vitimadas pela queda dos prédios), ao menos sabemos que nos cabe “oferecer de graça” (2ª.leitura) os curativos e a cura para muitas feridas. Ajudemo-nos trancando atrás de nós a porta do quarto (cf. Mt 6,6: Quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai em segredo; e teu Pai, que vê num lugar oculto, recompensar-te-á.)

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(*)estudou literatura, filosofia e teologia (SP, Rio, Portugal, Itália); com mestrado em educação, teologia e teologia moral (PUC/Rio e Gregoriana/Roma), trabalhou (graduação/pós-graduação) em universidades e faculdades (magistério/administração acadêmica; assessor/consultor ( ongs/empresas/grupos).

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