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HOMILIAS PARA O

PRÓXIMO DOMINGO


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domingo, 6 de fevereiro de 2011

5º DOMINGO DO TEMPO COMUM - VOCÊS SÃO A LUZ DO MUNDO

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HOMILIAS PARA   

O PRÓXIMO  DOMINGO

5º DOMINGO DO TEMPO COMUM

VOCÊS SÃO A LUZ DO MUNDO

06 DE FEVEREIRO – 2011

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Comentários do Prof. Fernando

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Introdução

            A mensagem de Deus neste domingo nos chama a atenção através das palavras de Paulo, sobre a importância de usarmos nas nossas pregações, palestras, homilias, publicações escritas e encontros da catequese, palavras simples (como Jesus o fez, inventando estórias do dia a dia do povo daqueles tempos) para que todos os ouvintes presentes e distantes possam entender com clareza a Boa Nova a qual fomos designados a transmitir ao mundo. Não fica bem nos apresentarmos ao povo humilde com um ar de intelectual usando um palavreado rebuscado e complicado aos ouvidos daqueles que não tiveram a oportunidade de freqüentar uma faculdade. Isso mais parece uma atitude arrogante, uma demonstração de vaidade e de insegurança da nossa parte. Além do mais o nosso discurso irá passar por cima das cabeças daqueles que nos olham tentando nos entender, mas não o conseguindo, só lhes resta torcer para que  a nossa falácia acabe logo e a missa tenha seu prosseguimento normal.

            Nosso discurso deve estar recheado da sabedoria divina, e não da "sabedoria" humana, como diz Paulo: "Também a minha palavra e a minha pregação não tinham nada dos discursos persuasivos da sabedoria, mais era uma demonstração do poder do Espírito, para que a vossa fé se baseasse no poder de Deus e não na sabedoria dos homens."

No Evangelho de hoje Jesus nos concede a grande honra de sermos a LUZ DO MUNDO. E insiste em afirmar que a nossa luz não deve estar escondida, ou em lugares baixos, mas sim em lugares altos para que todos a vejam.   É importante aqui não nos iludirmos e pensar que Jesus quer que sejamos como aqueles que gostam de aparecer em público. Aqueles que se oferecem para ajudar apenas com o intuito de aparecer, de se mostrar. Pois na realidade,  a virtude da fé e da humildade mesmo, não as possuem.   

Sim, somos a Luz desse mundo, porém a nossa luz não é nossa. Porque NÓS APENAS E TÃO SOMENTE REFLETIMOS A LUZ DE DEUS QUE BATE EM NOSSA PESSOA. E para que  isso aconteça é bom não nos esquecer, que devemos ser dignos de refletir essa luz.

A única luz que procede de nossa pessoa não reside na nossa sabedoria humana, nas faculdades que cursamos, nos livros que lemos, mas sim EM NOSSAS BOAS OBRAS.  Portanto, a luz do que Jesus nos fala hoje não é a luz da nossa sabedoria, nem da nossa beleza física, muito menos da nossa roupa cara, mas sim das nossas boas obras. E Jesus deixou isso muito bem claro em suas palavras. "Assim também brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as VOSSAS BOAS OBRAS ".

Portanto, caros leitores, está descartada aquela possibilidade de auto-promoção, de me integrar na pastoral dos pobres, fazer um excelente trabalho de "caridade", tornar-me bastante conhecido e  no ano seguinte aproveitar e me candidatar a vereador. Não é nada disso!

Muitas pessoas já me perguntaram sobre um certo filme da hora cujo título envolve a palavra luz, e que parece ser uma crítica à Igreja Católica. Respondo a essas pessoas que não tenho muito tempo a perder com as agressões a nós dirigidas, por várias razões a saber:

 

1-A LUZ que nós seguimos é a LUZ daquele que disse: "EU SOU A LUZ DO MUNDO" , e não uma luz qualquer inventada ou criada, por um ser humano mortal. Jesus morreu, sim. Mais Ele venceu a morte. E antes disso provou que era o próprio Deus pelos seus milagres.

2-Aqueles que seguem outra luz fruto da imaginação humana, se estão nos criticando, é porque estão lendo os nossos escritos inspirados por Deus, e estão acompanhando os nossos passos. E se estão nos verificando assim, é porque não estão satisfeito, completos lá onde estão, não estão contentes lá na sua religião.

3-Prezados leitores. Nós  seguimos aquela mesma luz que apareceu a Paulo na estrada de Damasco. Paulo, inimigo dos cristãos, estava em marcha para matar vários deles. E então aquela poderosa luz, tão forte que até o cegara, lhe dissera. "Paulo por que me persegues?"

Jesus não castigou Paulo deixando-o cego, mais sim devolveu-lhe a visão e o transformou  de perseguidor dos cristãos a anunciador dos ensinamentos de Cristo.

4-Prezados irmãos que nos criticam. Se é que tal informação de fato procede. Nós os cristãos seguidores da poderosa luz divina, fazemos hoje como O fez Jesus com Paulo. Venham para cá. Vocês não estão satisfeitos aí? Mudem de caminho! Venha para a verdadeira luz anunciada por Deus!

Meus irmãos em Cristo, não entendam que estamos nos julgando superiores a vocês. Nós respeitamos todas as religiões. Por isso não agredimos nenhuma delas com palavras vãs. Pois somos todos irmãos, respeitamos vocês. Mais isso não quer dizer que não podemos nem devemos responder a possíveis  agressões. A lógica da convivência humana é assim. Quem agride, esteja certo que se candidatou a uma resposta também agressiva. Pois quem fala o que quer ouve o que não quer.

PORÉM, SE O REFERIDO FILME NÃO TRATA DE NENHUMA CRÍTICA A IGREJA CATÓLICA, PEDIMOS QUE DESCONSIDEREM TODAS ESTAS NOSSAS PALAVRAS, E DESEJAMOS A VOCÊS A PAZ DE CRISTO JESUS. AMÉM, IRMÃOS.

 Sal.

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Só poderemos ser sal, luz, cidade atraente e lâmpada que brilha com a ação do Espírito Santo de Deus em nós  – Maria Regina

 

                                   Jesus usa as figuras do sal e da luz a fim de definir a nossa vocação para a edificação do mundo sonhado pelo Pai dentro dos parâmetros que o Seu Filho veio estabelecer para nós. Assim como o sal serve para dar sabor e conservar os alimentos, nós também temos o papel de animar, de encorajar e dar esperança à vida das pessoas. Do mesmo modo que a luz tira as trevas e a escuridão revelando o que está escondido, nós também, como a luz, temos a missão de desvendar ao mundo os mistérios de Deus e tirar as pessoas da ausência de conhecimento. O sal é amor que anima, encoraja, ajuda, consola, acolhe, compreende. A luz é a ciência que tira a escuridão, e revela os mistérios de Deus. Ser sal da terra é saber temperar a nossa vida e das pessoas com o jeito de ser cristão, levando esperança, ânimo, alegria, amor, etc. conforme o fruto do Espírito Santo.

                                 Ser luz do mundo é clarear a mentalidade deturpada e enganadora que reina na cabeça das pessoas desavisadas do Evangelho. É tirar da ignorância, aqueles  que não se conhecem, por isso não enxergam as suas próprias dificuldades. Não conhecem a Deus, por isso, não amam e não perdoam, visto que nunca se sentiram amadas e nunca foram perdoados . É abrir caminhos, é dar alternativas para uma vida feliz. No entanto, para sermos tudo isto nós precisamos do poder do alto. Nunca poderemos ser sal, luz, cidade atraente e lâmpada que brilha se não tivermos em nós a ação do Espírito Santo de Deus.

                                   Não podemos deixar o Espírito escondido dentro de nós, pois só a sua manifestação nos faz produzir as obras atraentes, esclarecedoras, decididas que para nós são fundamentais em qualquer situação. Assim, portanto, não podemos ficar escondidos, pois brilhamos com a luz que vem de Jesus e não podemos desanimar, porque em nós existe o amor que é como o sal que dá gosto à nossa vida. Que a luz de Jesus brilhe através de nós e o Seu amor se irradie nas nossas ações! Meus irmãos, reflitamos: Como você tem feito brilhar a luz de Deus no mundo?  Você tem sabido animar as pessoas ou precisa delas para animar-se? Quais têm sido as obras que você tem realizado no mundo?  Você tem revelado no mundo as obras de Deus na sua vida?

Amém

Abraço carinhoso

Maria Regina

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V DOMINGO DO TEMPO COMUM

 

A Palavra de Deus deste V Domingo do Tempo Comum convida-nos a refletir sobre o compromisso cristão. Aqueles que foram interpelados pelo desafio do "Reino" não podem remeter-se a uma vida cômoda e instalada, nem refugiar-se numa religião ritual e feita de gestos vazios; mas têm de viver de tal forma comprometidos com a transformação do mundo que se tornem uma luz que brilha na noite do mundo e que aponta no sentido desse mundo de plenitude que Deus prometeu aos homens – o mundo do "Reino".

          No Evangelho, Jesus exorta os seus discípulos a não se instalarem na mediocridade, no comodismo, no "deixa andar"; e pede-lhes que sejam o sal que dá sabor ao mundo e que testemunha a perenidade e a eternidade do projeto salvador de Deus; também os exorta a serem uma luz que aponta no sentido das realidades eternas, que vence a escuridão do sofrimento, do egoísmo, do medo e que conduz ao encontro de um "Reino" de liberdade e de esperança.
 

          A primeira leitura apresenta as condições necessárias para "ser luz": é uma "luz" que ilumina o mundo, não quem cumpre ritos religiosos estéreis e vazios, mas quem se compromete verdadeiramente com a justiça, com a paz, com a partilha, com a fraternidade. A verdadeira religião não se fundamenta numa relação "platônica" com Deus, mas num compromisso concreto que leva o homem a ser um sinal vivo do amor de Deus no meio dos seus irmãos.

          A segunda leitura avisa que ser "luz" não é colocar a sua esperança de salvação em esquemas humanos de sabedoria, mas é identificar-se com Cristo e interiorizar a "loucura da cruz" que é dom da vida. Pode-se esperar uma revelação da salvação no escândalo de um Deus que morre na cruz? Sim. É na fragilidade e na debilidade que Deus Se manifesta: o exemplo de Paulo – um homem frágil e pouco brilhante – demonstra-o.

 Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus (Mt 5,13-16 )

Comentário - Somos Sal e Luz

          Este é um dos típicos evangelhos que convidam ao pregador dizer a seus ouvintes que se Jesus nos diz que somos a luz do mundo e o sal da terra, como de fato parece que não estamos sendo a luz do mundo nem o sal da terra, pois é que somos maus, muito maus, não cumprimos com nossos deveres cristãos e temos que nos converter. Ao final, dá a impressão de que a primeira função dos sacerdotes, quando pregam nos domingos, é estragar o domingo aos que participam da missa.

 

          Teríamos que começar de outra maneira. Porque Jesus parte de um presente do indicativo. Isto é, Jesus afirma que seus ouvintes, que seus discípulos "são" a luz do mundo e o sal da terra. Nosso primeiro olhar deste domingo deveria se dirigir aos discípulos. Não eram nem muito inteligentes nem muito trabalhadores nem muito ricos nem muito importantes. Pescadores, um publicano, um revolucionário e alguns outros dos que não sabemos a profissão.

 

          Ou podemos ler neste momento a segunda leitura, na qual Paulo fala de si mesmo e diz que, ao anunciar o mistério de Deus, não o fez com sublime eloquência nem guiado pela sabedoria humana. O objetivo de Paulo não foi senão mostrar o poder do Espírito para que a fé de seus ouvintes se apoiasse no poder de Deus. Conclusão: que nem Paulo nem seus ouvintes nem os discípulos que escutavam a Jesus eram gente importante desde o ponto de vista humano.

 

Não eram melhores que nós

 

          Quanto à sua coerência pessoal, à sua maturidade de fé, os discípulos vemos no conjunto dos Evangelhos o que deram de si. A maioria, apóstolos incluídos, saíram correndo quando chegou o momento da verdade. Mal ficaram uns poucos. E bastante assustados. Dos corintios, os destinatários da carta de Paulo, também sabemos por suas mesmas cartas que não era neles ouro tudo o que reluzia. E de Paulo, por muito apóstolo que se considere, temos dados, tirados de suas mesmas cartas, que indicam que tinha um gênio muito forte e algumas limitações que lhe faziam pensar muito na misericórdia de Deus – coisa que ele não se importava porque se gloriava não em si mesmo senão no poder de Deus–.

 

           Assim mesmo somos, com nossas limitações, com nossas pobrezas, como pessoas, como comunidade, como igreja, somos "luz do mundo e sal da terra". Porque o importante não é que brilhemos com nossa própria luz senão que brilhe em nós o poder e a graça de Deus. O importante é o final do Evangelho: que os homens dêem glória a vosso Pai que está no céu.

 

          O objetivo de nossa vida não é dar testemunho. Nós devemos nos comportar como bons cristãos. Mas não para ensinar a ninguém nem para nos sentir superiores – que não outra coisa é pretender ser "luz do mundo e sal da terra" por nossas próprias forças – porque sabemos que todos os homens e mulheres deste mundo são nossos irmãos e irmãs. Agora chega o momento de reler a leitura de Isaías. Não te sentes bem? Sentes tua carne doente? Vives na escuridão? Pois aí temos algumas recomendações. Tudo tem solução.

 

Abertos aos irmãos

 

           A solução passa por abrir-se à solidariedade, por estender a mão ao irmão. Nas palavras de Isaías: "parte teu pão com o faminto, hospeda aos pobres sem teto, veste ao nu e não te feches a tua própria carne" e "desterra a opressão, a maledicência e o gesto ameaçador". Não é exatamente como uma receita do médico, mais se pode fazer a prova. Trata-se de fazer algo estranho: ao se pôr ao serviço dos irmãos necessitados e deixar de dar voltas aos próprios problemas, é quando sentiremos que se curam nossos males e que brota a carne sã, nossa escuridão se tornará meio dia e brilhará nossa luz nas trevas.

Pe. Fernando Torres

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VOCÊS SÃO O SAL DA TERRA E A LUZ DO MUNDO

O sal, além de dar sabor aos alimentos, serve também para conservá-los.  As bactérias querem distância de uma carne seca como é chamada no Nordeste, ou de uma carne de sol  como dizem os nossos irmãos do Sul, por causa da grande quantidade de sal nela existente.  Prezados irmãos. Somos o sal da terra, e  temos de pulverizar este mundo com  o sal da mensagem de Cristo, para que o mundo não se deteriore  tão depressa como está acontecendo.  O processo de deterioração dos valores morais  é tão acelerado, que, precisamos até tomar cuidado com o que falamos, pois alguém poderá se achar no direito de nos acusar de ultrapassados, conservadores, ou até mesmo discriminadores. Nós, jamais descriminaríamos alguém, a partir do momento que estamos a serviço daquele que não discriminou nenhuma pessoa, Jesus.  Vamos salgar este mundo para que ele não se deteriore tão rápido. Poderíamos aqui, citar vários exemplos de deterioração dos costumes, da família, da ética, da juventude contaminada por valores falsos, passageiros e externos os quais, apenas  conduzem à violência. 

Nós somos a luz que ilumina o mundo. Não para nossa glória, mas para a glória de Deus.  Porque não somos nós que brilhamos, mas sim, a luz de Deus que está em nós.  Ninguém, em sã consciência, acenderia uma luz qualquer, e a colocaria em baixo da mesa. A luz fica bem, como se diz lá em Portugal, no alto, para que ela ilumine a todos os cantos da sala.  Assim também nós, padres, catequistas, missionários, precisamos de microfone, de um lugar mais alto, para que ao falar, todos nos ouçam e nos vejam.  Mas isso não é para arrancar aplausos. Isso não é para a nossa glória.  Jesus é bem claro ao finalizar o evangelho de hoje, dizendo, que brilhe a vossa luz diante dos homens, para que? Para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus.

Jesus não disse: para que vejam como vocês falam ou cantam bonito. Nem disse para que todos vejam como vocês estão bem vestidos.  Também Ele não disse, para que todos  glorifiquem vocês, pelo ótimo desempenho ao falar em público.   Porque não é somente através de discursos e palestras, que vamos salgar este mundo em processo de deterioração.  Nós vamos jogar sal por aí, também  através dos nossos exemplos e das nossas boas obras. Não necessariamente obras espetaculares dignas do noticiário de televisão, mas sim pequenas e constantes obras, tais como: O testemunho de amor, a esperança e a alegria de viver. Somos chamados a ser a luz do mundo, por nossa adesão a Jesus e à sua palavra. Por nosso testemunho de vida, porque  somos  chamados a dar mais sabor a essa vida.

 Sal

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Homilia do Mons. José Maria – V Domingo do Tempo Comum – Ano A

Ser Sal e Luz do Mundo

No evangelho (Mt 5, 13-16) o Senhor fala-nos da nossa responsabilidade perante o mundo: Vós sois o sal da terra… Vós sois a luz do mundo. E diz isso a cada um de nós, àqueles que queremos ser seus discípulos.

Jesus proclama-se luz do mundo (Jo 9, 5). Hoje Ele nos diz: "Vós sois a luz do mundo." Só poderemos iluminar se tivermos sido iluminados por Cristo. Jesus acrescenta que não se acende uma lâmpada para colocá-la debaixo de um alqueire, mas no candelabro para que brilhe para todos os que estão na casa. Jesus diz mais: "A vossa luz brilhe diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai que está nos céus." Portanto, a maneira concreta de sermos luz do mundo é pelas boas obras.

O sal dá sabor aos alimentos, torna-os agradáveis, preserva da corrupção e era, no passado, um símbolo da sabedoria divina. No Antigo Testamento, prescrevia-se que tudo que se oferecesse a Deus devia estar condimentado com sal (cf. Lv 2, 13), para significar o desejo de que a oferenda fosse agradável. A luz é a primeira obra da criação (Gn 1, 15), e é o símbolo do Senhor, do Céu e da Vida. As trevas, pelo contrário, significam a morte, o inferno, a desordem e o mal. Os discípulos de Cristo são o sal da terra: dão um sentido mais alto a todos os valores humanos, evitam a corrupção, trazem com as suas palavras a sabedoria aos homens. São também luz do mundo, que orienta e indica o caminho no meio da escuridão. Quando os cristãos vivem segundo a sua fé e têm um comportamento irrepreensível e simples, brilham como astros no mundo (Fil 2, 15), no meio do trabalho e dos seus afazeres, na sua vida normal.

Cristo deixou-nos a sua doutrina e a sua vida para que os homens encontrassem o sentido da sua existência e achassem a felicidade e a salvação. "Assim brilhe a vossa luz diante dos homens…" E para isso é necessário, em primeiro lugar, o exemplo de uma vida reta, a pureza de conduta, o exercício das virtudes humanas e cristãs na vida simples de todos os dias. A luz, o bom exemplo, deve abrir caminho.

Perante a onda de materialismo e de sensualidade que sufoca os homens, o Senhor "quer que das nossas almas saia outra onda – branca e poderosa, como a mão do Senhor –, que afogue com a sua pureza a podridão de todo o materialismo e neutralize a corrupção que inundou o mundo: é para isso que vêm – e para mais – os filhos de Deus": para levar Cristo a tantos que convivem conosco, para que Deus não seja um estranho na sociedade.

Transformaremos verdadeiramente o mundo – a começar por esse pequeno mundo em que se desenvolve a nossa atividade – na medida em que o ensinamento começar com o testemunho da nossa própria vida.

O exemplo prepara a terra em que a palavra frutificará. Sem cairmos em atitudes grotescas, impróprias de um cristão corrente, podemos mostrar ao mundo o que significa seguir verdadeiramente o Senhor na tarefa cotidiana, tal como fizeram os primeiros cristãos. São Paulo dizia aos cristãos de Éfeso: "Eu vos exorto a que leveis uma vida digna da vocação à qual fostes chamados…" (Ef 4, 1).

Devemos ser conhecidos como homens e mulheres leais, simples, verazes, alegres, trabalhadores, otimistas; devemos comportar-nos como pessoas que cumprem retamente os seus deveres e que sabem atuar a todo o momento como filhos de Deus, que não se deixam arrastar por qualquer vento. A vida do cristão constituirá então um sinal claro da presença do espírito de Cristo na sociedade.

Por isso devemos refletir e perguntar-nos com freqüência se os nossos colegas de trabalho, os nossos familiares e amigos se vêem levados a glorificar a Deus quando presenciam as nossas ações, porque vêem nelas a luz de Cristo. Seria um bom sinal de que em nós há luz e não escuridão, amor a Deus e não tibieza.

Disse o Papa João Paulo II: "Ele tem necessidade de vós. De alguma forma vós lhe emprestais os vossos rostos, o vosso coração, toda a vossa pessoa, na medida em que vos entregais ao bem dos outros e vos tornais servidores fiéis do Evangelho. Então é o próprio Jesus a ficar bem; mas se fordes fracos e vis, obscureceis a sua autêntica identidade e não o honrareis". Não percamos nunca de vista esta realidade: os outros devem ver Cristo no nosso comportamento diário simples e sereno.

As nossas boas obras! Não vamos fazer o bem para nos orgulhar, mas para a glória de Deus.

As boas ações, este colocar-se a serviço do próximo, passa pelo mistério da Cruz (1Cor 2, 1-5).

Mons. José Maria Pereira

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Homilia do Padre Françoá Costa – V Domingo do Tempo Comum – Ano A

Hipotético apagão

Pode acontecer que venha a faltar luz em casa. Caso seja durante o dia, não há problema, a não ser que estejamos vendo algo na televisão. Graças a Deus, e à técnica, os celulares funcionam com baterias que podem durar de três a quatro dias. Ainda que seja verdade que quando se trata de um iPhone, e caso essa máquina seja muito utilizada, logicamente a bateria durará muito menos. Ao contrário, durante a noite, quando a luz falta, incomoda bastante. De repente, tudo fica escuro, não podemos ver os outros nem a nós mesmos; é preciso, então, ter cuidado para não pisar as crianças, nem o rabo dos cachorros, tampouco dar um passo em falso na escada. Nesse momento, se agradece encontrar aquele pedacinho de vela que outrora fora deixado de lado: se trata duma pequena luz, mas é luz. Depois de uma hora ou duas, três horas ou mais, a luz costuma voltar. E parece que tudo volta ao normal. Com se pode observar, não é tão evidente que nós vejamos "com os olhos", parece mais evidente que vemos com a luz.

Que tem luz vê; que não a tem, ainda que tenha olhos, não vê nada! "Vós sois a luz do mundo" (Mt 5,14). Nós, os cristãos, somos verdadeiramente a luz que ilumina os nossos ambientes! Por nossa causa é que o mundo pode enxergar. Mas por quê? Porque nós fomos iluminados por aquele que é a luz, Jesus. "Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo" (Jo 9,5). Enquanto estou no mundo… ?! Mas, e depois da sua Ascensão? Nós somos a luz do mundo, Jesus continua iluminando através de nós.

Conta-se que Jesus, no dia da sua Ascensão aos céus, se encontrou com S. Gabriel Arcanjo que vinha, caminho contrário, cumprir alguma missão aqui na terra. Gabriel, ao ver o Senhor subindo aos céus e que a terra ficaria sem ele, olhou também para o planeta e observou um cenário curioso: a terra estava coberta por uma nuvem negra e o contraste negro-azul não resultava muito agradável a não ser por uns poucos, pouquíssimos, pontos de luz. Chamou a atenção do arcanjo o ambiente desolador, mas chamou-lhe mais imperiosamente a atenção a existência desses poucos pontos de luz. O arcanjo perguntou então ao Senhor: "e aqueles pontos de luz? O que são?" Jesus respondeu: "são a minha mãe e os meus outros discípulos. Eles vão iluminar toda a terra". Gabriel, conhecendo a debilidade humana, depois de pensar um pouco, disse: "Senhor, excetuando a tua mãe, e se eles falharem?". Ao que Jesus respondeu: "Eu não tenho outros planos". Dito isso, Jesus continuou ascendendo rumo ao Pai.

No começo da humanidade, quando esta falhou em Adão, Deus tinha um "plano B". O "plano A" era que Adão e Eva fossem fiéis e vivessem para sempre em amizade com Deus. Quando eles pecaram, Deus colocou em ação o plano B: a salvação por meio do seu Filho. A extensão dessa salvação, no entanto, conta com a nossa colaboração. Nós somos a luz do mundo! Existe o "plano C"? A revelação de Deus que chegou até nós através da Sagrada Escritura e da Tradição da Igreja não nos fala de um suposto "plano C". O que nos foi revelado – e é de notar-se que não acontecerá outra revelação pública e que tudo nos foi dito em Cristo – é que Deus veio à terra e nos salvou e que ele conta conosco para estender essa salvação a cada homem, a cada mulher.

Nós, filhas e filhos de Deus, temos um papel insubstituível. Se nós falharmos, o mundo se perde! Grande responsabilidade! Grande motivo de ação de graças! Grande oportunidade para aproveitarmos os tempos e evangelizarmos, convidando todos à amizade com Deus! Ele conta conosco. Nós somos a luz e, sem nós o mundo estaria na escuridão mais terrível, no apagão geral mais tenebroso que poderia acontecer.

Quando a Igreja alça a sua voz dando critério nas coisas humanas, inclusive na vida político-econômica, ela sempre o faz tentando iluminar essas realidades terrestres com a luz de Cristo. Se ela, que é luz, e se os cristãos, que são luz, não falarem e não atuarem, o mundo ir-se-ia afundando nas trevas mais profundas. Nós precisamos aproveitar todas as ocasiões para anunciar a Cristo, para iluminar com a luz de Cristo, para queimar com o fogo de Cristo que ilumina e aquece e do qual nós somos os portadores. A política, a economia, o mundo esportivo, os lazeres, as fábricas, os comércios, e todo lugar onde um cristão pode estar honradamente, são lugares onde se deve alçar a Cruz do Senhor, que é luz, paz, alegria, responsabilidade e liberdade, vida nova.

Não podemos permitir que o mundo pereça nas trevas. Sem nós, que somos luz do mundo, tal coisa aconteceria. Logicamente, o panorama é vasto, as dificuldades são patentes e as forças são limitadas. No entanto, a nossa limitação não é um problema para ser luz, e sim a possibilidade de sê-la. São Jose Maria escrivão expressava essa realidade da seguinte maneira: "Lança para longe de ti essa desesperança que te produz o conhecimento da tua miséria. – É verdade: por teu prestígio econômico, és um zero…, por teu prestígio social, outro zero, e outros por tuas virtudes, e outro por teu talento… Mas, à esquerda dessas negações está Cristo… E que cifra incomensurável resulta!" (Caminho, 473). Com a luz de Cristo é que os cristãos iluminarão cidades inteiras, partidos políticos, grupos de empresários, universidades e centros educativos, comércios e estádios de futebol. Onde está um cristão, aí está a luz de Cristo! Mas o cristão tem que ser coerente, tem que dar a vida se for preciso. A luz que eu dou ao meu ambiente é forte como esses refletores para filmar ou fraco como aquela velinha que utilizamos quando falta luz? E, no entanto, não importa tanto a intensidade, o mais importante é continuar iluminando e pedir ao Senhor que ele intensifique a sua luz em nós.

Pe. Françoá Costa

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Homilia do D. Henrique Soares da Costa – V Domingo do Tempo Comum – Ano A

Is 58,7-10
Sl 111
1Cor 2,1-5
Mt 5,13-16

Hoje, no Evangelho, escutamos umas frases de Jesus que nos são velhas conhecidas, tão velhas, que riscam não significar muita coisa: "Vós sois o sal da terra; vós sois a luz do mundo" – diz-nos o Senhor! Pois bem, com unção e humildade, como se escutássemos pela primeira vez, escutemos, procuremos compreender e acolhamos essas afirmações, para encontrarmos nelas a Vida e vivermos de verdade!

"Vós sois o sal da terra!" O sal, na Escritura, aparece como o elemento que dá sabor, purifica e conserva, tornando perenes e duradouros os alimentos… Daí a expressão "aliança de sal", isto é, "uma aliança perene aos olhos do Senhor" (Nm 18,19). Por causa dessa pureza e perenidade, é que Israel deveria ajuntar o sal a toda oferta que fizesse ao Senhor Deus: "Salgarás toda a oblação que ofereceres, e não deixarás de pôr na tua oblação sal da aliança de teu Deus; a toda a oferenda juntarás uma oferenda de sal a teu Deus" (Lv 2,13). Pois bem, irmãos caríssimos, vós sois o sal que dá sabor, pureza e conservação ao mundo diante de Deus! Sois a pitadinha de sal que torna o mundo uma oferenda agradável e aceitável ao Senhor! Sois tão pequenos, tão poucos, tão frágeis, tão impotentes, tão tolos! Lembrai-vos da leitura do Domingo passado: "Entre vós não há muitos sábios de sabedoria humana nem muitos poderosos nem muitos nobres… Deus escolheu o que o mundo considera como estúpido, para assim confundir o que é forte; Deus escolheu o que o mundo considera sem importância e desprezado, o que não tem nenhuma serventia, para, assim, mostrar a inutilidade do que é considerado importante… É graças a ele que vós sois em Cristo.." (1Cor 1,26-31). Sim, sois essa pitadinha de nada, esse tico desprezível de sal.. E, no entanto, sois o sabor, a purificação, a conservação da aliança entre Deus e o mundo! Sois, em Cristo Jesus, o povo sacerdotal! Por isso, a nós, o Senhor ordena: "Tende sal em vós mesmos" (Mc 9,50); em outras palavras: uni-vos a mim, ao meu sacerdócio, à minha vida entregue ao Pai como amor que se entrega para a vida do mundo! Lembremo-nos do conselho de São Paulo: "Exorto-vos, portanto, irmãos, pela misericórdia de Deus, a que ofereçais vossos corpos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus: esse é o vosso culto espiritual. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos, renovando a vossa mente, a fim de poderdes discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, agradável e perfeito" (Rm 12,1-2). Era este o significado daquela pitadinha de sal que o sacerdote colocou nos nossos lábios no momento do nosso Batismo, quando nos tornamos membros do povo da aliança, povo sacerdotal. Colocando-nos o sal, ele recordou as palavras de Jesus: "Vós sois o sal da terra!" No entanto, não nos iludamos: somente seremos sal, se permanecermos unidos a Cristo! Sem ele, seremos insípidos, seremos como o mundo, sem sabor e para nada serviremos, "senão para sermos jogados fora e pisados pelos homens".

"Vós sois a luz do mundo!" – Que afirmação impressionante! Um só é a luz: Aquele que disse de si próprio: "Eu sou a luz do mundo!" (Jo 8,12). Como pode, então, dizer agora que nós somos luz? Escutemos: "Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida!" (Jo 8,12). Eis: se em Cristo – e somente nele – somos sal da aliança selada na cruz, também somente na sua luz, seguindo seus passos, tornamo-nos luz. É isso que nos afirma o Apóstolo: "Outrora éreis treva! Agora, sois luz no Senhor! Andai como filhos da luz!" (Ef 5,8). Por nós mesmos não somos sal, mas insípidos; por nós mesmos não somos luz, mas trevas tenebrosas! Mas, em Cristo, damos sabor ao mundo e somos reflexos da luz do Senhor! Não somos luz, mas iluminados pela luz de Cristo, refletiremos a luz sobre o mundo tenebroso, como a lua que, sem ter luz própria, mas iluminada pela luz do sol, ilumina de modo belíssimo a noite escura…

Portanto, meus caros, tenhamos cuidado: somente seremos sal se nos deixarmos salgar pelo Senhor no cadinho da provação e da participação na sua cruz; somente seremos luz se nos deixarmos iluminar pela luz fulgurante que brota da sua cruz! Que o cristão não busque outro sal ou outra luz, a não ser o Cristo e Cristo na sua humildade, na sua pobreza, no seu serviço, na sua disponibilidade total em relação ao Pai: "Não julguei saber coisa alguma entre vós, a não ser Jesus Cristo, e este, crucificado!" Aquilo que passa da cruz do Senhor, que foge da cruz do Senhor, que procura outro caminho e outra lógica, que não a da cruz que conduz à ressurreição, não salga e não ilumina! Então, que brilhe a luz de Cristo em nossa vida e em nossas obras! Que o nosso modo de viver dê novo sabor a este mundo tão insosso pelo pecado – vede no carnaval: quanta treva, quanta insipidez, quanto velho gosto da velha podridão do velho pecado! Se no nosso modo de viver formos sal e luz, cumprir-se-á em nós a palavra do Profeta: "Então, brilhará tua luz como a aurora e a glória do Senhor te seguirá!"

Eis a nossa missão, eis a nossa vocação, eis a ordem que o Senhor nos dá! Agora, compete a nós! Como nos perguntava Paul Claudel, poeta francês, convertido a Cristo na metade do século XX: "Ó vós, cristãos, que tendes a luz, que fazeis com essa luz?" Ó irmãos, ó irmãs! "Brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus!" Que o Senhor no-lo conceda por sua graça. Amém!


D. Henrique Soares da Costa

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Domingo, 6 de Fevereiro de 2011

5º Domingo do Tempo Comum

Evangelho (Mateus 5,13-16)

O saleiro presente  hoje em todas as mesas de cozinha era desconhecido no Oriente Médio da época de Cristo. Só os muito ricos podiam pagar sal refinado. As pessoas comuns tinham um "saco de sal." O sal com todas as suas impurezas foi colocado no saco, e depois usados em sopas ou outros líquidos para aromatizar. Eventualmente todo o sal se foi, deixando apenas as impurezas, ou a "ralé". Este é o significado do evangelho, quando nosso Senhor pergunta: "E se o sal vai plana?"

          O sal é um bom símbolo para o dom de integridade batismal dada a nós por Cristo, como um vestido branco para ser mantida limpa e radiante. Sal em si não pode ir plana, que é utilizado para cima e que permanece no saco de sal, o de "resíduos" não é suficiente para aromatizar alimentos, deixando tudo toca "flat". Ou se tem sal, nem o sabor do sal, ou um não. Ou estamos mortos em nossos pecados e viva em Cristo. Uma vez que o sal se foi, a pessoa deve retornar para a fonte do sal, a fim de substituí-lo, nada será suficiente. Se alguém está a ter vida, é preciso ir à sua fonte divina.


          As vestes brancas do nosso batismo e da iluminação de uma vela são sinais do dom da graça que recebemos de Cristo, como lemos no Catecismo.


          A veste branca simboliza que o batizado "se vestiu de Cristo" (Gl 3:27) aumentou com Cristo. A vela, acesa no círio pascal, significa que Cristo iluminou o neófito. Nele, os batizados são "a luz do mundo. '" (Mt 5,14) (CIC 1243)


          A graça da vida sobrenatural e todos nós recebemos quando nos encontramos com Cristo pela primeira vez no batismo é a única fonte de vida para nós, não há substitutos para a coisa real. As coisas materiais, dinheiro, pessoas, nada pode nos oferecer a liberdade e a vida que chega até nós em Cristo. "Sem mim nada podeis fazer." Sofrimento, depressão, decepções são um fato da vida. O vôo deles é uma ilusão, uma mentira. Ou aprendemos a proteger a vida de Cristo dentro de nós como a única fonte de amor, como uma promessa de felicidade eterna, ou que vão tentar uma fuga em abuso da sexualidade, drogas, álcool, ou coisas materiais.


          A fonte de toda a alegria verdadeira e duradoura e bênção é Cristo. Isso é fácil de acreditar, mas difícil de viver de modo coerente dentro de um compromisso de vida. A vida aqui, às vezes, perde seu sabor, e algum dia vai acabar. Mas a verdade gloriosa e eterna é que somos sal e luz em Cristo, pois "Nele estão todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento". Somente Nele está a glória eterna, a nossa compartilhar agora, como uma força e sustento a cada momento, e para sempre.

Não tenha medo de arriscar-se pro Cristo.

Seja Simplesmente Feliz

 

Professor  Isaías da Costa

Contato: isaiasdacosta@hotmail.com

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A LUZ DO MUNDO

 

Domingo – 06 / Fevereiro / 2011

 

 

1ª Leitura -  Is 58, 7-10

 

A comunidade de exilados retorna à pátria. Tentam se organizar com belos cultos, liturgias, sacrifícios e jejuns. O Deus de amor fala ao profeta (e também para nós) que jejum nenhum se iguala ao acolhimento dos pobres e excluídos, aos marginalizados e explorados, aos doentes e desfigurados pelo sofrimento.

Não adianta jejuar e penitenciar, se mantiver o mesmo vazio interior. Se praticares a justiça, Deus será glorificado e te recompensarás com fartura e força para vencer todas as tribulações da vida.

Desfaçam, caríssimos, das correntes do jugo, da opressão e das prisões que empobrece espiritualmente o ser humano. Seja um solidário social.

Portanto, o nosso Deus que é a LUZ e SALVAÇÃO para todos que optarem para esta proposta, fará brilhar o sol da justiça e da paz sobre cada um de vós.

 

2ª Leitura - 1Cor 2, 1-5

 

O evangelista São Paulo mostra-se mais uma vez, humilde diante do povo da cidade de Corinto, com o firme propósito missionário de proclamar a todos a vontade do Senhor Jesus. São Paulo investido pelo Espírito Santo mostra aos ouvintes o encanto pela FÉ em Jesus Cristo e que a salvação humana tão somente aconteceu pela Sua crucificação.

Hoje em dia, muitos lideres se ostentam orgulhosos do seu poder e " sufocam " os mais necessitados, por pura arrogância e prepotência.

Caríssimos, esqueçam as vaidades humanas. Deixe-se guiar pela sabedoria que vem do Espírito Santo (entre outros dons) e creia que o único evangelho que perpetuará em nossas vidas é a cruz de Cristo: Ali reside a salvação de todos.

 

Evangelho – Mt 5, 13-16

 

Continuamos na seqüência das bem-aventuranças no Sermão da Montanha.

Jesus, deseja que sejamos irmãos e irmãs, SAL para que nossas ações e palavras tragam novas perspectivas de vida ao nosso próximo.

Que sejamos LUZ para guiar e iluminar o seu rebanho, por força do Espírito Santo fazendo-nos brilhar para a glória de Deu Pai.

A pessoa bem-aventurada é luz para a humanidade. Mostrar a beleza das criaturas, fecunda e vivifica tudo, e é salvação para a humanidade. O bem aventurado é chamado de "filho da luz". Afinal, para que serve o sal, senão para dar sabor ao alimento?

O pequeno, que merece atenção maior, porque não sabe se defender. Uma boa mãe não dedica atenção especial aos filhos mais fracos e desvalidos? Dar cor e sabor a vida não é eliminar o que é fraco, mas abrir espaço para todos os queridos filhos de Deus.

Porém, o SAL que nosso Senhor revela, é o que dá sabor à sociedade, preservando o direito e a justiça. O sal que ativa a chama de amor e da vida. Que nos perseverar, jamais nos entregando ao desespero e a derrota.

Isaías 42, 6-7 nos diz: " Eu, o Senhor, te chamei para a justiça e te tomei pela mão. Eu te formei e te encarreguei para seres a aliança do meu povo e luz para as nações, para abrires os olhos aos cegos, tirares do cárcere os prisioneiro, das masmorras os que estão na prisão escura."

Para Jesus, dar cor e sabor a vida é ocupar-se com o fraco, o impotente, que aos olhos de Deus vale tanto e mais do que o forte.

Enfim, ser LUZ é traduzir a vida em boas obras diante dos irmãos e irmãs para que todos louvem ao nosso Deus.

 

 

Gilberto Silva

 

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Somos a Luz e o Sal de Cristo – Claudinei Oliveira

 

Domingo, 6 de fevereiro de 2011

 

Leituras: Isaías 58,7-10; Salmo 111 (110); Coríntios 2, 1-15;  Mt 5,13-16

 

 

A liturgia deste domingo  nos orienta a sermos operários simples, fraternos, comprometidos e amáveis com as coisas de Deus. Voltar para o Pai com nossa fragilidade de cristão temente as maravilhas criadas por Ele, mas sermos a LUZ para dar testemunho do projeto da construção do Reino e o SAL para saborear as atitudes vivificantes da partilha. Cristo nos ama e nos ensina gratuitamente através das dádivas oferecidas a nós, a olharmos para os mais pobres e desprovidos de bens. Transpassar nosso olhar no irmão empobrecido e reconhecer a graça e a misericórdia de Deus pautada nas ações concretas para uma vida feliz.

 

O profeta Isaías  lembra sua comunidade para  reconhecer no outro a plenitude da solidariedade e da partilha, pois ao voltar do exílio  o povo eleito de Deus começou a endurecer o coração e não ajudar a totalidade da comunidade, ou seja, não levar uma prática fraterna. Muitos passavam necessidades básicas  de alimentação, vestuário e até nem tinha moradia. Isaías pede para partilhar com os mais fracos aquilo que necessita para completar a entrega do amor ao próximo quando afirma: reparte o pão com o faminto, acolhe em casa os pobres e peregrinos; quando encontrares nu, cobre-o e não desprezes a tua carne. (Isaías; 8). Mergulhar no mundo capitalista onde opera o lucro e o poder do capital  fica difícil de ser Luz e Sal para com Cristo. Como oferecer o lar a um desconhecido e desprotegido pelo sistema  excluído do capital, onde ensina a resguardar riquezas e poderes? Como ser solidário com os famintos quando o mundo desperdiça toneladas de alimentos por não encontrar compradores? Assim estamos sendo uma luz apagada, sem força e sem atitudes de cristão. Permanecer ausente da solidariedade é afirmar que não temos sabor para  agradar o irmão que necessita da ajuda; ele precisa da ajuda não é porque é um coitado ou preguiçoso, mas porque as portas do sistema fecharam para ele a oportunidade de conquistar seu sustento. Ficou às margens da sociedade esperando as migalhas  aparecerem para saciar a fome. São tantas as pessoas que vivem nos lixões da vida, são famílias inteiras flageladas  pelo poder dominador, na qual o dinheiro é o deus presente, a luxúria é o encanto da satisfação  da ostentação dos gastos e os bens materiais são as respostas ao lucro exorbitante  adquiridos com o suor do povo marginalizado. Jesus pede para sermos a luz e sal, logo deveríamos começar a  denunciar toda a forma de violência contra nossos irmãos  que calejados pelo árduo trabalho permanecem escravizados e alienados pelo poder operante.

 

A proposta do reino e levar justiça e igualdade para todos, pode soar como utópico, mas é real a proposta do reino. Sabemos que não estamos sozinhos, pois Cristo caminha ao nosso lado. Bastar chamar ou pedir que Ele prontamente nos atenderá. O profeta Isaías confirma isso quando cita então invocará o senhor e ele te atenderá, e dirá socorro e ele dirá: 'Eis-me aqui' (Isaías, 9). Na mão não ficaremos, pois está confirmado a presença constante de Deus na nossa vida. Presente no ato do agir  Deus envolve nosso Ser para  disseminar a alegria de sermos filhos bem amados do Criador. Não podemos ser egoísta conosco mesmo, isolar no mundo e acreditar que conseguiremos qualquer coisa a partir do Eu, mas acreditar através da fé que posso fazer algo para o povo de Deus. Eis –me aqui,  diz o Senhor; agarrar neste Deus vivo e ser fermento vivo da luz de Cristo para encorajar tantos irmãos que necessita de nossa ajuda. Para quê esconder? Para que isolar? Para que não querer enxergar? Precisamos nos redimir das nossas limitações e absorver o Espírito inspirador de Cristo e partir para luta. Com certeza vamos encontrar muitas barreiras, barreiras enormes, mas não intransponíveis. Segurando na força do batismo e guiado pela Luz da Divina Glória de Deus nada impedirá nosso caminhar para o bem comum. Mas, lembrem-se: faça tudo com simplicidade e amor.

 

Ser Luz e Sal do mundo é não usar da ignorância  da sabedoria. O apostolo Paulo na carta aos Coríntios   adverte que não recorreu a uma linguagem elevada ou ao prestigio da sabedoria humana (1Corintios, 1) pois a sabedoria humana não supera a sabedoria divina. Assim a comunidade é convocada por Paulo a  permanecer no nível da comunidade que na maioria é formada por homens simples. Não precisamos rebuscar palavras de efeito para dirigir a Palavra de Deus àqueles que precisam ouvir. Neste caso, ser Luz e chegar e penetrar no coração do homem sem iludir com falsas promessas ou falsos jogos de frases que enganam tantas pessoas de bem. Mas fazer compreender a verdade  do Cristo ressuscitado que salva e liberta. A persuasão  não pode passar da crendice naquilo que acredita para envolver o outro e levar a seguir rumo ao Pai. Enfim, Paulo nos lembra a missão de evangelizar na força do Cristo que morreu, mas ressuscitou para morar junto do Pai.

 

A denúncia  e a libertação foi a marca de Jesus na vida publica pelo Império Romano. Por onde passava  Jesus questionava  os maus tratos com o povo pobre, não concordava com o egoísmo de muitos  e repudiava a concentração de renda. Somos persuadidos a não imitar Jesus, mas denunciar toda forma de exploração. O gosto do sal vai aparecer quando confiamos na palavra de Deus e provocamos mudanças sociais. Discutir com a sociedade e a comunidade proposta de libertação  comunitária. Envolver a comunidade numa projeção de discipulado, na tentativa de sentir-se co-responsável na construção do Reino e continuar sua missão de   divulgar  as coisas boas. Isto é, fazer o Reino acontecer aqui na terra. Chega de zombaria ou desprezo, chega de mazelas sociais, chega de opressão para com os despossuídos, chega de miséria; é preciso libertar a sociedade, fazê-la sentir amável  e criar uma atmosfera de cumplicidade e justiça social.

 

A confiança depositada no cristão que projeta nova sociedade  assume proporção  de brilho interno e externo. A Luz de Cristo deve brilhar para todos em todos os segmentos sociais e até nos ermos desse planeta. Jesus afirma aos seus discípulos: assim também brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus, (Mt; 16). A missão do cristão é levar a boa nova as pessoas que ainda não querem aceita  a vida escolhida por Deus. A vida de paz, de alegria, de amor, de partilha, de solidariedade e de fraternidade. Para que essas pessoas  conhecem  essas maravilhas a nossa Luz deve brilhar com intensidade de magnitude de ano luz. Sermos vibrantes e corajosos para que a claridade da Palavra curasse a cegueira espiritual de muitos.

 

Portanto, ser Sal e Luz do mundo é entregar de corpo e alma na missão evangélica de profetizar o mundo que não quer aceitar ou enxergar o Deus da vida. Ser Sal e Luz do mundo é abraçar as causas do povo pobre e sofredor, é confortar os corações arrependidos e aflitos por justiça, é abastecer a alma faminta com Palavras que alimenta e sustenta  a fraqueza  do corpo, é enveredar o pensamento para sempre fazer o bem para todos. Assim seja, amém.

 

Abraço fraterno:

Claudinei Oliveira.

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VÓS SOIS A LUZ DO MUNDO.

Evangelho - Mt 5,13-16

Neste Evangelho, Jesus nos compara com a luz e com o sal. Foi no batismo que nos tornamos luz do mundo e sal da terra. A verdadeira luz nós sabemos que é Cristo; nós somos um reflexo dessa luz. Somos parecidos com aquelas árvores de Natal que usam fibra ótica. Uma só lâmpada embaixo é refletida em dezenas de luzinhas tornando a árvore muito bonita. A luz é Cristo e as luzinhas somos nós.

Deus quer iluminar o mundo, e quer fazer isso através de nós. Que não sejamos lâmpadas queimadas, candeias apagadas ou fraquinhas.

"Ninguém acende uma lâmpada e a coloca debaixo de uma vasilha, mas sim num candeeiro." Candeeiro é uma espécie de cabide na parede interna da casa, onde, à noite, se pendurava a candeia, cujo pavio, untado com azeite, mantinha a chama acesa. Quanto mais alto estava o candeeiro, melhor iluminava a casa. Temos a missão de ser luz do mundo. Colocamos a nossa luz debaixo da vasilha quando ocultamos a nossa fé e os valores cristãos. Podemos fazer isso com as palavras ou com o nosso comportamento.

As pessoas só são plenamente felizes quando são iluminadas pela verdadeira luz que é Cristo, presente na sua Igreja, que é una, santa, católica e apostólica. Faça uma experiência: Amarre um pano nos olhos e tente caminhar... É horrível! A gente se sente inseguro e tem medo de andar. O mesmo acontece com uma pessoa que anda longe do Caminho, da Verdade e da Vida, que é Cristo.

A Comunidade cristã é como o arco-íris: cada membro dela irradia a luz de Cristo com um matiz diferente.

"Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus." Sendo luz do mundo, nós glorificamos a Deus Pai.

"Vós sois o sal da terra." Assim como o sal dá sabor à comida, a Comunidade cristã traz alegria e vida para o seu bairro. O cristão e a cristã dão gosto de viver, para as pessoas com quem convivem.

"Se o sal se tornar insosso, com que salgaremos?" Se a Comunidade não dá testemunho, aí é o fim, porque o povo não tem outro referencial de caminho, verdade e vida, para seguir. Não tem outro ponto de apoio para avaliar se algo está é certo ou errado.

Seria como se o metro parasse de medir; como que o marceneiro iria fazer? Se a balança parasse de pesar, como que o balconista da mercearia iria fazer?

A Comunidade cristã é a continuadora de Jesus. Ela é a única referência segura deixada por Deus na terra. Referência de verdade, de justiça, de amor, de felicidade e de todos os valores. Portanto, ela é sal para todo o bairro, não só para os cristãos. Mesmo quem não a freqüenta nem pertence a ela, se baseia nela para avaliar a si mesmo e os outros, se estão certos ou errados, se estão ou não no caminho de Deus e da salvação.

Se a própria Comunidade cristã se corrompe, o povo fica triste e perdido, os jovens perdem a alegria e o brilho dos olhos.

"A luz resplandece nas trevas e as trevas não a compreenderam" (Jo 1,5). Se alguém se torna luz do mundo, com certeza vai sofrer os ataques do mundo pecador. Mas Deus é mais forte que o mundo.

Certa vez, um missionário chegou a uma Comunidade rural para começar as santas missões. Enquanto ele montava o som e preparava a capela, um menino de uns seis anos estava sempre perto dele. Então o padre perguntou: "Como você se chama?" Ele respondeu: "Diabo". O padre achou que era brincadeira, mas percebeu que a criança estava falando sério. Então chegou perto dele e disse com carinho: "Meu bem, como que é o seu nome?" "Diabo", repetiu novamente o garotinho. O padre não entendeu aquela atitude, mas disfarçou e disse a ele: "Onde você mora?" "No inferno", respondeu ele. O padre ficou ainda mais curioso e disse: "Onde fica o inferno?" "Ali", respondeu o menino apontando para a sua casa. "Vamos lá?" propôs o padre. "Vamos", disse o menino e até pulou de alegria. Quando estavam chegando perto da casa, o padre entendeu tudo. Ele ouviu a mãe gritar: "Onde está aquele diabo daquele menino?" A mãe vivia xingando o pobrezinho de diabo, dizendo que a casa era um inferno e o menino, na sua inocência, pensava que era isso mesmo, apesar de não saber o que significam as palavras diabo e inferno.

Claro que quem age assim não é luz do mundo nem sal da terra! Pelo contrário, está dando um contra testemunho cristão, além de escandalizar as crianças.

Maria Santíssima é uma luz forte e bonita. Ela continua até hoje iluminando o mundo. Peçamos à nossa Mãe do céu que nos ajude a ser sal da terra e luz do mundo.

 

Padre Queiroz

 

 

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VÓS SOIS O SAL DA TERRA E A LUZ DO MUNDO

 

 

DOMINGO, 6 DE FEVEREIRO DE 2011

 

5º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 

Santos do Dia: São Paulo Miki e Companheiros, Mártires (Memória); Amando de Maastricht (abade, bispo), Amando de Nantes (abade), André de Elnon (abade), Anatoliano de Auvergne (mártir), Dorotéia de Cesaréia (virgem, mártir), Gastão de Arras (bispo), Geraldo de Óstia (monge, bispo), Guerino de Palestrina (bispo), Hildegunda de Meer (viúva, monja), Renilda de Eyck (abadessa), Saturnino, Teófilo, Revocata e Antoniano (mártires), Silvano, Lucas e Múcio (mártires), Teófilo de Cesaréia (mártir).

 

Primeira leitura: Isaias 58,7-10
Tua luz brilhará como a aurora

Salmo responsorial: Salmo 111(112),4-5.6-7.8a.9 (R.4b 3b)

Uma luz brilha nas trevas para o justo, permanece para sempre o bem que fez.

Segunda leitura: 1 Corintios 2,1-5
Anunciei entre vós o mistério de Cristo crucificado

Evangelho: Mateus 5,13-16

Vós sois o sal da terra e a luz do mundo

 

As leituras de hoje têm como tema central a justiça de Deus, expressada plenamente no amor misericordioso para com o próximo. O relato lido do profeta Isaías situa-se no contexto do jejum, onde se realiza uma forte crítica ao povo de Israel por suas práticas religiosas desarticuladas da fé e da justiça para com os pobres.

 

O profeta chama a realizar o verdadeiro culto a Javé, ligado intimamente com a justiça e a misericórdia. As diferentes práticas religiosas deve sair do coração e devem dar o fruto de uma verdadeira justiça social, concretizada na partilha do pão para com o faminto, na solidariedade com os que sofrem, na preocupação visceral com os irmãos pobres, pois neles, no abatidos, nos mal vistos, é onde o mesmo Deus se revela; é neles que a luz de Deus se faz presente; é neles que o Deus de Israel verdadeiramente habita.


          Em relação com o anterior, Paulo expressa aos coríntios que o mistério de Deus, anunciado por ele, não se fundamenta na sabedoria humana, mas no mesmo Senhor crucificado, o qual significa que é Deus quem agiu em Paulo e na comunidade. É relevante que Paulo se refira à cruz de Cristo como o elemento essencial de sua pregação.


          Com esse elemento quer tornar presente o verdadeiro rosto de Deus que se revela, não aos sábios nem aos poderosos, mas aos que estão em situação de risco na sociedade. Daí que o anuncio da Palavra transformadora de Deus não pertença ao mundo da sabedoria humana, mas à força salvadora do Espírito de Deus.


          Isto significa que a fé e seu devido comportamento moral, sintetizado na justiça e na misericórdia, seja uma iniciativa exclusiva de Deus, uma ação libertadora que penetra no coração do ser humano e que o impele a agir de uma maneira coerente com a Palavra escutada. Portanto, o anúncio do mistério de Deus, realizado por Paulo à comunidade grega de          Corinto, é sua própria experiência de Cristo. O que realmente anuncia é a vivencia dessa mensagem.


          O evangelho de Mateus, expressa a missão dos crentes de todos os tempos: ser sal e luz para o mundo. Tanto o sal como a luz são elementos necessários na vida cotidiana das famílias. O sal dá sabor aos alimentos, conserva-os, purifica. Na antiga Palestina o sal servia para acender e manter o fogo dos fornos de terra.


          Por sua parte, como é sabido, a luz dissipa as trevas, ilumina e orienta as pessoas. É a metáfora perfeita empregada pelo AT para referir-se a Deus. É a tarefa dos profetas e, em especial, a do Messias: ser luz das nações (Is 42,6). Sal e luz, então, falam da tarefa do seguidor fiel de Jesus que tem como missão expressar a fé, sua integração ao projeto de Deus através do testemunho de vida através das boas obras, dos bons frutos.


          O seguidor tem ainda a missão de manter o sabor e a luminosidade da Palavra de Deus em todo tempo e lugar do mundo, tarefa que unicamente se consegue por meio de uma consciência plena da necessidade de fomentar, na comunidade mundial, a justiça e a solidariedade entre os irmãos.

          E quando a Igreja não é "luz do mundo", mas que também manifesta sua obscuridade, o pecado de seus fiéis e até de seus sacerdotes e bispos, e a falta de renovação para ser sal da terra?


          Também é preciso questionar-se a respeito disso. Porque a frase do evangelho não é uma declaração dogmática que nos torne imunes ao mal. O mal e o pecado também adentram em nossas vidas, e na do coletivo eclesial. Às vezes falta-nos coragem para ver, para reconhecer e combater o pecado em nosso meio.


          É um dever combater o mal, também quando o vemos dentro de nossa Igreja. Não manifesta amor o que cala. Certamente que a denuncia do mal da Igreja tem que ser por amor, porém um amor provavelmente conflitivo, que encontrará resistências. Porém, o amor não é capaz de calar de forma cúmplice, quando se sente na obrigação de combater o mal, precisamente por amor.

 

Missionários Claretianos

 

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VÓS SOIS A LUZ DO MUNDO.

 

 

            E no evangelho de hoje, Jesus continua pregando  para as multidões. Pregando através de parábolas. E  após explicar a parábola do semeador, ele trás hoje mais uma parábola, a da lâmpada, dizendo: "Quem é que traz uma lâmpada para colocá-la debaixo de um caixote ou debaixo da cama?" A resposta é fácil, acredito que ninguém acenderia uma lâmpada e a colocaria debaixo de um caixote, não serviria para nada, geralmente colocamos em um local que ilumine o máximo possível.

E como a lâmpada que não deve ser escondida, assim é a Palavra que deve ser proclamada para iluminar a todos, sem exceção. E não como acontece em outras doutrinas ou cultos, onde só tem acesso a Palavra um grupo pequeno que se considera iluminado. E para Jesus, todos têm direito, de conhecer sua mensagem, não excluindo ninguém. Porém, somos livres para aceitar ou rejeitar a Palavra. O discípulo que anuncia a Palavra, também é luz, é sua missão de descobrir como e onde proclamar a palavra de forma que ela chegue ao maior número de pessoas possível, para que a luz da vida possa iluminar a todos.

Devemos estar atentos para ouvir, acolher, praticar e deixar a palavra frutificar em nossos corações, e com atitudes positivas colocá-la em prática. Deixando de fazer maus julgamentos sobre os outros, pois "com a mesma medida com que medirdes também vós sereis medidos"; Se usarmos de misericórdia, receberemos muito mais misericórdia.  Sejamos luz, e assim possamos dar continuidade na missão de Jesus, levando a Palavra a todos e assim possamos atingir seus corações, para livrá-los das trevas, da solidão, do ódio, da tristeza... Que atentos todos nós possamos ouvir e acolher a "luz do amor de Deus".

Abraços a todos.

 

Mª Elian

 

Oração
Pai, ensina-me a ser benevolente com quem deve ser evangelizado por mim, para que, no final de minha missão, eu possa também experimentar a tua benevolência. Que eu não tenha medo de proclamar a Palavra do Reino, que ilumina a humanidade.

 

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IMITEMOS JESUS FALANDO A LINGUAGEM DO POVO

A PARÁBOLA DA VINHA

Jesus inventou estórias que receberam o nome de parábolas, para explicar a sua mensagem ao povo simples como deveriam fazer para merecer o reino eterno. Com essas parábolas, ficava muito mais fácil do povo entender o que Ele queria dizer. Evidentemente, Jesus poderia se expressar com um palavreado todo  complicado, rico mais difícil de entender.

Irmãos. Que a nossa homilia que é uma catequese, não seja uma rajada de palavras difíceis que passarão por cima da cabeça dos fiéis sentados nos bancos   da igreja a olhar para você sem entender  absolutamente nada. Já tive um professor assim. Ele memorizava,  para não dizer  decorava, muitas palavras difíceis e as bafejava em cima dos alunos. Alguns ficavam se sentindo uns vermes por que achavam que era por ignorância própria o fato de não entender.  Outros, como eu, ficávamos revoltados e denominamos aquelas tais aulas de  "enrolação"  geral.  Isso não é dar uma bola aula, mas sim, puro exibicionismo  intelectual, que não leva a nada, pelo fato de não ter atingido o público ouvinte,  de não  ter comunicado  ou transmitido o  conhecimento, como alguns sermões que já tive o desprazer de ouvir.   Nossa catequese tem de ser clara, objetiva, simples, com dinâmica, e acima de tudo, penetrante. Ela tem de balançar o ouvinte. Tem de tocá-lo profundamente com palavras simples do dia-a-dia da sua experiência vital. Seria uma afronta, falta de amor fraterno,  e anticristão, usar um palavreado difícil  quando me dirijo ao povo simples de uma comunidade semi distante dos grandes centros. Mesmo nos dirigindo a universitários, podemos aqui e ali, usar palavras que "rolam" na boca do povo.

Mas, qual é mesmo a mensagem que está por trás desta parábola. O que mesmo que Jesus queria dizer?  Bem. Ele aqui está criticando os chefes religiosos do templo de Jerusalém, sacerdotes e proprietários de terras. Na aplicação da parábola, entendemos assim:  Deus é o proprietário da vinha.  A vinha, é o povo amado por Deus. Os agricultores violentos são os chefes religiosos, que oprimem, exploram o povo e procuram eliminar quem busca libertação. Tanto é que eles entenderam que Jesus estava falando  deles. E irritados,  procuraram prendê-lo.

Esta parábola, também pode ser lida assim: Deus é o dono da vinha; A vinha é o mundo; Os empregados enviados  a vinha são os profetas que foram mostos, o filho do dono da vinha é Jesus.

Então. Deus mandou ao mundo seus enviados,  os profetas que foram mortos.  Em seguida, Deus manda ao mundo seu próprio filho, que também foi morto.  O que Deus fará com aqueles que fizeram isto?

Sal

 

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