TRANSLATE FOR ALL LANGUAGES

BOM DIA

SEJAM BEM VINDOS AOS BLOGS DOS

INTERNAUTAS MISSIONÁRIOS

CATEQUESE PELA INTERNET

Fiéis à Doutrina da Igreja Católica, porque somos católicos.

Respeitamos todas as religiões. Cristãs e não cristãs.

MANDE ESTE BLOG PARA SEUS AMIGOS. ELES TAMBÉM PRECISAM SER SALVOS.

visite o outro blog de liturgia diária

++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

..........................................

HOMILIAS PARA O

PRÓXIMO DOMINGO


VEJA AQUI AS LEITURAS DE HOJE





segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Comentários-Prof.Fernando


Comentários-Prof.Fernando(*) -6ºd.Comum-12-fev.2012– sem medo de tocar para curar–

RESUMO DAS LEITURAS  #1ª leit.:Lv 13,1-2.44-46 Durante todo o tempo em que estiver leproso será impuro; e, sendo impuro, deve ficar isolado e morar fora do acampamento #Salmo:Sl 32 Feliz o homem que foi perdoado - em cuja alma não há falsidade #2ª leit.:1Cor10,31-11,1 Quer comais quer bebais quer façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus #Evang.:Mc 1,40-45 “Se queres tens o poder de curar-me”. Cheio de compaixão Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: “Eu quero: fica curado!”. No mesmo instante a lepra desapareceu e ele ficou curado. 

Contexto cultural do mundo hebreu
1)    A mentalidade hebraica (oriental) de modo diferente da cultura helenística ou grega (ocidental) não separava tanto o aspecto “material” do ser humano de sua dimensão “espiritual”. Em termos correntes: corpo e alma. Atualmente – embora haja alguns indícios de novos modos de tratar da saúde – há uma “especialização” exigida pela mentalidade predominante na cultura moderna. Dessa forma, alguns pensam que o médico não trata de pessoas mas de doenças enquanto, por exemplo, pastores (e pastorais) bem como psicólogos cuidam da “alma” e não de seres humanos...
2)    Como na 1ªleitura, a separação obrigatória de certos doentes, particularmente de leprosos, nos tempos bíblicos, era lei social para evitar doença contagiosa. Ao mesmo tempo tinha interpretação religiosa. O doente era considerado “impuro”, isto é, cheio de “pecados”. A cura possibilitava o retorno ao acampamento (era a “cidade” que eles tinham à época) desde que passasse por um ritual religioso. Era um sacerdote quem autorizava oficialmente o reingresso na comunidade dos “puros” ou “purificados”.
A novidade dos gestos de Jesus
1)    Em Marcos percebemos que, além do contexto social, religioso e cultural do hebreus, destaca-se o poder de Jesus de Nazaré para libertar o Homem inteiro da doença e do pecado. O episódio é símbolo ou sinal da salvação (= saúde). O Evangelho nada mais era do que a recuperação do sentido profundo da Lei mosaica, como Jesus repetia: (cf.Mateus  5,17) Não quero abolir a lei ou os profetas... mas levá-los à perfeição. A perfeição ou plenitude da vida humana implica a superação de todo mal e por essa razão Paulo argumentava: não fosse a “Ressurreição” seríamos mais miseráveis de todos os homens. Essa esperança é o núcleo central da fé (segundo a experiência cristã) pois só nessa perspectiva falamos de saúde completa (=“salvação”).
2)    Mas o anúncio da Boa Notícia (ao pé da letra, o verbo ”euanguelízo” significa em grego “eu trago uma novidade muito boa”) não é só esperança da futura vitória sobre a morte. Jesus de Nazaré ensinava a possível transformação das relações entre as pessoas e frente ao mundo. Eis o “Novo” frente à política, economia, ou sociedade. E em relação à própria religião. Jesus toca (= entra em contato, põe a mão) no leproso. Ele se “contamina” já pelo fato de ser também humano. A isso chamamos Mistério de Encarnação (Deus se faz humano). Deus não nos está “esperando”... mas ele está no meio de nós. Como insistia João na longa reflexão teológica do 4º evangelho, nosso problema é não saber enxergar. Não “vemos” essa Presença na vida. Veio para o que era seu e os seus não o receberam (cf João cap.1).
Hoje: Lepra e cura da lepra
1)      A lepra é doença que hoje pode ser tratada e curada, embora ainda existam segundo dados da Organização Mundial da Saúde, cerca de 1 milhão e 300 mil casos no mundo, espalhados por 60 países com meio milhão de novos casos por ano, um milhão em tratamento, 8 milhões curados pelos novos remédios. Os relatórios oficiais internacionais ou do nosso Ministério da Saúde que essa é uma doença mais social do que física. África, América do sul e sudoeste da Ásia são as regiões mais atingidas sendo problema de saúde pública no quadro de dificuldades econômicas, sociais e políticas. O Brasil, tem o maior índica mundial de incidência. (estatísticas: OMS cf.Action programe for the elimination of leprosy. Status Report. Genebra 1996).
2)    No sentido simbólico de hoje: leprosos não são apenas os enfermos vitimados pela Hanseníase. Quantos mais não “excluídos do acampamento” (cf. 1ªleitura)? Eles são afastados do nosso meio social. Vivem na “cidade partida” (Zuenir Ventura). De quantas pessoas cada um de nós não toma distância? porque estão doentes, ou passam por dificuldades financeiras ou gemem sob drogas e álcool. Ou depois de grave acidente ficaram incapacitados para o trabalho. Não é à toa que idosos e crianças têm sido vitimas de maus tratos e de outras formas de violência pois a “cultura” predominante só quer ver “caras” bonitas nas revistas. Os órgãos da Mídia, além de informar, também é capaz de privilegiar os “famosos”, criar “heróis” em qualquer tragédia. Pior ainda quando chamam certos programas (parece até que estão zombando dos telespectadores) ironicamente chamados de “reality show” como se fosse a “vida real”.
Concluindo
1)    Em Isaías 53 o profeta mostra um homem como um leproso coberto de chagas como símbolo de quem assumiu a maldade (que é nossa). É bom reler esse poema (nota). Como nos ensinou Jesus de Nazaré em palavras e atitudes, só podemos curar as feridas da vida se tocamos o leproso. Se nos deixamos “contaminar” – não no sentido da falta de higiene e prevenção de doenças – mas no sentido de aceitar e trabalhar, seja qual for a nossa profissão e emprego, para diminuir a discriminação e o abandono do outro. O anúncio do “Reino” implica compromisso (de cristãos, de crentes de todas as religiões, de ateus ou não crentes) com construção da justiça e fraternidade.
2)    Talvez não possamos fazer muito quanto aos grandes problemas do mundo. Mas temos oportunidade de auxiliar pessoas à nossa volta.
Poucos recebem um dom especial para dedicar a vida toda aos excluídos como aconteceu com nossos brasileiros “santos” como Dom Luciano, Irmã Dulce e outros. Mas podemos pedir em oração que o mesmo Espírito (“que clama em nosso nome” -Gálatas 4,6) nos mova em direção aos mais necessitados.
Na profissão e na gerência desse mundo precisamos de ética, de esforço político e científico, para melhorar a vida. Mas só o Espírito pode nos motivar para isso começando pela descoberta sobre as pessoas: elas têm nome.
=============================================================
(nota) que assim começa: Como um broto na terra árida não tinha graça nem beleza para atrair nossos olhares. Desprezado como a escória da humanidade era um homem das dores experimentado nos sofrimentos como aqueles, diante dos quais se cobre o rosto. Amaldiçoado, não fazíamos caso dele. De fato, porém, ele tomou sobre si nossas enfermidades carregando os nossos sofrimentos. Nós o consideramo um castigado ou ferido por Deus. Mas ele foi castigado em nosso lugar, por nossos crimes. Foi esmagado por nossa maldade. O castigo que pesou sobre ele serviu para nos salvar: Fomos curados graças às suas chagas

Ooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo
(*)estudou literatura, filosofia e teologia (SP, Rio, Portugal, Itália); com mestrado em educação, teologia e teologia moral (PUC/Rio e Gregoriana/Roma), trabalhou (graduação/pós-graduação) em universidades e faculdades (magistério/administração acadêmica; assessor/consultor ( ongs/empresas/grupos).

Nenhum comentário:

Postar um comentário