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Fiéis à Doutrina da Igreja Católica, porque somos católicos.

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HOMILIAS PARA O

PRÓXIMO DOMINGO


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domingo, 18 de julho de 2010

MARIA ESCOLHEU A MELHOR PARTE

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HOMILIAS PARA O PRÓXIMO DOMINGO

18 DE JULHO DE 2010

SEJAM BEM VINDOS AOS BLOGS DOS

INTERNAUTAS MISSIONÁRIOS

Fiéis à Doutrina da Igreja Católica,

porém, respeitamos todas as religiões.

Profª Maria Regina

Jornalista Lincoln Spada

Funcionária pública e estudante Maria Elian

Funcionária Pública Vera Lúcia

Estudante Janaina

Estudante Ana Luiza Medeiros

Estudante Débora Cristina

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Empresário Humberto Celau

Professor Isaías da Costa

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MUITO OBRIGADO PELOS ELOGIOS. EU OS REENVIO AO ESPÍRITO SANTO

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

-Enviado por Vera Lúcia

Entendendo o evangelho

Hoje vamos observar a vivência de duas grandes mulheres, Marta e Maria, ação e oração. As duas eram irmãs e moravam em Betânia que ficava a caminho de Jericó, próximo a Jerusalém. Quando Jesus ia à Jerusalém, geralmente passava em Betânia.

Ao chegar à casa das irmãs, Jesus põe-se a conversar com elas. Porém, Marta está agitada arrumando a casa, pois quer acolher o Senhor da melhor forma possível. Marta tem uma compreensão de serviço baseada apenas no fazer. Maria de forma simples e pura fica sentada aos pés de Jesus, por que não quer perder nenhum minuto ao seu lado. A maneira de trabalhar de Maria estava na escuta da palavra. Todas estão na missão, todavia elas possuem uma compreensão diferente da missão.

Jesus censura Marta, pois essa está demasiadamente preocupada com os afazeres. Todavia, ele adverte Marta de uma forma gentil e carinhosa. Marta poderia cair na tentação de se preocupar muito com os afazeres matérias e esquecer dos espirituais, escuta e oração.

Por quê Jesus disse que Maria escolheu a melhor parte? Maria representa a vida contemplativa. Mostra que está atenta e quer ouvir as palavras do Senhor. De forma alguma Maria desqualifica as atividades de Marta, porém ela nos mostra que toda a ação feita deve primeiro ter um sentido, e esse sentido encontra-se na oração.

Vivendo o Evangelho

Olá, atento leitor. Estamos vivenciando mais um dia de vida. Hoje você acordou e logo se pôs em oração. Parabéns “Maria”. Hoje você acordou foi logo para os seus afazeres, que não devem ser poucos. Parabéns “Marta”.

Quantos de nós nos identificamos com essas duas personagens. Marta e Maria trazem uma valiosa reflexão para a nossa caminhada. Lembremo-nos que cada uma delas tem a sua importância, mas jamais podemos deixar de ficar com a melhor parte: escutar as palavras do Senhor.

Minha reflexão hoje se faz curta por que desejo publicar um dos poemas de meus leitores. Acredito que esse leitor contempla, escuta e põe as palavras de Jesus em prática. O texto é de Maria Olívia Coutinho. Mande também um texto. Terei o maior orgulho de publicá-lo junto às minhas reflexões

O sonho de uma flor! (Maria Olivia Coutinho)

Era uma vez uma flor singela, que nasceu no alto de uma colina!

Nem o calor do sol, nem o frio das madrugadas e os inúmeros vendavais, conseguiram roubar dela sua alegria de viver!

Pelo contrário, lhe deram mais resistência!

Era uma flor muito feliz!

Amava a vida, e confiava na proteção do seu Criador!

Mesmo vivendo no meio de tantas flores, ela guardava consigo um segredo: o sonho de conhecer uma flor que a entendesse melhor! Que a ouvisse falar dos seus sonhos, das suas alegrias, dos seus encantamentos...

O vento até que era um bom amigo, mas muito apressado, nem parava pra ouvir as suas historinhas!

Um dia, o vento soprou tão forte, que a flor ao espichar tanto, conseguiu ver lá no pé da colina um belo jardim!

Um lírio branco, iluminado pelos raios do sol, chamou sua atenção! Parecia um sonho! Ela nunca tinha visto flor tão bela!

Daquele dia em diante, ela não parou de pensar naquele lírio encantado! Passou a ter um enorme desejo de um dia conhecê-lo de perto!

O vento amigo, percebendo tudo, quis lhe dar uma ajudinha! Com muito jeitinho, pediu a chuva pra molhar a terra de mansinho, durante a noite e pela manhã, ele soprou tão forte que arrancou aquela flor com a raiz e tudo, lançando-a lá no jardim onde estava o lírio!

Que felicidade! Enfim, podia vê-lo de perto! Conhecê-lo melhor!

Foi uma grande alegria! No seu íntimo, Deus lhe falou baixinho:

"Este é aquele amigo dos seus sonhos”!

De fato, os dois tornaram grandes amigos!

Ela ofereceu a ele um pouco da sua cor!

E ele passou pra ela o seu perfume!

E os dois, cheios de alegria foram unidos por Deus com um laço forte de amizade!

Professor Isaías da Costa - mande seu texto: isaiasdacosta@hotmail.com

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NÓS ESTAMOS NO MUNDO, MAS NÃO SOMOS DO MUNDO, SOMOS DE DEUS, CIDADÃOS DO CÉU, POVO DE PROPRIEDADE EXCLUSIVA DE DEUS.

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As duas irmãs de Lázaro nos dão uma amostra de como são as nossas atitudes na nossa vida cotidiana e a maneira como nós nos comportamos quando realizamos as nossas tarefas. Marta, preocupada com os afazeres, preparava com muito amor a refeição para Jesus, mas se inquietava por não ter a ajuda da sua irmã. Maria, porém, não menos acolhedora que sua irmã, sentava-se aos pés de Jesus e, além de lhe fazer companhia, escutava-O falar. Diante da interpelação de Marta, Jesus, com sinceridade, deu a ela uma lição de vida: “Marta, Marta! tu te preocupas e andas agitada por muitas coisas. Porém uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada.”

Meu irmão, minha irmã!Todos os grandes homens e mulheres de Deus foram pessoas que dedicaram muito tempo para estar com o Senhor. Muitas vezes nos sobrecarregamos de serviço, vivemos o dia inteiro correndo, resolvendo problemas, e Deus nos diz: Pare meu filho! Gaste um pouco mais de tempo comigo. Quanto tempo você tem dedicado ao seu relacionamento com Deus? Devemos reservar alguns momentos do nosso dia para buscarmos ao Senhor, através da oração, jejum, leitura da palavra, etc. O Senhor precisa ocupar o primeiro lugar nas nossas vidas, esse princípio não pode ser quebrado jamais.

Se estivermos bem atentos nós iremos perceber também, que na nossa vida, nós nos agitamos e ficamos ansiosos por coisas que nos são naturais fazê-las, mas que não precisariam de tanta preocupação. Jesus não censurou Marta pelo que ela estava fazendo, mas por causa da sua inquietação e angústia. Deus conhece o mais profundo do nosso ser, os nossos pensamentos, pecados, desejos, vontades, temores, dúvidas, sonhos. Nada podemos ocultar do Senhor, pois os seus olhos estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons. A sinceridade é um dos requisitos para quem deseja manter um bom relacionamento com o Eterno. Os fariseus sempre foram censurados por Jesus, porque eles não possuíam essa virtude, viviam de aparência e substituíam a revelação divina por suas próprias idéias e interpretações.

Nós nos preocupamos e queremos fazer muitas coisas de uma vez só, no entanto Jesus nos adverte que “uma só coisa é necessária“. O ato de sentar-se aos pés de Jesus nos faz realizar as nossas ocupações com menos ansiedade. Quando nós buscamos o reino de Deus pela oração, pela vivência da Palavra, as coisas acontecem naturalmente e tudo vem por conseqüência da nossa busca. Nós estamos no mundo, mas não somos do mundo, somos de Deus, cidadãos do céu, povo de propriedade exclusiva de Deus. Infelizmente existem muitas pessoas que ainda não conseguiram se libertar totalmente do sistema mundano e continuam sendo amigos do mundo.

A oração nos leva à ação. Há que se ter uma fé coerente que nos leve a ser Maria, mas também, como Marta, a assumirmos os nossos encargos. De qualquer forma Jesus nos acolhe como somos e como estamos. Nós devemos ser vasos na mão do oleiro, precisamos ser moldados e transformados a cada dia pelo nosso Deus. A total transformação não acontece da noite para o dia, mas sim com o passar do tempo, através do arrependimento, renúncia, e muita força de vontade. Salomão escreveu em Provérbios 4,18: Porque a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito. Isso fala da transformação gradual que acontece na vida de todo aquele que confessa a Jesus como Senhor e Salvador de sua vida.

O Senhor te chama para que você possa cultivar um relacionamento mais profundo com Ele, pois nada pode substituir o nosso relacionamento com Deus. Pai, que o meu agir não seja movido por um ativismo insensível à Palavra de Jesus. Antes, seja toda a minha ação decorrência da escuta atenta da Palavra do Teu Filho que é o Caminho, a Verdade e a Vida.Meu irmão , minha irmã :Você é Marta ou Maria no seu dia adia? Você tem sabido equilibrar essas duas situações? Quando você tem muito o que fazer durante o seu dia como é que você se sente? Você tem feito esforço para sentar-se aos pés de Jesus e pedir a Ele orientação para os seus afazeres? Faça essa experiência.

Amém

Abraço carinhoso de

Maria Regina

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MARIA ESCOLHEU A MELHOR PARTE


Aa leituras do XVI Domingo do Tempo Comum convidam-nos a refletir o tema da hospitalidade e do acolhimento. Sugerem, sobretudo, que a existência cristã é o acolhimento de Deus e das suas propostas; e que a ação (ainda que em favor dos irmãos) tem de partir de um verdadeiro encontro com Jesus e da escuta da Palavra de Jesus. É isso que permite encontrar o sentido da nossa ação e da nossa missão.

A primeira leitura propõe-nos a figura patriarcal de Abraão. Nessa figura apresenta-se o modelo do homem que está atento a quem passa, que partilha tudo o que tem com o irmão que se atravessa no seu caminho e que encontra no hóspede que entra na sua tenda a figura do próprio Deus. Sugere-se, em conseqüência, que Deus não pode deixar de recompensar quem assim procede.

No Evangelho, apresenta-se um outro quadro de hospitalidade e de acolhimento de Deus. Mas sugere-se que, para o cristão, acolher Deus na sua casa não é tanto embarcar num ativismo desenfreado, mas sentar-se aos pés de Jesus, escutar as propostas que, n’Ele, o Pai nos faz e acolher a sua Palavra.

A segunda leitura apresenta-nos a figura de um apóstolo (Paulo), para quem Cristo, as suas palavras e as suas propostas são a referência fundamental, o universo à volta do qual se constrói toda a vida. Para Paulo, o que é necessário é “acolher Cristo” e construir toda a vida à volta dos seus valores.
É isso que é preponderante na experiência cristã.


Primeira Leitura - Leitura do Livro do Gênesis (Gn 18,1-10a)


Naqueles dias, 1o Senhor apareceu a Abraão junto ao carvalho de Mambré, quando ele
estava sentado à entrada de sua tenda, no maior calor do dia.

2Levantando os olhos, Abraão viu três homens de pé, perto dele. Assim que os viu, correu ao seu encontro e prostrou-se por terra. 3E disse: “Meu Senhor, se ganhei tua amizade, peço-te que não prossigas viagem, sem parar junto a mim, teu servo.

4Mandarei trazer um pouco de água para vos lavar os pés, e descansareis debaixo da árvore. 5Farei servir um pouco de pão para refazerdes vossas forças, antes de continuar a viagem. Pois foi para isso mesmo que vos aproximastes do vosso servo”.

Eles responderam: “Faze como disseste”.

6Abraão entrou logo na tenda, onde estava Sara, e lhe disse: “Toma depressa três medidas da mais fina farinha, amassa alguns pães e assa-os”.

7Depois, Abraão correu até o rebanho, pegou um bezerro dos mais tenros e melhores, e deu-o a um criado, para que o preparasse sem demora.

8A seguir, foi buscar coalhada, leite e o bezerro assado, e pôs tudo diante deles.
Abraão, porém, permaneceu de pé, junto deles, debaixo da árvore, enquanto comiam.

9E eles lhe perguntaram: “Onde está Sara, tua mulher?”
“Está na tenda”, respondeu ele.

10aE um deles disse: “Voltarei, sem falta, no ano que vem, por este tempo, e Sara, tua mulher, já terá um filho”.
Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial - Salmo 14


É aquele que caminha sem pecado
e pratica a justiça fielmente;
que pensa a verdade no seu íntimo
e não solta em calúnias sua língua.

Ensinai-nos, Senhor: quem habitará em vossa casa?

Que em nada prejudica seu irmão,
nem cobre de insultos seu vizinho;
que não dá valor algum ao homem ímpio,
mas honra os que respeitam ao Senhor.

Ensinai-nos, Senhor: quem habitará em vossa casa?

Não empresta o seu dinheiro com usura,
nem se deixa subornar contra o inocente.
Jamais vacilará quem vive assim!

Ensinai-nos, Senhor: quem habitará em vossa casa?


Segunda Leitura - Carta de São Paulo aos Colossenses (Cl 1,24-28)


Irmãos: 24Alegro-me de tudo o que já sofri por vós e procuro completar em minha própria carne o que falta das tribulações de Cristo, em solidariedade com o seu corpo, isto é, a Igreja.

25A ela eu sirvo, exercendo o cargo que Deus me confiou de vos transmitir a palavra de Deus em plenitude: 26o mistério escondido por séculos e gerações, mas agora revelado aos seus santos.

27A estes Deus quis manifestar como é rico e glorioso entre as nações este mistério: a presença de Cristo em vós, a esperança da glória.

28Nós o anunciamos, admoestando a todos e ensinando a todos, com toda a sabedoria, para a todos tornar perfeitos em sua união com Cristo.
Palavra do Senhor.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas (Lc 10,38-42)


Naquele tempo, 38Jesus entrou num povoado, e certa mulher, de nome Marta, recebeu-o em sua casa. 39Sua irmã, chamada Maria, sentou-se aos pés do Senhor, e escutava sua palavra.

40Marta, porém, estava ocupada com muitos afazeres. Ela aproximou-se e disse: “Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha, com todo o serviço? Manda que ela me venha ajudar!”

41 O Senhor, porém, lhe respondeu: “Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada por muitas coisas. 42Porém, uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada”.
Palavra da Salvação.


Comentário - Acolher, receber, amar...


Agora que o turismo está na moda, uma das virtudes atribuídas aos povos de cada nação ou região ou cidade é se promover como lugar de destino turístico e de hospitalidade. Dizer dos habitantes de um lugar que são hospitaleiros é uma forma de convidar o turista. É dizer-lhe que vai se sentir como em casa, que lhe vão tratar bem, que não se vai sentir estrangeiro nem marginalizado. Não deixa de ser uma mentira e das gordas dado que toda a hospitalidade que se recebe nesses destinos turísticos deve ser paga pontualmente e quase sempre a altos preços. Nem a hospitalidade é realmente virtude nem a realidade são como pintam as fotos desses folhetos.

A hospitalidade é virtude antiga, típica do mundo rural. Típica, sobretudo, de um mundo mais duro e difícil, onde só essa básica solidariedade humana podia oferecer a ajuda necessária para se sobreviver. Em um mundo onde não tinha serviços de emergência, nem ambulâncias, nem seguros sociais, a única rede disponível para que a pessoa com problemas não caísse no vazio era a mão amiga de outra pessoa que prometia compartilhar o que tinha e abrir um espaço na mesa e na casa, um pouco de comida e um lugar para dormir, descansar e repor suas forças.

Estender a mão ao irmão

A mensagem de Jesus não está muito longe do sentido comum. A salvação não se encontra fechada em nossa própria carne, mais estendendo a mão ao irmão. É “nossa própria carne” todo homem e mulher deste mundo. Este mundo não está dividido, está globalizado. Não há muitos mundos senão um só. Todos os que vivem nele fazem parte da mesma família. Só sobreviveremos se o fazemos juntos, nos dando a mãos e caminhando juntos. Fechar-nos na nossa própria carne, dar as costas uns a outros, não nos leva mais que à morte e à destruição.

A primeira leitura fala-nos de um mundo passado, rural, longe da pressa das cidades. É um mundo no qual as pessoas não vivem fechadas em suas casas, sempre rodeadas de medidas de segurança porque têm medo dos “outros” e do que os outros possam lhes fazer. Abraão está sentado à porta de sua casa. A porta está aberta e os que estão a caminho podem passar e se sentir como em casa. Sem pagar. Sem condições de nenhum tipo. Os visitantes são como a visita de Deus. Por isso Abraão se prostra em terra ante eles e lhes pede que passem pela sua casa. A hospitalidade converte-se quase em um favor que faz o visitante ao anfitrião.

Hospitaleiros pelo Reino

A hospitalidade é acolher ao outro e abrir-lhe as portas da casa e também do coração. Não é só atender materialmente. Nossa sociedade tem organizado serviços sociais muito bons materialmente, mais às vezes falta o coração e a alma. De meus tempos de peregrino no Caminho de Santiago recordo que os refúgios dirigidos pelas instituições públicas costumavam estar muito bem quanto às condições materiais, mais nada mais. No entanto, os organizados por associações de amigos do Caminho eram bem mais pobres materialmente, mais cheios de vida, de ar de família, de acolhida fraternal.

Talvez essa seja a reprimenda carinhosa que faz Jesus a Marta. Marta se preocupava pelo material e esquecia-se de que na casa tinha entrado uma pessoa, que as pessoas precisão comer, vestir e muitas outras coisas, mais, sobretudo precisam de alguém que escute que atenda e entenda que nos acolha como somos sem condições. Tudo isso é a hospitalidade. Uma antiga virtude. Uma virtude profundamente evangélica porque tem muito que ver com o Reino de Deus. Uma virtude muito necessária em nosso mundo porque a sociedade faz-se cada vez mais individualista. Há muita solidão. Há muita necessidade de pessoas que acolham que estendam a mão aos irmãos e irmãs.

Assim se constrói o Reino. E nós discípulos de Jesus deveríamos ser os primeiros em acolher, em receber, em amar. Não é isso completar em nossa carne as dores de Cristo? Não é isso ser ministro do Evangelho? Não é isso anunciar a esperança da glória que é Cristo?


Pe. Fernando Torres

Fonte: Ciudad Redonda

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A melhor parte foi a que Maria escolheu. Ouvir Jesus. É o que nós estamos precisando fazer agora também. Ouvir Jesus através da palavra, através do silêncio meditativo que pode ser ao acordar, minutos antes do horário e sentir Jesus nos falando. Dizendo-nos o que temos de fazer para resolver aquele problema que nos inquietou no dia anterior.

Prezados irmãos, antes de ouvir o Mestre, precisamos falar com Deus com mais freqüência. Se fizermos um balanço das nossas orações, ficaremos abismados do quanto estamos rezando pouco. Precisamos falar mais com Deus. A todo instante, como Jesus nos orientou. “Vigiai e orai sem cessar”. Rezar só na hora de ir deitar-se não basta. Precisamos estabelecer uma hora no nosso dia para nos dedicar à oração. Conversar com Deus. Falar com Ele e ouvi-lo.

É importante lembrar que Deus nem sempre fala conosco na hora que esperamos, ou que queremos. Deus é imprevisível. Ele pode falar conosco nas horas mais inesperadas. Como, por exemplo, nos acordar as 4 da madrugada para nos dizer o que temos de explicar no encontro com as crianças do catecismo. Ou pode falar conosco através de uma pessoa que jamais esperávamos. Assim como nos fala também através dos acontecimentos, além da palavra propriamente dita.

Um rádio desligado não fala nada. Nós também para ouvirmos a vós de Deus é necessário que estejamos ligados, e sintonizados. Numa linguagem jovem, diríamos que é preciso estar ligado na parada. Sacou, velho?

Tem horas que precisamos ser como Marta, e tem horas que precisamos ser como Maria. Porque primeiro precisamos nos alimentar da palavra de Deus para depois ir à luta. Depois de nos alimentar de Deus, devemos levar este mesmo Deus aos irmãos. Uma coisa complementa a outra. Sem falar com Deus, sem ouvir Deus, nada seremos. Não valeremos nada, pois não conseguiremos dar o que não temos.

De nada adianta ser um bom administrador, cuidar maravilhosamente das necessidades materiais da Paróquia, se não estivermos administrando ou cuidando da nossa espiritualidade. Satanás logo se aproximará de nós, e nos levará para longe do nosso trabalho, para longe de Deus.

Por outro lado, é bom que sejamos santos, mas se não temos o dom de administrar a casa de Deus, precisamos de alguém de confiança para nos acompanhar. Alguém que cuide da parte material do templo, da alimentação, da moradia, em fim de toda a vida paroquial.

Vamos falar com Deus, através de Jesus. E ficar atentos para ouvir a Sua voz, com muita atenção, para saber o que Ele quer de nós. Amém.

Sal

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Comentário à 1a. leitura do Prof.Fernando

Domingo - 18 de julho – 16ºDOMINGO do Tempo Comum

Comentário à 1ª Leitura - Gênesis 18,1-10a

Meu Senhor, não prossigas viagem, sem parar junto a mim, teu servo.

[ Evangelho Marta recebeu-o em sua casa.Maria escolheu a melhor parte.Lucas 10,38-42 ]

Mambré era um santuário no tempo patriarcas (digamos uns 1800 anos a.C.). Eram árvores sagradas? teria sido o nome do dono daquela floresta? Era uma árvore marcando o lugar sagrado onde Abraão foi visitado pelo próprio Deus? Muito se tem investigado pelo lado dos estudiosos da bíblia e pela arqueologia. Mambré nos dá o contexto de ritos e religiões. Abraão, como outros chefes de clãs à época também tinha sua religião. Mas a particularidade dessa história que vem sendo contada desde o cap. 12 do Gênesis como uma história de Fé é a presença misteriosa do Senhor no meio da vida humana.

Essa história tinha começado com uma promessa incrível: Abraão – chamado a deixar sua terra de origem – será pai de um povo numeroso. Mas como isso seria possível pois ele não tinha filhos? A promessa repete-se em diversas passagens mesmo quando Abraão e sua mulher Sara já são idosos. Abraão chega a especular se sua posteridade viria de um seu empregado Eliezer, muito fiel (cap.15) mas o Senhor diz que não é essa a solução. No cap. 17 Abraão pensa que o herdeiro poderia ser o filho que tivera com sua escrava (costume autorizado à época pela própria esposa estéril). De novo o Senhor insiste que o filho da promessa será de sua esposa. E ele se chamará Isaac. Yis’háak é forma abreviada de um termo maior, algo como: “o riso ou a alegria de Deus”.

Em 17,17 Abraão ri (porque tinha 99 anos ao celebrar a Aliança com seu Deus e de novo ouvir a promessa de um filho). Apesar da dúvida seu riso é mais de espanto que de incredulidade. Em 18,12 Sara também ri (mais pelo inusitado da promessa – praticamente nem lhe faltou a fé pois naquele momento ainda desconhecia a identidade de quem Abrão acabava de hospedar. Mas ela terá sua verdadeira risada na explosão de ação de graças e alegria (21,6) quando dà à luz, na velhice, ao fruto da promessa, dizendo: “o Deus me fez um riso! Quem ouvir rirá !” Ainda ouvimos outro eco dessa alegria no riso de Ismael (21,9) o meio-irmão de Isaac. Todo “riso” – para o hebreu – lembra a palavra “Yish’áak” = Isaac. Todas essas risadas remetem ao nome de Isaac.

Essas histórias (foram ao menos 25 anos de promessas, risos, espantos e fidelidade na caminhada) antecedem a cena que hoje lemos. O redator final incluiu aqui certamente várias tradições. Junto à famosa árvore de Mambré, acontece o que jamais tinha acontecido na história da humanidade: Deus convidado à sentar-se à mesa com o ser humano! O texto ora utiliza o singular ora o plural. Começa dizendo que Yahwé apareceu a Abraão mas diz também que ele viu três homens à entrada da sua tenda. Adiante se dá a entender que Yahwé está acompanhado de dois homens (chamados no cap. 19 de “Anjos”). E Abraão diante dos três viajantes à porta de sua casa assim se dirige a Deus (v.3): “Meu Senhor... não prossigas viagem sem parar”. E manda preparar um verdadeiro banquete para seus hóspedes. Deus – que veio visitar Abraão – após essa recepção, ao se despedir, repete a promessa: “Eu retornarei a ti; dentro de um ano eis que Sara, tua mulher, terá um filho”. O núcleo da narrativa de hoje é que o próprio Deus visita Abraão e, diante do riso nervoso de Sara (que achava graça só de pensar como poderia ser mãe na sua velhice e esterilidade) declara (v.14) “Por que Sara riu? Pode uma palavra ser uma obra maravilhosa [demais], para Yahwé? [quer dizer= nada é impossível a ele, palavra citada pelo anjo na Anunciação a Maria ao contar que Isabel também ia ter um filho na velhice – Lc 1,36] Nesse mesma estação [daqui a um ano] eu voltarei a ti e Sara terá um filho”

O evangelho de hoje também fala que recebeu o Senhor em sua casa. E Jesus fala que uma só coisa é necessária. É que – seja em meio às atividades de cada dia, seja na “escuta”, na oração (nessa cena simbolizada por Maria sentada aos pés do Mestre, escutando sua palavra) – o que importa é estar sintonizado com o Deus que cumpre suas promessas. A isso chamamos confiança ou Fé. Podemos, é verdade, ficar inconformados com nossa vida e nosso trabalho (como Marta); podemos manter um riso nervoso, quase irônico (como Sara); podemos até nos espantar (como Abraão) e tentar interpretar a presença e a promessa de vários modos nas situações concretas...

Só não podemos deixar de acreditar: para Deus nada é impossível. Nessa confiança encontraremos também a alegria de Sara e Abraão, de Maria e de sua prima Elisabeth, de Marta e Maria convivendo em casa com o Mestre. E poderemos rir com o “Isaac”, com o riso de Deus.

( prof.FernandoSM, Rio, fesomor2@gmail.com )

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COMENTÁRIOS DOS EVANGELHOS

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Domingo, 18 de julho de 2010

16º Domingo do Tempo Comum

Santos do Dia: Arnulfo de Metz (bispo), Bruno de Segni (bispo), Emiliano da Bulgária (mártir), Filastro da Bréscia (bispo), Frederico de Utrecht (bispo, mártir), Hervé de Anjou (eremita), Marina de Orense (virgem, mártir), Materno de Milão (bispo), Rufílio de Forlimpopoli (bispo), Teneva de Glasgow (viúva).

Primeira leitura: Gênesis 18, 1-10a
Meu Senhor, não prossigas viagem, sem parar junto a mim, teu servo.
Salmo responsorial: 14, 2-3ab. 3cd-4ab.5
Senhor, quem morará em vossa casa?
Segunda leitura: Colossenses 1, 24-28
O mistério escondido por séculos e gerações, mas agora revelado aos seus santos.
Evangelho: Lucas 10, 38-42


Marta recebeu-o em sua casa. Maria escolheu a melhor parte.

O texto da primeira leitura nos apresenta uma cena familiar. Abraão, sentado diante da tenda, recebe a visita do Senhor. Abraão acolhe a visita com hospitalidade. Deus premia Sara com a fecundidade. Três traços fundamentais caracterizam o texto: a fé de Abraão ao reconhecer o Senhor. A hospitalidade com que recebe o Senhor e a familiaridade de Deus com Abraão e sua família. É um belo exemplo da relação e acolhida de Deus pelo ser humano, a única possível para caminhar.


Voltamos a encontrar, na segunda leitura de hoje, o pensamento de Paulo sobre o mistério de Deus e sua revelação por meio da pregação e a contribuição de Paulo a essa revelação pelo sofrimento. Cristo revela a riqueza de Deus na pobreza da cruz e o apóstolo será o distribuidor da mesma a homens e mulheres.


Um primeiro comentário ao evangelho de hoje: Lucas nos apresenta um fato da tradição existente no círculo de seus discípulos, especialmente mulheres. Mara e Maria, irmãs de Lázaro, recebem o Senhor em sua casa. O Caso de Marta e Maria é aproveitado mais uma vez por Lucas para ressaltar o valor da escuta da Palavra de Deus. Sem entrar na teoria do valor da contemplação sobre a ação que se quis ver nas duas atitudes opostas de Marta e Maria, o certo do fato é que o Reino de Deus não pode deixar-se distrair por uma preocupação exclusiva pelas realidades terrenas. Por outro lado, escutar a Palavra de Deus não é algo meramente ocasional, mas algo importante na vida: é tudo.


Estamos diante de um quadro familiar no qual Jesus visita suas amigas. Marta e Maria, o recebem em sua casa. Marta se multiplica para dar conta do serviço para atender ao hóspede, mas Jesus a repreende porque anda inquieta “com tantas coisas”. Marta não encontra a colaboração de ninguém. Efetivamente, a irmã sentou-se aos pés de Jesus e está ocupada completamente na escuta de sua palavra.


O Mestre não aprova o afã, a agitação, a dispersão, o andar em mil direções “da ama de casa”. Qual é, pois, o erro de Marta? É não ter entendido que a chegada de Cristo significa, principalmente, a grande ocasião, que não se deve perder, e por conseguinte, a necessidade de sacrificar até mesmo o urgente e o importante.

Porém, a preocupação no comportamento de Marta é conseqüência, sobretudo, do contraste em relação à postura assumida pela irmã. Maria, diante de tanta atividade, escolhe Jesus, coloca no plano do ser e lhe dá a primazia da escuta. Marta, ao contrário, toma decididamente o caminho do ter e da ação.


Marta se precipita para “fazer” e este “fazer” não parte de uma escuta atenta da palavra de Deus e, consequentemente, corre o risco de converter-se em um estéril girar no vazio. Mara, apesar de todas as suas boas intenções, se limita a acolher Jesus em casa. Maria o acolhe “dentro”, se faz recipiente seu. Oferece-lhe hospitalidade naquele espaço interior, secreto, que foi disposto por ele, e que está reservado para ele. Marta oferece coisas a Jesus, enquanto Maria se oferece a si mesma.


Segundo o juízo de Jesus, Maria escolheu sem dúvida, “a melhor parte” (que, apesar das aparências, não é a mais cômoda: fica muito mais fácil mover-se que “entender a Palavra”. Marta, atenta para que não falte nada ao hóspede importante e a todos, deixa passar clamorosamente “a única coisa necessária”. Marta reclama a Jesus: não se sabe o que ela quer.

O problema é precisamente este: descobrir, pouco a pouco, o que Jesus quer de mim. Por isso é necessário parar, deixar que ele venha e tirar tempo para escutar a Palavra de Jesus e compreender qual é realmente a vontade de Deus a respeito de minha vida.

Um segundo comentário ao evangelho: no evangelho de Lucas, o caminho de Jesus a Jerusalém, marca uma progressiva manifestação do Reino. À media que avança, vai formando nos discípulos e discípulas atitudes de misericórdia, de abandono das pretensões de poder, e de escuta atenta da Palavra. Nesse caminho, da mesma forma que os missionários que vinham anunciando sua presença, Jesus é recebido pelas mulheres em uma casa de família.


Aí acontecem duas atitudes diferentes. Uma de total atenção e escuta, a outra, de distração e de afã pelas preocupações habituais. O trajeto da vida cotidiana havia enganado a Marta e, provavelmente, a havia tornado surda à palavra de Deus. Ela recebe Jesus, porém não o escuta. Ainda que Jesus entre em sua casa, ela o deixa de lado. Jesus propõe um plano no sentido de formar verdadeiros ouvintes da Palavra – autênticos discípulos – que Marta não está disposta a atender.


Maria, ao contrário, compreende bem o projeto de Jesus e rompe com os preconceitos culturais de sua época. Em lugar de andar atarefada com o labor doméstico “próprio das mulheres” (as “tarefas próprias de seu sexo”, como foi dito e pensado durante tanto tempo), põe-se “aos pés do Senhor para escutar a palavra”. Este gesto, reservado então culturalmente aos discípulos varões, faz dela uma discípula.


Marta, ao afadigar-se com o interminável trabalho da casa, questiona a atitude contraditória de Maria e interpela o Mestre para que “coloque a mulher em seu lugar”. Jesus dá uma resposta inesperada: felicita Maria porque acertou na sua escolha e repreende a Marta por deixar-se envolver nas preocupações cotidianas sem atender ao importante. Efetivamente, Maria fez a melhor opção, a única necessária para colocar-se no caminho de Jesus e ser seu discípulo: decidiu aprender a escutar a Palavra e se deixa interpelar pela presença do Mestre.


Em seu caminho, Jesus vai formando, pois, a seus seguidores nas atitudes indispensáveis para chegar a ser verdadeiros discípulos. Uma dessas atitudes é a da escuta atenta e serena da sua Palavra. Atitude que exige romper com o ritmo louco e interminável da vida cotidiana para colocar-se serena e atentamente aos pés do Mestre. Esta escolha que aos olhos da eficiência pode parecer superficial e inútil, é uma condição fundamental para chegar a ser um autêntico discípulo.


Nós, hoje, vivemos um ritmo de vida mais agitado do que em épocas anteriores. Os meios proporcionados pela tecnologia para poupar tempo também multiplicam as ocupações e acabam fazendo-nos cair em uma ativismo desenfreado. E o excesso de preocupações nos leva a esquecer o fundamental. Nosso cristianismo se converte assim em um tímido cumprimento de algumas obrigações religiosas, sem espaço para a escuta da Palavra.

Somos exortados, somos bombardeados continuamente com mensagens que nos convidam a sermos “eficazes, produtivos e competitivos”. Porém, com Marta e Maria, Jesus nos interpela e nos chama a respeitar a hierarquia de valores e a colocar em seu lugar a “opção pelo fundamental”: estar a seus pés e escutar sua palavra. Jesus nos convida a que nosso cristianismo seja um verdadeiro discipulado.


Para aprender a lição do Mestre, é preciso deixar-se formar na escuta atenta da Palavra da Bíblia e da vida. A Bíblia não pode permanecer guardada em uma gaveta enquanto nós nos afogamos em interminável torvelinho de atividades cotidianas. A Palavra de Deus está aí para caminhar conosco, passo a passo, dia a dia, minuto a minuto, para ensinar-nos a viver em comunidade a solidariedade que torna efetivo aqui e agora, o reinar de Deus.

Escutar a palavra de Deus é um grande ajuda na difícil realidade de nossos povos: nas inumanas condições das grandes cidades, na solidão e no isolamento dos campos. É preciso, pois, optar por atitudes que nos convertem em verdadeiros discípulos de Jesus e autênticos cristãos.


Não é adequado interpretar o texto em sentido dualista (ou uma ou outra coisa): “ou contemplação e escuta passiva da Palavra, por uma parte... ou, por outra, ação caritativa sem oração nem contemplação”. Marta e Maria não devem ser símbolos e extremos parciais: a escolha não pode ser por nenhuma delas em particular, e sim pelas duas em conjunto. É o que nos diz o poeta Casaldáliga com “o difícil tudo” que escolheu “a outra Maria”:

Missionários Claretianos

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18.07.2010 DOMINGO

Evangelho - Lc 10,38-42

“Maria escolheu a melhor parte
e esta não lhe será tirada”.

Muito interessante e bem atual essa palavra, como todas as palavras de Nosso Senhor.

Como estamos organizando nossa vida, o nosso dia-a-dia, o nosso tempo?

Ao que estamos dando importância? Ao que estamos reservando um tempinho a mais?

Hoje em dia, se percebe que a maioria de nossas obrigações tem a finalidade da ganhar dinheiro, a busca constante acumular riquezas faz com que nossos dias fiquem cada vez mais curtos para família, amigos e outras coisas tão boas a nós, e nossa vida cada vez mais abarrotada de preocupações e stress.

Com certeza é necessário ter obrigações buscando dinheiro tendo em vista que é necessário para a nossa sobrevivência, já que, hoje em dia, tudo, comida, remédio e até lazer, é comprado, então não ignoramos isto.

Todavia, até que ponto vale a pena perder tantos oportunidades maravilhosas na nossa vida para correr atrás de dinheiro, de uma vida que acha que será melhor.

Dinheiro não é tudo, aliás, é o mínimo para a nossa felicidade. Não adianta ter dinheiro se não tenho uma família, ou amigos, ou um vida da qual posso desfrutar e me divertir, descansar e estar em paz comigo mesmo.

E o mais importante, será que estamos tendo tempo para o mais importante e útil em nossa vida, ou seja, para Deus?

Na verdade, Ele não deveria ter hora marcada em nossa vida, pois merece estar todos os minutos conosco em nosso pensamento e em nossas atitudes, mas, nem sempre isso acontece, por isso pergunto: Que horas reserva um tempo para Deus, para conversar com Ele?

Será que se Ele vier aí hoje, será recebido bem, ou você ficará limpando casa, assistindo TV, vendo orkut e O deixará sozinho?

Olhe o exemplo de Maria, e não seja como a Marta, não se deve ter dúvida entre cumprir os afazeres e parar para escutar Nosso Senhor, pois com certeza só com Ele seremos felizes e os nossos afazeres valerão a pena.

Pense no seu tempo e arrume a sua agenda com o que realmente vale a pena, curta a vida com as maravilhosas bênçãos que Deus lhe deu.

Tenham um domingo e semana abençoados.

Janaina

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ARRUME UM TEMPINHO PARA DEUS POIS SÓ TENS MAIS 17 ANOS DE VIDA! (Lc 10,38-42)

Queridos, durante 10 anos desfrutei da vivência em comunidade em uma ordem religiosa. Muitas vezes quando líamos esse texto (como nossa ordem era mais ativa do que contemplativa), fazer comparações entre as congregações religiosas era inevitável. Classificava minha ordem como “Marta”, diferente das “Marias” que se dedicavam mais a oração e contemplação como, por exemplo, os monges e monjas. Quando saí e constituí minha família fui quase forçado pelo Senhor a perceber que Marta e Maria se revezavam dentro de mim o dia todo. Ora me identificava mais com Marta, muito atarefado e cheio de coisas a resolver e em outros momentos como Maria, quando desfrutava da presença doce de Jesus me ensinando e afagando carinhosamente os cabelos (hehehe quantas vezes dormi ali diante dEle tamanho era o cansaço pela correria em que andava imerso e tamanha era a paz e o alento que encontrava aos seus pés). Foi aí que descobri que não existem ordens religiosas ativas e ordens religiosas contemplativas, como se pudéssemos separar a água do vinho depois de misturados. Todas as ordens religiosas são ativas e contemplativas e ouso dizer: se não forem contemplativas, talvez não encontrem verdadeiras razões para serem ativas. O que quero dizer é que a contemplação do Senhor, o sentar-se aos seus pés para ouvir sua Palavra e entender seus desejos é o que dá sentido a toda a nossa ação neste mundo.

Mas hoje temos tanto com que nos ocupar!

A revista Superinteressante de junho trouxe um cálculo intrigante: Uma pessoa que viva 70 anos se ocupará:

29 anos – dormindo e comendo e tomando banho;

13 anos – trabalhando fora;

11 anos – cumprindo obrigações domésticas (limpar a casa, lavar louça, passar roupas);

Lá se foram 53 anos. Os 17 anos restantes (24% do total) serão gastos em desfrutar a vida: ir a festas, ver TV, ir a igreja, vida social;

Então, de 70 anos teremos apenas 17 para realmente viver, para deixarmos nossa marca nesse mundo, ou melhor dizendo, para que o Senhor possa deixar a sua marca em nós. E como desperdiçamos a oportunidade de realmente viver! O mais importante é o relatório da empresa que não foi concluído e não a oportunidade de aproximar-se mais do filho que pede ajuda na lição de matemática! O mais importante é ver o saldo da conta no internet banking e pagar os boletos de água, luz e a prestação do carrão estacionado na garagem e não dar boas gargalhadas com a esposa diante de uma travessura do bebê! O mais importante é que a igreja esteja bonita e bem decorada, que as leituras sejam bem feitas e que os cantores estejam bem afinados e não o que realmente importa: SENTAR-SE AOS PÉS DAQUELE QUE NOS DEU SUA VIDA PARA QUE PUDÉSSEMOS SER LIVRES e ESCUTAR O QUE TEM A DIZER:

Marta, Marta! Estás inquieta por muitas coisas. Não quero tudo isso que estás preparando! O que realmente desejo é você perto de mim! A comida nos saciará e esqueceremos! A casa limpa não vai durar muito! Tudo passará, menos nossa relação. Eu e você Marta, viveremos para sempre! Então que vivamos eternamente juntos a começar de já! Eu estou sempre aqui! Morri para que pudesses viver e mesmo assim não vives! Porque não fazes como Maria. Largue tudo e desfrute de minha presença, adormeça em meus braços e na minha paz e descobrirás como é bom agir depois de ter descansado em meus braços!

Muita atividade, sinal de muita busca. Mas por que buscar onde não se pode achar? Todos procuram mas só alguns encontram porque nem todos procuram no lugar certo. Pare de procurar realização no campo profissional porque empresas não são eternas e nem você trabalhará para sempre! Pare de procurar sua realização no relacionamento conjugal porque seu cônjuge é tão cheio de defeitos quanto você e mais cedo ou mais tarde a decepção lhe mostrará sua face amarga! Pare de procurar na matéria porque o aço de seu carro, o concreto de sua casa e sua conta bancária vão virar areia daqui a 100 anos! Nenhuma dessas coisas pode te dar o que andas procurando pois só uma coisa lhe é necessária!

Irmãos queridos, está no hora de dobrarmos os joelhos e fazermos uma escolha! Vamos continuar “vivendo” na mediocridade e na superficialidade do mundo consumista e hedonista ou nos abriremos para a Palavra de Jesus desfrutando de sua presença em nossas vidas?

Experimente por um dia esse novo modo de viver e veja como todas as outras coisas lhe serão acrescentadas. “É inútil levantar de madrugada, ou à noite retardar vosso repouso, para ganhar o pão sofrido do trabalho, que a seus amados Deus concede enquanto dormem” (Salmo 126).

Ouçamos essa canção e entreguemo-nos ao único Amor que pode saciar todas as nossas necessidades e abrir-nos para a eternidade!

Desejo a todos vocês os ótimos 17 anos de vida que nos restam!

OUÇA ESTA MÚSICA

Atenciosamente,

Humberto Selau Inácio

Vendas - Região SUL

Cel.: (48) 8818-9568

Ciser - Parafusos e Porcas

humberto.inacio@ciser.com.br

www.ciser.com.br

“Há pessoas em outras religiões que estão sendo guiadas pela influência secreta de Deus para se concentrarem naqueles pontos de sua religião que estão de acordo com o cristianismo e que assim pertencem a Cristo sem o saber” (C.S.Lewis)

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MARTA E MARIA

As leituras do XVI Domingo do Tempo Comum convidam-nos a refletir o tema da hospitalidade e do acolhimento. Sugerem, sobretudo, que a existência cristã é o acolhimento de Deus e das suas propostas; e que a ação (ainda que em favor dos irmãos) tem de partir de um verdadeiro encontro com Jesus e da escuta da Palavra de Jesus. É isso que permite encontrar o sentido da nossa ação e da nossa missão.

A primeira leitura propõe-nos a figura patriarcal de Abraão. Nessa figura apresenta-se o modelo do homem que está atento a quem passa, que partilha tudo o que tem com o irmão que se atravessa no seu caminho e que encontra no hóspede que entra na sua tenda a figura do próprio Deus. Sugere-se, em conseqüência, que Deus não pode deixar de recompensar quem assim procede.

No Evangelho, apresenta-se um outro quadro de hospitalidade e de acolhimento de Deus. Mas sugere-se que, para o cristão, acolher Deus na sua casa não é tanto embarcar num ativismo desenfreado, mas sentar-se aos pés de Jesus, escutar as propostas que, n’Ele, o Pai nos faz e acolher a sua Palavra.

A segunda leitura apresenta-nos a figura de um apóstolo (Paulo), para quem Cristo, as suas palavras e as suas propostas são a referência fundamental, o universo à volta do qual se constrói toda a vida. Para Paulo, o que é necessário é “acolher Cristo” e construir toda a vida à volta dos seus valores. É isso que é preponderante na experiência cristã.

Leituras Primeira Leitura - Leitura do Livro do Gênesis (Gn 18,1-10a)

A atitude de Abraão face a Deus é questionante, numa época em que muita gente vê em Deus um concorrente ou um rival do homem… Abraão é o crente que acolhe Deus na sua vida, que aceita viver em comunhão com ele, que aceita pôr tudo o que tem nas mãos de Deus e que se coloca diante de Deus numa atitude de respeito, de submissão, de total confiança. Qual é a atitude que marca, dia a dia, a nossa relação com Deus?

Naqueles dias, 1o Senhor apareceu a Abraão junto ao carvalho de Mambré, quando ele
estava sentado à entrada de sua tenda, no maior calor do dia.

2Levantando os olhos, Abraão viu três homens de pé, perto dele. Assim que os viu, correu ao seu encontro e prostrou-se por terra. 3E disse: “Meu Senhor, se ganhei tua amizade, peço-te que não prossigas viagem, sem parar junto a mim, teu servo.

4Mandarei trazer um pouco de água para vos lavar os pés, e descansareis debaixo da árvore. 5Farei servir um pouco de pão para refazerdes vossas forças, antes de continuar a viagem. Pois foi para isso mesmo que vos aproximastes do vosso servo”.

Eles responderam: “Faze como disseste”.

6Abraão entrou logo na tenda, onde estava Sara, e lhe disse: “Toma depressa três medidas da mais fina farinha, amassa alguns pães e assa-os”.

7Depois, Abraão correu até o rebanho, pegou um bezerro dos mais tenros e melhores, e deu-o a um criado, para que o preparasse sem demora.

8A seguir, foi buscar coalhada, leite e o bezerro assado, e pôs tudo diante deles.
Abraão, porém, permaneceu de pé, junto deles, debaixo da árvore, enquanto comiam.

9E eles lhe perguntaram: “Onde está Sara, tua mulher?”
“Está na tenda”, respondeu ele.

10aE um deles disse: “Voltarei, sem falta, no ano que vem, por este tempo, e Sara, tua mulher, já terá um filho”.
Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial - Salmo 14 Ensinai-nos, Senhor: quem habitará em vossa casa?

É aquele que caminha sem pecado
e pratica a justiça fielmente;
que pensa a verdade no seu íntimo
e não solta em calúnias sua língua.

Ensinai-nos, Senhor: quem habitará em vossa casa?


Que em nada prejudica seu irmão,
nem cobre de insultos seu vizinho;
que não dá valor algum ao homem ímpio,
mas honra os que respeitam ao Senhor.

Ensinai-nos, Senhor: quem habitará em vossa casa?


Não empresta o seu dinheiro com usura,
nem se deixa subornar contra o inocente.
Jamais vacilará quem vive assim!

Ensinai-nos, Senhor: quem habitará em vossa casa?

Segunda Leitura - Carta de São Paulo aos Colossenses (Cl 1,24-28)

Irmãos: 24Alegro-me de tudo o que já sofri por vós e procuro completar em minha própria carne o que falta das tribulações de Cristo, em solidariedade com o seu corpo, isto é, a Igreja.

25A ela eu sirvo, exercendo o cargo que Deus me confiou de vos transmitir a palavra de Deus em plenitude: 26o mistério escondido por séculos e gerações, mas agora revelado aos seus santos.

27A estes Deus quis manifestar como é rico e glorioso entre as nações este mistério: a presença de Cristo em vós, a esperança da glória.

28Nós o anunciamos, admoestando a todos e ensinando a todos, com toda a sabedoria, para a todos tornar perfeitos em sua união com Cristo.
Palavra do Senhor.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas (Lc 10,38-42)

Naquele tempo, 38Jesus entrou num povoado, e certa mulher, de nome Marta, recebeu-o em sua casa. 39Sua irmã, chamada Maria, sentou-se aos pés do Senhor, e escutava sua palavra.

40Marta, porém, estava ocupada com muitos afazeres. Ela aproximou-se e disse: “Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha, com todo o serviço? Manda que ela me venha ajudar!”

41 O Senhor, porém, lhe respondeu: “Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada por muitas coisas. 42Porém, uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada”.
Palavra da Salvação.

Comentário

Quando hospitalidade é se sentir visitado

Algo de estranho se percebe em Abraão. Ao ver chegar três pessoas, dirige-se correndo para elas, se prostra e lhes suplica que ”por favor” não passem ao largo. Uma coisa é acolher a quem nos pede acolhida, e outra diferente é adiantar-se a oferecer hospitalidade sem que ninguém peça. Nisto consiste a minha estranheza ante a conduta de Abraão. Há pessoas que se sentem agraciadas, quando hóspedes batem à sua porta. Quem tem uma visão transcendente da realidade - como o Grande Crente Abraão -, sabe que os hóspedes ocultam a presença do Grande Hospede: "o que fizeres a um destes meus pequenos irmãos, a mim o fazes". Porém Abraão contempla seus três hóspedes. Descobre o mistério de Fecundidade que com eles chega à sua casa. Crê neles porque se fixa neles, porque os atende pessoalmente, porque lhe interessa mais as pessoas que o serviço que lhes oferece.

Segundo o evangelho de hoje, Marta tem a felicidade de acolher ao mesmo Jesus. A hospitalidade é imediata. No entanto, merece uma repreensão por parte de Jesus, ou melhor, uma impressionante inspiração. Marta multiplica-se na hora de oferecer seus serviços. Porém, a serie de serviços é tal que todas as mãos que colaboram são poucas. Marta requer também as mãos de sua irmã, Maria. Jesus qualifica a conduta de Marta com dois termos: "inquieta" e "nervosa". Jesus faz-lhe ver que está sem concentração, que lhe preocupam demasiadas coisas e no fundo lhe escapa a mais importante. Além disso, lhe censura por tentar contagiar dessa mesma falta de concentração a sua irmã Maria.

Jesus mostra assim, que hospitalidade não é oferecer serviços, mais “conectar", "atender", "se concentrar na pessoa à que se acolhe". A pessoa à que se atende não é um ser que merece compaixão, mais um mistério que deve ser decifrado. É uma presença intensa de Deus que se manifesta no "diverso", "no outro", "ao que não é de casa”.

É necessário dizer, a favor de Marta, que esta mulher - depois de tudo - soube centrar-se na pessoa de Jesus. Soube compreender seu Mistério e unir o serviço a uma fé profunda em Jesus. Quando morreu Lázaro, foi ela, não Maria, quem saiu ao encontro de Jesus. Foi ela, não Maria que em um diálogo precioso com Jesus admitiu que era o Filho de Deus, o que tinha que vir ao mundo. Tão pouco Sara, a mulher de Abraão, entendeu no princípio a promessa dos hóspedes de Abraão, porém depois ela recebeu a bênção e acolheu.

Na Igreja oferecemos muitos serviços. A organização é cada vez melhor, mais extensa. Nossas dioceses, paróquias, congregações, comunidades, fazem o possível para funcionar sempre melhor. Mas, atende-se para valer às pessoas? É a pessoa, seu mistério, sua genialidade, sua unicidade, que nos comove? Dizia-me uma vez, Antonio - um mendigo a quem conheci e valorizei muito - que não ia a um lugar de assistência para comer, porque serviam bem, mais que “não lhe olhavam no rosto”. De que nos vale ter milhares de alunos, milhares de necessitados, milhares de paroquianos... se não temos tempo de olhar os seus rostos? De que nos serve ter aos nossos cuidados muitas pessoas, se não chegamos a nos conectar pessoalmente com eles?

A falta de hospitalidade na Igreja pode chegar a ser alarmante quando: você é tratado como um número e não como pessoa, quando te reprovam sem te conhecer, quando suspeitam de ti, quando te colocam etiquetas e te desprezam. Às vezes nos esforçamos na hospitalidade com os poderosos, com aqueles de quem podemos obter benefícios. Não é assim, em tantos outros casos?

Haverá quem interprete o Evangelho de hoje como uma senha de “entrega absoluta a Jesus”. Porém não se pode esquecer o que Jesus disse: "Quem a vocês ouve, a mim ouve, quem vos dá um vaso de água dá a mim; estive enfermo e me visitastes...”.

Porém não é questão só de serviços. Há algo bem mais profundo: a valoração da pessoa. E, por isso, a acolhida de seu mistério, de sua forma diferente de ser. Não se sente falta da hospitalidade para o mistério das pessoas? A que se deve então tanta crítica, tanto desprezo - ainda que às vezes de modo cortes - para o diferente, para o que não pensa como eu?

A excessiva hostilidade nada tem que ver com a atenta hospitalidade. Se na Igreja nos sentimos atacados por tantas frentes, muitas vezes injustamente, algumas vezes justamente, não será por nossa falta de hospitalidade? Porque andamos inquietos e nervosos com muitas coisas, mas não acolhemos o único necessário, que tem muito que ver com acolher a Jesus na pessoa do outro?

E voltamos ao princípio desta reflexão. Na senha do “servir" fazemos méritos para o outro. Na senha do “acolher" à pessoa estranha nos sentimos agraciados com algo muito divino que se derrama em nós. Uma Igreja de serviços não se confunde com uma Igreja de acolhida pessoal, que olha aos olhos, que se estremece ante o outro, que agradece a Deus se sentir visitada.

José Cristo Rey Garcia Paredes

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18 DOMINGO

Evangelho - Lc 10,38-42

Marta recebeu-o em sua casa.
Maria escolheu a melhor parte.

Hoje vamos observar a vivência de duas grandes mulheres, Marta e Maria, ação e oração. As duas eram irmãs e moravam em Betânia que ficava a caminho de Jericó, próximo a Jerusalém. Quando Jesus ia à Jerusalém, geralmente passava em Betânia.

Ao chegar à casa das irmãs, Jesus põe-se a conversar com elas. Porém, Marta está agitada arrumando a casa, pois quer acolher o Senhor da melhor forma possível. Marta tem uma compreensão de serviço baseada apenas no fazer. Maria de forma simples e pura fica sentada aos pés de Jesus, por que não quer perder nenhum minuto ao seu lado. A maneira de trabalhar de Maria estava na escuta da palavra. Todas estão na missão, todavia elas possuem uma compreensão diferente da missão.

Jesus censura Marta, pois essa está demasiadamente preocupada com os afazeres. Todavia, ele adverte Marta de uma forma gentil e carinhosa. Marta poderia cair na tentação de se preocupar muito com os afazeres matérias e esquecer dos espirituais, escuta e oração.

Por quê Jesus disse que Maria escolheu a melhor parte? Maria representa a vida contemplativa. Mostra que está atenta e quer ouvir as palavras do Senhor. De forma alguma Maria desqualifica as atividades de Marta, porém ela nos mostra que toda a ação feita deve primeiro ter um sentido, e esse sentido encontra-se na oração.

VIVENDO O EVANGELHO

Olá, atento leitor. Estamos vivenciando mais um dia de vida. Hoje você acordou e logo se pôs em oração. Parabéns “Maria”. Hoje você acordou foi logo para os seus afazeres, que não devem ser poucos. Parabéns “Marta”.

Quantos de nós nos identificamos com essas duas personagens. Marta e Maria trazem uma valiosa reflexão para a nossa caminhada. Lembremo-nos que cada uma delas tem a sua importância, mas jamais podemos deixar de ficar com a melhor parte: escutar as palavras do Senhor.

Minha reflexão hoje se faz curta por que desejo publicar um dos poemas de meus leitores. Acredito que esse leitor contempla, escuta e põe as palavras de Jesus em prática. O texto é de Maria Olívia Coutinho. Mande também um texto. Terei o maior orgulho de publicá-lo junto às minhas reflexões

O SONHO DE UMA FLOR! (Maria Olívia Coutinho)

Era uma vez uma flor singela, que nasceu no alto de uma colina!

Nem o calor do sol, nem o frio das madrugadas e os inúmeros vendavais, conseguiram roubar dela sua alegria de viver!

Pelo contrário, lhe deram mais resistência!

Era uma flor muito feliz!

Amava a vida, e confiava na proteção do seu Criador!

Mesmo vivendo no meio de tantas flores, ela guardava consigo um segredo: o sonho de conhecer uma flor que a entendesse melhor! Que a ouvisse falar dos seus sonhos, das suas alegrias, dos seus encantamentos...

O vento até que era um bom amigo, mas muito apressado, nem parava pra ouvir as suas historinhas!

Um dia, o vento soprou tão forte, que a flor ao espichar tanto, conseguiu ver lá no pé da colina um belo jardim!

Um lírio branco, iluminado pelos raios do sol, chamou sua atenção! Parecia um sonho! Ela nunca tinha visto flor tão bela!

Daquele dia em diante, ela não parou de pensar naquele lírio encantado! Passou a ter um enorme desejo de um dia conhecê-lo de perto!

O vento amigo, percebendo tudo, quis lhe dar uma ajudinha! Com muito jeitinho, pediu a chuva pra molhar a terra de mansinho, durante a noite e pela manhã, ele soprou tão forte que arrancou aquela flor com a raiz e tudo, lançando-a lá no jardim onde estava o lírio!

Que felicidade! Enfim, podia vê-lo de perto! Conhecê-lo melhor!

Foi uma grande alegria! No seu íntimo, Deus lhe falou baixinho:

"Este é aquele amigo dos seus sonhos”!

De fato, os dois tornaram grandes amigos!

Ela ofereceu a ele um pouco da sua cor!

E ele passou pra ela o seu perfume!

E os dois, cheios de alegria foram unidos por Deus com um laço forte de amizade!

E nunca se esqueça.

SEJA SIMPLESMENTE FELIZ.

Professor Isaías da Costa

FIM DOS COMENTÁRIOS SOBRE MARTA E MARIA

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