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segunda-feira, 21 de maio de 2012

Comentários-Prof.Fernando


Comentários-Prof.Fernando(*) Pentecostes 27maio2012Ao sujo lavai, ao seco regai, curai o doente” ( de um antigo hino da festa de Pentecostes )       http://homiliadominical.blogspot.com.br

RESUMOS 2ª leit.: 1Cor 12,3-7.12-13  diversidade de dons, diversidade de ministérios, diferentes atividades, mas um mesmo Espírito, um Senhor, um só Deus. Evang.: Jo 20,19-23 disse: “A paz esteja convosco” – Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. Soprou sobre eles: “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem não os perdoardes, eles lhes serão retidos”.

Declarações naquele domingo de tardinha
·                    Primeira: “A paz esteja convosco” é o anúncio do perdão para os discípulos que o abandonaram. Essa paz traz alegria a eles.
·                    Segunda: “Como o Pai me enviou, também eu vos envio” mostra que ele confia aos discípulos a mesma missão que era a sua (salvar o povo de seus pecados – Mt 1,21; o Cordeiro de Deus que tira o pecado mundo – Jo 1,29; sua missão se encerra quando diz “tudo está consumado” – Jo, 19,30; na cruz pede o perdão não só para os amigos mas até para os inimigos: “perdoai-lhes porque não sabem o que fazem” – Lc 23,34; o perdão é sinal de que a justiça de Deus é clemência para quem recebe o evangelho como a Boa Nova do perdão de todas as dívidas, o que foi anunciado em Lc 4,19 citando Is61,2; na última ceia, declara: seu sangue será derramado por uma multidão para perdão dos pecados (Mt 26, 28; a carta(1ª João1,7) resume a missão: o sangue que nos limpa de todo pecado).
·                    Terceira: “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem não os perdoardes, eles lhes serão retidos”. O “sopro” relembra literariamente Genesis 2,7: Deus dá vida ao que era barro. A missão e o sopro formam a unidade que significa o perdão dos pecados. A tradução ao pé da letra do texto original seria:
Se de uns soltais (=dissolveis,dispensais, livrais, perdoais) os pecados, serão perdoados a eles;
se de uns segurais fortemente (=reprimis, conservais sob poder), serão retidos  [é o oposto].
A segunda parte em cada frase indica (pelo uso do passivo=ser perdoados/retidos) uma ação de Deus, enquanto a primeira parte indica a missão dada= Vós perdoais. Vós retendes.

Páscoa e Pentecostes
·                     O Espírito “é dado” na ressurreição ou em Pentecostes? Em todo tempo e lugar pois também não faz sentido perguntar: J.Cristo deu seu sangue por nós na Ceia, ao ser flagelado ou ao ser pregado por pés e mãos ou quando expirou? Respondemos: em todo tempo e lugar, desde a anunciação a Maria e desde a criação do mundo, pois nele foram criadas todas as coisas-Col1,16).
·                    Diferenças entre relatos evangélicos. Os escritores do Evangelho não se preocupam com detalhes pois todas as comunidades conheciam já a tradição praticada entre os cristãos. Lc24,33 diz que 2 discípulos vieram de Emaús a Jerusalém e aí acharam reunidos os Onze e os que com eles estavam. João, no entanto, diz que faltava um, Tomé. Se exigíssemos que houvesse um registro detalhado diríamos que Tomé não recebeu o Espirito Santo, porque não estava presente “naquela” hora!... Como na Ascensão, a mensagem é de que o Cristo indica à sua Igreja a missão que era a dele. Agora, é a comunidade cristã que deve levar às gerações seguintes o anúncio: Evangelho é “Boa Notícia” do Perdão, da Salvação, da Justificação. No Pentecostes a grande notícia é essa presença do Espírito, garantindo a comunicação (mesmo de línguas diferentes, todos podem compreender que Deus é bom, perdoa e os ama).
·                     Divergências e Interpretações. No site presbíteros.com.br um comentário do Pe. Ignácio sobre o mesmo texto lembra que os reformados depois de Lutero afirmam que este poder e este encargo são entregues a todos os discípulos; de fato a todos os fieis de todos os tempos (Jo 17, 20) e não a Pedro em particular (Mt 16, 19) ou a um ordo sacerdotal (Lc 24, 48). O perdão não é dado por meio de um poder ministerial causado por uma recepção do Espírito; porém, escutando o testemunho dos fieis, os homens acreditarão (seus pecados lhes serão perdoados) ou se escandalizarão (seus pecados lhes serão retidos). A Igreja Romana admite como certo que o poder dado por Cristo de perdoar os pecados se exerce também no Batismo e na pregação da palavra (Mc 15, 16). Todo sacerdote no final da leitura do evangelho diz: Pelos vocábulos ditos, sejam perdoados nossos delitos. Mas – continua Pe. Ignacio – o concílio de Trento declarou anátema do ponto de vista católico, a interpretação desta passagem como não se referindo à potestade de perdoar e reter os pecados no sacramento da penitência, mas somente restringida à autoridade de pregar o evangelho.

Missão da Igreja e História
·                     Essa é uma das diferenças entre os cristãos reformados e os católicos. Ora, estamos exatamente na Semana de orações pela unidade dos cristãos (de 20 a 27 de maio). Não é aqui o lugar para discutir as diferenças entre confissões cristãs e, no entanto, esse é um momento especial para sublinhar a fé comum em Cristo e no perdão que ele trouxe ao mundo. Sejam aquelas, acima, ou outras, as interpretações históricas que cresceram dentro do Cristianismo, certamente precisamos de muita oração para aprender a conviver na paz e na caridade, fazendo também convergir a ação comum para o testemunho do nosso Credo.
·           Até o ano 1.000 d.C. havia só uma Igreja cristã com 5 patriarcados (Jerusalém, Antioquia, Roma, Alexandria e Constantinopla). Essas “igrejas particulares” viviam em comunhão e em relativa harmonia apesar de terem havido muitas discussões e pendências em questões que antecederam o chamado grande Cisma. Esse ocorreu em 1054 quando os patriarcas de Roma e Constantinopla se excomungaram mutuamente. Por volta de 1520 houve uma nova separação (que ficou conhecida como Reforma). Além de Lutero houve outros reformadores nessa época como Calvino, Zwinglio e os anabatistas. A Inglaterra também fundou o Anglicanismo. Mais tarde, outros ramos, como Puritanos, Metodistas e Batistas (e outros mais recentes) formaram-se a partir das doutrinas ditas protestantes.
·                     Sobre a Semana de orações pela unidade, ver, entre outros, na internet: http://www.cnbb.org.br/site/imprensa/noticias/8945-semana-de-oracao-pela-unidade-dos-cristaos-2012 (notícias da Cnbb); http://semanadeoracaopelaunidade.blogspot.com.br/ (site oficial)
http://www.oikoumene.org/fileadmin/files/wcc-main/documents/p2/2011/WOPCU2012port.pdf  (subsídios preparados pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e pela Comissão Fé e Constituição do Conselho Mundial de Igrejas).
·                     Nos sites de diversas tradições cristãs – mesmo daquelas que não são membros do CONIC (o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs no Brasil cuja Carta de convocação vem assinada pelos representantes da Cnbb (católicos), da IEAB (anglicanos), da IECLB (luteranos), da IPU (presbiterianos) e da ISOA (síria-ortodoxa). A programação é promovida por comunidades e instituições em várias cidades.

Tantos grupos: haverá comunhão “num mesmo Espírito”?
·                     Perto de onde moro há vários templos: Metodista, Luterano, Católico, Testemunhas de Jeová. A duas quadras: um templo Presbiteriano, outro da Assembléia de Deus, dois salões alugados (da Universal e da Mundial). Mudaram de endereço 2 grupos que estavam na minha rua: um Batista (não o tradicional) e outro Pentecostal. Os nove falam “em nome de Jesus”. Há quem me pergunte se são diversos ministérios ou interesses (querem aumentar o número de seguidores mais do que pregar o evangelho). Não saberia a resposta, mas confesso que às vezes acompanho com espanto o que se prega em muitos programas na TV aberta ou a cabo.
·                     A celebração de Pentecostes, como assinala a carta de Paulo aos Coríntios ou a Carta que convida à oração na Semana, pode nos ajudar a superar uma tendência. Em geral nos consideramos melhores do que outros, donos de doutrina mais ortodoxa ou correta e acreditamos na “vitória” de “nossa” igreja ou tradição ou confissão, sobre as outras... O lema da Semana de Orações é: “Todos seremos transformados pela vitória de nosso Senhor Jesus Cristo” - 1ª Cor15,5- 58) vem lembrar que há um só Deus, um só Senhor, um só Espírito. E que também há também diversidade de dons, de ministérios e atividades. Paulo mostrava que as várias culturas não atrapalhavam a presença do único Espírito. Com maior razão hoje os cristãos, embora nascidos e educados em muitas tradições deveriam acreditar, nessa festa de Pentecostes, que a vitória do ressuscitado nos garantiu receber o Espírito.

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(*) Prof. (USU-Rio) mestre (educação/ teologia/ t.moral. Administração universitária e consultoria: fesomor2@gmail.com

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