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HOMILIAS PARA O

PRÓXIMO DOMINGO


VEJA AQUI AS LEITURAS DE HOJE





segunda-feira, 17 de maio de 2010

ASCENSÃO DO SENHOR

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HOMILIAS PARA O PRÓXIMO DOMINGO

16 DE MAIO DE 2010

FESTA DA ASCENSÃO DO SENHOR

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VÁRIOS COMENTÁRIOS PARA ENRIQUECER SEU SERMÃO

1- ASCENSÃO DO SENHOR – Pe. José Cristo Rey Garcia Paredes

2-

3- ASCENSÃO DO SENHOR- Sal

4-ASCENSÃO DO SEHOR - Paulus Liturgia diária

5- ASCENSÃO DO SENHOR - Ir. Doutora Deolinda Serralheiro

6- ASCENSÃO DE CRISTO, ASCENSÃO DA HUMANIDADE – FONTE: Fonte: http://www.norbal.org/ASCENSAO-DE-CRISTO-ASCENSAO-DA

7- A ASCENSÃO DO SENHOR Fonte: http://www.acidigital.com/fiestas/ascencao/ascencao.htm

JESUS FOI LEVADO PARA O CÉU.

SANTO AGOSTINHO DIZ O SEGUINTE SOBRE A ASCENSÃO DE JESUS: «ELE NÃO ABANDONOU O CÉU QUANDO DESCEU ATÉ NÓS, E NÃO NOS ABANDONOU QUANDO SUBIU AO CÉU».

Neste domingo, a igreja celebra a Ascensão do Nosso Senhor Jesus Cristo, festa da subida de Jesus para os céus. Aquele que veio do céu para lá retorna. Mas não vai para se distanciar de nós, para nos esquecer. Desaparece sua presença física, mas permanece sua promessa: “Eu estarei convosco todos os dias” (MT 28, 20). Graças a Deus! Diante disto, sinto em meu espírito ,paz, mesmo diante das angustias, que assolam nossos corações.Ele está comigo,e esta contigo, esta com todos nós!!!

Jesus permanece com seus discípulos, e conosco, todo o tempo: continua na Igreja, nos sacramentos, na caridade, na oração, no próximo; em todas as coisas boas pode se perceber a presença amorosa de Jesus Cristo. Li em um dia desses que a saudade é também uma forma da pessoa permanecer: vai-se a pessoa, mas continua sua lembrança, seu modo de ser e de ver a vida, de nos fazer felizes, de nos ensinar a viver.
Nosso Senhor Jesus Cristo elevou-se ao céu, que o nosso coração se eleve com Ele. Precisamos guardar em nossos corações o que diz o apóstolo Paulo: «Portanto, já que fostes ressuscitados com Cristo, procurai as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus» (Col 3,1).

A Ascensão de Jesus ao céu, não O afasta de nós, desta forma nós estamos já com Ele apesar de Sua promessa ainda não se ter realizado na nossa carne. Ele já foi elevado acima dos céus; contudo, sofre na terra todas as penas que nós, os Seus membros, sentimos. Disso deu testemunho quando exclamou do alto: «Saulo, Saulo, porque Me persegues?» (At 9,4), e ainda: «Tive fome, e destes-Me de comer» (Mt 25,35). Por que não trabalhamos na terra de modo a descansarmos, pela fé, pela esperança e pela caridade que nos unem a Ele, desde já com Ele no céu?

Santo Agostinho diz o seguinte sobre a Ascensão de Jesus: «Ele não abandonou o céu quando desceu até nós, e não nos abandonou quando subiu ao céu».

Mesmo estando no céu, esta também conosco, e nós, que estamos aqui, estamos também com Ele. Ele pode fazê-lo devido à Sua divindade, ao Seu poder, ao Seu amor; e nós, se não o podemos fazer pela divindade, podemos fazê-lo pelo amor. Ele não abandonou o céu quando desceu até nós, e não nos abandonou quando subiu ao céu. Permanece conosco, mesmo estando no alto, pois prometeu aos discípulos e a nós todos antes da Sua Ascensão, dizendo: «Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos» (Mt 28,20).

Assim como Jesus foi “luz das nações” desde sua primeira apresentação em Jerusalém (Lc 2, 32), também a Igreja o será. A missão de Jesus tornou-se a missão da Igreja e agora ela deve ser luz para todas as nações. Jesus salvou o mundo movido pelo Espírito e dando sua vida pelos homens e mulheres do mundo. Agora nós devemos dar continuidade a sua obra, “até que ele venha”.

O Espírito de Jesus e do Pai deve animar em todos nós, e através de nós, um testemunho igual ao de Jesus: deve fazer reviver Jesus em nós. O que salva o mundo não é a presença física de Jesus, ou seja, Jesus permanecer aqui nesse mundo sempre. O que salva o mundo é o Espírito que Jesus gerou em nós pela sua morte por amor – o Espírito do Pai e do próprio Jesus Cristo.

A palavra deste domingo nos convida a uma meditação sobre a consciência de ser LUZ, na ausência física de Jesus, mas também na presença e na consciência de sua glória. Sua ausência é um apelo a nossa fidelidade. Temos que continuamente revestir-nos de Cristo e levar sua obra à frente.

Sua presença gloriosa é a razão de nossa confiança e alegria, mesmo em meio a perseguições e sofrimentos. Não estamos órfãos, pois Jesus Cristo caminha continuamente conosco e nossa caminhada é um seguimento para a gloria que Ele, nosso irmão, possui em toda a eternidade.

Amém,

Abraço carinhoso,

Uma abençoada semana para todos!

MARIA REGINA

PRIMEIRO COMENTÁRIO

ASCENSÃO DO SENHOR

A Solenidade da Ascensão de Jesus que hoje celebramos sugere que, no final de um caminho percorrido no amor e na doação, está a vida definitiva, em comunhão com Deus. Sugere, também, que Jesus nos deixou o testemunho e que somos agora nós, seus seguidores, que devemos continuar realizando o projeto libertador de Deus para os homens e para o mundo.

O Evangelho apresenta-nos as palavras de despedida de Jesus que definem a missão dos discípulos no mundo. Faz, também, referência à alegria dos discípulos: essa alegria resulta do reconhecimento da presença no mundo do projeto salvador de Deus e resulta do fato da ascensão de Jesus ter acrescentado à vida dos crentes um novo sentido.

Na primeira leitura, repete-se a mensagem essencial desta festa: Jesus, depois de ter apresentado ao mundo o projeto do Pai, entrou na vida definitiva da comunhão com Deus - a mesma vida que espera todos os que percorrem o mesmo caminho de Jesus. Quanto aos discípulos: eles não podem ficar olhando para o céu, numa passividade alienante, mas têm de ir para o meio dos homens continuar o projeto de Jesus.

A segunda leitura convida os discípulos a terem consciência da esperança a que foram chamados (a vida plena de comunhão com Deus). Devem caminhar ao encontro dessa esperança de mãos dadas com os irmãos - membros do mesmo “corpo” - e em comunhão com Cristo, a “cabeça” desse “corpo”. Cristo reside nesse “corpo”.

Leituras Primeira Leitura - Leitura do Livro dos Atos dos Apóstolos (At 1,1-11)

A ascensão de Jesus recorda-nos, sobretudo, que ele foi elevado para junto do Pai e nos encarregou de continuar a tornar realidade o seu projeto libertador no meio dos homens nossos irmãos. É essa a atitude que tem marcado a caminhada histórica da Igreja? Ela tem sido fiel à missão que Jesus, ao deixar este mundo, lhe confiou?

1No meu primeiro livro, ó Teófilo, já tratei de tudo o que Jesus fez e ensinou, desde o começo, 2até o dia em que foi levado para o céu, depois de ter dado instruções pelo Espírito Santo aos apóstolos que tinha escolhido. 3Foi a eles que Jesus se mostrou vivo depois de sua paixão, com numerosas provas. Durante quarenta dias, apareceu-lhes falando do Reino de Deus.

4Durante uma refeição, deu-lhes esta ordem: “Não vos afasteis de Jerusalém, mas esperai a realização da promessa do Pai, da qual vós me ouvistes falar: 5‘João batizou com água; vós, porém, sereis batizados com o Espírito Santo, dentro de poucos dias’”.

6Então, os que estavam reunidos perguntaram a Jesus: “Senhor, é agora que vais restaurar o Reino em Israel?”

7Jesus respondeu: “Não vos cabe saber os tempos e os momentos que o Pai determinou com a sua própria autoridade. 8Mas recebereis o poder do Espírito Santo que descerá sobre vós, para serdes minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e na Samaria, e até os confins da terra”.

9Depois de dizer isso, Jesus foi levado ao céu, à vista deles. Uma nuvem o encobriu, de forma que seus olhos não podiam mais vê-lo.

10Os apóstolos continuavam olhando para o céu, enquanto Jesus subia. Apareceram então dois homens vestidos de branco, 11que lhes disseram: “Homens da Galiléia, por que ficais aqui, parados, olhando para o céu? Esse Jesus, que vos foi levado para o céu, virá do mesmo modo como o vistes partir para o céu”.
Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial - Salmo 66 Por entre aclamações Deus se elevou,
O Senhor subiu ao toque da trombeta!

Povos todos do universo, batei palmas,
Gritai a Deus aclamações de alegria!
Porque sublime é o Senhor, o Deus Altíssimo,
o soberano que domina toda a terra.

Por entre aclamações Deus se elevou,
O Senhor subiu ao toque da trombeta!


Por entre aclamações Deus se elevou
o Senhor subiu ao toque da trombeta.
Salmodiai ao nosso Deus ao som da harpa,
salmodiai ao som da harpa ao nosso Rei!

Por entre aclamações Deus se elevou,
O Senhor subiu ao toque da trombeta!


Porque Deus é o grande Rei de toda terra,
Ao som da harpa acompanhai os seus louvores!
Deus reina sobre todas as nações.
Está sentado no seu trono glorioso.

Por entre aclamações Deus se elevou,
O Senhor subiu ao toque da trombeta!

Segunda Leitura - Carta de São Paulo aos Efésios (Ef 1,17-23)

Na nossa peregrinação pelo mundo, convém termos sempre presente “a esperança a que fomos chamados”. A ressurreição de Cristo é a garantia da nossa própria ressurreição. Formamos com Ele um “corpo”, destinados à vida plena. Esta perspectiva tem de dar-nos a força de enfrentar a história e de avançar - apesar das dificuldades - nesse caminho do amor e da entrega total que Cristo percorreu.

Irmãos: 17O Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai a quem pertence a glória, vos dê um espírito de sabedoria que vo-lo revele e faça verdadeiramente conhecer. 18Que ele abra o vosso coração à sua luz, para que saibais qual a esperança que o seu chamamento vos dá, qual a riqueza da glória que está na vossa herança com os santos, 19e que imenso poder ele exerceu em favor de nós que cremos, de acordo com a sua ação e força onipotente.

20Ele manifestou sua força em Cristo, quando o ressuscitou dos mortos e o fez sentar-se à sua direita nos céus, 21bem acima de toda a autoridade, poder, potência, soberania ou qualquer título que se possa mencionar, não somente neste mundo, mas ainda no mundo futuro.

22Sim, ele pôs tudo sob seus pés e fez dele, que está acima de tudo, a Cabeça da Igreja, 23que é o seu corpo, a plenitude daquele que possui a plenitude universal.
Palavra do Senhor.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas (Lc 24,46-53)

A ressurreição/ascensão de Jesus convida-nos a ver a vida com outros olhos - os olhos da esperança. Diz-nos que o sofrimento, a perseguição, o ódio, a morte, não são a última palavra para definir o quadro do nosso caminho; diz-nos que no final de um caminho percorrido na doação, na entrega, no amor vivido até às últimas conseqüências, está a vida definitiva, a vida de comunhão com Deus. Esta esperança permite-nos enfrentar o medo, os nossos limites humanos, o fanatismo, o egoísmo dos fazedores de pecado e permite-nos olhar com serenidade para esse qualquer coisa de novo que nos espera, para esse futuro de vida plena que é o nosso destino final.

46“Assim está escrito: O Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia 47e no seu nome serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém.

48Vós sereis testemunhas de tudo isso. 49Eu enviarei sobre vós aquele que meu Pai prometeu. Por isso, permanecei na cidade, até que sejais revestidos da força do alto”.
50Então Jesus levou-os para fora, até perto de Betânia. Ali ergueu as mãos e abençoou-os. 51Enquanto os abençoava, afastou-se deles e foi levado para o céu. 52Eles o adoraram.

Em seguida voltaram para Jerusalém, com grande alegria. 53E estavam sempre no Templo, bendizendo a Deus.
Palavra da Salvação.

Comentário

Misteriosa Ausência e Presença

Como é difícil compreender o mistério da fé que celebramos no tempo da Páscoa e em especial o mistério da Ascensão de Jesus! Como esquecemos, às vezes, da força critica e da energia que esta misteriosa celebração acarreta.

O evangelista Lucas, em contraposição a outros autores do Novo Testamento, insiste na realidade corporal (somática) de Jesus ressuscitado. Quando os discípulos recebem a visita do Ressuscitado, sofrem um sobressalto e se assustam, pois “acreditavam ver um espírito”. Jesus lhes mostra as mãos e pés; e lhes disse: "apalpai-me e vede; porque um espírito não tem carne nem ossos, como percebeis que eu tenho”. E para ratificar isto, comeu parte de um peixe assado (Lc 24,37-43). Algo parecido nos diz João na aparição de Jesus a Tomé (Jn 20,27).

Lucas nos fala também de uma permanência temporal do Ressuscitado de 40 dias entre seus discípulos. E nos diz também que esse corpo que tem carne e ossos ascende ao céu, quer dizer para um local espacial diferente. Lucas explica a Ressurreição e Ascensão recorrendo às categorias do tempo e espaço. Indica-nos deste modo que tudo foi “muito real”. Para os seres humanos é real aquilo que está entre nas coordenadas do espaço e tempo!

Jesus ascende ao céu, ao trono de Deus, para à direita do Pai. Essa localização celestial é inacessível para nós. Os verbos “ascender" e “baixar", com os quais confessamos no Credo nossa fé, se referem a uma desconhecida forma de movimento espacial?

Uma resposta adequada para esta explicação é dizer que Lucas fala “metaforicamente” e por tanto é necessário evitar uma interpretação literal. A questão esta até onde chega a metáfora, porque se pode esvaziar de realidade tanto da ressurreição como da ascensão de Jesus.

O grande teólogo reformado Karl Barth - que poderia ser classificado como “teólogo da Ascensão” - dizia acertadamente que para os primeiros cristãos a ressurreição e a ascensão de Jesus eram dois momentos de um mesmo e único acontecimento. Assim o proclamava a Igreja apostólica quando dizia que o Ressuscitado é o Exaltado. A exaltação era entendida como a resposta de Deus Pai à morte, humilhação e condenação de seu Filho. Ao ressuscitá-lo e exaltá-lo o Abbá o introduziu na nova dimensão (no espaço físico) que Lhe é própria; isto é, na mesma realidade misteriosa em que nos movemos, somos e existimos como humanos. Essa misteriosa dimensão é a realidade de todo realidade! Desde ela deveríamos entender o que é o espaço e o tempo, e não ao contrario!

Por isso, o “subir" da Ascensão é movimento de ausência, porém também de presença, é partir e voltar. A ascensão nos fala de uma dinâmica de presença e ausência de Jesus. Se aceita assim um tempo e um espaço intermediário, que é o tempo e o espaço da Igreja, de nosso mundo redimido. É o espaço do "já sim", porém “todavia não”.

Devemos ser realistas na hora de sublinhar tanto a presença, como a ausência.

Há pessoas na Igreja que somente enfatizam a Presença. Por isso, o Reino está entre nós, os Sacramentos, especialmente na Eucaristia, são Presença real, os ministros ordenados (bispos, presbíteros, diáconos) são autênticos representantes e suas decisões são tomadas em nome do que está presente; por isso, ai esta há verdade. Têm o perigo de negar que "Jesus ascendeu para o céu e está à direita do Pai”. Não esqueçamos que também o Pai está no céu! Pedimos-lhe que venha seu Reino, que se faça sua vontade aqui na terra, como se esta fazendo no céu.

Há as pessoas na Igreja que somente enfatizam a Ausência. Jesus está lá, mas não aqui. Jesus atua lá, mas não aqui. E se o faz é através de uma presença dinâmica, mas não pessoal, como dizia Calvino. Os sacramentos são então sinais que antecipam o que virá; a organização eclesial é um mero serviço, que não deveria atribuir-se nenhum tipo de representação transcendente.

Esta “dificilmente compreensível festa da Ascensão” nos coloca ante a necessidade de um árduo equilíbrio intelectual, porém sobre tudo, vivencial: como viver desde a ausência e presença? Como manter vital e pastoralmente está tensão? Pois, ante tudo, não permitindo que nada suplante o Senhor ausente; que os ministros ordenados saibam ser servidores do “posto que o Senhor deixou vazio”, sendo pura referencia a Ele. Porém também, reconhecendo que quando partimos o pão,quando nos perdoamos, quando atuamos “em seu nome”, ou quando se aproxima de nos um necessitado, um marginalizado, uma criança... Ele se faça misteriosamente presente.

Quando olhamos para o céu descobrimos que Jesus está lá intercedendo por nos (Hebreus 7,25) e aperfeiçoando nossas orações, dando-nos acesso a Deus Pai, como único, sumo e eterno Sacerdote (Hebreus 4,14-16). Quando olhamos para o céu o que nós aparece é Jesus junto ao trono de Deus como leão e como cordeiro (Apocalipse 5): como aquele que é ao mesmo tempo o Senhor dos cosmos ( Colossenses 1) e também como o que está sentado no todo, exatamente como nós (Hebreus 4,15) e que tira o pecado do mundo.

Como celebraremos hoje a Ascensão? Prestemos muita atenção a este acontecimento, sintamos a nostalgia do Ausente olhando o que nos rodeia, o que somos e a Igreja em que vivemos. Sintamos o consolo do misteriosamente Presente que nos envolve desde outra dimensão, que faz santo nosso espaço e nosso tempo através dos sacramentos nos quais o seu Espírito atua.

José Cristo Rey Garcia Paredes

SEGUNDO COMENTÁRIO

TERCEIRO COMENTÁRIO

A Ascensão do Senhor.

A solenidade da ascensão do Senhor nos deixa a idéia de ausência de Cristo no meio de nós, já que fisicamente Ele foi embora, voltando ao Pai. Portanto, espiritualmente enquanto Deus, Jesus é presente no meio de nós, como o repetimos em todas as missas quando o celebrante diz: O senhor esteja convosco, nós respondemos: Ele está no meio de nós. E esta presença de Jesus entre nós é uma questão de fé. Quem não acredita, não tem ou não percebe presença de Jesus. Por outro lado, sacramentalmente, Cristo é presente nas espécies de Pão e de vinho que está no sacrário, nas mãos do sacerdote, e em nós quando comungamos. Portando, podemos e devemos ser templo de Deus após receber a Eucaristia.

Jesus Cristo continua presente através dos seus representantes vocacionados e ordenados espalhados no mundo inteiro no seio da Igreja.

Jesus Cristo é presente 4 vezes durante a celebração da Missa:

Primeiro: Jesus é Deus e está em toda parte;

Segundo: Jesus disse que quando mais de um de nós estiver reunidos em seu nome, Ele estará no meio de nós;

Terceiro: Jesus se faz presente na missa falando conosco através da sua palavra lida e comentada;

Quarto: Jesus é presente na missa sob as espécies de pão e vinho, e principalmente no momento da consagração.

Está aí, a resposta para aqueles que se desculpando pela suas ausências na Santa Missa, dizem: Quando eu quero rezar, eu rezo em casa mesmo. Precisamos ir à missa sim, por que Jesus está lá. Ele se faz quatro vezes presente durante a missa.

Portanto, ao comemorarmos a festa da Ascensão de Jesus, não devemos ter uma atitude semelhante à dos apóstolos, de ficarmos olhando para o alto, como quem pensasse ou mesmo dissesse: É... Ele se foi. Jesus foi física e espiritualmente para o céu, porém, como acabamos de demonstrar, Ele está no meio de nós. E não devemos ficar de braços cruzados. Devemos ir à luta, para levar a sua mensagem aos demais irmãos que ainda não o conhece.

É importante lembrar aqui que precisamos não só levar a sua mensagem aos demais irmãos, como também transbordar esta mensagem através da nossa vivência. Seria muito bom também transbordar o Cristo vivo que recebemos na Eucaristia para aqueles aos quais estamos evangelizando. Semelhante a uma esponja embebida em água, nós, cheios do Espírito de Deus vamos transbordá-lo... Para que a nossa ação missionária não seja somente de palavras bonitas.

E para que possamos transbordar o Cristo eucarístico, seria bom recebê-lo em comunhão várias vezes por semana, de preferência todos os dias. Caríssimos. Façam isso e verão que terão muito mais força para resistir às propostas do demônio, e terão toda inspiração necessária na hora de falar ou escrever explicando a mensagem de Jesus Cristo. Porque “Quem come a minha carne estará em mim e eu nele”. Fazendo assim, poderemos afirmar com certeza com disse Paulo: “Não sou eu que vivo mais é Cristo que vive em mim.”

Sal

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QUARTO COMENTÁRIO

ASCENSÃO DO SENHOR

INTRODUÇÃO GERAL

Celebrar a partida de Jesus para o Pai é senti-lo eternamente presente na vida das pessoas e da comunidade cristã. Ele não se afastou. Criou sua morada estável em nosso meio, pois é o Deus-conosco. Cabe agora às comunidades mostrá-lo presente mediante o testemunho (I leitura). Cabe agora à comunidade ir ao encontro dele “na Galiléia”, repetindo suas palavras e ações em favor dos excluídos, exercendo a mesma autoridade de Jesus, que quer salvar a todos (evangelho). Ele está sempre presente no meio de nós, em nossas comunidades, pois a glória de Deus é estar conosco; e nós o glorificamos quando o reconhecemos e manifestamos como Senhor absoluto, Cabeça da Igreja, razão da nossa esperança (II leitura).

II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS

1. I leitura (At 1,1-11): A comunidade cristã: sacramento das palavras e ações de Jesus

Atos dos Apóstolos é o segundo livro que Lucas escreveu, ou a segunda parte de sua obra. No seu plano, o evangelista pretende mostrar que os ensinamentos e ações de Jesus continuam nos ensinamentos e ações dos cristãos. Portanto, o livro dos Atos não é um manual de história da Igreja, mas, sim, o prolongamento da prática do Senhor na vida da comunidade cristã. Se no Evangelho de Lucas temos a práxis de Jesus – desde o começo até o dia em que foi levado para o céu –, no livro dos Atos temos a práxis cristã. E quem deseja ser amigo de Deus, “Teó-filo” (esse nome tem, provavelmente, caráter simbólico, querendo identificar todos os cristãos), tem na práxis de Jesus e na práxis cristã as linhas mestras de inspiração e conduta. A passagem do primeiro momento para o segundo está nas instruções que Jesus dá aos apóstolos que tinha escolhido, movido pelo Espírito Santo (v. 2). O mesmo Espírito esteve presente em Jesus e está presente na práxis cristã da comunidade.

Essa tarefa está ancorada na experiência do Cristo ressuscitado: “Foi a eles que Jesus se mostrou vivo depois da sua paixão, com numerosas provas” (v. 3a); tem o aval do Pai, cuja promessa se realiza em Jesus e na comunidade (v. 4b) por meio da efusão do Espírito (v. 5), que levará a comunidade à identificação de sua práxis com a de Jesus. Lucas fala de “quarenta dias” (v. 3b), durante os quais Jesus apareceu e falou aos discípulos sobre o reino de Deus. O fato não tem caráter cronológico, mas teológico-catequético: a prática cristã nasce da experiência plena do Cristo ressuscitado, experiência que Lucas visualiza num contexto de intimidade e comunhão: a refeição (v. 4a, em grego se diz synalizómenos = “com sal” = sócios). É dessa intimidade com ele que nasce o testemunho cristão, a missão, a evangelização, pondo em movimento a boa notícia trazida por Jesus. E a garantia do sucesso está no batismo com o Espírito Santo. Ele é a memória continuamente renovada e atualizada do que Jesus disse e fez (cf. Jo 14,26).

Os vv. 6-8 contêm a pergunta dos discípulos e a resposta de Jesus. A pergunta dos discípulos revela a ânsia da comunidade cristã para que o projeto de Deus se realize completamente. Estão curiosos por saber se existe um limite até o qual se possa resistir e lutar corajosamente e depois “descansar”, sem que haja mais nada por fazer (v. 6). A resposta de Jesus contém duas indicações. A primeira (v. 7) afirma que o projeto de Deus não depende de uma data histórica: “Não cabe a vocês saber os tempos e as datas”. A segunda é conseqüência da primeira e manifesta qual deve ser a autêntica preocupação da comunidade cristã: sob a ação e força do Espírito, testemunhar (v. 8a) a práxis de Jesus. “Força”, em grego, se diz dýnamis, e essa palavra é usada na anunciação (Lc 1,35). O Espírito que gerou Jesus em Maria vai gerar a missão nos discípulos. O projeto de Deus não depende de teorias, mas do testemunho que atualize o que Jesus fez e disse.

De fato, o Evangelho de Lucas se encerrava falando desse testemunho (24,48). E aqui Jesus renova o compromisso dos discípulos (v. 8b). Após o Pentecostes, os discípulos não cessam de repetir que são testemunhas (At 2,32; 3,15; 4,33; 5,32; 13,3; 22,15). Em palavras e ações, prolongam a práxis de Jesus. O testemunho, segundo os Atos dos Apóstolos, vai se espalhando a partir de Jerusalém – onde Jesus deu o testemunho final com a morte e ressurreição –, atinge a Judéia e a Samaria (At 8,1-8) e chega aos confins do mundo (as viagens de Paulo). O projeto de Deus está aberto e disponível a todos.

O v. 9 fala do arrebatamento de Jesus (compare com Lc 9,51). A referência à nuvem – símbolo teofânico – afirma que Jesus pertence definitivamente à esfera de Deus. É a certeza da comunidade de que Jesus cumpriu perfeitamente a vontade do Pai. Contudo, não basta sabê-lo. Torna-se necessário descruzar os braços, deixar de olhar passivamente para o céu, encarar a realidade que nos cerca, perceber que somos “homens da Galiléia”, comprometidos com o testemunho de Jesus (vv. 10-11). O texto de hoje termina fazendo referência à volta de Jesus, da mesma forma como foi visto partir para o céu. Lucas está falando de parúsia ou de teofania? Quando voltará Jesus: no fim dos tempos ou no Pentecostes que leva a comunidade cristã a ser epifania de Jesus mediante o testemunho?

2. Evangelho (Mt 28,16-20): O Deus-conosco se revela na práxis da comunidade cristã

O texto é a conclusão do Evangelho de Mateus, que apresentou Jesus como o Mestre da Justiça (3,15) e o Emanuel, Deus-conosco (1,23). Pertence à seção dos caps. 26-28, que resumimos como “o fim da injustiça”. Pode ser dividido em três momentos: a. Um relato de aparição (vv. 16-17); b. instruções de Jesus aos discípulos (vv. 18-20a); c. promessa (v. 20b).

a. Experiência do Ressuscitado (vv. 16-17)

Inicia-se falando dos onze discípulos que se dirigem à Galiléia, ao monte que Jesus havia indicado (v. 16). A comunidade dos discípulos tomou o rumo certo: a Galiléia. É bom lembrar o que significa para o evangelista essa localização. Para entendê-lo, devemos recordar o início da atividade de Jesus. Ele inicia sua missão na Galiléia das nações (ler Mt 4,12-17), no meio daquela gente pisada e marginalizada, a fim de levar-lhe a boa notícia da libertação e da vinda do Reino. Foi lá que Jesus deu início à prática da justiça que faz nascer o Reino. É para lá que os discípulos se dirigem. É o lugar do testemunho e ação da comunidade cristã. Os discípulos, em Jesus e a partir dele, dão início à práxis cristã: a luta para implantar a justiça do Reino.

Mateus fala também de um monte como ponto de encontro de Jesus com sua comunidade. Não se trata de localizar geograficamente esse ponto de encontro. É um monte que recorda a atividade de Jesus. Nesse sentido, o monte é onde Jesus venceu a tentação da concentração do poder (4,8-10), o da transfiguração (17,1-6), mas sobretudo o monte sobre o qual Jesus anunciou seu programa libertador: o monte das bem-aventuranças (5,1-7,29). A montanha representa, portanto, o programa da comunidade, que é o mesmo de Jesus. Agindo assim, ela se torna autêntica discípula. Identifica-se com Jesus e seu projeto (os discípulos se prostram diante dele).

Contudo, há sempre o risco da dúvida, de não acolher plenamente o significado da prática de Jesus na vida da comunidade: “Ainda assim alguns duvidaram” (v. 17b). O verbo duvidar (edístesan, em grego), ao longo do Evangelho de Mateus, encontra-se somente aqui e em 14,31, passagem em que Pedro duvida e afunda na água. Duvidar, portanto, comporta a falta de fé, mas também a falta de percepção maior da prática de Jesus que vence todas as formas de injustiça e morte do povo. Duvidar é ter medo do risco e do compromisso com a prática da justiça. É um alerta que acompanha constantemente a comunidade, pondo-a numa atitude de conversão permanente ao projeto de Deus.

b. O poder de Jesus é passado à comunidade (vv. 18-20a)

Durante sua vida terrena, Jesus agia como aquele homem ao qual Deus dera seu poder (cf. 7,29; 9,6-8; 21,23.24.27), fazendo que as pessoas glorificassem a Deus. Agora, ressuscitado, possui “toda autoridade no céu e sobre a terra” (v. 18b). Essa autoridade plena foi-lhe dada pelo Pai (a forma passiva “me foi dada” refere-se a Deus) e é muito próxima das pessoas (Jesus “se aproximou dos discípulos”, v. 18a). Não só está próxima, como é entregue, por Jesus, à comunidade cristã: “Vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos” (v. 19a; é a concretização do “devemos cumprir...” de 3,15). A Galiléia é o ponto de partida, e a meta é fazer que a justiça do Reino alcance a todos, tornando-os discípulos de Jesus, o Mestre da Justiça, pois é assim que ele se apresenta no Evangelho de Mateus. Realiza-se, assim, a promessa feita a Abraão (cf. Gn 17,4s; 22,18).

Os meios para fazer que todos os povos se tornem discípulos do Mestre da Justiça são dois: o batismo em nome da Trindade (v. 19b) e a catequese que visa à implantação da justiça do Reino.

a. O batismo é feito em nome da Trindade. Batiza-se em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. O texto grego de Mateus emprega a preposição eis, para salientar o caráter do batismo. Com isso ele afirma que o batismo em nome da Trindade é a vinculação pela qual o ser humano está plenamente comprometido com a prática da justiça que inaugura o reino de Deus na nossa história. Ser batizado em nome da Trindade denota não simples representação, mas dedicação total, consagração, posse da Trindade.

b. O segundo meio é a catequese que leva a observar tudo o que Jesus ensinou. O que foi que ele ensinou? A síntese dos mandamentos de Jesus está no sermão da montanha (5,1-7,29). É a esse código de práxis cristã que se referirá toda a catequese da comunidade primitiva e das comunidades cristãs de hoje. Essa catequese não é outra coisa senão a recordação da prática de Jesus (implantação da justiça do Reino), tendo em vista a prática cristã. O Evangelho de Mateus é feito de discursos e atos de Jesus (milagres).

c. Jesus é aquele que caminha conosco (v. 20b)

O Evangelho de Mateus termina com uma promessa: “Eis que eu estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo” (v. 20b). Mateus havia iniciado o evangelho apresentando Jesus como o Emanuel (Deus-conosco, cf. 1,23) e o conclui mostrando-o continuamente vivo e presente na vida da comunidade. A ascensão de Jesus não é seu afastamento do mundo. Pelo contrário, sela sua indestrutível presença na história, que é ao mesmo tempo história de Deus e da humanidade.

3. II leitura (Ef 1,17-23): A glória de Deus é a comunidade cristã

A carta aos Efésios é um texto que Paulo (ou um discípulo seu) escreveu para diversas comunidades dos arredores de Éfeso. Parece que Paulo não conheceu essas comunidades. Ele só esteve em Éfeso (cf. At 19-20), onde deu início a uma comunidade cristã que, por sua vez, fez surgir comunidades nos arredores (por exemplo, a comunidade de Colossas, fundada por Epafras, colaborador de Paulo).

Paulo estava preso. Teve notícias do surgimento dessas comunidades, de sua firmeza na fé, do amor que unia a todos e da esperança que animava suas lutas. Mas ficou sabendo também de alguns riscos trazidos pelas filosofias do tempo, que pregavam um Deus afastado e ausente da vida das pessoas; só por meio de entidades intermediárias (soberanias, poderes, forças, dominações) é que se podia ter acesso a Deus. Jesus não passaria de uma dessas entidades intermediárias. Isso trazia conseqüências sérias para toda a vida cristã.

O texto de hoje pertence à ação de graças e súplica que Paulo faz a Deus em vista dessas comunidades (1,15-23). Dá graças a Deus por causa da fé (adesão a Jesus) e da caridade (resposta da fé, que se visualiza no amor solidário entre as pessoas) encontradas nos fiéis. Ele suplica. O conteúdo da súplica é uma espécie de credo cristão. Pela fé e solidariedade, os cristãos vivem sempre mais o ser de Deus que está próximo e presente na comunidade. Contudo, é preciso conhecê-lo (v. 17) e conhecer a esperança à qual a comunidade foi chamada (v. 18a).

Paulo fala da glória de Deus (v. 18b). E emprega outros termos, como potência, eficácia, poder e força, que ampliam a idéia da glória de Deus. O texto é muito denso, e aqui é possível apresentar só uma síntese do pensamento de Paulo. Longe de ser distante da humanidade, o dos cristãos é um Deus cuja glória depende do fato de existir como o Deus da comunidade. A glória de Deus é sua ação concreta na história, na vida da comunidade cristã, que prolonga a vitória de Jesus sobre a morte. Em Jesus, Deus fez conhecer a sua glória, mostrando-se tão próximo à humanidade, a ponto de eleger a comunidade cristã como o Corpo de Cristo, a plenitude de Cristo, que preenche tudo em todo o universo (v. 23).

Paulo não polemiza contra as entidades intermediárias. Simplesmente mostra às comunidades que existe apenas um Senhor, que realizou o projeto do Pai, e que esse Senhor está presente na história e na vida dos fiéis. A comunidade cristã é o espaço no qual se revela o projeto de Deus, a realeza absoluta do Cristo ressuscitado.

III. PISTAS PARA REFLEXÃO

Os textos bíblicos da festa da Ascensão falam da perene presença de Jesus ressuscitado na vida da comunidade cristã. Em vez de se ausentar, ele inaugura sua presença e morada definitivas no meio das pessoas quando estas o testemunham. Portanto, a festa de hoje é uma oportunidade para que descubramos o Deus-conosco, para que avaliemos a força e alcance do testemunho cristão. É também um desafio: caminhar “para a Galiléia”, “para o monte”, a fim de encontrar o Cristo vivo; evangelizar a partir do povo que sofre; promover a dignidade das pessoas e a justiça do Reino como formas autênticas de fazer brilhar a glória de Deus; compreender a esperança à qual fomos chamados.

Fonte: Paulus Liturgia diária.

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QUINTO COMENTÁRIO

Solenidade da ascensão do Senhor

Celebramos, neste domingo, a solenidade da ascensão do Senhor, que nos fala do nosso destino final: ir para o Pai como Jesus. Esta afirmação significa que, pela sua ascensão, Jesus não entra num lugar mas numa nova dimensão. O seu corpo humano adquiriu a glória e as propriedades de Deus, que Ele tinha antes de encarnar. É uma solenidade de esperança, pois com Cristo todos nós subimos ao Pai na esperança e na promessa. A ascensão do Senhor recorda-nos que o céu é a nossa meta e que a vida terrena é o caminho para conseguir atingi-la. Esta é missão que Ele nos confia!

A primeira leitura relata-nos o facto da ascensão do Senhor. Jesus convida os seus amigos a subir com Ele o monte das Oliveiras e, ali mesmo, se despede, começando a elevar-se à vista deles e uma nuvem escondeu-o a seus olhos. Porém, antes de se elevar, o Senhor Jesus confia-lhes uma grande missão: a de serem suas testemunhas em Jerusalém e em toda a Judeia e na Samaria e até aos confins da terra. Mas, como os discípulos estavam pasmados a olhar para o céu, foram sacudidos por dois homens vestidos de branco que os despertaram para a “missão”. Esta consiste em tornar realidade o projecto libertador do Pai junto dos irmãos e irmãs. O meu testemunho de vida tem transformado a realidade que me rodeia, ou vivo alienado dessa realidade? Qual o impacto desse testemunho na minha família, no local onde desenvolvo a minha actividade profissional, na minha comunidade cristã?

O evangelho explicita a “missão” confiada por Jesus aos seus amigos, quando os envia ao mundo inteiro e a todos os povos. Eles partiram a pregar por toda a parte, e o Senhor cooperava com eles, confirmando a sua palavra com os milagres que a acompanhavam. Foi deste modo que esta palavra chegou até aos nossos ouvidos, penetrou no nosso coração e mudou a nossa vida. E se estes homens e mulheres se recusassem a cumprir a “missão” que Ele lhes confiou? Hoje, nenhum de nós confessava que Jesus é o Filho de Deus. Vivíamos nas trevas, como muitos dos nossos contemporâneos. Esta “missão” está, hoje, nas nossas mãos e no nosso coração. É o mesmo Senhor que nos envia. Partir, não significa, para muitos de nós, deixar a sua casa ou a sua terra. Partir, é, antes de mais, um movimento interior. É sair de si e abrir-se aos demais, para lhes falar de Jesus Cristo e da sua força transformadora. Quem está livre para partir?

A segunda leitura convida-nos a reavivar a nossa esperança no chamamento que Deus nos faz: vivermos em plena comunhão com Ele. A ressurreição/ascensão/glorificação de Jesus é a garantia da nossa própria ressurreição/glorificação. Formamos com Ele um “corpo” destinado à vida plena. Dizer que fazemos parte do “corpo de Cristo” significa vivermos numa comunhão total com Ele e em solidariedade total com todos os nossos irmãos e irmãs, membros do mesmo “corpo”, alimentados pela mesma vida. Como vivo estas duas coordenadas na minha existência?

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Leituras da Ascensão do Senhor

Actos 1,1-11; Sl 47 (46), 2-3.6-7.8-9; Ef 1,17-23; Mc 16,15-20

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VI Domingo da Páscoa – Ano B

Ir. Doutora Deolinda Serralheiro

Deus é amor

A liturgia deste domingo afirma que Deus é amor, derramado em nossos corações pelo Espírito Santo, que nos é dado. Este amor divino torna-se “palpável” por nós, no dia-a-dia, pela acção de Jesus e dos seus discípulos e discípulas. Estes veiculam o amor que vem de Deus e no-lo comunicam em palavras e gestos insuspeitáveis. Deus é amor!

A primeira leitura diz-nos que o amor de Deus não tem condições: oferece-se a todas as pessoas, sem excepção. Para Deus, o que é decisivo, não é a pertença a uma raça ou a um determinado grupo social, mas a disponibilidade para acolher a salvação que Ele nos oferece, através de Jesus Cristo. Para cada um de nós, o baptismo foi esse momento de salvação amorosa, que reclama, em cada instante, o nosso “sim” ao Amor, feito de disponibilidade para acolher Deus e as suas propostas. Deus convida-nos, permanentemente, a amar toda a gente, independentemente da sua raça, cor de pele, origem, preparação cultural, lugar na escala social. Como me situo eu face à universalidade e gratuidade do amor de Deus, nos meus comportamentos para com os meus irmãos e irmãs? Sou demasiado elitista, selectivo, ou sou, no geral, aberto, imparcial e magnânimo?

A segunda leitura apresenta-nos uma das mais profundas e completas definições de Deus: “Deus é amor”. A pessoa de Jesus, o que foi, disse e fez sobre a terra manifesta-nos esta imensidão de amor que Deus nutre por nós. Ser “filho e filha de Deus” e “conhecer a Deus” é deixar-se envolver por este dinamismo de amor e amar os irmãos e as irmãs. Só pode conhecer a Deus, quem ama, de facto. A experiência pessoal humana do amor prepara-nos para penetrar no mistério do amor divino. É por tentativas, que chegamos a esse conhecimento, que não é tecido de raciocínios, mas construído a partir do modo como Deus se relaciona connosco e como nós nos vamos relacionando com os outros, pela força do amor de Deus em nós. A exigência do amor leva-me a derrubar barreiras de indiferença, de egoísmo, de auto-suficiência, de orgulho que tantas vezes me impedem de viver em comunhão com Deus e com os outros? Que é, para mim, “nascer de Deus”?

No evangelho, Jesus revela o amor do Pai aos seus amigos. Jesus escolheu-os, chamou-os, formou-os e partilhou com eles o conhecimento e o projecto do Pai. Associou-os à sua missão e viveu com eles numa relação de confiança e de intimidade, permanecendo, embora, o centro e a referência, à volta dos quais se constrói a comunidade cristã. Nunca podemos esquecer que Jesus continua ao nosso lado, dando-nos coragem e esperança, lutando connosco para vencer as forças da opressão, do mal e da morte. Sobretudo nos momentos de crise, de desilusão, de frustração, de perseguição, que lugar ocupa Jesus na minha vida? É Ele o centro da minha comunidade cristã, à volta do qual tudo se organiza e se articula? Vivo da certeza da sua presença?


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Leituras do VI Domingo da Páscoa

Actos 10,25-26.34-35.44-48; Sl 98 (97); 1 Jo 4,7-10; Jo 15,9-17


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V Domingo da Páscoa – Ano B

Ir. Doutora Deolinda Serralheiro

Os frutos de uma árvore enxertada em Cristo

A liturgia deste domingo exorta-nos a que demos frutos. Naturalmente, os frutos de uma árvore enxertada em Cristo, com as suas raízes bem mergulhadas na sua Pessoa. Frutos que brotam do Amor, com que Deus nos ama e se nos comunica em dinâmica de reciprocidade.

A primeira leitura, narra-nos, pela boca do apóstolo Barnabé, as resistências que Paulo teve de suportar, por parte dos discípulos do Senhor, em Jerusalém, porque estes não queriam acreditar na evidência que os seus olhos viam e os seus ouvidos ouviam. Era ele, Saulo, o feroz perseguidor dos cristãos, que, agora, destemidamente, pregava com firmeza o nome de Jesus. Porém, Barnabé, homem conduzido pelo Espírito, dá testemunho a favor de Paulo e narra, diante dos discípulos estupefactos, as maravilhas que Jesus ressuscitado fez em favor de Paulo: Cristo entrou na sua vida, transformou-o em instrumento de salvação, em benefício de todos os povos, nomeadamente, dos gentios. Como me situo eu diante dos novos cristãos ou das pessoas que um dia falharam e, depois, se converteram? Estou aberto/a à nova criação que brota do Espírito, ou fico a deplorar, indefinidamente, um episódio que já passou? Como me situo, face aos sentimentos misericordiosos de Deus? Sou misericordioso/a com os outros ou intransigente?

O evangelho assegura-nos que a única hipótese que temos para viver como Jesus Cristo, em comunhão de sentimentos e de atitudes, é permanecer nele, para que Ele possa permanecer, também, em nós. Só, assim, daremos frutos de santidade, de amor, de misericórdia, de perdão, como os ramos da videira, que só produzem uvas enquanto estão ligados e saciados com a seiva que, brotando da cepa, os percorre até à sua ínfima extremidade. Mas, para dar frutos, e frutos de qualidade, também precisamos de ser podados como a videira. A poda, que o Senhor nos faz, consiste nos contratempos, nas perseguições, de que somos alvo, no suor e no sangue da luta que travamos para fazer o bem e evitar o mal. O Pai quer que demos muito fruto e, por isso, como bom agricultor que é, não deixa de nos podar com ternura e amor. Como vivo eu as podas que o Senhor me faz? Com gratidão ou com revolta? Digo: “que mal fiz eu a Deus para assim ser castigado”, ou integro-me no projecto de amor que Deus tem para mim?

A segunda leitura orienta-nos no sentido de discernirmos o que devemos fazer para permanecermos em Cristo. Se amarmos, não apenas de palavras, mas com obras e de verdade, estamos tranquilos diante de Deus e o nosso coração não nos acusa de nada. Podemos estar cheios de confiança diante de Deus, porque dele havemos de receber tudo quanto precisamos para sermos felizes e fazermos, também, os outros felizes. O mandamento de Deus leva-nos a acreditar em Jesus Cristo e a amar-nos uns aos outros. Só, assim, Deus pode permanecer em nós e nós nele. É alegre e feliz quem ama verdadeiramente; só ama, verdadeiramente, quem permanece em Deus e se deixa habitar por Ele e pratica as suas obras. É este o meu estilo de vida? Ou passo a minha existência a destruir a vida dos outros com invenções maldosas e intolerâncias descabidas? Permaneço em Deus ou no diabo? Uno as pessoas ou semeio discórdias e divisões?

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Leituras do V Domingo da Páscoa – Ano B

Act 9,26-31; Sl 23 (22); 1 Jo 3,18-24; Jo 15,1-8

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IV Domingo da Páscoa – Ano B

Ir. Doutora Deolinda Serralheiro

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SEXTO COMENTÁRIO

ASCENSÃO DE CRISTO, ASCENSÃO DA HUMANIDADE

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"Jesus Cristo elevado ao céu, é ícone da humanidade divinizada, isto é, Ele é prova cabal de que Deus cumpriu as suas promessas de unir o céu e a terra, doravante já não há mais barreiras entre o humano e o Divino, este sempre foi o sonho de Deus".

A palavra ascensão significa elevação. Por si só, esta palavra já vem carregada de significado. Elevar é ser colocado numa posição mais alta, de destaque, é reconhecer que aquele que está sendo elevado merece o prêmio por ter cumprido bem a sua missão. Se entre nós humanidade, temos o costume de premiar pessoas que se destacam por seu heroísmo em nossas comunidades colocando as no pódio, então não é difícil entender o significado da festa da ascensão do Senhor. Depois de cumprir a vontade de Deus encarnado-se e tornando se um de nós, chega a hora de Jesus voltar para o Pai. De uma maneira bastante simples, o livro dos Atos dos Apóstolos, faz a seguinte narração: Depois de dizer isso Jesus foi elevado ao céu, à vista deles. Uma nuvem o encobriu de forma que seus olhos não mais podiam vê-lo. (At 1, 9 ) .
A singeleza desta narração, por certo não descreve a grandeza do acontecimento, mesmo porque diante de tão grande mistério as palavras perdem o sentido. Os discípulos estavam estupefatos, paralisados diante de tamanha maravilha, só mais tarde iriam compreender o verdadeiro significado da ascensão do Senhor aos céus. O grande mistério que viria a ser revelado posteriormente é que ao subir para o céu, Jesus eleva consigo toda a humanidade. Lembremos que ao se encarnar ele nos assume por completo e por assumir a nossa humanidade, ele nos redime também por completo. A sua ascensão é também a nossa ascensão. O catecismo Igreja católica resume para nós esse mistério de fé assim: A ascensão de Cristo assinala a entrada definitiva da humanidade de Jesus no domínio celeste de Deus, donde voltará, mas que até lá o esconde aos olhos dos homens. Jesus Cristo cabeça da Igreja, nos precede no Reino glorioso do Pai para que nós, membros do seu corpo, vivamos na esperança de estarmos um dia eternamente com Ele. Tendo entrado uma vez por todas no santuário do céu, Jesus Cristo intercede sem cessar por nós como mediador que nos garante permanentemente a infusão do Espírito Santo.
Jesus Cristo elevado ao céu, é ícone da humanidade divinizada, isto é, Ele é prova cabal de que Deus cumpriu as suas promessas de unir o céu e a terra, doravante já não há mais barreiras entre o humano e o Divino, este sempre foi o sonho de Deus. Em Cristo ressuscitado e elevado ao céu, toda a humanidade participa diretamente da glória de Pai. Quando Deus se torna humano se encarnando por seu filho Jesus, ele o faz por amor e, para realizar o seu plano salvífico recriando novamente não só a humanidade, mas todo o universo. Todo esse universo é então verbificado, transformado pela ação salvadora de Deus. Isso significa que a humanidade assunta ao céu atraída pela ascensão de Jesus, está inserida no seio da comunhão trinitária, é uma humanidade que é permeada pela comunicação direta do Pai do Filho e do Espírito Santo.
Portanto de posse deste mistério de tamanha grandeza de Deus em relação a nós, não podemos ficar parados, é preciso sair pelo mundo e espalhar essa Boa Notícia. Vale aqui o conselho dos dois Homens de branco aos discípulos: Homens da Galiléia porque ficais aqui parados olhando para o céu? (At 1, 11) ... É missão nossa agora procurar as coisas do alto, romper as velhas amarras que nos prendem, vencer em nós mesmos o egoísmo e partirmos para uma ação libertadora. Precisamos de todas as maneiras possíveis promover a dignidade dos filhos de Deus, contar a todos o que Jesus fez por nós, nos libertando do cativeiro que não nos deixava vislumbrar novos horizontes. Precisamos dizer a todos que somos uma nova humanidade, não há mais lugar para mesquinharias, a glória do Pai está sim entre nós, somos uma Humanidade redimida e, esta redenção precisa se atualizar em gestos concretos de Amor, Solidariedade e Paz, prioritariamente com os excluídos da nossa sociedade. Não poderemos viver plenamente a ressurreição e ascensão do Senhor enquanto tiver irmãos nossos diminuídos. http://www.norbal.org/SITES/norbal.org/IMG/jpg/ASCENCAO_-_II_-2.jpg_ Jesus nos deu o exemplo, com seu sacrifício nos elevou a todos, nos colocou bem junto do Pai, nós enquanto caminhamos neste mundo temos que dar as mãos aos nossos irmãos oprimidos e elevá-los ao pódio da dignidade humana, para que experimentando a nossa solidariedade façam a experiência da Graça Divina presente no mundo. Assim procedendo, estaremos cumprindo o que disse Jesus: Ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando os em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a observar tudo que eu vos ordenei! Eis que eu estarei convosco até o fim do mundo. (Mt 28,19-20)

A palavra ascensão significa elevação. Por si só, esta palavra já vem carregada de significado. Elevar é ser colocado numa posição mais alta, de destaque, é reconhecer que aquele que está sendo elevado merece o prêmio por ter cumprido bem a sua missão. Se entre nós humanidade, temos o costume de premiar pessoas que se destacam por seu heroísmo em nossas comunidades colocando as no pódio, então não é difícil entender o significado da festa da ascensão do Senhor. Depois de cumprir a vontade de Deus encarnado-se e tornando se um de nós, chega a hora de Jesus voltar para o Pai. De uma maneira bastante simples, o livro dos Atos dos Apóstolos, faz a seguinte narração: Depois de dizer isso Jesus foi elevado ao céu, à vista deles. Uma nuvem o encobriu de forma que seus olhos não mais podiam vê-lo. (At 1, 9 ) .
A singeleza desta narração, por certo não descreve a grandeza do acontecimento, mesmo porque diante de tão grande mistério as palavras perdem o sentido. Os discípulos estavam estupefatos, paralisados diante de tamanha maravilha, só mais tarde iriam compreender o verdadeiro significado da ascensão do Senhor aos céus. O grande mistério que viria a ser revelado posteriormente é que ao subir para o céu, Jesus eleva consigo toda a humanidade. Lembremos que ao se encarnar ele nos assume por completo e por assumir a nossa humanidade, ele nos redime também por completo. A sua ascensão é também a nossa ascensão. O catecismo Igreja católica resume para nós esse mistério de fé assim: A ascensão de Cristo assinala a entrada definitiva da humanidade de Jesus no domínio celeste de Deus, donde voltará, mas que até lá o esconde aos olhos dos homens. Jesus Cristo cabeça da Igreja, nos precede no Reino glorioso do Pai para que nós, membros do seu corpo, vivamos na esperança de estarmos um dia eternamente com Ele. Tendo entrado uma vez por todas no santuário do céu, Jesus Cristo intercede sem cessar por nós como mediador que nos garante permanentemente a infusão do Espírito Santo.
Jesus Cristo elevado ao céu, é ícone da humanidade divinizada, isto é, Ele é prova cabal de que Deus cumpriu as suas promessas de unir o céu e a terra, doravante já não há mais barreiras entre o humano e o Divino, este sempre foi o sonho de Deus. Em Cristo ressuscitado e elevado ao céu, toda a humanidade participa diretamente da glória de Pai. Quando Deus se torna humano se encarnando por seu filho Jesus, ele o faz por amor e, para realizar o seu plano salvífico recriando novamente não só a humanidade, mas todo o universo. Todo esse universo é então verbificado, transformado pela ação salvadora de Deus. Isso significa que a humanidade assunta ao céu atraída pela ascensão de Jesus, está inserida no seio da comunhão trinitária, é uma humanidade que é permeada pela comunicação direta do Pai do Filho e do Espírito Santo.
Portanto de posse deste mistério de tamanha grandeza de Deus em relação a nós, não podemos ficar parados, é preciso sair pelo mundo e espalhar essa Boa Notícia. Vale aqui o conselho dos dois Homens de branco aos discípulos: Homens da Galiléia porque ficais aqui parados olhando para o céu? (At 1, 11) ... É missão nossa agora procurar as coisas do alto, romper as velhas amarras que nos prendem, vencer em nós mesmos o egoísmo e partirmos para uma ação libertadora. Precisamos de todas as maneiras possíveis promover a dignidade dos filhos de Deus, contar a todos o que Jesus fez por nós, nos libertando do cativeiro que não nos deixava vislumbrar novos horizontes. Precisamos dizer a todos que somos uma nova humanidade, não há mais lugar para mesquinharias, a glória do Pai está sim entre nós, somos uma Humanidade redimida e, esta redenção precisa se atualizar em gestos concretos de Amor, Solidariedade e Paz, prioritariamente com os excluídos da nossa sociedade. Não poderemos viver plenamente a ressurreição e ascensão do Senhor enquanto tiver irmãos nossos diminuídos.
Jesus nos deu o exemplo, com seu sacrifício nos elevou a todos, nos colocou bem junto do Pai, nós enquanto caminhamos neste mundo temos que dar as mãos aos nossos irmãos oprimidos e elevá-los ao pódio da dignidade humana, para que experimentando a nossa solidariedade façam a experiência da Graça Divina presente no mundo. Assim procedendo, estaremos cumprindo o que disse Jesus: Ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando os em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a observar tudo que eu vos ordenei! Eis que eu estarei convosco até o fim do mundo. (Mt 28,19-20)

A palavra ascensão significa elevação. Por si só, esta palavra já vem carregada de significado. Elevar é ser colocado numa posição mais alta, de destaque, é reconhecer que aquele que está sendo elevado merece o prêmio por ter cumprido bem a sua missão. Se entre nós humanidade, temos o costume de premiar pessoas que se destacam por seu heroísmo em nossas comunidades colocando as no pódio, então não é difícil entender o significado da festa da ascensão do Senhor. Depois de cumprir a vontade de Deus encarnado-se e tornando se um de nós, chega a hora de Jesus voltar para o Pai. De uma maneira bastante simples, o livro dos Atos dos Apóstolos, faz a seguinte narração: Depois de dizer isso Jesus foi elevado ao céu, à vista deles. Uma nuvem o encobriu de forma que seus olhos não mais podiam vê-lo. (At 1, 9 ) .
A singeleza desta narração, por certo não descreve a grandeza do acontecimento, mesmo porque diante de tão grande mistério as palavras perdem o sentido. Os discípulos estavam estupefatos, paralisados diante de tamanha maravilha, só mais tarde iriam compreender o verdadeiro significado da ascensão do Senhor aos céus. O grande mistério que viria a ser revelado posteriormente é que ao subir para o céu, Jesus eleva consigo toda a humanidade. Lembremos que ao se encarnar ele nos assume por completo e por assumir a nossa humanidade, ele nos redime também por completo. A sua ascensão é também a nossa ascensão. O catecismo Igreja católica resume para nós esse mistério de fé assim: A ascensão de Cristo assinala a entrada definitiva da humanidade de Jesus no domínio celeste de Deus, donde voltará, mas que até lá o esconde aos olhos dos homens. Jesus Cristo cabeça da Igreja, nos precede no Reino glorioso do Pai para que nós, membros do seu corpo, vivamos na esperança de estarmos um dia eternamente com Ele. Tendo entrado uma vez por todas no santuário do céu, Jesus Cristo intercede sem cessar por nós como mediador que nos garante permanentemente a infusão do Espírito Santo.
Jesus Cristo elevado ao céu, é ícone da humanidade divinizada, isto é, Ele é prova cabal de que Deus cumpriu as suas promessas de unir o céu e a terra, doravante já não há mais barreiras entre o humano e o Divino, este sempre foi o sonho de Deus. Em Cristo ressuscitado e elevado ao céu, toda a humanidade participa diretamente da glória de Pai. Quando Deus se torna humano se encarnando por seu filho Jesus, ele o faz por amor e, para realizar o seu plano salvífico recriando novamente não só a humanidade, mas todo o universo. Todo esse universo é então verbificado, transformado pela ação salvadora de Deus. Isso significa que a humanidade assunta ao céu atraída pela ascensão de Jesus, está inserida no seio da comunhão trinitária, é uma humanidade que é permeada pela comunicação direta do Pai do Filho e do Espírito Santo. http://www.norbal.org/SITES/norbal.org/IMG/jpg/129_751-Drito_20Santo.jpg_ Portanto de posse deste mistério de tamanha grandeza de Deus em relação a nós, não podemos ficar parados, é preciso sair pelo mundo e espalhar essa Boa Notícia. Vale aqui o conselho dos dois Homens de branco aos discípulos: Homens da Galiléia porque ficais aqui parados olhando para o céu? (At 1, 11) ... É missão nossa agora procurar as coisas do alto, romper as velhas amarras que nos prendem, vencer em nós mesmos o egoísmo e partirmos para uma ação libertadora. Precisamos de todas as maneiras possíveis promover a dignidade dos filhos de Deus, contar a todos o que Jesus fez por nós, nos libertando do cativeiro que não nos deixava vislumbrar novos horizontes. Precisamos dizer a todos que somos uma nova humanidade, não há mais lugar para mesquinharias, a glória do Pai está sim entre nós, somos uma Humanidade redimida e, esta redenção precisa se atualizar em gestos concretos de Amor, Solidariedade e Paz, prioritariamente com os excluídos da nossa sociedade. Não poderemos viver plenamente a ressurreição e ascensão do Senhor enquanto tiver irmãos nossos diminuídos.
Jesus nos deu o exemplo, com seu sacrifício nos elevou a todos, nos colocou bem junto do Pai, nós enquanto caminhamos neste mundo temos que dar as mãos aos nossos irmãos oprimidos e elevá-los ao pódio da dignidade humana, para que experimentando a nossa solidariedade façam a experiência da Graça Divina presente no mundo. Assim procedendo, estaremos cumprindo o que disse Jesus: Ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando os em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a observar tudo que eu vos ordenei! Eis que eu estarei convosco até o fim do mundo. (Mt 28,19-20)

http://www.norbal.org/SITES/norbal.org/local/cache-gd2/a817282defaa038838ce2a9b02c749b5.png

28/03/10

Parabéns a você Pe. Andrés!

Fonte: http://www.norbal.org/ASCENSAO-DE-CRISTO-ASCENSAO-DA

SÉTIMO COMENTÁRIO

Festas Litúrgicas

A Ascensão do Senhor


O acontecimento

Esta solenidade foi transferida para o 7º domingo Páscua desde seu dia originário, a quinta-feira da 6º semana de Páscoa, quando se cumprem os quarenta dias depois da ressurreição, conforme o relato de São Lucas em seu Evangelho e nos Atos dos Apóstolos; mas continua conservando o simbolismo da quarentena: como o Povo de Deus esteve quarenta dias em seu Êxodo do deserto até chegar à terra prometida, assim Jesus cumpre seu Êxodo pascal em quarenta dias de aparições e ensinamentos até ir ao Pai. A Ascensão é um momento mais do único mistério pascal da morte e ressurreição de Jesus Cristo, e expressa sobretudo a dimensão de exaltação e glorificação da natureza humana de Jesus como contraponto à humilhação padecida na paixão, morte e sepultamento.

Ao contemplar a ascensão de seu Senhor à glória do Pai, os discípulos ficaram assombrados, porque não entendiam as Escrituras antes do dom do Espírito, e olhavam para o alto. Aparecem dois homens vestidos de branco, é uma teofania, a mesma dos dois homens que Lucas descreve no sepulcro (24,4). Neles a Igreja Mãe judaico-cristã via acertadamente a forma simbólica da divina presença do Pai, que são Cristo e o Espírito. As palavras dos dois homens são fundamentais: Galileus, o que fazeis aí plantados olhando para o céu? O próprio Jesus que vos deixou para subir ao céu, voltará como vistes marchar (Atos 1,11). Em um excesso de amor semelhante ao que o levou ao sacrifício, o Senhor voltará para tomar os seus e para estar com eles para sempre; e se mostrará como imagem perfeita de Deus, como ícone transformante por obra do Espírito, para nos tornar semelhantes a ele, para contemplá-lo tal como ele é (1 João 3,1-12). Contemplando na liturgia o ícone do Senhor – sobretudo na Eucaristia - intuomos o rosto de Deus tal como é e como o veremos eternamente. E o invocamos para que venha agora e sempre.

No relato deste mistério segundo o Evangelho de São Mateus (28,19-20), o Senho envia os discípulos a proclamar e realizare a salvação, segungo o triplo mistério da Igreja: pastoral, litúrgico e magisterial: Ide e fezei discípulos de todos os povos (pelo anúncio profético e o governo pastoral, formando e desenvolvendo a vida da Igreja), batizando-so em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo (aplicando-lhes a salvação, introduzindo sacramentalmente na Igreja); e ensinando-os a guardar tudo o que vos mandei (mediante o magistério apostólico e a vida na caridade, o grande mandamento). O Plano de Deus está sendo cumprido, e a salvação, anunciada primeiro a Israel, é proclamada a todos os povos. Nesta obra de conversão universal, por longa e laboriosa que possa ser, o Ressuscitado estará vivo e operante em meio dos seus: E sabei que eu estou convosco todos os dias até o final dos tempos.

O mistério

A leitura apostólica que a Igreja propõe interpreta perfeitamente o acontecimento da Ascensão do Senhor, adentrando-nos no mistério do ressuscitado no santuário celeste. Agora podemos dizer com o canto do Santo que os céus e a terra estão cheios da glória de Deus (Em Isaías 6,3 só se nomeava a terra). Agora, com a ascensão da humanidade do Filho de Deus, comemorada no mistério litúrgico, sobre a qual repousa a glória do Pai, adorada pelos anjos, também nós somos unidos pela graça a este eterno louvor, no céu e na terra. Estamos no penúltimo momento do mistério pascal, antes da doação do Espírito Santo ao se completarem os cinqüenta dias, o Pentecostes.

A vida cristã

As oraçõs desta solenidade pedem que permaneçamos fiéis à dupla condição da vida cristã, orientada simultaneamente às realidades temporais e às eternas. Esta é a vida na Igreja , comprometida na ação e constante na contemplação. Porque Cristo, levantado no alto sobre a terra, atraiu para si todos os homens; ressuscitando dentre os mortos enviu seu Espírito vivificador sobre seus discípulos e por ele constituiu seu Corpo que é a Igreja, como sacramento universal de salvação; estando sentado à direito do Pai, sem cessar atua no mundo para conduzir os homens à sua Igreja e por Ela uni-los assim mais estreitamente e, alimentando-os com seu próprio Corpo e Sangue, torná-los partícipes de sua vida gloriosa. Instruídos pela fé sobre o sentido de nossa vida temporal, ao mesmo tempo, com a esperança dos bens futuros, realizamos a obra que o Padre nos confiou no mundo e lavramos nossa salvação (Vaticano II, Lumen gentium 48).

Fonte: http://www.acidigital.com/fiestas/ascencao/ascencao.htm

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FIM DOS COMENTÁRIOS SOBRE A ASCENSÃO DO SENHOR

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