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sábado, 11 de dezembro de 2010

Comentários do Prof. Fernando

Comentários do Prof. Fernando (3ºDOMINGO do ADVENTO 12 de dezembro de 2010)

Leituras: http://www.cnbb.org.br/liturgia/ (Para ver todas numa Página: clique ctrl+Enter na data)

12/12 3ºDOMINGO do ADVENTO Is 35,1-6a.10 Sl 146 Tg 5,7-9 Mt 11,2-11

Leituras da semana:

13/12 seg. Santa Luzia Nm 24,2-7.15-17a Sl 25 Mt 21,23-27

14/12 ter. S.João da Cruz Sf 3,1-2.9-13 Sl 34 Mt 21,28-32

15/12 qua.3ªsem.Advento Is 45,6-8.18-25 Sl 85 Lc 7,19-23

16/12 qui.3ªsem.Advento Is 54,1-10 Sl 30 Lc 7,24-30

17/12 sex.3ªsem.Advento Gn 49,2.8-10 Sl 72 Mt 1,1-17

18/12 sáb.3ªsem.Advento Jr 23,5-8 Sl 72 Mt 1,18-24

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3ºDOMINGO do ADVENTO Vinde, Senhor, para salvar o vosso povo! (do salmo de hoje)

Estamos no 3º domingo desse tempo de preparação (Advento)

- 1º domingo = sempre estar preparados pois o tempo de Deus não tem data

- 2º domingo = a figura emblemática de João Batista: “convertei-vos” para a vinda do Cristo

- Terceiro domingo = cabe aos ouvintes examinar os sinais sobre a vinda do Reino

- Quarto domingo = Encarnação: Jesus virá por Maria, noiva de José, descendente de Davi.

1ºmomento : Isaías aponta para a diferença produzida pela vinda de Deus até nós.

O termo “salvar/salvação” ficou bastante desgastado no vocabulário religioso. O homem moderno está muito limitado aos aspectos visíveis da realidade. Na verdade o sentido básico de salvar inclui o “visível”, que queremos “salvar”. É o que anuncia Isaías pois o próprio Deus vem nos salvar, isto é, livrar da morte, da extinção, do desaparecimento e também dos inimigos e da perda da amizade divina.

Mas o sentido bíblico de Salvar indica uma superação ainda mais integral e abrangente. Necessitamos de salvação, não apenas em situações de risco comuns mas da própria condição humana pelo fato de sermos seres criados e Deus nos transforma em seus filhos colocando-nos por assim dizer para além da situação de simples criaturas. A isso chamamos de Salvação.

O termo vem de Salus em latim que, em grego se diz soteria (de onde deriva por ex., soteropolitano, o adjetivo gentílico para quem nasce em Salvador na Bahia). Na bíblia hebraica, a palavra usada é yashá. Em nossa língua conhecemos outros termos conexos: salvar, saúde, salutar.

Basicamente todos eles referem-se ao nosso bem-estar, à integridade física, mental, psicológica e moral. Mas – do Gênesis até “o último dos profetas”, João Batista – a linguagem bíblica inclui nessa “Saúde” o aspecto ético ou moral e a libertação de toda culpa ou castigo e chega ao sentido da plenitude da vida afirmando que somos destinados a ver face a face o próprio Deus ! (cf. na 1ª leitura o verso 2).

O belíssimo poema desse cap. 35 de Isaías fala expressamente da cura de todos os males, Jesus os apresenta no diálogo que hoje lemos no evangelho, como Sinais:

os cegos vêem, os surdos ouvem e os coxos passarão a andar (cf. verso 5).

Mas a salvação abrange não só o corpo. Também a “alma” ou nossa dimensão emocional é atingida pela salvação. E também nossa dimensão dita “existencial”, isto é, tudo aquilo que diz respeito à nossa história e caminho de vida:

ânimo para vencer depressão e o medo (verso 4) ,

fortalecimento das mãos e dos joelhos – símbolos do trabalho e da caminhada – (verso 3),

até chegarmos a uma

alegria “infinita” que supera a morte (verso 10):

não mais conhecerão a dor e o pranto !

2ºmomento :

Nessa carta atribuída a Tiago o autor fala da proximidade do “fim dos tempos” e nesse capítulo apresenta suas exortações finais. Ele insiste em que nos mantenhamos firmes e que fortaleçamos o coração na esperança.

Como é próprio do seu estilo o autor usa comparações muito concretas para suas exortações: assim como uma estação sucede a outra ou como o agricultor espera a passagem da semente ao fruto, assim temos certeza da vinda do Senhor.

Nesse tempo de espera (nesse Advento), podemos seguir o conselho de Tiago: não nos queixarmos uns dos outros. Em geral os seres humanos tendem a por a culpa de quase tudo nos outros deixando de agir para mudar a situação, permanecendo paralisados nas reclamações e queixas... dos outros.

Essa carta de Tiago como outras epístolas pastorais do N.T. traz muito dos ensinamentos de sabedoria dos judeus. A observação “não vos queixeis uns dos outros” transmite-nos essa sabedoria que vem complementada com o ensinamento do Mestre: para não serdes julgados. Lembra-nos, em registro negativo, a grande mensagem sobre o que devemos fazer enquanto esperamos a vinda daquele que vem julgar os vivos e os mortos: cuidar uns dos outros.

3ºmomento :

A dúvida dos discípulos de João é também a nossa: será ele mesmo o Cristo de Deus ou devemos esperar por outro? Centenas de anos de expectativa do cumprimento da promessa, levaram muitas gerações de judeus a imaginar que Deus viria em glória e triunfo.

Nós também, bem lá no fundo de nosso coração e até em nossa religião (quando não foi contaminado o próprio núcleo da fé) gostaríamos do triunfo em vez da perseguição, em vez do silêncio de Deus diante do mal no mundo, em vez da vida tão comum que nos leva à dúvida. Gostaríamos de ver Deus triunfante e nós (como o pedido da mãe daqueles dois discípulos de Jesus) sentados à direita e à esquerda do Messias. Mas o Evangelho é anúncio de um Cristo que chega na fragilidade da vida humana, a partir do nascimento que estamos para comemorar no Natal. Nasce, cresce, luta contra as dúvidas, chora sobre sua pátria e o destino triste de Jerusalém que não garante nem ao povo eleito que permaneça pedra sobre pedra. Ele convive com as limitações e a pobreza de tantos concidadãos, feridos por doenças, pela insanidade, pela discriminação social, por demônios de todo tipo.

Jesus, no texto de hoje, proclama o maior elogio ao João Batista considerando-o o maior de todos os Profetas e aponta para um mistério ainda mais intrigante ao dizer que o mais simples cidadão do “Reino” ainda é maior do que João.

Deus não se revelou em glória e triunfo como – lá bem no fundo de si mesmos – pensam muitos pregadores da religião. Entretanto, a fé tem como referência outros “Sinais”. São esse que precisamos conhecer e assim resolver a dúvida inicial do texto de hoje: será que é esse ou temos de esperar por outro? Nós, talvez os membros de qualquer religião, preferimos o triunfo da religião e uma espécie de reconhecimento público do Cristo e de seu Reino.

Jesus repete o Isaías da primeira leitura ensinando-nos a perceber quais são os sinais da presença desse mistério. Esses sinais são encontrados nos cegos, paralíticos, leprosos e surdos; nos mortos, assassinados, perseguidos, desprezados, nos “pobres” de modo geral. Quer dizer, em cada ser humano em qualquer condição em que seja encontrado pois o Sinal consiste na visão, na cura, na abertura da audição e da compreensão, na vitória até sobre a morte. E nos valores que todos podem alcançar independentemente de dinheiro, status ou condição sócio-econômica.

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( Prof. FernandoSM, Universidade Santa Úrsula, Rio, fesomor2@gmail.com )

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