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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Comentários-Prof.Fernando


Comentários-Prof.Fernando(*) -7ºdomingo Comum-19-fev.2012– perdoar e curar –

RESUMO DAS LEITURAS  #1ª leit.: Is 43,18-19.21-22.24b-25 Não relembreis coisas passadas e fatos antigos: farei coisas novas. #$Salmo: Sl 41 Curai-me Senhor! Feliz de quem pensa no pobre e no fraco: o Senhor o liberta no dia do mal, vai guardá-lo, salvar sua vida, ampará-lo em sua dor, transformar sua doença em vigor.
#2ª leit.: 2Cor 1,18-22 o ensinamento que transmitimos não é 'sim-e-não' pois Jesus Cristo nunca foi 'sim-e-não', mas só 'sim' . Nele as promessas têm 'sim' garantido. Ele nos marcou e derramou o Espírito em nós.
#Evang.: Mc 2,1-12 Quando viu a fé daqueles homens disse: os teus pecados estão perdoados - O que é mais fácil?: dizer ‘teus pecados estão perdoados’ ou dizer 'Levanta-te e anda?

Contexto hebraico (bíblico)
1)    A Escritura sagrada hebraica na diversidade de temas, estilos e épocas de composição, pode ser resumida como uma história de Israel e da humanidade centrada na escolha (eleição) de um povo chamado para ser guia de toda a humanidade. Depois de libertar o povo (livro do Êxodo) Deus firma com ele um “tratado de paz” (aliança, resumida por ex. em Deuteronômio 4-6). Nesse Acordo que ficou conhecido como Os Dez Mandamentos, cabe ao instituidor da Aliança proteger o seu povo e a este, reconhecer o único Deus e respeitar os outros. Com essas duas atitudes cumprirá sua parte da aliança.
2)    O resto dessa história é o drama de traição e esquecimento da Aliança (deu-se a isso o nome de Pecado) que afasta da origem da vida e entra em caminhos que levam à morte (Deut.30,15: opção= ou vida e o Bem ou morte e o mal. Na mesma história, repete-se sem cessar a renovação dos apelos à verdade e à liberdade, pois Deus é misericórdia e bondade. Esse tema se torna o pano de fundo do Profetismo que, ao lado da Toráh (Lei da Aliança) constitui toda a história de Deus misturada à história humana. A Encarnação é para o cristianismo o ponto máximo da presença de Deus na História.

O eixo da História e a base das doenças
1)    O Eixo principal da bíblia está aqui: esse Deus jamais esquece sua fidelidade. Paradoxo (aquilo que parece contraditório) é esse: no Pecado humano acaba se revelando a ternura divina feita de misericórdia, amor, perdão. Ele é A pura bondade. Desde o final do ciclo natalino até o início da Quaresma, os 7 domingos do “tempo comum” repetem o mesmo tema da Bondade e do Bom. A primeira leitura opõe o fato comum do homem que não esquece o que já passou ao Criador que é o Novo, a Novidade, capaz de “esquecer” e, assim, de cancelar e apagar o que era mau.
2)    Atualmente em Psicologia e na Medicina há um certo consenso a respeito dos efeitos do “guardar mágoa” (experiências “recalcadas” ou ofensas sofridas): essa lembrança faz mal à saúde. Séculos antes de nossa era, Isaías já anunciava (texto de hoje) que a “diferença” de Deus e do homem é que ele cria, recria, inova, renova, a ponto de fazer surgir estradas no deserto e fazer brotar rios na terra seca.

Outros textos do dia
1)    O salmo é uma oração que pede a cura e nos estimula a sermos como Deus, isto é, ter compaixão do pobre e do frágil. Uma vez curados seremos como ele, que liberta do mal, guarda, salva a vida, ampara na dor, transforma a doença em saúde.
2)    A carta de Paulo mostra que a Boa Notícia transmitida (evangelho) não é ambígua porque Jesus Cristo não era “sim e não”. Apenas positividade ou SIM garantido. O sinal desse acontecimento renovador é a presença do Espírito que nos habita (numa comparação que mistura ar e líquido): uma “inundação” !!! O nome “Espírito” é tradução de “Sopro divino”. Pois esse “Ar” foi “derramado” em nossos corações!.
3)    A cura do paralítico (texto de Marcos) prova a identidade (divino-humana) de Jesus de Nazaré (só Deus pode perdoar, diziam seus inimigos). Mas o episódio aponta principalmente para o sentido do Perdão= é criação, recriação, novidade; em contraste com a tendência humana (recalque, memória do mal). Ao paralítico, a saúde integral, de corpo e alma, com se diz. Os sacerdotes e escribas tinham o controle sobre as consciências, pois eram os intermediários para recuperar a pureza ritual oferecendo sacrificios no Templo. Jesús mostra uma visão absolutamente diferente: o perdão é um presente de Deus e não depende de um lugar (templo) para acontecer. E inclui a totalidade da pessoa libertando-a de tudo o que a oprime além do pecado: doenças, dependências, ódios, vícios…

Ele não é “sim-e-não” ao passo que nós, infelizmente...
1)    Nós dizemos ora Sim, ora Não (eis uma definição do “Pecado”). Conseguimos oscilar entre SIM e NÃO.
a)    Dizemos NÃO AO Criador, ao abandonar o caminho indicado (do Bem, sintetizado nos Dez/ou Dois Mandamentos). O primeiro = estar “ligado” na fonte da vida (e não nas “imagens” físicas/mentais de Deus (ídolos / mitos).
b)    Dizemos NÃO aos Outros, companheiros do mesmo barco-planeta Terra, quando deixamos de produzir Bem para praticar o Mal.
Muito se tem repetido que o mundo moderno teria perdido o senso do pecado. Talvez possamos superar a noção (perdida ou deformada?) que é construída por doutrinas. “Doutrinas” sempre se pretendem religiosas, mesmo quando contrariando o anúncio da Palavra que veio desde os apóstolos. Talvez, na catequese ou em outras formas de comunicação (em família, nas igrejas) estejamos falando demais “pecados”, insistindo no legalismo ou na “quantidade” (nº de vezes) sem uma pedagogia para fazer o Bem.
Falar de pecados sem denunciar suas conseqüências comunitárias, acaba estimulando o individualismo. Ora, mais do que adotar uma moral, é preciso entender o pecado basicamente como atitude ética. A Ética procura sempre o melhor. Nos debates, por exemplo, sobre questões da vida, mais do que repetir a “posição da Igreja”, é preciso discutir a busca de uma ética mais humana. O Bem, assim como a Saúde, precisa mais de ser boa alimentação e “exercícios” mais do que discursos contra os maus hábitos. Talvez seria conveniente dar prioridade na catequese infantil / adulta a: aprender a meditar (a Palavra); praticar (oração); participar de ações (solidárias) em vez de apenas decorar perguntas e respostas doutrinais.

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(*) Professor (filosofia/pedagogia/teologia) mestre (educação/teologia/teol.moral) fesomor2@gmail.com = administração universitária e consultoria

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