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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Comentários-Prof.Fernando


Comentários-Prof.Fernando(*) Trindade 03 junho 2012 é possível ver Deus ? (cf. João 14 )

RESUMOS Dt 4,32-34.39-40 o Senhor é o Deus lá em cima no céu e cá embaixo na terra,
Rm 8,14-17 Todos aqueles que se deixam conduzir pelo Espírito de Deus são filhos de Deus; não recebestes um espírito de escravos mas de filhos adotivos no qual todos nós clamamos: Abá, ó Pai!
Mt 28,16-20 fazei discípulos meus todos os povos batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei. E eu estarei convosco todos os dias.

DEUS ESTÁ PRESENTE, “LÁ OU CÁ” (Cf. Deuteronômio 4)
·                    Hoje não é dia do dogma. É festa para celebrar a vida, ou melhor, a fonte da vida. Os cristãos se sentem meio desconfortáveis por um nome que lembra aritmética ou números. Na verdade deveria lembrar Pessoas (conceito que foi elaborado teologicamente nos debates sobre a Trindade e, mais tarde, aplicado ao ser humano: bem antes do mundo moderno, dignidade humana, direitos, derivam da noção do humano como imagem e semelhança). Às vezes se ouve alguém dizer: acredito na santíssima trindade porque... é dogma !!! Não é uma boa razão. Só existe Fé (ou confiança) em pessoas.
·                    O termo “Trindade” nasceu da especulação teológica e filosófica iniciada pelos primeiros escritores (época chamada Patrística) até S.Boaventura e teologia posterior.
Mas a “experiência” cristã não nasceu de uma especulação, mas de um fato. Foi um fato o contato vivido por aqueles que se tornaram as testemunhas da Ressurreição.

NÃO É DOUTRINA (para reforçar ou contestar outras)
·                    A afirmação “Deus que é Pai, é Filho, é Espírito Santo” – é muito original no cristianismo pois surgiu sem a contaminação seja de doutrinas mitológicas ou filosóficas do mundo Greco-romano, seja das especulações teológicas no mundo judaico. Da tradição hebraica e judaica, herdamos a fé no único Deus transcendente, sagrado, invisível aos nossos olhos humanos. A grande novidade veio com Jesus de Nazaré: “quem me vê, vê o Pai” (Jo 14,9, onde o verbo grego – oráo – significa ver, experimentar, perceber, discernir, ter consciência de).
·                    A tendência no mundo pagão era acreditar em seres intermediários entre Deus e o Homem. As gnoses, as especulações filosóficas e os mitos queriam resolver o problema do mal e da criação por meio de potências celestes (ou do ar) que tocavam em Deus e também a outra ponta: nosso mundo. A noção de Trindade, porém, não tem nada a ver com tal sistema de hierarquias celestes.
·                    A religião e a cultura em que Jesus de Nazaré foi educado e viveu (a mesma dentro da qual nasce e se propaga depois a fé na ressurreição de Jesus) se caracterizam pela fé num único Deus. Durante séculos acumularam-se tradições e suas teologias, formaram-se conceitos e muitos preceitos. A “a Lei de Moisés” resume-se nas “dez Palavras” mas inclui regulamentações e explicações (superam 600 proibições e disposições). Há leis cerimoniais ou litúrgicas e havia ainda transmissão verbal de ensinamentos. Embora a questão central seja o reconhecimento do Deus único, a teologia falava também de anjos e demônios.
A fé cristã afirma a “ligação direta” Deus-ser humano. Jesus Cristo é Mediador porque também é humano. Paulo sempre relembra: há só o Cristo acima de todas as “potestades”.

CRER é SER APRENDIZ do AMOR
A questão não é o dogma mas o Crer. A fé cristã acredita nas testemunhas da ressurreição:
Fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito e ensinando-as a observar tudo o que vos ensinei. Vale a penas breve análise desse texto:
- DISCÍPULOS- do verbo mathetéuo, vem de mathetés=discípulo, provém do verbo matho (= mantháno) que significa: pensar, julgar. A raiz do termo é “math”= o que pensamos ou a que nos dedicamos com a mente e o esfoço da ação para aprender. O discípulo é, portanto, quem se faz aprendiz desejando compreender tudo o que diz e faz seu mestre.
- BATIZANDO é Do verbo (grego) usado no novo Testamento para indicar aquele ritual de passagem pela água, em vista da purificação (símbolo do lavar) e do SEGUIMENTO de um Mestre. Ao pé da letra, o termo em grego significa imergir, submergir, mergulhar, cobrir completamente a ponto de deixar molhado todo o que foi mergulhado. O Novo Testamento também repete sempre: o Espírito foi derramado em nossos corações
- NO NOME. O verbo baptizo aparece seguido da preposição eis (=para), que indica:
--- indica o elemento em que se mergulha (ex. “para” = no rio Jordão);
--- aponta para o nome que se torna líder e mestre (ex. “para” o nome de Fulano = no nome de alguém de quem se proclama “seguidor”);
--- ou ainda, se refere ao fim, a finalidade ou resultado (por ex. “para” conseguir perdão).
- ENSINANDO (ao pé da letra: causando o aprender) a GUARDAR (conservar, preservar, manter intacto) tudo o que MANDEI. O verbo entélomai (ou entélo ou telo) significa ordenar, comandar (em vista de um objetivo, consumação ou resultado desejado).

RELACIONAR-SE é = característica das PESSOAS (divinas e humanas)
·                     A relação com o Pai, o Filho e o Espírito começa pela confiança no Pai: Deus é bom.
·                     Inclui seguir o Filho que é Deus encarnado, aquele que “armou sua tenda em nosso acampamento” (imagem usada por João no prólogo do evangelho). Aprendiz segue o Mestre: procurar o seu olhar para tratar os outros como ele: para a liberdade e uma vida mais humana.
·                     Permite viver inspirados (= animados , i.é., com  uma “anima”/alma mergulhada no divino (Romanos8): deixar-se conduzir pelo espírito é anunciar aos desanimados (sem “anima” ou sem ânimo) a Boa Notícia (=evangelho). A Boa Notícia diz que chegou a “anistia” de todas as dívidas (o “ano da Graça” previsto na Lei mosaica). Assim foi anunciado por Isaías no trecho que Jesus leu em Nazaré no início de sua missão (cf. Lucas 4 a seguir):
Foi-lhe dado o livro do profeta Isaías. Desenrolando o livro, escolheu a passagem onde está escrito (61,1s.): O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu; e enviou-me para anunciar a boa nova aos pobres, para sarar os contritos de coração, para anunciar aos cativos a redenção, aos cegos a restauração da vista, para pôr em liberdade os cativos, para publicar o ano da graça do Senhor. E enrolando o livro, deu-o ao ministro e sentou-se; todos quantos estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. Ele começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu este oráculo que vós acabais de ouvir.

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(*) Prof. (USU-Rio) mestre (educação/ teologia/ t.moral). Administração universitária e consultoria: fesomor2@gmail.com

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