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domingo, 24 de junho de 2012

Comentários – Prof.Fernando


Comentários – Prof.Fernando(*)01 de JULHO(29junho) Apóstolos PEDRO e PAULO 2012
Observações iniciais e observações históricas:

A solenidade dos apóstolos Pedro e Paulo é celebrada pelos católicos no Brasil nesse domingo. A data tradicional era 29 de junho (continua usada em outras Tradições cristãs e em outros países, também pelos católicos). Mesmo no Brasil em que o calendário litúrgico (e o lecionário bíblico em três anos,“A-B-C”) é adotado por várias tradições cristãs (algumas oficialmente, outras não) como luterana, anglicana, católica há variantes litúrgicas (por ex. a forma extraordinária do missal romano – católico – tradições de origem alemã entre luteranos, etc.). Por isso, em alguns lugares, a liturgia desse 1 de julho terá as leituras do 13º domingo do tempo Comum (ou 5º depois de Pentecostes).
A memória dos Apóstolos Pedro e Paulo já era celebrada no século 4º antes mesmo de haver uma festa de Natal. Em Roma, num mesmo dia havia celebração em dois lugares: 1) no local onde depois se construiu a basílica e 2) no local onde será erguido o templo de São Paulo “extra-muros” (porque fora dos limites e muralhas da cidade). Afinal ninguém sabia a data exata do martírio de cada um desses apóstolos. Mas essa será uma herança simbólica para a liturgia: Pedro, no centro da cidade da qual fora o pastor. Paulo – fundador de núcleos cristãos na periferia do império romano – será homenageado “fora-dos-muros”.
Simbolismo também dessa igreja que cresceu na tensão permanente de buscar um centro de unidade e conviver com a diversidade (cada grupo nascido e criado em contextos históricos diversos). Algumas tensões trouxeram também rupturas dolorosas. O cristianismo era um só até 1054 d.C., mas espalhado em 5 “regiões” que eram os “Patriarcados”:“orientais” nos quais predominava a língua grega e os costumes mais antigos eram: Jerusalém, Alexandria, Antioquia e Constantinopla; e o “ocidental” com sede em Roma, de língua latina e rito naturalmente “romano”. O que eram dissensões e conflitos superados durante séculos, por debates teológicos e concílios que reuniam as igrejas e conclusões de consenso, no ano de 1054 tornou-se a famosa separação entre Ocidente e Oriente. Também no início do século 16 a igreja européia viu surgirem vários movimentos contrários ao predomínio religioso e político de Roma, dentre os quais se destacou a reforma proposta por Lutero. A ela somou-se o apoio de Príncipes e reinos que criaram guerras, não só doutrinais, mas políticas e culturais para não falar de longos conflitos militares e suas perseguições mútuas geradoras de ódios, prisões e mortes. Naquele tempo o contexto é bem mais complexo do que a polaridade que tiveram os debates de Pedro e Paulo (lá pelo ano 50 d.C. os apóstolos se reúnem e acontece o chamado “concílio de Jerusalém que aceita o modo de agir de Barnabé, Tito e Paulo em sua pregação a não judeus). Há 500 anos, porém, o quadro histórico europeu era bem mais complicado com suas mudanças científicas, econômicas e culturais que vieram a ser chamadas mais tarde de Modernidade,
RESUMO: de At12: Enquanto Pedro era mantido na prisão, a Igreja orava continuamente a Deus por ele
E de Mt 16: Feliz és tu Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. Por isso eu te digo: tu és Pedro e sobre esta pedra construirei a minha Igreja

  1. Um texto de Santo AGOSTINHO [cf.Agostinho, Sermão295,1-2 4.7-8 in PL38]
·         È o próprio Cristo a pedra, sobre a qual é edificada a Igreja.
Pedro foi bem-aventurado porque, tendo afirmado, por revelação interior:Tu és Cristo o Filho de Deus vivo, o Senhor lhe disse: eu te digo que és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja. Quer dizer: Sobre essa pedra edificarei a fé, porque a professaste; edificarei sobre isso que disseste (Tu és o Cristo...) a minha Igreja. Tu és Pedro: Pedro deriva de pedra (não pedra de Pedro). Pedro, de pedra. Como cristão, de Cristo.
·         São dadas a Pedro, personificando a Igreja, as chaves do reino dos céus.
A um só, porque dadas à Igreja que é uma.
Entre os apóstolos somente Pedro recebeu o encargo de personificar em quase toda parte a Igreja. Por causa dessa personificação mereceu ouvir Eu te darei as chaves do reino dos céus. Não foi um homem só que recebeu essas chaves mais a inteira Igreja. Daí a grandeza de Pedro, porque ele personificou a universalidade e a unidade da Igreja quando lhe foi dito: a ti entrego, o que a todos foi entregue. Pois para que saibais que a Igreja recebeu as chaves do reino dos céus, ouvi o que o Senhor dizia em outro lugar a todos os seus Apóstolos: Recebei o Espírito Santo. Se a alguém perdoardes os pecados serão perdoados e a quem não perdoardes, não o serão.
·         A Pedro representante da unidade da Igreja, foram confiadas as ovelhas de Cristo, quando Pedro reafirma 3 vezes seu arrependimento.
Merecidamente também depois da ressurreição o Senhor encarregou ao mesmo Pedro de apascentar as suas ovelhas. Quando fala a um está ressaltando a unidade; e a Pedro em primeiro lugar porque é o primeiro entre os Apóstolos. Nas três vezes em que o Apóstolo respondeu, o Senhor confiou as suas ovelhas, uma, duas e três vezes.
Num só dia se celebra os dois Apóstolos. Mas os dois eram uma só coisa, mesmo martirizados em diferentes dias. Pedro foi na frente, Paulo depois, porque Pedro primeiro de soberbo passou a humilde. Saulo era como um Saul perseguindo o santo Davi. Caiu como perseguidor, levantou-se pregador, Mudou o nome de soberbo para a humildade, como ele mesmo depois disse: sou o menor de todos os Apóstolos.

  1. PEDRO e PAULO
·         Pedro, antes se chamava Simão er pescador, filho de Jonas e irmão de André. Ele também foi escolhido para ser alicerce, num grupo, do novo edifício eclesial, do novo Israel, no qual Cristo é a “pedra angular que os  construtores rejeitaram”  (Mc12,10). Tinha uma personalidade forte, mas também suas fraquezas. A esse Simao (agora Pedro) (leiamos alguns versos adiante no mesmo capítulo) Jesus também chama de “Satanás” (=“adversário”) quando age como pedra de tropeço (o termo “escândalo” em grego significa “pedra de tropeço”, queda). Mas sua verdadeira vocação será a de ser pedra para edificar e construir, não para derrubar.
·         Pedro, arrependido de sua traição, não desistiu como seu companheiro Judas. Aceitou o perdão. Ao lado do “outro discípulo”, será o primeiro a entrar no túmulo vazio e começar a sua definitiva conversão à fé e à confiança. Do ressuscitado recebe uma visita em separado (cf. Lucas 24,34). Após a Ascensão do seu Senhor estará à frente da primeira comunidade (Jerusalém). Como os discípulos que ele apresenta ao povo em Pentecostes, ele também é uma testemunha-chave para continuar o projeto do Homem de Nazaré. Ainda em Jerusalém será o primeiro a compreender a necessidade de abertura aos pagãos (e não apenas aos judeus – Atos 10-11). Mais tarde será bispo em Roma, onde será assassinado, como o foram muitos outros mártires.
·         Paulo. Se Pedro renegou a Cristo, Paulo o perseguiu querendo eliminar o novo grupo de seguidores de Jesus). Tinha “dupla cidadania” (judeu e membro do império). Por um lado era fanático por sua rigorosa formação farisaica. De outro lado, como outros na “diáspora” (dispersão em muitos países) podia ser “cidadão romano”, título por ele invocado quando apela para seus direitos civis”, opondo-se a ser preso e condenado.
·         Paulo antes se chamava Saulo. Nascido em Tarso era cidadão judeu e romano. Tornou-se Paulo (=o pequeno), como afima de si um dia:eu sou o menor dos apóstolos” (1Cor15). No entanto transformou-se talvez no mais ativo dos apóstolos no que se refere à expansão do cristianismo. Enquanto Pedro iniciou o anúncio da Boa Nova nos limites de Israel, Paulo dirigiu-se principalmente às cidades do Império pagão.

  1. COLUNAS DA IGREJA
·         Diferentes histórias individuais e personalidades levaram os dois até a divergèncias em debates teológicos, mas houve acordo ao se reunir o primeiro “concílio” (uma espécie de “assembleia geral” dos cristãos - cf. Gál.2). Pedro reconhece dificuldades em compreender alguns pontos (constam das cartas paulinas), mas conhecendo Paulo, recomenda à comunidade não deturpar o que falava ou escrevia.
·         Porque não existe forma (nem fôrma) única para ser discípulo. Pentecostes ensinou a diversidade de dons e a Igreja construiu sua unidade pouco a pouco, no respeito às diferenças legítimas. Hoje os cristãos parecem mais medrosos e têm dificuldade para aceitar as diferenças. Até no interior de uma tradição (por exemplo entre católicos) e mais ainda entre eles as várias igrejas (ortodoxas, reformadas ou evangélicas). Menos preparados ainda para o diálogo com outras religiões e com pessoas e grupos que se autoproclamam agnósticos, não crentes ou ateus
·         A solenidade do martírio de Pedro e Paulo em Roma já era celebrada muito antes da festa de Natal, no século 4º quando se havia uma celebração no local onde séculos depois se construirá a igreja de São Pedro; outra onde se erguerá o templo de São Paulo “fora dos muros” (fora das muralhas que cercavam as cidades antigas). A herança simbólica dessas antigas basílicas é significativa: Pedro no centro de Roma, Paulo “fora dos muros da cidade”.
·         A Igreja se construiu nessa tensão permanente entre a procura de unidade visível e as diversidades nascidas em contextos históricos determinados. Em alguns momentos, como acima se disse chegou-se a rupturas (como em 1054 e em 1517). A história da Igreja tem seus altos e baixos. As figuras extraordinárias de Pedro e Paulo não são como as personalidades excepcionais de filósofos, na ciência ou governantes, nos impérios. Na verdade o Espírito conduziu os fundadores do Cristianismo. Mas eram homens comuns com suas fraquezas, falhas e dificuldades. De Pedro ficou mais conhecida a negação do Mestre. Paulo confessa (cf. 2ª.coríntios12) viver sempre com um “espinho na Carne” (=em sua vida mortal), embora desconheçamos a natureza desse sofrimento. Declarava ainda que – como todos nós – estava sob a lei do pecado” (cf.Romanos 7,14-24).
·         A Memória Pedro e Paulo nos levam a reconhecer que a Graça supera o Pecado e a semente do Reino cresce no meio das limitações humanas.

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(*) Prof. (USU-Rio) mestre (educação/ teologia/ teo.moral). fesomor2@gmail.com (Administração universitária e consultoria) 

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