TRANSLATE FOR ALL LANGUAGES

BOM DIA

SEJAM BEM VINDOS AOS BLOGS DOS

INTERNAUTAS MISSIONÁRIOS

CATEQUESE PELA INTERNET

Fiéis à Doutrina da Igreja Católica, porque somos católicos.

Respeitamos todas as religiões. Cristãs e não cristãs.

MANDE ESTE BLOG PARA SEUS AMIGOS. ELES TAMBÉM PRECISAM SER SALVOS.

visite o outro blog de liturgia diária

++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

..........................................

HOMILIAS PARA O

PRÓXIMO DOMINGO


VEJA AQUI AS LEITURAS DE HOJE





sexta-feira, 29 de julho de 2011

Comentários – Prof. Fernando


Comentários – Prof. Fernando 31 de JULHO – DOMINGO 18 ( T.COMUM ) – 2011

1ª leit.: Is 55,1-3 Ó vós todos que estais com sede, vinde às águas; vós sem dinheiro, vinde e comei,
vinde comprar sem dinheiro,
Salmo: Sl 145  vós dais no tempo certo o alimento/ É justo o Senhor: está perto da pessoa que o invoca
2ª leit.: Rm 8,35.37-39 nem a morte nem a vida nem anjos, poderes,  presente, futuro, forças cósmicas, altura, profundeza nem outra criatura qualquer é capaz de nos separar do amor de Deus por nós
manifestado em Cristo Jesus nosso Senhor
Evang.: Mt 14,13-21 viu uma grande multidão e cheio de compaixão curou os que estavam doentes.
Disseram os discípulos: o lugar é deserto e a hora adiantada: Despede as multidões para comprare comida!
Ele disse: “Eles não precisam ir embora. Dai-lhes vós mesmos de comer”
“Mas só temos cinco pães e dois peixes” Jesus disse: “Trazei-os aqui”.e mandou que as multidões se sentassem; pegou pães e peixes e disse a bênção e partiu os pães e os deu para distribuir às multidões.
Todos comeram e ficaram satisfeitos e recolheram ainda doze cestos cheios das sobras.
Haviam comido mais ou menos cinco mil homens (sem contar mulheres e crianças).

          Fome no mundo. Muitos tipos de fome que causam muitas guerras e outros crimes.
Guerras por causa de água (como palestinos X israelenses).
Guerras por tecnologia, produção agrícola, biodiversidade, petróleo, matérias primas e patentes de remédios.
Sequestros de crianças para tráfico de órgãos comprados por milionários distantes.
Tráfico de drogas e de armas movimentando mercados e a economia mundial
Espionagem política e industrial, além de ações terroristas, visam criar áreas de influência. Assassinatos, como na Noruega, ou genocídios como na antiga Yugoslávia ou em alguns países africanos, são sintomas de um neonazismo que não suporta a convivência entre culturas diferentes ou a livre circulação de imigrantes, estrangeiros ou refugiados.
Interesses corporativos divulgam mentiras sobre ecologia e mudanças climáticas, excluindo a voz de cientistas que estudam os ciclos naturais de calor ou frio; as secas e enchentes;  a variação da camada de ozônio; a importância do gas carbônico (uma das fontes da vida); as verdadeiras causas de poluição; as áreas ainda ignoradas da biodiversidade e suas possibilidades para a cura de doenças; o vasto potencial das ciências para a multiplicação de alimentos para todos. Alguns grupos não gostam da ampla divulgação sobre doenças, sobre remédios e curas... São os que não gostam das multidões e suas fomes.

          A simples fome é talvez a mais universal, a mais elementar e a mais forte de todas as experiências do ser humano em sua vida. Ela é básica, ela é sentida por todos, ela pode se tornar tão forte a ponto de levar ao roubo e à agressão. E povos inteiros à guerra.
          Mateus nos capítulos 14 e 15 inclui dois relatos de multiplicação dos pães que vão saciar a fome das “multidões” que ouviam o Mestre de Nazaré. Mateus apresenta Jesus, sobretudo nos textos seguintes (próximos domingos) como um novo Moisés que traz um novo Maná, que vence as águas do mar, que liberta do legalismo criado pelos líderes do povo para complicar a Lei, que abre caminho para uma nova Terra prometida. Essa é destinada às “multidões”, isto é, tanto ao povo escolhido como também aos pagãos de outros povos.
          Sabemos que na tradição bíblica abundância e a fartura (lembremos que os relatos terminam indicando que todos ficaram satisfeitos e ainda sobrou muita comida) forma uma das características dos tempos “messiânicos” (Deus intervindo para restaurar seu Reino); Devemos ainda lembrar que Mateus redige seu texto muitos anos depois de Marcos e Lucas, quando as comunidades cristãs já estão consolidadas. Elas já superaram muitos conflitos e apesar de surgirem novas dúvidas e desafios de seu tempo, já conhecem bem as regras para ser “igreja”:  viver na “Eucaristia” e na fraternidade. O pão é para todos.
          Seria anacrônico forçar a leitura da multiplicação de poucos pães e peixes para tanta gente como uma espécie de proposta “socialista” primitiva. Nem só de pão vive o Homem: já tinha respondido o Mestre à tentação de um reino qualquer desse mundo. Afinal as multidões seguiam o Mestre para ouvir sua Palavra e (ao menos até então) não tinham experimentado a distribuição do pão. Foi o Mestre que se adiantou dizendo aos discípulos: “eles não precisam ser mandados embora, mas vós mesmos devem lhes dar de comer”.
          O pão, no contexto daqueles para quem Mateus destinou seu evangelho era logo entendido como sinal e símbolo de muitas “fomes”. Também se tratava da fome comum ou da necessidade vital de comer para viver. Mas eles entenderam que também se tratava da fome de justiça, de verdade, de sentido da vida; da fome de paz e fraternidade. Era impossível, aos ouvintes ou leitores de Mateus deixar de relacionar as narrativas dos pães saciando multidões com o pão eucarístico (cuja partilha era a própria celebração da memória deixada pelo Mestre), com o pão dado aos famintos (um dos critérios usados no juízo final conforme o capítulo 25 em Mateus).
          Não há memória de quem é Jesus Cristo sem a memória da última ceia, sem a memória da cruz e sem a memória da ressurreição. Como não há comunidade verdadeiramente humana sem que todos possam “sentar-se sobre a grama” celebrando a fraternidade nessa “mesa comunitária”. Mateus sabe que não se pode adorar a Deus e esquecer os famintos (cf.Mt 25). Com seu estilo de parábolas e narrativas, Mateus diz o mesmo que João, mais explícito tanto no evangelho como nas cartas joaninas quanto a essa “identificação” do amor de Deus e amor ao irmão.
          Os cristãos de hoje também serão como aqueles que já estavam cansados da multidão? Ou estarão dispostos a escutar Jesus dizendo: “não é preciso mandá-los embora: daí-lhes vós mesmos de comer” ?
          Sabemos que o “Reino de Deus” tal como apresentado nos evangelhos não se reduz às necessidades da vida terrena. Mas será que estamos conscientes de que é nossa responsabilidade também, ao lado de muitos outros, que a multidão não seja despedida ou abandonada, mas saciada? Não é também nossa a responsabilidade de procurar vencer todas as fomes e procurar muitos tipos de pão para muitos tipos de pessoas e culturas?
oooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo

Prof. Fernando S.M. (Rio de Janeiro- USU)  para  http://homiliadominical.blogspot.com/

Nenhum comentário:

Postar um comentário